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  • A espiritualidade e a sinagoga moderna

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  • A espiritualidade e a sinagoga moderna
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
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w62 1/6 pp. 344-347

A espiritualidade e a sinagoga moderna

“JUDEUS Ouvem a Chamada Para Espiritualidade.” Assim rezava o cabeçalho de um artigo noticiando um congresso dos rabinos conservadores, realizado no Lago Kiamisha, Nova Iorque. Passava a dizer como o Dr. S. Greenberg, vice-chanceler do Seminário Teológico Jucaico da América, fez um apelo para o renascimento do livro de orações e para a sinagoga vencer o “impasso espiritualmente estéril” dos grupos judaicos seculares, como o sionismo, dos Estados Unidos. — Times de Nova Iorque, 26 de abril de 1961.

Em princípios do ano, dois porta-vozes do judaísmo moderno, em discursos proferidos no Instituto Theodor Herzl, na cidade de Nova Iorque, expressaram-se no mesmo teor. Um deles falou contra a tendência de laicizar a sinagoga e o outro sobre a falta de espiritualidade da parte de muitos rabinos.

Qual é a causa básica de tais condições e tendências? Naturalmente, para se entender o problema é necessário primeiro ter algum conhecimento da instituição da sinagoga, de sua organização, do seu local e da sua forma de adoração. Além dos próprios judeus, relativamente poucos sabem acerca da sinagoga. Segundo um recente número de United Synagogue Review o expressou aptamente: “O judaísmo tem sido freqüentemente chamado de a religião menos conhecida.”

Basicamente, a sinagoga é uma instituição democrática. Surgiu como escola popular na religião. Assim, uma placa no saguão da principal sinagoga reformada da cidade de Nova Iorque reza: “O objetivo da sinagoga livre é reafirmar o ideal democrático de Israel, democratizar de novo tanto o espírito como a forma da sinagoga atual. — S. S. Wise.” Um grupo da sinagoga elege os seus próprios dirigentes, seu presidente e a junta de diretores, seu próprio rabino e seu próprio hazzan ou cantor. O cantor pode ser um leigo ou profissional, de tempo parcial ou de tempo integral, conquanto que esteja familiarizado com a liturgia hebraica usada pela determinada congregação e tenha voz aceitável.

A maioria das sinagogas têm uma escola diurna relacionada com elas para ensinar às crianças o idioma hebraico e os costumes hebraicos, aos domingos e após as horas escolares. E cada vez mais sinagogas estão estabelecendo escolas paroquiais para a juventude. Muitas sinagogas têm também centros de recreação, de esporte, de baile, de massagem e atividades similares.

As grandes sinagogas têm, em geral, uma “Sinagoga Pequena”, que é usada quando grupos menores se reúnem, como em casamentos e em ofícios de verão. A sinagoga pequena é tão completa quanto a grande.

A maioria das sinagogas pertence a uma federação do determinado ramo do judaísmo, que aceitam: ortodoxa, conservadora (um pouco menos ortodoxa) e reformada (não-ortodoxa); a federação exerce certa medida de supervisão e certo grau de disciplina. Há, porém, mais preocupação sobre as práticas do que sobre as crenças.

A PRÓPRIA SINAGOGA

As sinagogas ortodoxas estão construídas de modo que dão para o leste, em direção a Jerusalém. Na parte da frente há o compartimento ou na parede que abriga os rolos da Torá, assim como no templo de Salomão a arca da aliança continha os livros da lei. Na frente do compartimento reluz a “Luz Eterna”, em imitação da Shekinah, a luz sobrenatural que reluzia acima do propiciatório da arca da aliança no Santíssimo ou parte mais recôndita do templo e representava a presença de Jeová Deus. Acham-se invariavelmente dispostas as duas tábuas em que estão inscritos os Dez Mandamentos. Há, também, na frente, um palco e uma tribuna de orador, ladeada de assentos de honra que encaram a sinagoga. — Deu. 31:26.

Há adicionalmente uma tribuna para aquele que dirige as orações e aqueles que fazem a leitura da Tora ou Lei. Nas sinagogas que usam o rito alemão ou Ashkenazïc e a liturgia baseada no Talmude de Jerusalém, esta tribuna se acha para a frente. Na forma de adoração hispano-portuguesa ou sefardínica, baseada no Talmude de Babilônia, esta tribuna se acha mais ou menos no centro da sinagoga. O objetivo disto é facilitar aos que se acham na assistência a tomar parte na leitura, bem como a ouvir melhor o que se diz.

