Abaixo Com o Velho, Acima Com o Novo
“Olha, eu te comissionei neste dia sobre as nações e sobre os reinos, a fim de arrancares e destruíres, e demolires, para edificares e plantares.” — Jer. 1:10, NM.
1. A respeito de quem se predisse que seriam odiados por todas as nações por causa do nome de Jesus?
“AS PESSOAS vos entregarão, então, à tribulação e vos matarão, e sereis odiados por tôdas as nações por causa do meu nome. . . .E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mat. 24:9-14, NM) Quem proferiu estas palavras, e pelo nome de quem seriam odiados por tôdas as nações, era Jesus Cristo. Os que seriam odiados por todas as nações eram seus discípulos, seguidores seus, associados com o seu nome e que pregavam em seu nome. Eram cristãos, mas da espécie verdadeira, que não temiam suportar o ódio por causa do seu nome. Quando se acenderia este ódio contra êles?
2. Quando se acenderia este ódio contra eles?
2 O advérbio de tempo então localiza-o no tempo em que se cumprisse a profecia de Jesus: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá escassez de víveres, e terremotos num lugar após outro. Todas estas coisas são o princípio das dores de angústia.” Este princípio das dores de angústia, seguindo-se mais dores e dores mais severas, assinalaria o princípio da consumação do sistema de coisas. — Mat. 24:7, 8, 3, NM.
3. Quando começaram as dores de angústia internacionais, e que movimento de coisas iniciou-se então?
3 A nossa bem conhecida história moderna fornece-nos a prova de que este princípio das dores de angústia, este início da consumação do sistema de coisas, ocorreu há quarenta e cinco anos, no ano de 1914. Em 28 de julho daquele ano, o reino da Áustria declarou guerra ao reino da Sérvia. Seguiu-se a Primeira Guerra Mundial, acompanhada das muitas outras coisas que Jesus predisse. Alguma coisa começou a cair naquele tempo momentoso, e outra coisa começou a surgir.
4. O que é que os seguidores de Jesus tem que ver com as nações?
4 Segundo as palavras de Jesus que se acabam de citar, seus verdadeiros seguidores fiéis teriam alguma coisa que ver com as nações. Não podiam, naturalmente, ter nada que ver com as políticas nacionais; no entanto, estão vivendo no meio de todas as nações da terra, sofrendo o ódio de tôdas as nações e pregando estas boas novas do Reino em tôda a parte, em testemunho a todas as nações, o que significa também as nações na Europa e na América do Norte, Central e do Sul.
5. Qual é a razão por que os seguidores de Jesus são odiados por todas as nações — apenas levarem o seu nome ou o que?
5 Por que seriam odiados por todas as nações? Não pode ser apenas por causa do nome de Cristo. Tanto na Europa, como nas Américas, bem como no resto da cristandade, há centenas de milhões de pessoas que se chamam cristãos, e não são absolutamente odiadas. Antes, são amadas pelas nações deste mundo. Outrossim, qualquer um pode adotar um nome. Portanto, além do mero nome deve haver outra razão que causa êste ódio da parte de todas as nações. Esta outra razão deve ser o que os corretamente chamados seguidores de Cristo fazem em cumprimento de sua própria profecia. Deve ser a sua pregação destas “boas novas do reino” com o fim de dar um testemunho. Que reino? Ora, que reino ou que govêrno político atual da terra é razão de boas novas? Nenhum! Jesus não se referiu profeticamente a nenhum dêles. Havia apenas um reino a respeito do qual sempre falava — apenas um, de modo que não há engano sôbre isso. Este era o reino de Deus. Êste é a única fonte de boas novas hoje em dia. Os seguidores de Jesus destacam-se hoje como cristãos genuínos pela pregação de apenas êste reino e por estarem dispostos a ser odiados por todas as nações por causa da pregação dêste reino.
