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  • Qual é a razão das mudanças nos governos do mundo desde 1914?

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  • Qual é a razão das mudanças nos governos do mundo desde 1914?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
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  • A MARCHA DAS POTÊNCIAS MUNDIAIS
  • JEOVÁ CONTROLA A SOBERANIA DO MUNDO
  • O REINO JAMAIS SERIA RESTAURADO A JUDÁ
  • DURAÇÃO DOS TEMPOS DESIGNADOS DAS NAÇÕES
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
w65 15/6 pp. 375-381

Qual é a razão das mudanças nos governos do mundo desde 1914?

1. (a) O que tem acontecido aos governos, desde 1914? (b) O que têm dito os observadores da história a respeito de 1914?

O TEMPO, hoje em dia, é um tempo em que as instituições mais firmemente estabelecidas estão decaindo ou mudando radicalmente seus princípios e suas estruturas para evitar a queda completa. Presencie a decadência do sistema colonial de governo e a inquietação e instabilidade criadas pelas ondas crescentes do socialismo e do comunismo. Observadores argutos da história e das condições mundiais notam que o ponto crítico nos afazeres dos homens, especialmente quanto ao governo, foi assinalado pelo ano de 1914. Expressõesa tais como “o ponto crítico de nossos tempos”, “a linha divisória da história”, “da ‘idade de ouro’ para a época vulcânica”, “O último ano completamente normal da história foi 1913”, “Desde 1914, o mundo tem cambaleado bebedamente para o desastre”, são todas citações de tais homens a respeito do ano de 1914.

2. Haverá outro modo de descobrir por que ocorrem tais mudanças radicais, e pode-se obter algum conforto em achar-se a resposta?

2 Tiraríamos pouco conforto destas palavras não fora Jeová, o Deus de todo o conforto, ter-nos dado a completa resposta às perguntas que surgem quanto à causa destas mudanças, quanto a se há ou não há um certo propósito por trás delas, e o resultado delas. Não foi para a simples história que ele preservou o registro do reino de Judá, com seu fim triste. Isto se deu a fim de que possamos obter a resposta correta a estas mesmas perguntas e tenhamos um guia seguro, fidedigno, numa época em que nada mais é seguro.

3. (a) Como era o trono de Davi o “trono de Jeová”? (b) Deveria o trono de Davi, em Jerusalém, ser a sede do governo mundial permanente?

3 Deus tratava com Judá para representar coisas que ocorreriam numa escala muito maior. Estabeleceu o trono de Davi em Jerusalém e era chamado de “trono de Jeová”. Mas, era simplesmente típico, visto que nenhum trono terrestre poderia realmente ser o do soberano Dominador do universo, o próprio Deus. Indicava que haveria Alguém muito superior a Davi que ocuparia permanentemente o trono do domínio mundial. Isto é corroborado pelo próprio Davi, ao falar profèticamente do vindouro Reino. — Sal. 110:1, 2; Luc. 20:41-44; Atos 2:32-36.

4. (a) Se o trono da linhagem de Davi, em Jerusalém, foi estabelecido por Jeová, por que veio a ser derrubado? (b) Qual foi o efeito da derrubada de Jerusalém sobre os inimigos e os amigos de Deus? (c) Como foi o sentimento dos que desejavam o governo de Deus expresso por parte dos judeus cativos em Babilônia?

4 Jeová Deus reteve em suas mãos a soberania mundial ou o domínio mundial. Enquanto eram fiéis os reis de Judá, nenhum governo do mundo poderia derrubá-los, mas, veio o tempo em que Jeová decretou a derrubada de Judá, porque se tornara iníqua como as nações pagãs e não mais refletia as justas qualidades de Sua soberania. Isto, por certo, trouxe vitupério sobre o nome de Deus e deu às nações aparente razão para difamá-lo. (Eze. 36:20) Os que realmente desejavam viver sob o justo governo soberano de Deus ficaram com o coração partido por motivo do cativeiro que Deus permitiu que a Babilônia exercesse sobre Judá e o vitupério resultante. Esta triste condição foi resumida com sentimento pelo seu salmista:

“Às margens dos rios de Babilônia, assentamo-nos a chorar, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros daquela terra, suspendemos, então, as nossas harpas. E, ali, aqueles que nos fizeram cativos, pediam-nos que lhes cantássemos um cântico. Nossos opressores exigiam de nós alegria: ‘Cantai-nos um dos cânticos de Sião’. Mas, como poderíamos nós cantar um cântico ao Senhor [Jeová] em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha mão direita se paralise! Que minha língua se me apegue ao paladar, se eu não me lembrar de ti, se não puser Jerusalém acima de todas as minhas alegrias. . . . ó filha de Babilônia, a devastadora, feliz aquele que te retribuir o mal que nos fizeste! Feliz aquele que se apoderar de teus filhos, para os destruir contra uma pedra!” — Sal. 137:1-9 [136:1-9], CBC.

