A Vontade Divina Feita No Céu E Na Terra
1. O que foi que tirou Jesus de sua carpintaria e o conduziu a João Batista?
ATÉ a idade de trinta anos, Jesus era carpinteiro na pouco conhecida cidade de Nazaré, na província desprezada da Galiléia. Roma dominava então a terra como sexta potência mundial. Qual foi a causa que tirou Jesus de sua carpintaria e de sua obscuridade? Foi a proclamação feita por João Batista: “Está próximo o reino dos céus.” Jesus ensinou mais tarde aos seus discípulos que buscassem primeiro o reino de Deus. Portanto, como podia êle restringir-se ao trabalho de carpinteiro, quando era necessário que servisse aos interesses do reino dos céus, isto é, o reino de Deus? Pessoas judaicas estavam-se arrependendo dos seus pecados e estavam sendo batizadas por João em preparação para êsse reino, para estarem em sujeição a este, em vez de ao Império Romano, pagão. Então, como podia Jesus refrear-se de ir a João Batista e declarar a sua posição a favor do reino dos céus, o reino de Deus? Não foi algum arrependimento de pecados que induzido Filho de Deus, sem-pecados a dirigir-se a João para ser batizado. Sua determinação solene de fazer a vontade de seu Pai celestial, a favor do maior reino no universo, foi o que conduziu Jesus a João.
2. O que declarou o batismo em água de Jesus quanto a ele próprio? Que mostrou Isaías 53:7-12 quanto à vontade de Jeová para com ele?
2 O fato de Jesus ser batizado por João no Jordão não argumentava que Jesus tinha necessidade de se harmonizar com os Dez Mandamentos de Deus e com outras leis dadas por intermédio de Moisés. Proclamava que Jesus estava entrando no serviço do Reino. Daí em diante, êle tomou isso por objetivo na vida. Morreu para com tudo o que deixava para trás na terra. A sua vinda cumpriu o Salmo 40:7, 8, que profetizou: “Eis que venho; no rolo do livro está escripto a meu respeito: Em fazer a tua vontade, Deus meu, eu me deleito.” A vontade de Deus quanto a êle achava-se expressa em parte de Isaías 53:7-12 (NM): “Ele estava sendo levado como ovelha ao matadouro . . . Por causa da transgressão do meu povo êle recebeu o golpe [da morte] . E êle fará seu lugar de entêrro com os iníquos, e estará com a classe rica na sua morte, apesar do fato de que não fizera nenhuma violência, nem houve qualquer engano na sua boca. Mas o próprio Jeová deleitou-se em esmagá-lo; fêz que enfermasse. . . ., e êle mesmo levou o pecado de muitas pessoas, e passou a interceder pelos transgressores.
3. Como fêz a regra de ação de Jeová que Jesus provasse ser o “mais humilde dos homens”?
3 A regra de ação de Jeová para Jesus era: “Adiante da honra vai a humildade.” (Pro. 18:12) A humildade de Jesus havia de ser provada pela obediência perfeita à vontade de Deus. Assim, “ainda que era Filho; aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”. Era a vontade de Deus, ‘ao trazer muitos filhos à glória, aperfeiçoar o Agente Principal da salvação dêles mediante sofrimentos.’ (Heb. 5:8; 2:10, NM) Jesus mostrou assim que era o “mais humilde dos homens”, pois “humilhou-se a si mesmo e tornou-se obediente até a morte, sim, a morte numa estaca de tortura”.
4. Que enaltecimento seguiu depois de Jesus se ter mostrado extremamente subserviente à vontade do Pai celestial?
4 Havia em todo o universo alguém que fosse mais subserviente à vontade do Pai celestial? Havia alguém mais meritório a quem Deus pudesse querer dar o Reino? “Por esta mesma razão, também, Deus o exaltou a uma posição superior e bondosamente lhe deu o nome que está acima de todo outro nome, para que em o nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e dos que estão na terra, e dos que estão debaixo do solo, e toda língua confesse abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.” Fil. 2:8-11, NM.
5. Por que não deviam os governantes políticos, especialmente os “cristãos“, ter nenhuma razão para objetar a que Jesus se tornasse rei? Contudo, o que mostra que proferem a oração dêle de modo hipócrita?
