Avisos da Obra Extraordinária de Jeová
1, 2. (a) Como tiveram a cristandade, Judá e Jerusalém exemplos de aviso do vindouro extermínio? (b) Como dava Isaías o aviso?
A CRISTANDADE, hoje em dia, tem naquilo que aconteceu a Judá e à Jerusalém um exemplo de aviso do que vai acontecer a ela. Judá e Jerusalém da antiguidade tiveram, por sua vez, seu exemplo de aviso do extermínio que viria sôbre elas, no extermínio que veio sobre o reino das dez tribos de Israel, cuja tribo principal era Efraim e cuja capital era Samaria. De fato, o nome Efraim foi usado para designar o reino inteiro das dez tribos de Israel. O extermínio de Efraim e de sua capital, Samaria, ocorreu nos dias do profeta Isaías, em 740. A. C. Antes de ocorrer, Isaías foi usado para dar um aviso, dizendo:
2 “Ai da coroa eminente dos bêbedos de Efraim, e da flor desvanecente de sua decoração de beleza, que está sôbre a cabeça do vale fértil dos que foram vencidos pelo vinho! Vê! Jeová tem alguém forte e vigoroso. Como uma tempestade de saraiva, uma tormenta dizimadora, como uma tempestade de poderosas águas transbordantes, assim êle certamente lançará por terra com fôrça. As coroas eminentes dos bêbedos de Efraim serão pisadas aos pés. E a flôr desvanescente de sua decoração de beleza que está sôbre a cabeça do vale fértil tem de ficar igual ao figo temporão antes do verão, o qual, quando visto pelo vidente, enquanto ainda está na sua palma, é engolido por êle.” — Isa. 28:1-4, NM.
3. (a) Quando Samaria foi feita a capital nacional, qual era a condição religiosa de Israel? (b) De que se embriagaram seus beberrões, e que espécie de decoração usavam?
3 Perto da extremidade ocidental dum vale fértil ergue-se um morro de cêrca de cem metros de altura, de encostas escarpadas, chamado Samaria, ou “monte de vigia”. Ali se construiu a cidade de Samaria. A sua situação era de grande beleza e encanto, e, segundo os antigos métodos de guerra, era um baluarte militar estratégico que podia ser vencido unicamente pela fome. Quando a cidade de Samaria foi feita a capital do reino das dez tribos de Israel, a nação já se desviara de Jeová e se tornara inimiga de Judá e de Jerusalém. Fêz até uma aliança com a Síria não-judaica contra o reino de Jeová em Judá. Havia constantes guerras entre Israel e Judá. A capital, Samaria, sede da adoração de Baal, estava cheia de bêbedos, especialmente de bêbedos políticos. Ficaram bêbedos não apenas do vinho literal, mas também do vinho político. Êste último era o vinho da independência política de Judá e também o vinho da aliança política com os sírios e com outros inimigos do reino de Jeová em Judá. Nas suas bebedeiras, coroavam as cabeças com coroas ou grinaldas de flôres. Era uma decoração de beleza; mas, era feita de flôres que se desvaneciam e que murchavam. Era uma coroa desvanecente, usada por aquêles bêbedos vencidos pelo vinho. Era uma coroa desvanecente usada pela capital inteira, Samaria, enquanto estava bêbeda dos prazeres do poder político independente, apoiado pelas alianças políticas.
4. Em que sentido haveria ais para a coroa perecível daqueles bêbados, e quem era o “forte e vigoroso“ usado por Jeová para executar a ira divina?
4 Ai daquela coroa perecível! declarou Jeová Deus por meio de Isaías, pois havia de ser pisada no chão. A glória de existir como reino seria estragada. O estado ébrio da satisfação dos próprios desejos a que se entregavam como reino cessaria abruptamente. A experiência desembriagante de serem derrubados e subjugados por uma forte potência mundial havia de fazer que Samaria e Efraim chegassem a sentir a séria realidade da situação. Isto seria um choque para os bêbedos de Samaria, porque o seu reino tinha rejeitado a Jeová e se tinha voltado para a adoração de bezerros de ouro e do deus falso Baal, e tinha lutado continuamente contra o rei ungido de Jeová que ocupava o ‘trono de Jeová’ no Monte Sião. A fim de derrubar o reino apóstata pertencente a Samaria, Jeová Deus tinha alguém “forte e vigoroso” para executar a ira divina. Quem era? A potência mundial assíria, cuja capital era Nínive. Semelhante ao inundante rio Eufrates, os exércitos conquistadores da Assíria marchariam através do país, devastando-o e destruindo Samaria, a capital. (Isa. 7:17-20; 8:7, 8) Rapidamente, assim como se engole um figo temporão do verão assim que é visto, desvanecer-se-ia a coroa decorativa dos bêbedos de Samaria.
5. Que deviam ter observado e feito os bêbedos de Jerusalém e de Judá? Como deu Jeová por meio deles, um aviso à cristandade moderna?
5 Não obstante, também Judá e Jerusalém tinham os seus bêbedos. Estes deviam ter observado o que aconteceu aos borrachos idólatras, ébrios de poder, de Efraim e Samaria, que haviam abandonado a Deus, e deviam ter tomado a peito o exemplo de aviso, ficando sóbrios. Para alertar Judá e Jerusalém a respeito do que as aguardava se não recuperassem o juízo, Jeová inspirou Isaías para que indicasse o que havia de acontecer ao reino vizinho de Efraim e de Samaria. Ao mesmo tempo, por fazer isso, Jeová deu aviso à hodierna cristandade do que a aguarda em breve no Armagedon.
