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  • Conduzido na vereda da justiça
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 1/1 pp. 24-27

Conduzido na vereda da justiça

Segundo narrado por Gottfried Feuz

RECORDO-ME com prazer de minha infância e de como minha mãe me ensinava a orar. Eram orações simples, mas elas puseram no fundo de minha consciência a existência de um Deus amoroso e Todo-poderoso, o Criador de todas as coisas. Fiquei mais velho e aprendi a oração do Pai-Nosso, embora não compreendesse o seu profundo significado.

No inverno a noite chegava mais cedo em nossa pequena aldeia alpina do Oberland Bernense, Suíça. Minha mãe não podia ver direito à luz do crepúsculo para remendar roupa, por isso ela punha de lado as costuras e nos contava histórias bíblicas até que estivesse bem escuro e fosse hora de acender o lampião. Nós sempre aguardávamos esta hora de tranqüilidade. Eu aprendia outras coisas bíblicas na escola dominical e recebia instrução religiosa, preparando-me para a confirmação, mas sem obter a menor noção do maravilhoso propósito de Jeová.

Quando eu estava para sair de casa e ir ganhar a vida, minha mãe aconselhou-me a não negligenciar o privilégio de oração. Naquele tempo eu cria que só havia duas possibilidades de eternidade, sofrer eternamente no fogo do inferno ou desfrutar infindável felicidade no céu. Estando eu ciente de minhas fraquezas, orava a Deus para que me conduzisse na vereda certa.

ESCLARECIDA A VEREDA DA JUSTIÇA

Em princípios de 1915 aconteceu algo em minha vida que iria conduzir-me na vereda da justiça pela qual eu orava. Voltando de trem do enterro de minha irmã mais velha, profundamente triste, saindo descontente e vazio dos funerais, encontrei-me a sós numa cabina com um jovem rapaz, mais ou menos de minha idade. Ele me perguntou o que eu achava sobre a guerra. Quando lhe disse que minha mãe achava que isto provavelmente indicasse que o fim do mundo estava perto, ele passou a explicar-me o significado destes acontecimentos mundiais à luz das profecias bíblicas. Naturalmente que as suas explicações me eram estranhas, visto que eu jamais ouvira algo semelhante.

O jovem deu-me um tratado chamado “O Estabelecimento do Messiânico Reino de Paz na Terra”, prometendo ao mesmo tempo enviar-me outras publicações para ler, se eu lhe desse o meu endereço. Isto eu tive muita satisfação de fazer. Fiquei muito impressionado pela sua face radiante e disse comigo mesmo que ele certamente devia ser um verdadeiro cristão.

Dias mais tarde eu recebi um pequeno folheto chamado “Reprima a Tua Voz de Lamentar e os Teus Olhos de Chorar!” Que mensagem maravilhosa! Compreendi então a condição dos mortos e por que Jesus comparou a morte com um sono. Quão grato fiquei em saber que os mortos não estavam conscientes em algum lugar, mas que estavam num estado de profundo sono, do qual seriam acordados durante o Reino de Cristo! Depois de ter estudado bem o folheto, escrevi ao tal estudante da Bíblia e recebi o primeiro volume de Estudos nas Escrituras, que era O Plano Divino das Eras. Após isto, entrei em contato com o escritório filial da Sociedade Torre de Vigia na Suíça e pedi os volumes restantes, bem como uma Bíblia Elberfelder. Dentro do volume havia uma carta bondosa que dizia como me era possível entrar em contato com esta obra.

Minha satisfação pelo conhecimento que havia adquirido era tão grande que eu cria que todo o mundo aceitaria esta maravilhosa mensagem e se regozijaria comigo. Mas então veio o meu grande desapontamento. O que me tornara tão feliz, tornou os meus companheiros completamente indiferentes! Até mesmo a minha família que me era tão chegada não mostrou interesse algum. Quando fui em casa, eles quiseram que eu os acompanhasse à igreja, dizendo que o ministro pregava muito diferente então. Eu recusei, contudo fiz a observação de que ele provavelmente pregava sobre moral, mas nada dizia sobre as maravilhosas promessas do Reino.

No outono daquele ano de 1915 foi programada em Vevey uma assembléia de um dia com serviços batismais, e toda a assembléia presenciou quando nós — três outros e eu — simbolizamos a nossa dedicação a Jeová pela imersão no Lago de Genebra.