6. Segundo a profecia de Jesus a respeito dêles, semelhantes a quem seriam seus seguidores? Por quê?
6 Nada, portanto, é mais claro do que o seguinte, que Jesus Cristo predisse que seus seguidores que dariam testemunho a todas as nações teriam coisas surpreendentes para dizer ou pregar a respeito do fim do velho e do início do novo. Por esta razão suscitariam uma tempestade de protesto internacional e seriam odiados por todas as velhas nações. Neste respeito são muito semelhantes ao antigo profeta Jeremias, que viveu e pregou mais de seiscentos anos antes de Jesus Cristo. No tempo em que Jesus estava na terra, muitos judeus o confundiram com Jeremias, o profeta. (Mat. 16:13, 14) Jesus citou coisas da profecia de Jeremias. Por sua vez, Jeremias predisse coisas a respeito de Jesus Cristo. Jeremias predisse também coisas importantes a respeito dos seguidores de Jesus. De fato, Jeremias representou profeticamente o restante ou os remanescentes dos seguidores ungidos e consagrados de Jesus na terra, neste tempo do desaparecimento do velho e da introdução do novo.
7. Quando Jeremias começou a pregar, o que estava prestes a acontecer no domínio religioso? Portanto, por que é agora necessário que se ouça o restante prefigurado por Jeremias?
7 O tempo em que Jeremias vivia determinou em grande parte esta prefiguração e o seu cumprimento hoje em dia. Ele começou a profetizar numa época em que estava prestes a acontecer a coisa mais aflitiva, algo quase incrível. Era a destruição da cidade santa de Jerusalém, e o saque e o incêndio de seu templo dedicado à adoração de Jeová Deus. Este tremendo abalo religioso ocorreu apenas quarenta anos depois de Jeremias ter começado a profetizar em testemunho de Jeová; desde o ano 647 A.C., que era o décimo terceiro ano do reinado do bom Rei Josias, em Jerusalém, até o ano de 607 A. C., ano em que os exércitos babilônicos, sob o comando do vitorioso Rei Nabucodonosor, destruíram o templo construído por Salomão, o sábio. Hoje em dia teme-se cada vez mais pela região organizada da cristandade. O que irá suceder a ela? Para obter a resposta a isso, as pessoas deviam dar ouvidos à pregação clara feita pelo restante prefigurado por Jeremias, pois prega aos homens o cumprimento hodierno das profecias de Jeremias.
8, 9. (a) Como e por quem se tornou Jeremias profeta? (b) Quando era oportuno que Jeremias iniciasse a obra de Deus? Por que não devia ele temer os rostos de homens mais idosos?
8 Quem os constituiu profeta, para falarem com a autoridade que afirmam ter? Ora, quem foi que constituiu a Jeremias profeta? Jeremias era filho dum sacerdote judeu na cidade de Anatot, ao norte de Jerusalém. Este fato não o constituiu automáticamente profeta. Nem fêz ele a si mesmo profeta. Não podia ter feito isso, especialmente em vista do fato de que foi reservado para ser profeta desde antes de nascer. Contudo, podia de sua própria vontade concordar e aceitar servir como profeta, quando foi informado da vocação para a qual tinha sido destacado. Jeremias nos diz como e por quem ele se tornou profeta: “A palavra de Jeová começou a vir a mim, dizendo: “Antes que eu passei a formar-te no ventre, eu te conheci, e antes que saíste do ventre, eu te santifiquei. Fiz de ti um profeta para as nações. Mas eu disse: “Ah, Senhor Jeová! Eis que realmente não sei falar, pois sou apenas um menino. E Jeová continuou a dizer-me: Não digas: “Sou apenas um menino.” Pois a todos a quem eu te enviar, a êstes irás; e tudo o que eu te ordenar, isso falarás. Não tenhas mêdo por causa dos seus rostos, pois “eu estou contigo para te livrar”, é o proferimento de Jeová.’ ” (Jer. 1:4-8, NM) É evidente que Jeremias nasceu para certa obra. A questão era: Adaptar-se-ia êle à obra? Estaria disposto a empreendê-la? Achar êle que não estava à altura da designação não era o que decidia a questão.