6. A quem identifica Isaias então como bêbados de Judá e de Jerusalém? Em que estado ficaram as suas mesas?
6 Referindo-se então aos bêbedos de Judá e de Jerusalém, o inspirado Isaías disse: “E também êstes — por causa do vinho se perderam e por causa da bebida alcoólica inebriante perambularam. Sacerdote e profeta — perderam-se por causa da bebida alcoólica inebriante, ficaram confusos em resultado do vinho, perambularam em resultado da bebida alcoólica inebriante, perderam-se na sua visão, vacilaram na decisão. Porque as próprias mesas ficaram tôdas cheias de vômito imundo — não há lugar sem êste.” — Isa. 28:7, 8, NM.
7. (a) Que exigiam as obrigações do seu cargo dos sacerdotes levitas de Jerusalém? (b) Que exigiam os requisitos do seu cargo dos profetas de Jerusalém?
7 O rei e o povo recorriam aos sacerdotes e profetas de Jerusalém em busca de orientação espiritual e serviços religiosos. Êstes homens deviam ter exercido autocontrôle e não se deviam ter embriagado. Os sacerdotes levitas estavam sob a ordem de Deus de não beber nada inebriante antes de entrarem nos seus serviços religiosos. Tinham de manter o juízo e exercer cuidado para que não se tornassem presunçosos para com as coisas de Deus, violando as leis de Deus e as limitações que ele lhes impusera, sendo mortos por isso. (Lev. 10:1-11) Precisavam manter a mente clara para se poderem lembrar prontamente da Palavra de Deus e ensiná-la ao Seu povo. Deviam ser exemplos constantes que o Seu povo santo pudesse seguir. Era vergonhoso e desonroso para Deus, e um exemplo degradante para Seu povo que êstes profetas se embriagassem. Os requisitos do seu alto cargo como porta-vozes de Jeová exigiam dêles que tivessem visão clara e que sua faculdade de discernimento fôsse aguçada, para que vissem a vontade de Jeová. Precisavam ter a mente equilibrada, a fim de poder expressar as decisões de Jeová. Suas línguas não podiam ficar insensíveis e engrossadas com o excesso de bebidas alcoólicas, e ainda expressar compreensivelmente a mensagem de Deus.
8. A quem, porém, imitaram aqueles homens de encargo sagrado e com que resultado?
8 Lamentàvelmente, eles imitavam os bêbados de Efraim e de Samaria. Em vez de a Palavra de Deus proceder de suas bôcas, lançavam fora vômito. Êste sujava tudo. Bêbedos como estavam, caíram nêle e o esparramaram mais ainda. Ao fazerem isso, voltavam êles ao seu vômito, absorvendo-o outra vez? Não; voltavam para seu vinho, para que pudessem continuar na farra. Seu juízo ficou transtornado. Viam coisas falsas para a nação santa de Deus. Cambaleavam incertos no caminho em que andavam. Não podiam guiar a ninguém com segurança, nem ao destino certo. Só se podia esperar que cometessem os mesmos erros dos bêbedos de Efraim e de Samaria. Preparavam para si mesmos e para a nação que os seguisse um fim semelhante ao de Efraim e de Samaria. Ai dos sacerdotes e dos profetas bêbedos de Jerusalém! Não orientavam corretamente o povo de Jeová para a preservação do Seu reino típico, que Êle estabelecera entre êles. Não estavam em condições de ser conselheiros espirituais do rei que se assentava no ‘trono de Jeová’.
9. A quem da atualidade representaram eles muito bem? Que efeito inebriante é produzido por certas outras coisas além do vinho e das bebidas alcoólicas literais?
9 Quão bem eles representavam os espiritualmente bêbedos da cristandade dos tempos atuais! Além de vinho e bebidas alcoólicas literais, há outras coisas que embriagam os sacerdotes e pregadores da cristandade, ao ponto de induzi-los à sonolência, de fazê-los cambalear, de confundir as coisas para a sua visão religiosa, de induzí-los a lançar fora o vômito de coisas espiritualmente sujas e de ficarem obtusos e insensíveis quanto aos perigos que confrontam o mundo religioso e quanto aos verdadeiros interesses do reino messiânico de Deus.
10. Referindo-se a tais coisas que produzem a embriaguez espiritual, que clamou Jeová por meio de Isaias?
10 Referindo-se a tais coisas que produzem a embriaguez espiritual, Jeová clamou por meio do profeta Isaías: “Demorai-vos, ó homens, e ficai pasmados; cegai-vos, e ficai cegos. Ficaram bêbedos, mas não de vinho; cambalearam, mas não por causa da bebida alcoólica inebriante. Pois Jeová derramou sôbre vós, homens, um espírito de profundo sono; e êle fecha os vossos olhos, os profetas, e cobriu até mesmo as vossas cabeças, os videntes. E para vós, homens, a visão de tudo torna-se como as palavras do livro que foi selado, que eles dão a alguém que conhece a escrita, dizendo: ‘Lê isto em voz alta, por favor’, e ele tem de dizer: ‘Não posso, pois está selado’; e o livro tem de ser dado a alguém que não conheça escrita, dizendo alguém: ‘Lê isto em voz alta, por favor’, e êle tem de dizer: ‘Não conheço nenhuma escrita.’ ” Por isso se aproximaram de Deus apenas com a bôca, mas não com os corações; seguiram mandamentos de homens, não os de Deus. Portanto, êle lhes disse: “Por isso eis-me aqui, Aquele que agirá maravilhosamente contra este povo, de maneira maravilhosa e com algo maravilhoso; e terá de perecer a sabedoria dos seus sábios e se esconderá o próprio entendimento dos seus homens judiciosos.” (Isa. 29:9-14, NM) Esta espécie de embriaguez é mais detestável a Jeová Deus do que a embriaguez física.