A princípio parecia que ninguém em minha família tinha ouvidos para ouvir a verdade. Todavia, eu não estava disposto a renunciar o precioso tesouro, que pela benignidade imerecida de Jeová tinha chegado até a mim. Orava constantemente a Jeová, para que ele abrisse os olhos deles ao entendimento da verdade, e tive a experiência de ver que Jeová ouve as orações dos de disposição justa. Dois anos mais tarde uma de minhas irmãs simbolizou pelo batismo em água a sua dedicação a Deus, depois foi minha mãe e meu irmão mais velho, no ano de 1922.

MUDANÇA PERMANENTE DE OCUPAÇÃO

Para poder freqüentar regularmente as reuniões eu mudei de ocupação e me mudei para Berna, onde podia participar cada vez mais na obra de pregação. Eu não tinha o excelente treinamento que é o privilégio dos que hoje se dedicam a Jeová, mas o que eu tinha era um bom conhecimento da verdade, segundo revelada então. Assim eu estava em condições de fazer declaração pública da verdade que se achava dentro de mim. Era um prazer falar com as pessoas referente às bênçãos do Novo Mundo e mostrar-lhes os grandes benefícios que podem ser adquiridos por estudo mais minucioso da Bíblia.

Depois de algum tempo me foi oferecida uma posição melhor na firma em que eu trabalhava, mas temi que esta interferiria com a minha freqüência às reuniões, por isso recusei. Pouco depois disto fui convidado a entrar no trabalho de pregação de tempo integral. Em princípios de 1920 iniciei meu trabalho no escritório da filial da Sociedade Torre de Vigia, em Berna. A maior parte da literatura francesa era traduzida e impressa em Berna e enviada para todos os países onde se falava a língua francesa. Tive o privilégio de ajudar neste serviço.

Poucos meses depois fizemos um programa para dar um bom testemunho com o “Foto-Drama da Criação”. Esta apresentação levava quatro noitinhas. Começava com um filme sobre a preparação de nosso planeta como lar da família humana, a criação do homem como o clímax da glória da criação terrestre e então passava à história do homem desde o paraíso perdido até ao paraíso recuperado. Foi um grande prazer acompanhar o orador e o operador pelas cidades maiores e aldeias da Alsácia, Lorena e pelo território do Sarre. Dava muito prazer ver o interesse das pessoas nestas apresentações. Os salões sempre ficavam cheios até ao último banco muito antes da hora de começar a apresentação e a miúdo muitos tinham que ficar de pé. Séries de conferências públicas seguiram o “Foto-Drama”. Surgiram novas congregações em vários lugares em resultado deste trabalho intensivo, e as congregações fracas eram fortalecidas. Ajudei também a exibição em várias cidades do município de Berna, Suíça.

No outono do ano de 1920 tivemos o prazer da primeira visita de J. F. Rutherford, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia. Organizou-se uma assembléia de dois dias e nós ouvimos pela primeira vez o discurso “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”.

Durante 1924 e 1925 construíram-se um novo lar de Betel e uma nova fábrica em Berna. Esta construção foi feita quase exclusivamente por irmãos que devotaram tempo e habilidade à disposição do trabalho. Hoje há próspera atividade neste lar dedicado em 1925 para este propósito. Foi também naquele ano que o escritório filial alemão-suíço e Europa Central foi mudado de Zurique para Berna, no nôvo Betel, juntando assim o trabalho na Alemanha e na França sob a direção de um só escritório.

Anos felizes foram aqueles. Que alegria foi mantermo-nos em dia com a sempre crescente luz, e como nos regozijávamos cada vez que novas verdades eram trazidas à nossa atenção mediante a revista A Sentinela! Quão contente fiquei quando aprendemos sobre a atitude correta para com as autoridades do mundo. Foi também um alívio quando A Sentinela explicou que não era possível o homem imperfeito desenvolver uma personalidade perfeita, mas que nós devíamos produzir os frutos do espírito e trabalharmos continuamente nisto, transformando a nossa mentalidade para recebermos a vida no Novo Mundo, não pelos nossos próprios esforços, mas pela bondade de Deus.

Por anos antes da Segunda Guerra Mundial, tive o privilégio de participar na atividade de pregação de fins-de-semana em territórios rurais. Chegamos até penetrar em aldeias e cidades francesas perto da fronteira suíça. Combinávamos prazer com proveito, utilizando estas oportunidades para desfrutar a maravilha da criação de Jeová nos campos ao redor, e, ao mesmo tempo, levar ao povo a mensagem vital, cantando louvores a Jeová. Jamais trocaria o prazer que tive neste trabalho pelos prazeres deste mundo passageiro. Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial já não mais podíamos entrar em território francês. Depois da guerra soubemos com prazer que em muitos lugares foram estabelecidas congregações e que havia a lembrança de que as testemunhas de Jeová costumavam vir da Suíça com a mensagem antes da guerra. Lembrávamos das palavras da Bíblia que nos exortam: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.” — Ecl. 11:1, ALA.

ANOS CHEIOS DE ACONTECIMENTOS

O ano de 1940 foi especialmente cheio de acontecimentos. Um dia o lar de Betel de Berna foi ocupado pelas forças militares, rebuscando tudo na esperança de acharem algo que nos comprometesse. Visto que nada temos a ver com política, naturalmente nada foi encontrado. Mas toda a nossa literatura foi confiscada. Só podíamos imprimir em nossa fábrica a revista Consolação e alguns folhetos para a Suíça. As comunicações e a exportação foram inteiramente interrompidas.

Fui então designado a servir como ministro viajante, chamado de “servo aos irmãos” naquele tempo. Eu servia as congregações nos lugares da Suíça em que se falava o francês. Gradualmente formaram-se novas congregações e hoje é um grande prazer ver o aumento em resultado da ajuda prática oferecida por aqueles representantes viajantes que atualmente são chamados de “servos de circuito”.

Depois da Segunda Guerra Mundial começaram a normalizar-se as comunicações com o mundo exterior. Em 1945 tivemos a primeira visita do atual presidente da Sociedade Torre de Vigia, N. H. Knorr. Ele nos falou sobre o texto bíblico: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” Todos ouvíamos! O discurso estava cheio de amor e fortalecia a nossa fé. Depois disto, podíamos estudá-lo em A Sentinela e quão fortalecedor foi este alimento em tempo apropriado depois da separação pelos anos da guerra, quando apenas vislumbres da luz da verdade penetravam em nossas fronteiras! Quão grato estou por ter podido perceber e apreciar através dos anos que Jeová vigia e dirige o seu trabalho, colocando em posição de responsabilidade homens que são exemplos de amor em dedicação a ele e à sua organização!

Fui chamado de volta a Betel em 1947. Todavia, nove meses depois, o irmão que servia no circuito francês ficou doente e eu tornei a voltar para este serviço. Tive o privilégio de servir no circuito francês até 1950 e depois no circuito em que se fala alemão até 1954. Em 1955 voltei para o Betel em Berna, onde sirvo até hoje.

GRATIDÃO

Estou profundamente grato a Deus por todos estes maravilhosos privilégios e especialmente por ter podido servir no campo por tantos anos no serviço de tempo integral. Tenho tido o privilégio de ver a organização de Jeová ser edificada cada vez mais bela e eficientemente, segundo os princípios da primitiva congregação cristã. Assim como irmãos maduros visitavam as congregações na primitiva igreja, para ensinar e prestar ajuda no serviço de louvor, para encorajar e edificar a fé e para designar homens maduros como superintendentes do rebanho, assim também servem hoje os servos de circuito, distrito e de zona. Eles também apresentam sugestões para a designação de servos maduros para pastorear as congregações.

Não deve esquecer-me das assembléias internacionais no Estádio Ianque, Nova Iorque em 1950 e 1953, às quais assisti. Quão bondosas foram as congregações que eu servia então como servo de circuito, provendo meios para que eu pudesse ir às assembléias! E lá estava eu também em 1958, com a ajuda da Sociedade Torre de Vigia. Fiquei muito impressionado com todas aquelas pessoas de todas as partes do mundo, de todas as classes e raças, que estavam todas sob o Pastor Cristo Jesus, qual líder. Quanta gratidão emanou de meu coração, ao passo que eu meditava que todas elas falavam com uma só esperança, que todas criam na mesma coisa e praticavam o mesmo ministério onde quer que se encontrassem na terra, assim como predisse a Bíblia!

Para mim tem sido uma vida feliz a que levo como servo de tempo integral e co-trabalhador no lar de Betel. É verdade que minhas forças se enfraquecem agora, mas aprecio o privilégio de que ainda posso ajudar em Betel onde quer que eu seja necessitado. Assim desfruto todas as espécies de trabalho, esforçando-me sempre para estar cônscio e ser digno de confiança, aplicando-me para fazer tudo como ao próprio Senhor.

Meu grande desejo é continuar a ter parte na misericórdia imerecida de Jeová, jamais me esquecendo de toda a bondade que ele tem demonstrado para comigo. Confiando nele, o único Deus verdadeiro, desejo continuar a cantar os seus louvores, ao passo que ele continua a conduzir-me na vereda da justiça.

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