9 Jeremias não resistiu, nem se rebelou contra a obra que lhe fora designada. Revelando ainda mais como Deus o fêz profeta, êle nos diz: “Jeová passou a estender a mão e fêz que tocasse a minha bôca. Então, Jeová me disse: ‘Eis que eu pus as minhas palavras na tua boca. Olha, eu te comissionei neste dia sôbre as nações e sôbre os reinos, a fim de arrancares, e derrubares, e destruíres, e demolires, para edificares e plantares.’” (Jer. 1:9, 10, NM) Ser Jeremias apenas menino, quer em anos, quer em seu próprio conceito, não constituía realmente obstáculo. É na juventude que se deve tomar por objetivo fazer a obra de Deus. Além disso, no caso de Jeremias não se tratava duma obra a curto prazo. No seu caso tratava-se duma obra de responsabilidade que duraria quarenta anos e mais. Para que pudesse cumpri-la na sua plenitude, era oportuno que começasse jovem, na adolescência, quando ainda tinha na frente de si a maior parte de sua vida. Por isso, Jeová afastou o temor de Jeremias quanto a ser jovem demais e disse: “Não digas: ‘Sou apenas um menino.’” Visto que a regra era que os jovens mostrassem respeito para com os idosos, seria algo incomum que um menino falasse severamente com homens mais idosos. Mas, Jeová era mais idoso do que quaisquer dos anciãos de Israel. Por isso êle disse ao “menino” Jeremias: “Não tenhas medo por causa dos seus rostos, pois ‘eu estou contigo para te livrar’, é o proferimento de Jeová.” A questão inteira era então a seguinte: Estava Jeremias disposto?
10, 11. (a) Para que obra era ocasião a consumacão do sistema de coisas? (b) Qual era a questão de máxima importância que confrontou todos os cristãos professos em 1919?
10 A profecia de Jesus começou a cumprir-se no ano de 1914. Começou ali a “consumação do sistema de coisas” dêste velho mundo. Havia centenas de milhões que professavam ser discípulos de Jesus, encontrando-se a vasta maioria dêles na cristandade. Esta consumação do sistema de coisas era o tempo para se fazer uma grande obra, uma obra que duraria desde o princípio deste período de consumação até o fim consumado dela. Era uma obra com relação a toda a terra habitada, para com todas as nações, uma obra de ser testemunhas do reino de boas novas de Deus perante todas estas nações. A Primeira Guerra Mundial ocupou durante mais de quatro anos o tempo e a atenção de mais de trinta nações, até perto do fim de 1918; e os sistemas religiosos da cristandade lançaram-se na guerra ao lado das suas respectivas nações. Eles é que certamente não tinham tempo para pregar então o reino das boas novas de Deus. Quanto às testemunhas de Jeová, os sistemas religiosos da cristandade instigaram as autoridades políticas, militares e judiciais a impedirem ou quase pararem a pregação publica que as testemunhas de Jeová estavam tentando fazer a respeito do significado das condições mundiais e dos tempos e eventos. Veio então o ano de 1919, e ainda havia para fazer a obra de testemunho às nações, em cumprimento das palavras de Jesus. Esta obra confrontava a todos os homens que professavam seguir e obedecer a Jesus. Naquele ano inicial do período de decisões e trabalho no após-guerra, a questão de máxima importância para a cristandade e para todos os que se chamavam cristãos não era: Devem todas as nações reunir-se numa liga de paz? mas: Quem será o profeta de Jeová perante as nações, para dizer-lhes tudo o que Êle ordenasse? Quem será o hodierno Jeremias?
11 Jeremias profetizou durante quarenta anos no tempo do fim do reino de Judá. Portanto, quem profetizará com a sua mensagem neste tempo do fim das nações deste mundo?
12. (a) Como podemos achar a resposta à pergunta? (b) Qual tem de ser a resposta conjunta da parte de todas as coisas consultadas?
