BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w63 1/1 pp. 25-28
  • Beneficiando-se da benignidade imerecida de Deus

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Beneficiando-se da benignidade imerecida de Deus
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • UMA OBRA A FAZER
  • TEMPO DE GUERRA
  • APRENDENDO A PROFERIR DISCURSOS
  • DE VOLTA À ESCOLA
  • BASTA A SUA BENIGNIDADE IMERECIDA
  • Somos gratos pela bondade imerecida de Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová (Estudo) — 2016
  • Somos gratos pela bondade imerecida de Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2016 (Fácil de Ler)
  • Pregue as boas novas da bondade imerecida de Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová (Estudo) — 2016
  • Pregue as boas novas da bondade imerecida de Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2016 (Fácil de Ler)
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 1/1 pp. 25-28

Beneficiando-se da benignidade imerecida de Deus

Conforme relatado por Eero Nironen

QUÃO maravilhoso é que Jeová Deus, o Criador do universo, Aquele cuja grandeza é tal, que o céu dos céus não o pode conter, mostra benignidade para com os homens humildes! Permitiu amorosamente que os homens chegassem a conhecê-lo, bem como as suas qualidades superlativas. Ele nos tem dado boa razão para sermos corajosos e termos esperança, convidando-nos até a sermos seus colaboradores. Quanta benignidade! Quanta benignidade imerecida! É a apreciação desta qualidade demonstrada por Deus que tem dirigido a minha vida.

Desde a minha tenra infância na velha mansão de Mäntyharju, na Finlândia, as belezas das criações que Deus na sua benignidade tem provido para o prazer do homem me fizeram olhar para o Criador com um sentimento de reverência. Entretanto, as diversas igrejas não me ofereceram nada que me fizesse desejar devotar a vida às suas atividades. Ao invés, sentia-me fascinado com o estudo de línguas e pela música, e estas teriam continuado a ser os principais interesses da minha vida se eu não tivesse encontrado algo de maior importância. O quê?

UMA OBRA A FAZER

Sempre tive um temor reverente para com Deus, mas em 1910 comecei a entender os seus propósitos. Foi então que o meu próprio irmão dirigiu a minha atenção para a verdade, conforme ela se encontra na Bíblia. Ele me deu o primeiro volume de uma série de livros conhecidos por “Estudos nas Escrituras”. Eu era estudante naquele tempo, mas, como não achava difíceis os estudos, tinha muito tempo para outras coisas, e a leitura dos Estudos nas Escrituras se tornou meu nôvo passatempo. Mediante as suas páginas cheguei a apreciar que a provisão de Deus para os homens, de ganhar a vida eterna, para alguns no céu e para outros na terra paradísica, era uma benignidade ainda maior do que a que eu vira evidenciada na criação. “Por esta benignidade imerecida”, declarou um apóstolo de Jesus Cristo, “fostes salvos mediante a fé; e isto não se deve a vós, é dádiva de Deus”. (Efé. 2:8) Visto aceitar tal benignidade imerecida, não podia permitir-me desacertar o seu propósito. Havia trabalho para fazer. Eu tinha de partilhá-lo com outros, e, embora os meus colegas de escola se opusessem na maioria, comecei a falar-lhes a respeito. — 2 Cor. 6:1.

Com o passar dos anos, meu conhecimento aumentou. As publicações da Torre de Vigia e os discursos proferidos por irmãos maduros na congregação me ajudaram a ter um entendimento mais claro de minhas responsabilidades. Daí, no verão de 1914, tendo visto o maravilhoso Foto-Drama da Criação, retratando o propósito de Deus desde o tempo da criação até o Seu novo mundo, senti-me impelido à dedicação a Jeová e a simbolizei pelo batismo em água numa assembléia em Hélsinqui.

Assim como me ajudou a mim, o Foto-Drama continuou a ajudar muitos outros. Efetuou um tremendo testemunho na Finlândia. Nos últimos quatro anos, havia sido dado um bom testemunho sobre o início do tempo do fim do mundo em 1914, e muitas pessoas ficaram sabendo disso. Em resultado, os fuzis da Primeira Guerra Mundial ajudaram realmente a dar publicidade sobre a nossa exibição do Foto-Drama. Houve até muitos oficiais russos que vieram as exibições.