5 Nenhuma criatura humana, portanto, nem mesmo o potentado mais elevado e mais forte, tem qualquer razão válida para objetar a que êste, que era o “mais humilde dos homens” de maneira tão incomparável, fôsse pôsto sôbre o reino dos homens. Nenhum governante, especialmente os que professam ser cristãos, tem qualquer razão moral ou religiosa para combater contra tal Rei, quando êste assume o govêrno sôbre tôda a terra e seus povos. No entanto, por meio de seu proceder insano e bestial, desde 1914, continuam a dizer a respeito do “mais humilde dos homens”, a escolha do próprio Deus: “Não queremos que este homem nos governe.” (Luc. 19:14) Agem hipocritamente quando vão às suas igrejas e participam na repetição do Pai-Nosso: “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.” — Mat. 6:9, 10.
6. Como mostra a declaração de Nabucodonosor, depois de ele ter passado pelos “sete tempos“ de insânia, que não adianta os governantes objetarem?
6 Será de pouco proveito objetarem e lutarem contra o “mais humilde dos homens”, que está agora no poder do Reino. Lembre-se do que Nabucodonosor disse depois de passar pelos seus “sete tempos” de insânia. Êle abençoou o Deus Altíssimo e disse: “Todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade êle opera com o exército do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?” Deveras, o que valem todos os reis e governadores ajuntados agora com seus exércitos para o Armagedon? Nada, quando se faz a comparação! O Deus Altíssimo, Jeová, faz até mesmo com o “exército do céu” segundo sua própria vontade suprema.
7. Como tem Jeová manejado poderosos príncipes espirituais, e como pode o reino recém-nascido cumprir a vontade de Deus?
7 O anjo de Deus, enviado a Daniel, revelou que tôdas as sete potências mundiais da história humana tinham cada uma um “príncipe” espiritual demoníaco que exercia o controle invisível sobre elas. Sobre todos os sete príncipes há o “dominador dos demônios”, Satanás, o Diabo, “o dominador dêste mundo”. (Mat. 12:24; João 12:31;14:30, NM) Estes sete “príncipes” demoníacos e seu dominador satânico são muito mais poderosos do que os governantes da terra. Contudo, Deus manejou todos os oito dêstes espíritos ao fazer cumprir a sua vontade no céu. Durante a existência de todas as sete potências mundiais, a começar do antigo Egito, até agora, Jeová nunca permitiu que qualquer dos príncipes espirituais interferisse com bom êxito quando Ele mudava os tempos e as estações. Em 1914, ao expirarem os “sete tempos” designados das nações do mundo de Satanás, e quando se tornou a vontade divina que se estabelecesse o reino do “mais humilde dos homens”, Jeová fêz segundo a sua vontade com o exército do céu. O grande dragão vermelho, Satanás, o Diabo, aprontou-se para saltar e para devorar o Reino assim que nascesse. No entanto, não conseguiu enterrar as suas prêsas no Reino. Fêz-se a vontade de Deus, e o Reino foi pôsto fora do alcance das mandíbulas do dragão e começou a cumprir a vontade de Deus.
8. Depois do nascimento do reino, como se cumpriu a vontade do Pai celestial entre o “exército do céu“?
8 Era a vontade de Deus que houvesse imediatamente uma guerra no céu contra o dragão e sua hoste demoníaca. Estes lutaram contra a realização da vontade divina. Eles bateram-se apenas contra o irresistível. O apóstolo João disse numa previsão profética daquela guerra celestial, que começou em 1914: “Nem mais se achou no céu lugar para êles. Assim foi precipitado o grande dragão, a serpente original, aquêle que se chama Diabo e Satanás, que engana a inteira terra habitada; foi precipitado na terra, e seus anjos foram precipitados com êle. E ouvi uma grande voz do céu dizer: ‘Agora se realizaram a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo.’ ” (Apo. 12:3-10, NM) Assim se fêz a vontade do Pai celestial entre o exército do céu.
9, 10. (a) Em vista da falta de bom êxito dos príncipes espirituais no céu, que perguntas fazemos quanto às potências mundiais terrestres? (b) Até que ponto chegou Satanás finalmente na sua oposição a Deus, e por que continuará Deus a fazer a Sua vontade entre os homens, de modo mais drástico, desde 1914?
9 Satanás, o Diabo, seus príncipes das potências mundiais e seus outros anjos demoníacos não puderam vencer no céu. Como, então, poderiam vencer na terra a poderosa sétima potência mundial e todas as outras potências políticas dos homens, as quais são todas inferiores aos anjos? Como poderiam vencer contra a vontade divina, a qual é que o reino de Jeová, por Cristo, assuma o controle, exclusivo e a posse da terra? O Deus Altíssimo foi capaz de controlar e manobrar criaturas angélicas sôbre-humanas. Ele reteve a sua posição de Altíssimo e Todo-poderoso, mesmo no meio de legiões de anjos inimigos, os demônios. Tolerou a Satanás, o Diabo, no céu, por cêrca de 5.938 anos. Durante todo êste tempo, até onde e quão alto chegou o Diabo até êste ano de 1959, com tôda a sua oposição diabólica? Tão alto quanto o escabêlo de Deus, a terra, até a qual o Diabo foi lançado violentamente, fora do céu, desde 1914.
10 Aqui embaixo, furioso na sua humilhação, êle incita os homens a uma corrida pelo espaço sideral para ver até que altura podem chegar, por vantagens egoístas, sem consideração para com a vontade de Deus. O Diabo e seus demônios estão agindo atrás duma cortina mais impenetrável do que a Cortina de Ferro. Impelem loucamente todos os governantes políticos e seus exércitos a uma condição de oposição a Jeová Deus, para a luta no Armagedon, “a guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”. (Apo. 16:14, 16) Mas, Deus já tem por muito tempo mantido poderosos anjos e diabos em sujeição e sob controle. Com muito maior facilidade pode êle controlar todos os habitantes humanos neste seu escabêlo para os pés. Continuará a fazer a Sua vontade entre os homens, e isso de modo muito mais drástico, agora que já expiraram os Seus “tempos designados das nações” e desde que não há mais nenhuma restrição divina para o reino de seu Cristo, quanto à interferência nas potências mundiais gentias.
O CORDEIRO TORNA-SE LEÃO
11. (a) Que verdade bíblica clara deviam as nações dos blocos oriental, ocidental e neutro conhecer agora? (b) A que induzirão as nações o “mais humilde dos homens” por objetarem ao cumprimento do Salmo 2:7-9?
11 Quer sejam do bloco oriental, quer do bloco ocidental, quer do bloco neutro, todas as nações devem ficar sabendo esta clara verdade bíblica: O Criador e Proprietário desta terra não deu a terra ao comunismo — e é inútil que o bloco comunista continue a maquinar e a trabalhar para dominar a terra tôda. O Deus Altíssimo tampouco deu esta terra à democracia, a um govêrno dos moradores da terra e exercido por êles, moradores que são reputados em nada perante Êle. Desde 1914, êle tem dado esta terra à teocracia, ao govêrno de Deus por Jesus Cristo, não a um govêrno exercido pelos sacerdotes e clérigos da cristandade. Deus convidou há muito tempo, no Salmo 2:7-9, que seu Filho celestial lhe pedisse a terra inteira, no fim dos “sete tempos” da dominação mundial de Satanás por meio de poderosos impérios e nações da terra. Que objetem todos os que quiserem ao convite feito por Deus a Cristo, quer seja a sétima potência mundial, isto é, a combinação anglo-americana, quer a oitava potência mundial, isto é, as Nações Unidas com seus oitenta e um membros comunistas, democráticos e neutros, quer todas as nações dentro ou fora da ONU. Que lutem contra a aceitação por Cristo do convite de Deus e de êle assumir o controle sôbre a terra. Se as nações mundanas, sob o domínio de príncipes demoníacos e do chefe dos demônios, Satanás, estão ansiosos de lutar nesta era nuclear de projéteis balísticos e do espaço sideral, então, esta vez, o “mais humilde dos homens”, Jesus Cristo, aceitará a luta.