12 Naquele tempo, há cêrca de quarenta anos, esta era a questão que se levantava. Hoje podemos perguntar: Como foi respondida esta pergunta? Há fatos para mostrar isso. Não devemos recorrer ao orgulho religioso, à jactância ou a afirmações inventadas. Devemos recorrer aos fatos. Que os fatos falem por si próprios. Consulte o registro dos fatos a respeito dos sistemas religiosos da cristandade, católico e protestante, sem se falar do judaísmo. Ainda mais, examine também o que êstes sistemas religiosos fazem atualmente. Daí consulte os registros da única organização religiosa a que se opuseram todas as organizações religiosas da cristandade e o judaísmo, e isso vigorosamente, durante a Primeira Guerra Mundial, e a que se opõem desde então. Todos sabem que esta organização de cristãos que sofre oposição é a das testemunhas de Jeová. Consulte as notícias dos jornais ou os artigos de revistas, os registros policiais ou judiciais, sim, consulte os lares dos milhões de pessoas que têm sido visitadas por estas testemunhas de Jeová, além de seus próprios relatórios anuais e os Anuários das testemunhas de Jeová, publicados em inglês. Pergunte a todos êstes o que as testemunhas têm feito desde 1919 até o momento atual. A resposta conjunta será que elas têm estado pregando, por todos os meios e instrumentos de publicidade. Têm-se especializado na pregação de apenas uma coisa, e esta é o reino das boas novas de Deus. Pregaram-no, conforme Jesus ordenou, “com o propósito de dar testemunho a todas as nações”, inclusive as nações atrás da Cortina de Ferro.
13, 14. (a) Que fato decide a resposta à pergunta? (b) Quanto à resposta por que são agradecidas hoje as testemunhas de Jeová e por que ficaram felizes?
13 O fato que decide a resposta à pergunta não é: Concordam todos os clérigos do catolicismo romano e do protestantismo que as testemunhas de Jeová têm sido e são o profeta de Deus perante as nações? mas: Quem discerniu a vontade divina para com os cristãos neste tempo do fim do mundo e se ofereceu a fazê-la? Quem empreendeu a obra predeterminada de Deus para este dia de juízo das nações? Quem aceitou o convite para o trabalho e se tem empenhado nêle até êste ano de 1959? Quem foi realmente usado por Deus como seu profeta?
14 Os fatos históricos do caso rechaçam a cristandade em derrota. As testemunhas de Jeová são hoje profundamente gratas que os fatos claros mostram que Deus se tem agradado de usá-las. Confessam que realizaram toda a pregação e toda a obra educativa, bíblica, até agora, em 175 países e ilhas do mar, não pela ajuda de qualquer exército militar, nem pelo poder humano, mas pelo espírito de Deus, sua invisível força ativa. (Zac. 4:6) Isto se deu por que Jeová tem estendido a sua mão de poder e tocado os lábios delas, colocando a Sua palavra nas suas bocas. Deu-se evidentemente porque as comissionou sobre as nações e sobre os reinos. Felizes são todos os que viram qual é a obra de Jeová Deus para agora e que se ofereceram voluntariamente.
DUAS ESPÉCIES DE OBRAS DIVINAS
15. (a) O que foi predeterminado? (b) De que modo precisam então os cristãos viver a altura das suas afirmacões? E que “cristãos” têm feito isso?
15 O que se predeterminou para a obra de Deus não foram pessoas, como no caso de Jeremias. O que se predeterminou foi a obra. A cristandade pode deixar de fazer a obra predeterminada, mas ela será feita de qualquer modo. Temos de harmonizar-nos com a obra, não decidir por conta própria qual devia ser a obra de Deus neste tempo e pedir então a sua bênção sobre o que decidimos. Êste último proceder e insolência contra Deus, não importa quão alta e insistentemente alguém proclame ser cristão. Deus oferece a obra predeterminada a cristãos, visto que êstes professam ter-se entregue a ele, por meio de Cristo, para fazer a vontade divina. Deus permite assim que os cristãos façam jus ao seu nome, se quiserem, aceitando a obra que êle predeterminou para os cristãos nestes dias. Independente de quaisquer nomes de pessoas, os do restante de testemunhas consagradas e ungidas de Jeová regozijaram-se de terem sido libertos do seu cativeiro durante a Primeira Guerra Mundial e de cumprirem a sua dedicação a Deus por fazer a obra predeterminada. Centenas de milhares de pessoas têm desde então visto a oportunidade de trabalhar e têm participado alegremente com a classe ungida de Jeremias em fazer a obra.