Outro acessório da sinagoga, o qual faz lembrar da adoração do templo, é o candeeiro com os seus sete braços e luzes.

Assim como no templo de Herodes havia um átrio das mulheres, assim também há nas sinagogas ortodoxas uma seção separada para elas, nas grandes sinagogas é o balcão superior. Em resultado de tal segregação, relativamente poucas mulheres se acham presentes no culto matinal do sábado; em certa grande sinagoga apenas um punhado de mulheres foram vistas, em comparação com as várias centenas de homens e rapazes. Na sinagoga reformada, que mais freqüentemente é chamada de templo, não há tal segregação. Na maioria das sinagogas conservadoras isso é negligenciado, embora aceito em princípio. O mesmo, mais ou menos, se dá com costumes tais como usar chapéu e usar xale de oração no culto de sinagoga.

FORMA DE ADORAÇÃO

Nos tempos passados, não era voluntário a pessoa pertencer a uma sinagoga. Em virtude da pressão social, o judeu não tinha escolha; ele ou pertencia à sinagoga ou era um homem sem pátria. De modo que na Alemanha, nos tempos passados, os estudantes judeus do curso médio eram ensinados por um rabino empregado pelo governo e não tinham escolha no assunto. Visto serem judeus, tinham de estudar sob a orientação dele e tinham de ter notas médias na sua religião judaica, a fim de passar.

Nos tempos modernos, especialmente nos países ocidentais, é voluntário pertencer a uma sinagoga, e alguns judeus até pertencem a mais de uma sinagoga, a uma ortodoxa e outra reformada, por razões particulares. Em harmonia com o fato de ser chamada de “shul” ou escola, o superintendente da mesma é chamado de rabino, que significa mestre. Até mesmo dois dos que começaram a seguir a Jesus lhe disseram: “Rabi, (que significa, quando traduzido, Mestre,) onde estás hospedado?” Sim, os discípulos de Jesus o reconheceram como o seu Rabi ou Mestre, mas ele limitou este título a si próprio. — João 1:38; Mat. 23:7, 8.

Acima de tudo na adoração na sinagoga acha-se o ofício regular do sábado, que na sinagoga ortodoxa sefardínica pode durar das oito às doze horas da manhã, ou sejam quatro horas. Consiste em longas orações, leituras dos Salmos, cânticos do credo, de Shema; leituras da Tora, a Lei; e os Profetas, Haftora; e um sermão. Exceto o sermão que é na língua vernácula, tudo é em hebraico e cantado ou salmodiado. A maior parte do cântico e do salmodiar é entoado pelo cantor solista, com respostas de duração variada da parte dos adoradores. A intervalos, um coro treinado, cujos serviços são pagos, canta, com ajuda de vozes infantis. Música de órgão faz parte da adoração nas sinagogas conservadoras e reformadas, mas não na ortodoxa. Assim sendo há o canto do cantor ou hazzan, dos adoradores, e do coro. É interessante notar que a música parece ter desempenhado grande papel no culto do templo, conforme se pode ver das freqüentes referências feitas aos cantores em relação a isso, desde Primeiro Reis até o livro de Neemias.

É também costume realizar serviço diário de sinagoga de manhã e à noitinha, de cerca, de meia hora, consistindo em orações e em recitação do credo ou Shema. Nas segundas-feiras e nas quintas-feiras lê-se também a Tora. Este costume foi instituído, segundo se diz, porque nos tempos antigos esses eram os dias em que havia mercado e, portanto, os judeus iam à cidade e podiam freqüentar a sinagoga. Segundo outros, porém, a razão de se ler a Lei nesses dias era que nenhum judeu jamais passaria três dias sem ouvir a Lei.

Em adição a essas fases regulares da adoração de sinagoga há certos dias de festa, algumas muito solenes, outras de grande alegria. Os dois feriados solenes ou santíssimos: “Dias de Reverência”, são o dia de Ano Novo ou Rosh Hashana e o Dia de Expiação, ou Yom Kippur. Esses marcam o começo e o fim de um período conhecido como “Os Dez Dias de Penitência”. Cada um desses dois dias tem as fases acompanhantes, como o de tocar a trompa de sofar no Dia do Ano Fosse. Numa sinagoga verdadeiramente ortodoxa realizam-se trabalhos contínuos desde a manhã até à noite no Dia de Expiação, e o judeu devoto deve permanecer na sinagoga o dia inteiro, ouvindo e jejuando, segundo a maneira dos judeus antigos. Quem é especialmente piedoso faz, também, vários outros jejuns.