11. (a) Que simboliza o vinho nas Escrituras? (b) Que vinha do reino espiritual foi rejeitada por Jeová, mas que vinha espiritual cultiva e protege ele?
11 No antigo Israel cultivavam-se vinhas para produzir vinho. Nas Escrituras usava-se o vinho para simbolizar a capacidade do reino de Deus de produzir alegria e animação. Visto que o antigo Israel não lhe era fiel como reino típico de Deus, ele rejeitou o Israel infiel como vinha típica do reino que ele cultivava. No entanto, Jeová Deus tem na congregação cristã que é leal aos interesses de seu reino uma vinha espiritual que ele cultiva e protege, e com esta se regozija. Jesus Cristo é a Vide; seus seguidores ungidos, que permanecem nele, são ramos, e esta vinha dá muito fruto para glorificar a Jeová. (Isa. 5:1-7; 27:2-6; João 15:1-8) Mas, a cristandade transformou-se numa vide estranha, alheia a Jeová. O vinho de seus sacerdotes e profetas-pregadores não é o espírito do reino de Deus, um espírito que induz alegria e entusiasmo puros e piedosos. Não é o vinho, junto com o leite, que Jeová Deus nos convida, por meio de Isaías, a vir e a comprar, “mesmo sem dinheiro e sem preço”. — Isa. 55:1, NM.
12, 13. (a) Qual é o vinho figurativo dos clérigos da cristandade, e que efeito tem sobre eles? (b) Depois de vomitarem, a que voltam eles, e como são um exemplo de aviso para as testemunhas de Jeová?
12 O vinho dos sacerdotes e dos profetas-pregadores da cristandade é o espírito dos reinos deste mundo. Serve-lhes de induzimento para acharem alegria e animação na política e nas controvérsias dos reinos terrestres debaixo de Satanás, o “dominador deste mundo”. (João 12:31; Mat. 4:8, 9, NM) Estimula-os a transigirem com este mundo e a entrar em alianças com ele, orando por ele e dando-lhe apoio moral. Os sacerdotes e profetas-pregadores têm nisso grande prazer, bem como nas honras, nos aplausos, nas amizades, nos favores e na proteção que recebem dos reinos deste mundo. Entregam-se em excesso a esta espécie de bebida e ficam embriagados com o espírito deste mundo. Ficam cheios e vomitam os seus proferimentos sujos.
13 Este vômito não significa que rejeitam aquilo com que se encheram, porém mostra que se entregaram a excessos, à bebedeira. É por isso que voltam ao vinho deste mundo, buscando-o outra vez, nunca ficando espiritualmente sóbrios. Por isso não vêem nada direito quanto ao reino de Deus acêrca do qual Jesus pregou. Vêem apenas de modo indistinto e confuso e, por isso, não podem ser guias seguros ao reino de Deus ou ao seu novo mundo. São exemplos de aviso para os superintendentes espirituais entre as testemunhas de Jeová hoje em dia. Os superintendentes não devem ficar embriagados com vinho e bebidas alcoólicas literais. Não podem tornar-se alcoólatras espirituais, dados ao vinho religioso, espiritual, dos reinos do mundo de Satanás. Esta não é a espécie de vinho que alegra o coração de Deus e os corações de homens de boa vontade. — Juí. 9:12, 13; Efé. 5:18.
ZOMBARIA SATÍRICA
14. Na sua zombaria, que rima cantarolavam os bêbados objetando ao discurso de Isaías?
14 Os sacerdotes e profetas bêbedos dos dias de Isaías objetaram às suas críticas, aos seus avisos e conselhos. Erguiam a sua voz em zombaría, dizendo: “A quem [semelhante a Isaías] se instruiria no conhecimento, e a quem se faria entender o que se ouviu? Aos que foram desmamados, aos afastados dos peitos? Pois é ‘mandamento sôbre mandamento, mandamento sôbre mandamento, linha de medir sôbre linha de medir, linha de medir sôbre linha de medir, um pouco aqui, um pouco ali’.” Ou, segundo a margem da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, cantarolavam esta pequena rima: “Pois é tsaw latsáw tsaw latsáw, qaw laqáw qaw laqáw, zeeir sham zeeir sham!” — Isa. 28:9, 10, NM.