16. Apesar de seu número reduzido, por que é a obra das testemunhas de Jeová de importância mundial? Que se lhes comissionou a fazer, conforme representado por Jeremias?
16 As testemunhas de Jeová podem ser comparativamente poucas em número. Não têm nenhuma ligação ou influência política. Não obstante, sua obra é de importância mundial, porque foi predeterminada por Deus. Foi prefigurada e esboçada pela obra do próprio Jeremias, que era de importância mundial. As testemunhas de Jeová são absolutamente neutras para com os conflitos políticos, ideológicos e militares dêste mundo, contudo, estão sob a ordem divina de declarar a mensagem de Jeová a respeito das nações e dos reinos dêste mundo. Conforme foi representado por Jeremias, têm a comissão de ‘arrancar, e derrubar, e destruir, e demolir, para edificar e plantar’.
17. Como cumpriram as testemunhas de Jeová a comissão que Ele lhes deu naquilo que fizeram durante os últimos quarenta anos?
17 Esta é a obra que as testemunhas de Jeová têm feito durante êstes últimos quarenta anos. Em todo êste trabalho não se meteram na política, não subverteram nenhum govêrno, nem levantaram a mão em violência contra qualquer das instituições ou sistemas políticos de qualquer nação do mundo. Como cumpriram, então, a comissão que Jeová lhes deu? Achamos a resposta correta na resposta à pergunta: Como foi que nosso modêlo, Jeremias, cumpriu a sua comissão de fazer tais coisas? Ele fêz isso por declarar os juízos, as decisões judiciais e os propósitos de Jeová Deus, os quais, quando proferidos em nome do próprio Jeová, já estão como que cumpridos. Assim ‘chamou as coisas que não são como se fôssem.’ (Rom. 4:17) Nem um único dos seus juízos e propósitos deixou de cumprir-se.
18. Por comparar-se a quem mostra Jeová que ele não pode ser desafiado? Portanto que decisões pode ele fazer ou desfazer com respeito as nações?
18 Jeová Deus formou o homem do pó da terra. É correto, então, que Jeová se compare a um grande Oleiro ou Modelador de vasos, exercendo domínio supremo sôbre as obras de suas mãos. Como tal Modelador, êle não pode ser desafiado. Não adianta nada desafiá-lo quanto a que êle faz ou como expressa a sua vontade. Êle disse: “Assim como o barro está na mão do oleiro, assim estais vós na minha mão, ó casa de Israel. Em qualquer momento em que eu falar contra uma nação e contra um reino para arrancá-lo, e para derrubá-lo, e para destruí-lo, e esta nação realmente se desviar de sua maldade contra que falei, eu também sentirei lástima da calamidade que pensei em executar sôbre ela. Mas em qualquer momento em que eu falar a respeito de uma nação e a respeito de um reino para edificá-lo e para plantá-lo, e êste fizer realmente o que é mau aos meus olhos por não obedecer à minha voz, eu também sentirei lástima do bem que eu disse a mim mesmo que faria para o seu bem.” — Jer. 18:5-10, NM.
19. Como e com que nações ilustrou Jeová antigamente o seu poder como Oleiro mundial? Portanto, por que não deviam as nações hoje desprezar a Palavra de Jeová, embora venha através das suas testemunhas modernas?