12. Em contraste com o papel que ele desempenhou na terra há dezenove séculos, em que luta estava Jesus Cristo empenhado em 1914, e em que resultou ela?
12 Há dezenove séculos, quando estava na terra, êle era o Cordeiro de Deus, inofensivo, aparentemente indefeso e não beligerante. Ninguém na terra viu a Jesus Cristo numa luta violenta. Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, êle não lutou contra homens, em nenhum dos lados, não importa o que os clérigos religiosos tenham dito aos seus respectivos lados — sem qualquer apoio bíblico. Em 1914, Jesus Cristo estava empenhado numa luta maior do que uma com o Kaiser Guilherme da Alemanha ou com o Czar Nicolau II da Rússia. Na guerra que irrompeu no céu em 1914, êle estava empenhado numa luta contra um monstro, contra o dragão simbólico, Satanás, o Diabo, e os anjos demoníacos dêste, mas lançou-os para baixo à terra.
13. (a) Que se pode dizer sobre os homens verem lutar o “mais humilde dos homens“ na batalha? (b) Como provará ele que é o Rei dos reis?
13 Ninguém de nós que vivia então na terra viu aquela luta invisível. Vimos com os nossos olhos apenas a Primeira Guerra Mundial em progresso na terra. Mas, na vindoura batalha do Armagedon, tôda a humanidade verá a Jesus Cristo, o “mais humilde dos homens”, realmente lutar na batalha a favor de Jeová Deus. As grandes potências mundiais, as outras nações e todas as pessoas saberão, então, como Jesus Cristo pode realmente lutar, sim, lutar até a vitória contra tudo o que está fora da harmonia com a vontade divina. Ele se revelará, então, não como Cordeiro morto, mas como o régio “Leão que é da tribo de Judah”, o Leão dos louvadores de Jeová. Provará perante tôda a humanidade que, é Rei dos reis por ganhar a vitória, e o mundo inteiro de Satanás lamberá o pó neste seu escabêlo. — João 1:29, 36; Apo 5:5, 12; 17:14; 19:11-21.
O POVO PARA A VONTADE DIVINA
14. Por que é este um período de mudanças maiores do que nos dias de Noé? Quem é o povo firmemente resolvido e decidido que Jeová previu para este tempo?
14 Chegou a ocasião para o Deus do céu ‘mudar os tempo e as estações, para remover os reis e estabelecer os reis’. (Dan. 2:19-21) Chegou o tempo para a remoção do velho mundo e o estabelecimento do novo mundo sob o “mais humilde dos homens”, o rei dos reis. Mesmo nos dias de Noé, famosos pelo dilúvio global, os homens não passaram por um período de mudanças maiores do que as pelas quais esta geração está passando. (Mat. 24:37-39) O Deus do céu previu no meio de toda esta mudança e transformação um povo estável, firmemente resolvido, que sabe o que deseja. Este povo é constituído por todos os que se dedicaram ao Deus do céu e que não desejam outra coisa senão que se faça a vontade do Pai celestial, assim na terra como no céu. São todos os que sinceramente oram para que Seu reino venha em cumprimento completo de Seu pacto do Reino feito com Jesus Cristo. São todos os que apoiam êste pacto do Reino sem entrarem em qualquer compromisso com os governantes mundanos, nem mesmo com os governantes totalitários ditatoriais, comunistas dêste mundo.
15. Apontando para tal povo que não transige, que disse o anjo de Jeová a Daniel?
15 Apontando para este povo que não transige, o anjo de Jeová disse a Daniel: “Eles [os políticos] estabelecerão a abominação que desola. Êle [o poder ditatorial governante] seduzirá com lisonjas os que violam o pacto; mas o povo que conhece o seu Deus ficará firme e tomará ação. E os sábios entre o povo farão que muitos entendam, embora caiam pela espada e pela chama, pelo cativeiro e pelo despôjo, por alguns dias. Quando caírem, receberão um pouco de ajuda. E muitos se juntarão a êles com lisonjas; e alguns dos que são sábios cairão, para refiná-los, e purificá-los, e embranquecê-los, até o tempo do fim, pois é ainda para o tempo designado.” — Dan. 11:31b-35, NR.