15. Qual é o teor das objeções destes bêbedos a Isaías, na indignação deles?
15 Em outras palavras: ‘A quem pensa que está falando, êste Isaías? A quem pensa que está tentando instruir no conhecimento ou, fazer entender o que êle diz que ouviu? Pensa êle que está falando com crianças ainda nas fraldas, crianças apenas desmamadas e tiradas dos seios da mãe para começarem a comer mingau? Pois Isaías simplesmente continua com esta pregação repetida. Êle continua a martelar-nos os ouvidos com a mesma coisa: “Isto é o que Jeová mandou, e aquilo é o que Jeová mandou! Esta é a norma de Jeová pela qual se deve medir a conduta e o ensino, e aquela é a norma de medir de Jeová! É aqui na Palavra de Jeová que se acha isso, e é ali na Palavra de Jeová que se acha isso; aqui um pouco de conselho, e ali um pouco de conselho!” Isso tudo é só jargão para nós. É como conversa de crianças. Não é conversa para nós, adultos. Nós somos gente instruída e bem versada nos assuntos dêste mundo. Somos bastante espertos para fazer decisões que nos possam ajudar a sair de dificuldades e nos salvar do desastre. Isaías deve estar pensando que somos crianças. Isto é mesmo de rir!’
16. De modo similar, como consideram os clérigos da cristandade as hodiernas testemunhas de Jeová?
16 Nos dias de Jesus Cristo e dos seus apóstolos, os líderes religiosos do judaísmo eram assim. Hoje em dia, os clérigos religiosos da cristandade são assim para com as testemunhas de Jeová. Consideram as testemunhas hodiernas de Jeová assim como o sinédrio judeu considerou os apóstolos Pedro e João no banco das testemunhas, “illetrados e indoutos”. (Atos 4:13) Os clérigos consideram-se homens letrados, homens extraordinários, e, por isso, acham que estão obrigados a vestir-se de modo diferente e que merecem ser tratados com títulos, homens especialmente treinados para assumir a liderança religiosa e para ser reconhecidos como autoridades que nunca podem ser postas em dúvida. Acham que as testemunhas de Jeová, que não foram instruídas nas teologias da cristandade, mas que são bastante francas no falar, estão tratando os clérigos da cristandade como crianças imaturas, não instruídas, inexperientes, faltos de juízo e incapazes de cuidar de si próprios. As testemunhas de Jeová não lhes falam na linguagem dêles, a linguagem dos credos sectários, a linguagem do alto criticismo, a linguagem da filosofia. A nossa pregação bíblica é para os clérigos como uma língua estranha, um jargão todo nosso, igual à linguagem inculta dos bárbaros.
17. Não importa o que os clérigos pensem, o que é que decide se as testemunhas de Jeová são superiores na sua instrução religiosa?
17 Não importa o que pensem êstes clérigos eruditos, altamente instruídos da cristandade, a pergunta decisiva é: São as testemunhas de Jeová, não obstante, aquilo que Isaías 54:13 (NM) diz, “pessoas ensinadas por Jeová”? É a escola das testemunhas de Jeová realmente de nível mais elevado? Especializa-se ela na Palavra de Deus e no que a Sua Palavra diz, e não naquilo que homens opiniáticos dizem? Mostra a sua escola “um pouco aqui, um pouco ali” na Palavra de Deus quando se trata dum assunto de consideração religiosa?
18. Segundo Isaias 28:11-13, que resposta tem Jeová para estes escarnecedores bêbedos?
18 Provérbios 26:5 (Al) diz: “Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus olhos.” Jeová tinha uma resposta para os zombadores bêbados que diziam que Isaías falava como bárbaro que parecia gaguejar ou como homem de língua diferente da sua. “Porque”, disse Isaías a respeito de Jeová, “pelos gagos de lábios e por uma língua diferente falará a este povo, os a quem êle disse: ‘Êste é o lugar de descanso. Dai descanso ao cansado. E este é o lugar de sossego’, mas que não quiseram ouvir. E, para êles, a palavra de Jeová tornar-se-á certamente ‘mandamento sôbre mandamento, mandamento sobre mandamento, linha de medir sôbre linha de medir, linha de medir sôbre linha de medir, um pouco aqui, um pouco ali’, a fim de irem, e tropeçarem certamente para trás, e realmente serem quebrados, e enlaçados, e presos”. — Isa. 28:11-13, NM.
19. Como começou Jeová a falar-lhes por intermédio de gagos, segundo a sua profecia dada por Jeremias, e quem passou por esta experiência com proveito?
19 No século depois de Isaías, Jeová começou a falar por meio de gagos duma língua diferente daquela dos sacerdotes e profetas bêbados de Jerusalém. Jeová falou-lhes por meio de bárbaros literais, que falavam o que soava como palavreado sem sentido, língua bárbara, a saber, por meio dos babilônios sob a chefia do Rei Nabucodonosor. Alguns anos antes de o rei de Babilônia destruir Jerusalém e seu glorioso templo, Jeremias profetizou, dizendo: “Eis que trarei sobre vós uma nação de longe, ó casa de Israel, diz Jehovah; é . . . uma nação cuja língua não sabes, nem entendes o que dizem. A sua aljava é um sepulcro aberto, todos eles são valentes. . . . com a espada derrubarão as tuas cidades fortificadas, em que confias.” (Jer. 5:15-17; compare-se com Ezequiel 3:5, 6) Os judeus não deram ouvidos ao conselho de aviso de Deus, dado por meio de Isaías. Isaías falava a língua dêles, sem gaguejar, mas os espiritualmente bêbados recusaram-se a entender o que falava, como se êle falasse numa língua estranha. Portanto, agora, Jeová Deus falava com êles pela disciplina dura administrada pelas mãos dos babilônios, que falavam uma língua diferente, num estilo que parecia gaguejo. Por quase setenta anos, ou desde 607 A. C., quando foram levados cativos à Babilônia, e até a destruição de Babilônia em 539 A. C., os judeus exilados tinham de ouvir os mandamentos e as normas de medição dos babilônios, e tinham de obedecer-lhes como seus escravos. Um restante de judeus fiéis passou por esta disciplina com proveito.