19 Jeová Deus ilustrou há muito o seu poder como Oleiro mundial para fazer ou para quebrantar nações. As ruínas de antigas potências mundiais e de reinos, os de Israel e de Judá, de Babilônia, de Edom, de Moab, de Amon e de outras antigas potências políticas são exemplos de aviso de como êle arranca, derruba, destrói e demole governos poderosos, grandes cidades e populações de grande poder, e suas instituições. Em cada caso êle derramou os seus juízos sôbre a nação ou potência mundial que o ofendeu e que lutou contra êle. Ele sempre teve o seu executor escolhido para fazer cumprir a palavra divina e torná-la viva para com os ofensores e para com os que lutavam contra Ele. “ ‘Não é a minha palavra correspondentemente igual ao fogo, é o proferimento de Jeová, ‘e igual ao malho que despedaça a penha?’ ” (Jer. 23:29, NM) Não desprezam as nações atuais a Palavra de Jeová Deus, embora seja transmitida pelo internacionalmente odiado corpo de cristãos conhecido como testemunhas de Jeová. O que dizem e pregam às nações não é a sua própria palavra; é tirado da Palavra escrita de Deus. “Assim, pois”, diz Paulo, “o homem que mostra desprêzo, despreza, não o homem, mas a Deus, que põe em vós o seu espírito santo”. — 1 Tes 4:8, NM.
20, 21. (a) Que significado atribuíam as testemunhas de Jeová ao ano de 1914 (E. C.), e desde quando? (b) O que era este “algo novo” e o “algo velho”, e o que declaram as testemunhas de Jeová a respeito das Nações Unidas?
20 Tão cedo quanto 1877, as testemunhas de Jeová, que se associam com a Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, publicaram em forma impressa que o ano de 1914 era a data indicada na Bíblia de Deus para o fim dos Tempos dos Gentios, “os tempos designados das nações”. Isto significava que algo novo havia de começar durante 1914 e algo velho havia de findar ou entrar no tempo de seu fim.
21 Esta coisa nova era o reino dos céus, de Deus, por cujo estabelecimento se tem orado por cêrca de mil novecentos anos. A coisa velha era êste mundo; não esta terra, estudada cientificamente por sessenta nações durante o seu Ano Geofísico Internacional, mas o endiabrado sistema de coisas feito pelos homens na superfície desta terra. Êste velho mundo nunca mais foi o mesmo desde 1914, ano indicado com muita antecedência pelas testemunhas de Jeová. A angústia e a perplexidade têm continuado e aumentado nêle. As nações vitoriosas na Primeira Guerra Mundial estabeleceram em 1919 uma liga internacional para manter unido o mundo e para promover e manter a paz internacional. As testemunhas de Jeová identificaram-na como algo abominável aos olhos de Deus e disseram que a Palavra de Deus condenava a Liga das Nações à queda. Ela caiu em 1939, não porque as testemunhas de Jeová a derrubaram — isto foi feito pelo líder nazista, Hitler, e pelas Potências do Eixo que o apoiavam — mas por que a Palavra infalível de Jeová o disse. A Sua Palavra proclamada pelas suas testemunhas na terra não falhou. Com respeito ao sucessor da Liga, as Nações Unidas, as testemunhas de Jeová declaram francamente a Sua Palavra a respeito desta organização internacional para a paz, assim como ele ordenou. A Palavra de Jeová diz: Abaixo com ela! Por isso ela está condenada a ter a sorte da Liga das Nações.
22. A que se assemelha o fato de que os membros das Nações Unidas têm de ouvir o que as testemunhas de Jeová declaram? Mas, qual é a Sua ordem dada as Suas testemunhas acêrca disso?