TEMPO DE GUERRA

Foram tempos difíceis aqueles. Certamente, conforme a Bíblia predissera, o mundo havia entrado no seu tempo do fim. A guerra mundial foi acompanhada de blecautes, falta de alimento, pestilência e um colapso da moral em muitos sentidos diversos. Foram escavadas trincheiras até mesmo nas partes do interior, e havia constantes distúrbios. No meio dessa agitação encontrei um oficial russo — alemão de nascimento — que se interessava tanto pela verdade bíblica, que adquiriu todas as publicações da Torre de Vigia que havia disponíveis em alemão, bem como uma Bíblia. Lia-os até altas horas da noite, e no dia seguinte vinha ter comigo para obter explicações sobre os pontos que não entendia. Mas logo desapareceu, quando houve uma mudança de tropas.

Por fim a desordem no país se desenvolveu numa guerra civil entre a Direita e a Esquerda, os “brancos” e os “vermelhos”. Nessa ocasião, eu me encontrava em casa, em Mäntyharju, no território dos “brancos”, separado dos nossos irmãos do sul. Houve muita tensão entre o povo, e todo aquele que não estivesse lutando ativamente nas suas fileiras era considerado inimigo. Muitos ficaram bastante irritados com a minha pregação da mensagem bíblica de paz naquele tempo, mas Deus na sua benignidade cuidou de nós. Logo terminou a guerra civil; começou então o alistamento compulsório.

Isto forneceu uma oportunidade de explicar a minha neutralidade cristã a muitos dos oficiais militares. Alguns deles eram muito bondosos e humanos nos seus tratos para comigo a despeito das circunstâncias dificultosas. Um deles vinha ter comigo muitas vezes para palestrar sobre certos assuntos, e tive muitas oportunidades de testemunhar a outros oficiais e soldados. Lembro-me de um oficial que, ao ficar sabendo que eu não cria como a igreja estatal luterana, veio fazer-me mais perguntas. ‘Não creio no tormento eterno’, expliquei. Isso lhe parecia bom. ‘Tampouco creio na imortalidade da alma.’ ‘Ora, eu também tenho pensado assim’, replicou ele. Em resultado disso, ele quis que eu falasse aos rapazes no seu batalhão, e pude fazer isso em diversas ocasiões.

APRENDENDO A PROFERIR DISCURSOS

Naqueles anos, quando freqüentava as reuniões não podia deixar de ficar admirado com os irmãos maduros que davam discursos públicos, e costumava pensar quão maravilhoso seria se eu pudesse fazer o mesmo. Mas estava firmemente convicto de que era algo que nunca poderia fazer. Todavia, em 1917, recebi uma carta do escritório filial da Sociedade Torre de Vigia perguntando-me se já havia pensado alguma vez em proferir discursos públicos. Respondi: ‘Certamente que tenho pensado a respeito e admiro-me da habilidade dos outros, mas eu mesmo não tenho absolutamente a capacidade para isso.’ A isso o servo da filial replicou: ‘Bem, dar-lhe-emos apenas um pequeno itinerário de conferências para iniciar.’ Fiquei pasmado e exultante; ao mesmo tempo roguei com tremor a Jeová que me ajudasse.

Ainda me lembro do meu primeiro discurso. Tinha-o escrito e consegui proferi-lo de certo modo, em parte lendo e em parte improvisando. Embora fosse numa aldeia rural, havia cerca de quatrocentas pessoas presentes e eu estava atordoado de novo da assistência. Não obstante, havia começado ali e pela benignidade imerecida de Jeová tenho podido dar desde então muito mais de 1.500 desses discursos públicos em finlandês e em sueco até o presente, a maioria deles em fins-de-semana.

Na década de 1920, tive o privilégio de fazer muitas viagens em diversos países da Europa, assistindo a assembléias e até proferindo discursos. A mais emocionante dessas experiências foi o congresso em Londres, na Inglaterra, de 25 a 31 de maio, 1926. Distribuímos ali um novo folheto, The Standard for the People (O Estandarte Para o Povo), e ainda recordo tão bem como se fosse ontem quão feliz me senti no fim do dia por ter tido parte nesse trabalho. A resolução, “Um Testemunho aos Dominadores do Mundo”, que foi adotada pela assembléia, foi bem destemida, especialmente para aquele tempo. E o discurso público do irmão Rutherford, “Por Que as Potências Mundiais Estão Cambaleando — o Remédio”, no superlotado Royal Albert Hall, era como o sonido de uma trombeta de juízo. Sentei-me em cima, na galeria, cheio de respeito e temor pelas coisas que via.