20. A quem suscitou Jeová como executor semelhante a Nabucodonosor? Como trataram os judeus o aviso dado por Jesus?
20 Nabucodonosor e os babilônios já estão há muito mortos como nação. Hoje em dia, porém, Jeová tem suscitado o seu Servo maior como Executor das sentenças divinas, seu Filho ungido, o Rei Jesus Cristo. Este Ungido, ou Cristo, é a Cabeça, ou Chefe, da congregação ungida de seguidores semelhantes a ovelhas. No primeiro século da Era Cristã, os judeus de Judá e de Jerusalém tratavam Jesus Cristo assim como os antigos bêbedos trataram Isaías. Não deram ouvidos ao aviso profético de Jesus referente à vindoura destruição de Jerusalém pelas legiões romanas no ano 70 (E. C.). Somente um restante semelhante a ovelhas, um “pequeno rebanho”, voltou-se para Jesus Cristo, o Isaías Maior, e recebeu conselho sôbre como escapar da vindoura destruição de Jerusalém e da província de Judá. A maior parte dos judeus seguiu seus sacerdotes e profetas espiritualmente bêbados, que rejeitaram o reino de Deus, exercido por seu Messias, e que clamaram: “Não temos outro rei senão Cesar”. — João 19:15.
21, 22. (a) Como trataram os judeus o aviso dado pelos seguidores de Jesus, e como apoiou Deus a mensagem destes? (b) Para quem era este apoio divino milagroso um sinal?
21 Para êstes judeus, o Messias Jesus Cristo e seus fiéis seguidores estavam falando como que numa língua estranha, incompreensível. Os judeus fecharam os ouvidos ao aviso. Durante os anos que se seguiram à morte de Jesus em 33 (E. C.), os discípulos continuaram a pregar o dia da vingança de Deus, que havia de vir sobre os judeus. Para dar peso adicional à mensagem, Deus forneceu até àqueles primitivos discípulos o dom milagroso de falar em línguas estrangeiras. O apóstolo Paulo explica a finalidade disso:
22 “Irmãos [em Cristo], não vos torneis meninos nos poderes do entendimento, mas sede crianças quanto ao mal; contudo tornai-vos adultos nos poderes do entendimento. Na Lei [em Isaías 28:11] está escrito: ‘ “Com as línguas de estrangeiros e com os lábios de estranhos falarei a este povo [Israel], e, contudo, nem mesmo assim me darão ouvidos”, diz Jeová. Por conseguinte, as línguas servem de sinal, não para os crentes [cristãos], mas para os descrentes.” (1 Cor. 14:20-22, NM) Isto significa que as línguas eram um sinal para os descrentes que eram semelhantes aos judeus levados para Babilônia em 607 A. C. e que precisavam ouvir o idioma babilônico na própria Babilônia, a fim de crer que Isaías falara a verdade e era verdadeiro profeta de Jeová.
23. Visto que Paulo aplicou mais adiante a profecia de Isaias, quando tem ela seu cumprimento completo e final? Precisa-se do dom milagroso de línguas para fazer a mensagem “diferente”?
23 O apóstolo Paulo transportou assim a aplicação da profecia de Isaías para esta era cristã. A profecia de Isaías não deixou de ter aplicação depois da volta do restante dos judeus do longo exílio em Babilônia e depois do fim da primeira desolação de Jerusalém. Do mesmo modo, a profecia de Isaías não cessou de aplicar-se depois de a Jerusalém ter sido destruída pelos romanos no ano 70, tempo em que os judeus sobreviventes foram levados cativos a tôdas as nações gentias, falando com eles ali, não os cristãos que falavam a língua dos judeus, mas os gentios, cujos lábios pareciam gaguejar ao falarem idiomas não-judaicos ou estrangeiros. Portanto, a profecia de Isaías tem a sua aplicação completa e concludente em nossos dias, desde 1914. Deveras, Jeová não fala agora por meio de suas testemunhas cristãs por meio do dom de línguas estranhas, como fez no dia de Pentecostes, há dezenove séculos. Tal dom milagroso de línguas estranhas não é hoje necessário para se convencer os descrentes do judaísmo e da cristandade. A nossa mensagem de Isaías não precisa ser num idioma estranho para ser chamado de “diferente”.
24. Igual a Jerusalém, que confronta agora a cristandade? Que lugar de descanso desconsiderou ela, apesar de se lhe chamar atenção a ele?
