Perguntas dos Leitores
● Em vista das declarações feitas em Qualificados Para Ser Ministros, no Estudo 65, parágrafo 5, é correto as irmãs fazerem perguntas nas reuniões da congregação? — A. M., Estados Unidos.
Êsse parágrafo se baseia em 1 Timóteo 2:11, 12 e 1 Coríntios 14:33-35 (NM). O primeiro texto diz que, na congregação, a mulher “aprenda em silêncio, com inteira submissão”, e não ensine nem exerça autoridade sôbre o homem. O último diz: “Que as mulheres fiquem caladas nas congregações, pois não lhes é permitido falar, mas que estejam em sujeição, como diz até a Lei. Se, então, desejam aprender algo, que perguntem a seus maridos em casa, pois é desonroso para a mulher falar na congregação.”
O referido parágrafo do compêndio faz o seguinte comentário: “As irmãs não devem tentar dar conselho aos irmãos dedicados. Sôbre isto, elas devem ‘ficar caladas’. Não devem argumentar com os irmãos, nem contradizê-los na congregação, tentar corrigi-los ou dar instruções. Se elas desejam aprender algo, podem perguntar a seus maridos em casa, ou, se solteiras, perguntem a um irmão maduro. Não deveriam perguntar simplesmente para levantar um ponto de correção, ou para fazer com que seus maridos ou outros irmãos corrigissem os servos. Não. Paulo diz que podem perguntar se elas mesmas desejam aprender algo.”
Portanto, o compêndio está em harmonia com o conselho de Paulo nos textos acima mencionados. Assim como nos textos, bem como no compêndio, era “sôbre isto”, dar conselho aos irmãos dedicados, que se aconselhou às mulheres ‘ficarem caladas’. Era “na congregação” que as irmãs deviam evitar argumentar com os irmãos, corrigi-los ou instruí-los. Conforme o livro “Isto Significa Vida Eterna” diz, na página 159: “A mulher devia aprender em silêncio no sentido de não debater ali [na congregação] com os homens, desafiando-os e entrando numa disputa e fazendo com que surgisse contenda, rebaixando a posição designada ao homem.”
Não obstante, nos dias de Paulo, nenhum conselho seu impunha às mulheres ficarem totalmente caladas na congregação e nas suas reuniões. As mulheres podiam orar e profetizar, e fizeram isso,com a cabeça coberta de modo apropriado, em sinal de sujeição à sua cabeça, o homem. Da mesma forma hoje, as irmãs podem até ser usadas para tomar parte nas reuniões do povo congregado de Jeová, e, numa congregação em que não houver homens presentes para dirigir as reuniões, as irmãs podem dirigir estas com a cabeça coberta apropriadamente em sinal de sujeição ao homem, cujo lugar ocupam na reunião. Quando as irmãs fazem comentários, de seus assentos na assistência, na reunião de estudo da Sentinela ou em outras reuniões de estudo, não estão tomando o lugar dum homem, e, portanto, podem expressar-se sem precisar cobrir a cabeça. O conselho de Paulo, quanto a ficar “caladas” na congregação, não proíbe isso, pois isto se refere especificamente a ficarem “caladas” no que diz respeito a instruir e aconselhar os homens, disputar ou contender com êles.
Assim como isto não significa que a mulher esteja proibida de falar na congregação, assim também, o conselho relacionado sôbre fazer perguntas aos maridos em casa não significa que uma irmã nunca possa fazer pergunta numa reunião de congregação. Novamente, a coisa que se exclui é fazer perguntas de modo a suscitar argumentação, desafio, debate, perguntas destinadas a dar conselho e instrução aos homens na congregação. Todavia, conforme diz “Isto Significa Vida Eterna”, novamente na página 159, não quer dizer que as mulheres não possam participar em cantar cânticos ou em fazer ou responder perguntas sôbre coisas em que a fé e o entendimento delas devem ser expressos. Podem partilhar oralmente sua fé com outros, e participar ativamente no estudo da congregação com o desejo de por meio disso aprender.
Podemos dizer também, em adição, que estas instruções quanto ao lugar da mulher na congregação não significam que, quando um irmão, chamado a responder, fizer um comentário errado, a irmã que é chamada depois deva permanecer calada se souber o pensamento certo sôbre o assunto, tampouco que tenha de modelar sua resposta segundo o comentário errado. Se ela fôr convidada a dar comentário, ela pode expressar o que entende que seja a resposta correta, não, naturalmente, de modo a suscitar argumentação, mas, meramente, de modo simples. O propósito e o efeito do conselho de Paulo e do conselho dado nas publicações da Sociedade não é impedir a expressão livre da fé, da parte de qualquer pessoa na congregação. É antes para preservar a ordem teocrática correta de instrução e de orientação, sob o sistema de chefia, ensinado pela Bíblia, e para preservar a união e a harmonia do povo reunido de Jeová.