16. Como recusa inteligentemente o povo que não transige violar o pacto de Deus quanto ao reino? Como fizemos nós a decisão entre a besta-fera de paz e o Príncipe da Paz?
16 Os que conhecem o seu Deus recusam violar o seu pacto do Reino. Sabem que o Deus do céu tem dado êste reino ao “mais humilde dos homens”, Jesus Cristo. São a favor de que nenhum outro seja estabelecido no reino dos homens. Sabem que Deus avisou de antemão que os homens, neste período de mudança, rejeitariam o reino de Deus e se decidiriam a favor de algo feito pelos homens, em vez de pelo reino teocrático. Tais homens estabelecem a “abominação que desola”, um substituto pelo reino da vontade divina. Este ídolo político abominável, estabelecido com a plena aprovação dos clérigos religiosos, é hoje as Nações Unidas; e os homens idolatram-nas por lhes atribuírem cada vez mais poderes como a última esperança do mundo. Desviam seus olhos do reino de Deus, que está sendo proclamado em todo o mundo, e curvam-se em adoração perante esta abominação político-religiosa, que a Palavra de Deus compara a uma besta-fera côr de escarlate, uma bêsta de paz internacional. Mas, quanto a nós, nós recusamos participar nesta adoração internacional e esperar que a ONU traga a paz mundial, visto que isso viola o pacto de Deus feito com o Príncipe da Paz, referente ao reino. Sabemos que a decisão é entre a besta-fera de paz e o Príncipe da Paz! Nós escolhemos o Príncipe da Paz, o Filho ungido de Deus e o Rei reinante.
17. Como mostrou o povo que não transige que conhece a seu Deus, e como foi provado pela perseguição?
17 Tomamos a nossa posição inflexível a favor do Reino, porque conhecemos o nosso Deus. Sabemos que êle não é alguma inteligência cósmica sem corpo, vagamente chamada de Deus, sem propósito, sem história e sem nome. Nosso Deus é um Deus pessoal, cujo nome sabemos ser Jeová. Sabemos que fomos comissionados por ele para ser as suas testemunhas e tornar conhecido o seu santo nome. Temos compreensão espiritual e discernimos que a obra principal que Deus tem para nós deve ser feita durante este curto período antes que venha o fim completo sobre este mundo. De acordo com a nossa decisão solene de fazer a vontade de Deus, empenhamo-nos numa obra de instrução bíblica para fazer “que muitos entendam” a vontade divina, para que a façam e sejam salvos para o novo mundo justo de Deus. Por êste proceder inabalável sofremos muita perseguição. Fomos obrigados a tropeçar e a cambalear por causa da espada e da chama, do cativeiro e do despôjo, já por muitos dias, por parte dos poderes ditatoriais. Alguns de nós foram levados a tropeçar ao ponto de caírem na morte. Isso serviu como prova de nossa fé em Deus e como prova de nossa integridade para com êle e de nossa lealdade ao seu reino, o qual temos a comissão de pregar a tôdas as nações, em testemunho final, antes que venha o seu fim.
18. Em que refinamento e purificação resultou esta perseguição?
18 Por causa desta perseguição que foi tão cruel para muitos de nós, causando-lhes até a morte de mártires da fé, o nosso número tem sido refinado. Temos sido purificados de tôda a parceria com êste mundo e temos sido embranquecidos quanto à nossa aparência justa perante os olhos de Deus. Temos, porém, a determinação de suportar esta perseguição e opressão por causa de nossa devoção exclusiva a Jeová Deus, até que venha o Seu tempo para dar cabo do inimigo perseguidor no Armagedon.
19. Em cumprimento da profecia do anjo, com que se juntaram muitos a nós? Como inclui isso espiões?
19 Na nossa obra de instrução bíblica, em 175 países, ilhas e territórios, chegamos em contato com muitos milhões de pessoas, de muitas espécies. Centenas de milhares de pessoas obtiveram um entendimento da Palavra de Deus e aceitaram a proclamação do reino de Deus, e, semelhantes a Jesus, dedicaram-se a Deus para fazer a Sua vontade. Mas também tem sido verdade que ‘muitos se juntaram a nós com lisonjas’. Estes muitos chegaram a conhecer pessoalmente o povo que conhece o seu Deus. Viram de perto a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová. Sô têm elogios para a pureza da organização e para o amor que seus membros mostram a Deus e a Cristo, bem como entre si mesmos. Expressam admiração por nossa posição corajosa a favor dos princípios da Palavra de Deus. Associam-se conosco no estudo da Palavra de Deus, até em seus próprios lares e em nossos Salões do Reino. Mas, quanto disso tudo é pouco mais do que lisonja? É pura lisonja quando algum agente inimigo se introduz em nosso meio para espionar-nos e tentar minar a organização em sentido espiritual, para trair-nos a governantes ditatoriais ou totalitários, depois que a lisonja dêles tem feito que alguns de nós relaxassem a vigilância.
20. Trata-se na maior parte de lisonja quando os que nos admiram francamente não progridem até certo ponto? Até que ponto? Portanto, o que dizemos aos que apenas nos lisonjeiam?
20 É na maior parte apenas lisonja quando os que expressam a sua admiração não vão mais longe do que meras palavras e não copiam o povo dedicado de Deus, tampouco dedicam a si mesmos, nem participam conosco no testemunho ao reino de Deus, mesmo que isso faça que o mundo se torne inimigo dêles e resulte para êles em sofrimento e perseguição. Em nosso trabalho de instrução bíblica e ao testemunharmos a respeito da provisão de salvação feita por Deus não queremos ouvir apenas palavras de lisonja. Buscamos as ovelhas perdidas do Grande Pastor, Jeová, a fim de levá-las ao aprisco sob o cuidado de seu Pastor Correto, Jesus Cristo. O que faz que a nossa obra seja bem sucedida não é ganharmos palavras elogiosas de lisonjeadores, mas ajuntarmos pessoas semelhantes a ovelhas ao refúgio de salvação de Deus. Juntarem-se a nós pessoas semelhantes a ovelhas, que amam a Deus, adorando-o e servindo-o ao passo que ao mesmo tempo sofrem conosco — isto é o que nos dá verdadeira ajuda, embora seja pouco em comparação com o que Deus e Cristo, e os santos anjos nos dão. Aos que apenas nos lisonjeiam dizemos: Não lisonjeiem criaturas, mas dêem o verdadeiro louvor ao Criador. Tornem-se suas testemunhas dedicadas. Isto é o que salva!
21, 22. (a) O que nos une tão maravilhosamente? (b) Em harmonia com a Sua vontade expressa, qual é a nossa oração unida?
21 No meio do conflito anárquico das vontades humanas hoje em dia, somos exclusivamente a favor da vontade expressa de Deus. Esta vontade divina é o que nos une tão maravilhosamente em coração, mente, palavras e ação. Nossa oração unida a Deus é: Venha o Seu reino no seu ataque vitorioso contra a inteira organização do Diabo no Armagedon. Sim, faça-se a sua vontade perfeita, justa e santa, assim na terra, seu escabêlo, como no céu. Sejam eliminados os opositores iníquos de Sua vontade. Vejam os fiéis, amorosos e obedientes que fazem a Sua vontade a Sua vitória vindicadora sobre todos os Seus inimigos no Armagedon e entrem no novo mundo de justiça, de paz, de verdade e de santidade. Encha-se a terra toda do conhecimento da glória de Jeová assim como as águas cobrem o leito dos mares.
22 Que o seu reino abençoe esta terra, para que se restabeleça o paraíso e o seu escabêlo terrestre seja embelezado, provendo um lar eterno e feliz para criaturas humanas perfeitas à sua imagem e semelhança. Que o Rei ungido chame e que todos os nos túmulos memoriais ouçam e saiam na ressurreição para as oportunidades que poderão ganhar e usufruir para sempre no Paraíso todos os que obedecem ao seu reino. Que todos os iníquos, em toda a parte, sejam aniquilados, mas que todos os que amam a Jeová sejam resguardados para a vida eterna. Que todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio, abençoem a Jeová. Que toda a coisa que respira louve a Jeová, porque se fará a Sua vontade.