24 Como no caso de Jerusalém, nos dias dos apóstolos, assim é com a cristandade neste “tempo do fim” dêste mundo. Ela esta confrontada com a execução pelo grande Servo de Jeová no Armagedon. Desde o princípio do “tempo do fim” em 1914 chamou-se-lhe a atenção ao lugar de descanso provido pelo Senhor Deus, o lugar em que depositamos nossa esperança e buscamos descanso da fadiga do mundo de Satanás. Êste lugar de descanso e sossego alivia-nos dos temores dêste mundo e nos fornece uma habitação segura e um refúgio. Este lugar é o reino de Deus nas mãos do seu Filho Ungido, Jesus Cristo, que agora reina nas alturas régias da Sião celestial.
25. Por que mostrou a cristandade que ela ‘não quer ouvir’? Como lhe parece a mensagem proferida?
25 Instou-se repetidamente com a cristandade, animando-a a conduzir o povo ao reino estabelecido de Deus, a fim de ‘dar descanso ao cansado’. Todavia, porque Jeová chamou-lhe a atenção a êste assunto por meio de seu restante de testemunhas ungidas, a cristandade é obstinada e orgulhosa. Também, visto que ela está tôda absorta na sua própria teologia e nos seus próprios planos, e está bêbeda com o vinho das relações político-religiosas com êste seu mundo, ela mostrou que ‘não quer ouvir’. Ela mesma não buscou este lugar de descanso do Reino e não empreendeu a pregação das boas novas do reino de Deus, em testemunho a tôdas as nações. Em rejeição do Rei e do reino de Deus, ela tem combatido as testemunhas de Jeová e tem tentado destruí-las e fazer parar a sua pregação do Reino. As testemunhas de Jeová estão, para a cristandade, gaguejando numa língua estranha uma mensagem muito estranha, a qual ela menospreza com zombarias.
26. Que coisa devia a cristandade saber com certeza quanto a Jeová falar a ela por meio de suas testemunhas?
26 Saiba a cristandade uma coisa com certeza. Jeová Deus não vai continuar para sempre a usar de longanimidade para com ela. Não vai para sempre falar-lhe por meio de suas testemunhas pacíficas e inofensivas, que são perseguidas por ela. Assim que êle decidir que já durou bastante a pregação que elas fazem do Seu reino já dominante e do dia de Sua vingança, êle agirá por meio de suas forças executoras no campo de batalha do Armagedon.
27. Então, o que ouvirá a cristandade, e que farão os seus lideres religiosos, para a sua própria aniquilação?
27 O que a cristandade ouvirá então no meio do rugir da batalha do “grande dia do Deus Todo-Poderoso” será que êle põe em vigor o mandamento sôbre mandamento, linha de medir sôbre linha de medir, um pouco aqui e um pouco ali. A cristandade descobrirá então do modo difícil que as testemunhas de Jeová falaram a Sua mensagem e que ela não tinha nada de zombar dela, embriagada, com tsaw latsáw tsaw latsáw, qaw laqáw qaw laqáw, zeeir sham zeeir sham! Nós, testemunhas de Jeová, temos avisado a cristandade e temos instado com ela para que se arrependa; mas ela tem continuado na sua bebedeira e continuará nela, até que Deus execute a sua sentença de destruição. Seus líderes religiosos e seus rebanhos sectários ‘irão, e tropeçarão certamente para trás, e realmente serão quebrados, e enlaçados, e presos’. Isto significa o aniquilamento!
28. Sem deixar-se silenciar, que proclamação severa do profeta Isaias repetem as testemunhas de Jeová?
28 As testemunhas de Jeová recusam deixar-se silenciar por tôda esta zombaria e escárnio. Repetem a seguinte proclamação severa do profeta Isaías: “Portanto, ouvi a palavra de Jeová, vós, fanfarrões, vós, governantes dêste povo que está em Jerusalém [que prefigurou a cristandade atual]: Porque vós, homens, dissestes: ‘Celebramos um pacto com a Morte e realizamos uma visão com o seol; a enxurrada transbordante, caso passe, não nos atingirá, pois fizemos da mentira o nosso refúgio e nos escondemos na falsidade’; portanto, isto é o que disse o Senhor Jeová: ‘Eis que coloco uma pedra por alicerce em Sião, uma pedra provada, a esquina preciosa de alicerce seguro. Ninguém que exerça fé ficará em pânico. E eu farei da justiça a linha de medir e da retidão o nível; e a saraiva tem de varrer o refúgio de mentira, e as próprias águas levarão de enxurrada o lugar de esconderijo. E o vosso pacto com a Morte será certamente dissolvido, e a visão vossa com o Seol [o túmulo comum] não ficará de pé. A enxurrada transbordante, quando ela passar — vós também tereis de tornar-vos para ela um lugar de atropêlo. Quantas vêzes ela passar, arrastará a vós, homens, porque passará manhã após manhã, durante o dia e durante a noite.’ ” — Isa. 28:14-19a, NM.
REFÚGIO NUMA MENTIRA
29. Por que se sentem tão seguros de si os governantes espiritualmente bêbedos da cristandade? Como foi isso prefigurado pelos governantes jactanciosos de Samaria e de Jerusalém?