Com o tempo veio a Segunda Guerra Mundial. A Finlândia sofreu outra vez sérias dificuldades. Os irmãos jovens que haviam atingido a idade de servir no exército foram presos e encarcerados, onde foram submetidos a severas provas e tratados rudemente por causa de sua posição de neutralidade cristã. A nossa pregação e literatura bíblica foram proscritas, as reuniões foram proibidas e o servo da filial foi preso. Entretanto, pela benignidade imerecida de Deus, a obra continuou. Conseguimos estudar juntos, até mesmo realizar congressos! Durante todo o tempo pude dirigir continuamente estudos bíblicos domiciliares.

Pouco tempo depois da guerra, o presidente da Sociedade, o irmão Knorr, visitou-nos na filial de Hélsinqui, ajudando-nos a organizar melhor a obra. Foi uma experiência fortelecedora, causando profunda impressão em mim a operação teocrática da organização. Mas ainda não conhecia a metade.

DE VOLTA À ESCOLA

Após essa visita, quatro irmãos finlandeses de Betel foram convidados a cursar na Escola Bíblica da Tôrre de Vigia, localizada nos Estados Unidos, e eu me achava entre esses! Será que eu podia crer nos meus ouvidos e olhos? Sim, Jeová, mediante a sua organização, estava mostrando também essa benignidade para comigo.

Pouco após a nossa chegada na América, assistimos ao congresso de Clevelândia, em Oaio, em agosto de 1946. Foi uma experiência tremenda proferir os breves discursos que estava designado a dar perante uma multidão de setenta mil pessoas. Também tivemos muitas surpresas: novos livros para uso em nossos estudos, novos arranjos de organização, e foi anunciado o programa de expansão das dependências da Sociedade. As emoções não terminaram com o congresso, mas continuaram a aumentar ao passo que viajávamos para Gileade, a escola missionária.

Tivemos uma recepção muito bondosa. Os instrutores se apresentaram e nos fizeram sentir à vontade. Oh, sim, o curso foi difícil, mas cheio de bênçãos. Pela primeira vez então aprendi a estudar realmente a Bíblia. Vastos horizontes novos se abriram perante mim. Aprender o funcionamento da organização e ver a devoção de todo o coração dos irmãos serviu para o fortalecimento do meu coração. Então, de volta para a Finlândia e muitos anos depois ainda recordo essa experiência e reconheço-a como uma expressão da benignidade imerecida de Jeová para comigo.

BASTA A SUA BENIGNIDADE IMERECIDA

Naturalmente, houve ocasiões no decorrer dos anos em que poderia desejar ter mais resistência física. A minha fraqueza física, às vezes, interrompia o meu trabalho, e a última interrupção quase levou o meu serviço a um fim, quando fui acometido de forte mal do estômago. Fui levado apressadamente para a mesa de operação, mas, cheio de confiança em Jeová, encontrei a paz até mesmo nessas circunstâncias. O cirurgião foi bondoso e, embora não pudesse dar muita esperança no meu caso, estava disposto a respeitar o meu conceito religioso que exclui o uso de sangue, e ele fez um bom trabalho. Para o espanto de todos, a minha recuperação, embora levasse tempo, foi boa. Faz-me sentir como o apóstolo Paulo deve ter-se sentido devido à aflição que ele chamou de “espinho na carne”. Ele ansiava ver-se livre dela, mas o Senhor lhe disse: “Basta-te a minha benignidade imerecida; porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Cor. 12:7-9) Até a minha própria debilidade, minha própria fraqueza, abriu o caminho para um bom testemunho ao pessoal do hospital e a outros pacientes, todos sendo muito bondosos para comigo.

Mais de quarenta anos decorreram desde que eu vim trabalhar na filial da Sociedade Torre de Vigia na Finlândia, entretanto este tempo pareceu muito pouco. Desisti da carreira como músico e convenci-me de que a verdadeira felicidade não vem de buscar lucro material nem da honra própria. Encontrei muito maior felicidade em cantar os louvores de Deus. E a minha fascinação pelo estudo de línguas veio a ter muito maior sentido do que quando era um rapaz, pois pude ter parte em traduzir a mensagem da vida para o idioma do povo entre o qual sirvo. É a benignidade imerecida de Deus que abriu para mim todas essas oportunidades, proporcionando alegria à minha vida e capacitando-me a devotar-me em partilhá-la com os outros.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar