Ateísmo e o pensamento humano
“Há muitas razões diferentes para se crer em Deus”, escreve C. S. Lewis em A Causa do Cristianismo, publicado em inglês, “e eu mencionarei aqui apenas uma. É à seguinte. Suponhamos que não tivesse havido uma inteligência como causa do universo, nenhuma mente criativa. Neste caso, ninguém projetou o meu cérebro com o fim de pensar. Acontece apenas que, quando os átomos dentro do meu crânio, por razões físicas ou químicas, se arranjam em determinada ordem, eu tenho, como subproduto, a sensação que eu chamo de pensamento. Mas, neste caso, como posso confiar em que o meu próprio pensamento seja certo? Isto é como derrubar uma garrafa de leite e esperar que a maneira em que o leite se esparrama lhe forneça um mapa de Londres. Mas, se eu não puder confiar nos argumentos que conduzem ao ateísmo, [eu] não tenho razão para ser ateu. . . . A menos que eu creia em Deus, não posso crer no pensamento; por isso, nunca posso usar o pensamento para descrer de Deus.”