29 Os governantes fanfarrões, zombadores, espiritualmente bêbedos da cristandade sentem-se absolutamente seguros. Pensam que fizeram tôdas as provisões e que tomaram as devidas precauções contra o dia da ira divina, a fim de evitar que aconteça o que sucedeu a antiga Samaria e Jerusalém. Dizem que se precaveram contra ser mortos e enterrados. Como? Por se refugiarem no que as testemunhas de Jeová chamam de mentira, e por se esconderem naquilo que as testemunhas dizem ser falsidade. Nos dias de Isaías, refugiaram-se os governantes jactanciosos e bêbedos de Samaria e de Jerusalém nas mentiras da doutrina duma trindade, na doutrina dum inferno de fogo de tormento eterno, na doutrina do fim ardente de nossa terra e do universo, e em doutrinas similares? Esconderam-se atrás de tais doutrinas falsas quando se viram na iminência de ser atacados, sitiados e destruídos pela potência mundial da Assíria e depois pela da Babilônia? Não; Samaria buscou ajuda numa aliança de proteção com a Síria. E Jerusalém, por sua vez, apelou primeiro para a Assíria, e, finalmente, quando esta lhe falhou, Jerusalém tomou refúgio atrás do Egito e escondeu-se atrás dos cavalos, dos carros e dos exércitos do Egito. Quando os sitiantes babilônicos, certa vez, se retiraram por causa da aproximação do exército de Faraó, os governantes, sacerdotes e profetas de Jerusalém, favoráveis ao Egito, tinham certeza de que tinham um refúgio seguro e um lugar de esconderijo em que o inimigo nunca podia penetrar.
30. De modo similar, neste tempo do fim, em que se refugiou e escondeu a cristandade?
30 Assim também é neste tempo do fim, quando as testemunhas de Jeová estão avisando especialmente a cristandade a respeito da aproximação das fôrças executoras de Deus no Armagedon. Os governantes dela, apoiados pelos seus sacerdotes e profetas, refugiaram-se, não no lugar de descanso e no lugar de sossêgo provido por Jeová, mas em alianças mundanas. Primeiro, a cristandade propôs a Liga das Nações e se refugiou nela, de 1919 até 1939. Daí, a partir de 1945 e até agora, ela se escondeu atrás da organização de paz e segurança mundial, as Nações Unidas. Não dando atenção às testemunhas de Jeová, a cristandade diz em efeito:
31. Que diz, em efeito, a cristandade, cheia de confiança em si própria e em desafio às testemunhas de Jeová?
31 ‘Vocês, testemunhas, com a sua mensagem do dia da vingança de seu Deus, Jeová, não nos podem amedrontar. A morte e o Seol que vocês predizem para nós não nos podem afetar nem prejudicar. Nós temos boas relações com a morte, de modo que ela não nos tocará com estas forças executoras do Deus de vocês, Jeová. Nós sobreviveremos e vocês não. Nós temos boas relações com o Seol, que vocês, testemunhas, dizem ser o túmulo comum. Temos uma visão com êle; nós temos a mesma visão quanto ao resultado dêste assunto. O Seol não abrirá a sua bôca, nem se ampliará para nos receber, e vocês, testemunhas de Jeová, nunca poderão enterrar os nossos ossos depois daquilo que vocês chamam de Armagedon. Ha, ha! Nós fizemos uma vez o nosso refúgio a Liga das Nações e a Côrte Internacional de Justiça. Desde a Segunda Guerra Mundial nos escondemos atrás das Nações Unidas, com as suas forças de segurança, sua Comissão do Desarmamento, sua Corte Internacional de Justiça, e todas as alianças e pactos defensivos que formamos dentro da estrutura das Nações Unidas. Portanto, tais forças de destruição, a respeito das quais vocês, testemunhas de Jeová, estão fazendo uma pregação tão espetacular, nunca nos atingirão na morte e no Seol. Serão rechaçadas, e o nosso refúgio egípcio e o nosso lugar de esconderijo resistirão. São a nossa última e única esperança, mas não nos falharão. Mostrar-se-ão fiéis, e vocês, testemunhas, se mostrarão choramingueiros de calamidades, falsos profetas, assim como sempre dissemos que vocês são.’
32, 33. (a) Em que se refugiaram os governantes da cristandade conforme dizemos nós, testemunhas de Jeová, segundo provado pelos Salmos 62:8, 9 e 33:17-19? (b) Que se mostrou a Liga das Nações quanto a ser refúgio e lugar de esconderijo, e o que se mostrarão as Nações Unidas?
32 Mas, apoiados na Palavra certa de Deus, nós testemunhas de Jeová dizemos que os governantes políticos e religiosos da cristandade tomaram por refúgio um arranjo mentiroso e enganoso. Esconderam-se atrás do que se mostrará falso para com êles atrás de deuses falsos, atrás de aliados em que não se pode confiar, atrás daquilo que não é capaz de enfrentar as fôrças que operarão no tempo da execução divina. Citamos o Salmo 62:8, 9 (NM): “Deus é para nós um refúgio. . . . Deveras, os filhos do homem terreno são um sôpro, os filhos da humanidade são mentira. Quando postos na balança, são todos juntos mais leves que um sôpro.”