22 Os oitenta e um membros das Nações Unidas não gostarão desta declaração da Palavra de Jeová Deus. Ter de escutá-la, especialmente da bôca e pelas publicações das testemunhas de Jeová, pode parecer-lhes como se tivessem de beber vinho inebriante. No entanto, a atual classe de Jeremias tem ordens de fazer as nações ouvir esta mensagem de aviso da parte da Palavra inspirada de Jeová. ‘Arranca, derruba, destrói e demole’ disse Jeová a Jeremias. E por isso, enquanto este velho mundo existir, temos de continuar a pregar esta mensagem amarga e fazer as nações beber este aviso até que o próprio Deus as faça beber a coisa real. Disse ele: “Tens de dizer-lhes: “Isto foi o que disse Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: “Bebei e embriagai-vos, e vomitai, e caí de modo que não possais levantar-vos por causa da espada que eu envio entre vós.” ’ E tem de ocorrer que, caso recusem tomar o cálice da tua mão para beber, lhes tens de dizer também: ‘Isto foi o que Jeová dos exércitos disse: “Bebereis sem falta. Pois, vêde! É com a cidade sôbre que se invoca o meu nome que eu começo a trazer a calamidade, e deveríeis vós mesmos ficar de algum modo livres da punição?” ’ ‘Não ficareis livres da punição, pois há uma espada que eu invoco contra todos os habitantes da terra’, é o proferimento de Jeová dos exércitos.” — Jer. 25:27-29, NM.
23. Por qual pretensão achará Jeová a cristandade responsável? E por que não escapará o bloco comunista nem as outras nações, da punição executada pela espada de Jeová?
23 A cristandade não-cristã deste século vinte, copiando a nação infiel de Israel nos dias de Jeremias, reivindica ser chamada pelo nome de Deus e representar a ele. Jeová Deus achará a cristandade responsável por não viver à altura do nome divino. Na guerra universal do Armagedon, que se aproxima, Jeová dirá ao seu Oficial Executor, Jesus Cristo, que faça descer a espada de destruição sôbre a organização religiosa hipócrita. Mas, não exulte o bloco oriental comunista de nações, nem as nações não-cristãs, por causa da vindoura destruição do chamado bloco ocidental cristão, ou, mais especificamente, a cristandade. Se Jeová considera que a cristandade, que pretende levar o seu nome e representar a Deus perante o mundo, merece ser punida, acham a Rússia comunista e seus satélites, e as nações não-cristãs do mundo, que eles não merecem punição? Tiveram mais amor a Jeová Deus do que a cristandade? Refrearam-se de opor-se a Jeová Deus e às suas testemunhas e de lutar contra eles? Estão eles sem culpa quanto a fazerem coisas sujas e pecarem contra Ele? Não; e Jeová diz que não ficarão livres da punição, mas a sua espada executora descerá sobre todos os habitantes da terra. Conseqüentemente, não ficaram sem aviso da parte das testemunhas de Jeová.
24. Qual foi a mensagem de Jeová, proferida por intermédio de Jeremias, a respeito da calamidade e dos seus efeitos? De que era ilustração o avanço vitorioso de Nabucodonosor através do Oriente Medio e até o Egito?
24 Ouça isto: “Isto foi o que disse Jeová dos exércitos: ‘Vê! Há uma calamidade que vai de nação em nação, e uma grande tempestade se levantará das partes mais remotas da terra. E os mortos por Jeová estarão certamente naquele dia de um confim da terra até o outro confim da terra. Não serão pranteados, nem serão ajuntados, nem enterrados. Ficarão como esterco na superfície do solo.’ ” Daí, dirigindo-se aos governantes políticos, apoiados pelos lideres religiosos e pelos príncipes comerciais, industriais e financeiros, ele disse: “Uivai, vós, pastores, e gritai! E rebolai-vos, vós, majestosos do rebanho! Pois se cumpriram os vossos dias de matança e de vossos atos de dispersão, e tendes de cair como vaso desejável. E pareceu para os pastores o lugar de refúgio, e o meio de escape para os majestosos do rebanho. Escuta! O grito dos pastores, e o uivo dos majestosos do rebanho, pois Jeova está despojando os seus pastos.” (Jer 25:32-36, NM) Aquilo que aconteceu há muito tempo quando Nabucodonosor, rei da potência mundial babilônica, avançou através do Oriente Médio, descendo até o Egito, é uma ilustração pequena, em escala humana, daquilo que o Servo Executor mais poderoso de Jeová, Jesus Cristo, fará quando avançar em volta de todo o globo, de nação em nação, destruindo o velho sistema de coisas do mundo. — Jer. 25:8-11.