Entre as ocasiões alegres celebradas na sinagoga se acham as três festas anuais: Pesach ou Páscoa, Shabuoth ou Pentecostes e Sukkoth ou a Festa dos Tabernáculos, todas estas sendo originalmente ordenadas por Moisés. Duas festas adicionais após os seus dias são a de Purim e Hanukkah, a primeira em comemoração da vitória dos judeus nos dias de Mardoqueu e da Rainha Ester, a última, a celebração da rededicação do templo no tempo dos Macabeus. — João 10:22.

A sinagoga é também o lugar para dar nome a bebês do sexo feminino, embora não seja parte dos trabalhos regulares do sábado. Todavia, a cerimônia por meio da qual o menino judeu, aos treze anos de idade, é reconhecido como um “filho do dever ou da lei”, conhecida como Bar Mitzvah, faz parte. Nesse dia de sábado, ele é chamado para fazer a sua parte de leitura das Escrituras para aquele dia, fazendo comentários e expressando a sua gratidão. A cerimônia de Bar Mitzvah deu origem à cerimônia de confirmação nas sinagogas reformadas, e, visto que não dão ao menino uma posição preferida, confirmam meninas bem como meninos.

Os funerais não são oficiados na sinagoga, mas os casamentos o são. Não se faz coleta, embora se possam fazer ofertas especiais. A adoração é financiada por taxas e ofertas voluntárias da parte dos membros. Nas sinagogas ortodoxas os homens não tiram o chapéu como gesto de respeito, e, ao entrarem na sinagoga para o culto matinal, usam também um xale, recebendo um do assistente, caso não tenham um próprio. Em todos esses assuntos o culto da sinagoga reformada se parece mais ao culto da igreja protestante do que ao judaico ortodoxo, estando a sinagoga conservadora no meio.

CONDUZ À ESPIRITUALIDADE?

Tende toda esta forma de adoração para a espiritualidade? Uma coisa que definitivamente tende para a falta de espiritualidade é a separação entre os rabinos e os leigos, a qual se vem tornando cada vez mais acentuada no culto de sinagoga, tomando o adorador cada vez menos parte ativa e se tornando cada vez menos informado. Isto se dá em especial com a geração mais nova.

A segunda fraqueza é a adulação dada aos rolos da Torá. “Não há objeto mais sagrado do que o rolo da Torá”, diz-se-nos. A sua remoção da arca é acompanhada de rito, bem como ao ser colocado de volta, e é tido como uma grande honra receber permissão para o carregar. É envolto num pano de veludo muito ornamentado e com enfeites nos cantos. Mas quão esclarecedor é tudo isso? Ajuda a pessoa a entender e a apreciar o seu conteúdo?

Ao invés de dar ao rolo em si mesmo tanta atenção, não seria melhor fazer ressaltar as suas leis? Por exemplo, estão os na assistência culpados de olhar para outros deuses, às Nações Unidas ou outras organizações políticas, ao invés de ao Deus da Bíblia em busca de orientação e ajuda? São os filhos obedientes e submissos? A Lei condena o assassínio, mas não é violar esse mandamento empenhar-se na guerra dos gentios? O que dizer do resto dos mandamentos: Não matarás, não cometerás adultério, não darás falso testemunho e não cobiçarás? Certamente, mediante aprender a obedecer a tais mandamentos, se daria mais honra à Torá do que por simplesmente realizar um rito.

A coisa mais grave de todas é a falta de fé na Torá como sendo a inspirada Palavra de Deus, entregue a Moisés pelo Criador. O judaísmo em todos os seus ramos vem tomando cada vez mais parecer liberal relativo à Torá como sendo a obra de homens e tendo apenas apoio tradicional para ela. A tradição humana é semelhante a uma cisterna rôta, que não pode reter nenhuma água. — Jer. 2:13.

Todo judeu deverá estar familiarizado com as Escrituras Hebraicas. Não deve depositar a sua fé unicamente no seu rabino. Nos tempos passados, os profetas denunciaram os líderes religiosos por terem desencaminhado as pessoas e instaram com elas para que prestassem atenção à Palavra de Deus. As Escrituras Hebraicas apresentam a libertação mediante o Messias. Todo judeu que leva a sua adoração a sério deverá estar bem familiarizado com as profecias que falam acerca do Messias. Precisa saber onde se acham o que elas dizem. Ele deve dar consideração pessoal aos a quem a história diz que foram aclamados como o seu Messias e saber com certeza se algum deles cumpriu com os requisitos bíblicos. Os propósitos de Deus não fracassarão, mas muitos, por falta de espiritualidade, fracassarão em receber as bênçãos de Deus.

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