33 Nós, testemunhas, citamos também o Salmo 33:17-19: “Falaz é o cavalo [de guerra do Egito] para a segurança, e pela sua grande força a ninguém pode livrar. Eis que os olhos de Jehovah estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade, para livrar da morte as suas almas, e conservar-lhes a vida em tempo de fome.” A cristandade tem hoje uma simbólica “imagem da bêsta-fera”. Cada membro das Nações Unidas participou em estabelecê-la ou em mantê-la para a adoração, como ídolo para a adoração por parte das nações mundanas. Acêrca disso acha-se escrito em Jeremias (10:14, 15): “A imagem que ele fundiu é mentira, e nelas não há folego. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação perecerão.” Por isso dizemos nós, testemunhas: Os cavalos de guerra do antitípico Egito não servirão de nada à cristandade. As imagens inspiradas pelo Diabo e feitas pelo homem, simbolizando paz e segurança, agora adoradas pelas nações, mostrarão que não são deuses. A aliança das religiões da cristandade com êste mundo político é uma ilusão impura e ímpia. A Liga das Nações provou ser mentira como refúgio e lugar de esconderijo, mesmo sem a intervenção da batalha do Armagedon. E agora, na iminência da literal “guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, as Nações Unidas não são menos mentira e falsidade! Jeová diz isso por meio de sua Palavra.
34. Onde colocou Jeová a base para um governo estável e duradouro, e quando colocou ali esta base?
34 A única esperança da humanidade, nosso único refúgio e lugar de esconderijo, é em Sião, o reino celestial de Deus. Ali, como base dum governo estável e duradouro, Jeová colocou seu Filho, sua Pedra provada, sua Pedra preciosa de alicerce seguro, Jesus Cristo, o Rei. (Isa. 28:16; 1 Ped. 2:4-6; Rom. 9:32, 33; 10:6-10; NM) Jesus é aquêle a quem Jeová ungiu, provou e experimentou, aquêle que provou ser fiel à soberania divina. Apesar de Jesus ter sido rejeitado como rei pelos judeus no ano 33, Jeová o ressuscitou dentre os mortos e o colocou na Sião celestial; e é ali que o apóstolo João viu Jesus, na Revelação (Apocalipse) que lhe foi dada, estar junto de sua congregação de 144.000 fiéis seguidores ungidos. — Apo. 14:1-5.
35. Quando colocou Jeová a sua Pedra preciosa em Sião em sentido indisputável? Por que então?
35 A cristandade rejeitou similarmente a Jesus Cristo no clímax da Primeira Guerra Mundial, em 1918. Não obstante, Jeová colocou a sua Pedra preciosa na Sião celestial em sentido indisputável. Por quê? Porque por volta de 1918 o Rei entronizado e ungido de Jeová, Jesus Cristo, tinha-se mostrado precioso para Deus. Mostrou-se bem sucedido sob a prova e experiência durante a guerra que irrompeu no céu em 1914 e que resultou em livrar o céu de Deus da presença do Diabo e na expulsão dêste e dos seus anjos demoníacos para a vizinhança desta terra, onde ficam reservados por um curto período de tempo antes de serem lançados no abismo, no Armagedon.
36. O que escolheu a cristandade, e por que ficou ela tomada de pânico para se refugiar e esconder ali?
36 A cristandade rejeitou o Rei entronizado de Jeová. Tanto antes da Segunda Guerra Mundial como desde então, ela tem feito a sua escolha. Decidiu-se a favor das alianças mundanas, não a favor da Pedra real de Jeová, colocada irremovívelmente na Sião celestial. Apesar do fracasso da Liga das Nações, as igrejas católicas e protestantes da cristandade ainda não enxergam a Pedra real no Monte Sião, proclamada pelas testemunhas de Jeová em voz tão alta, especialmente desde 1926.a Estes sistemas religiosos que professam a Cristo escolheram as Nações Unidas e depositaram a sua esperança nelas. Confrontado com a ameaça do comunismo mundial e com a destruição da civilização moderna e materialista do século vinte, a cristandade ficou tomada de pânico e se refugiou e escondeu atrás das Nações Unidas. Deposita a sua última esperança nesta organização composta de muitas nações de ideologias políticas diferentes e de crenças religiosas diferentes, cristãs, judaicas, muçulmanas, pagãs e comunistas.
37. Por que não ficaram as testemunhas de Jeová tomadas de pânico ao ponto de entrarem nas Nações Unidas, e a que refúgio e esconderijo convidamos todas as pessoas semelhantes a ovelhas? Por quê?
37 No entanto, mesmo sob ódio e perseguição internacionais, as testemunhas de Jeová não ficaram tomadas de pânico ao ponto de entrarem nas Nações Unidas. Em 1918-1919, depositaram a sua fé na cabalmente provada e preciosa Pedra de Jeová em Sião. Recusaram adorar a Liga das Nações, mas declararam a sua ruína. Agora recusamos adorar as Nações Unidas e confiar nelas, e também declaramos a vindoura ruína delas. Estribamo-nos na Pedra real em Sião para ter refúgio e esconderijo, e não participamos dos temores, das aflições e das angústias do mundo. Ainda estamos aqui, imutávelmente apoiados na preciosa Pedra de Jeová, e pregamos e convidamos tôdas as pessoas semelhantes a ovelhas, em tôda a terra, a se refugiarem e se esconderem diante do Armagedon atrás da Pedra de Jeová. Nossa esperança está no reino de Jeová por Cristo. Êste reino não é mentira quanto a ser refúgio; é verdade. Êste reino não é falsidade quanto a ser lugar de esconderijo; é uma realidade digna de confiança. Este reino durará enquanto durar a verdade — para sempre!
[Nota de Rodapé]
a Veja-se The Watch Tower de 15 de outubro de 1926, página 310, §26-30.