A MARCHA DAS POTÊNCIAS MUNDIAIS

5. (a) Por que poderia o salmista acima citado dizer que Babilônia seria despojada? (b) Como foi que Deus representou a marcha das potências mundiais? (c) Cairia a antiga Babilônia às mãos do reino de Deus? (d) O que demonstraria ser a única potência mundial duradoura, e pelo que foi representada em Daniel 2:44, 45?

5 Estes judeus sabiam, pelas profecias de Isaías e de Jeremias, que Babilônia seria derrubada. (Isa. 47:1-3; Jer. 51:1-4) As profecias de Daniel forneceriam mais pormenores. Daniel era um dos jovens cativos judeus que foram levados ao exílio junto com o Rei Jeoaquim em 617 A. E. C. Daniel e três de seus companheiros, depois de três anos de treino especial, foram considerados altamente habilitados quando foram levados perante o Rei Nabucodonosor, para servirem quais conselheiros. (Dan. 1:1-21) Isto se deu no décimo segundo ano do reinado de Nabucodonosor, ou em 614 A. E. C. No segundo ano depois de Nabucodonosor destruir Jerusalém, em 607 A. E. C., o que seria o vigésimo ano de seu reinado sobre Babilônia, mas o segundo ano de seu exercício do domínio mundial, teve um sonho que era profecia da parte de Deus. (Dan. 2:1) No sonho, viu enorme imagem com a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de cobre e as pernas de ferro, com pés de ferro e barro. Daniel, interpretando o sonho, explicou que esta cabeça de ouro representava Nabucodonosor (o que incluiria sua dinastia) na posição de domínio mundial, mas disse também ele: “Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu.” (Dan. 2:37-39, CBC) Tornava-se claro que Babilônia cairia, mas não às mãos do reino de Deus, que se predisse que assolaria a imagem em seus pés e que esmagaria a imagem. A queda de Babilônia viria às mãos duma potência mundial representada pelo peito e braços da imagem, que sucederia a Babilônia como potência mundial. Todas estas potências mundiais, que seriam em número de quatro depois de Babilônia, não seriam permanentes, mas seriam seguidas pela que seria permanente, o reino estabelecido pelo Deus dos céus.b Disse Daniel:

“E nos dias daqueles reis, o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será levado à ruína. E o próprio reino não passará a nenhum outro povo. Esmagará e porá fim a todos estes reinos, e ele mesmo permanecerá por tempos Indefinidos: visto que contemplastes que, da montanha, foi cortada uma pedra, não por mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro moldado, a prata e o ouro. O próprio grandioso Deus tem dado a conhecer ao rei o que há de ocorrer depois disto. E o sonho é fidedigno, e a interpretação dele é digna de confiança.” — Dan. 2:44, 45.

6. Que segundo sonho significativo teve Nabucodonosor,e o que se declarou ser o propósito ou intenção do sonho?

6 Será que há quaisquer informações que nos foram fornecidas pelo Deus soberano que governa estes tempos e eventos, de modo que possamos dizer a época estabelecida para que ocorra toda esta mudança de abalar o mundo? Sim, graças ao Deus de conforto, temos uma revelação clara e definida que traz o máximo conforto aos estudantes da Bíblia. O mesmo profeta Daniel registra outro sonho de Nabucodonosor, em que viu imensa árvore, que um anjo do céu mandou que fosse abatida. O seu tronco foi então atado com ferro e cobre e tinha de ficar assim entre a erva do campo até que se passassem sobre ele “sete tempos”. “Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.” Com que intenção? “A fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer.” — Dan. 4:1-18, ALA.

JEOVÁ CONTROLA A SOBERANIA DO MUNDO

7. (a) A quem simbolizava a árvore? (b) Como sabemos que a árvore, conforme representada pelo rei de Babilônia, simbolizava a soberania ou o domínio mundial? (c) Como se cumpriria o sonho em Nabucodonosor?

7 A quem representava a árvore? A Nabucodonosor! Conforme disse Daniel: “És tu, ó rei, que cresceste, e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu, e chega até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra.” Na ocasião do sonho, Nabucodonosor exercia o domínio mundial e servira como instrumento de Jeová ou seu “cálice” de julgamento. Por isso, a árvore, conforme representada neste rei da Terceira Potência Mundial, prefigurava a soberania ou o domínio mundial. Em apoio desta explicação, Daniel 4:26 diz: “Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore, com as suas raízes, o teu reino tornará a ser teu.” Deveria ser afastado do trono, indo para o campo comer erva como bois. Mas, como aquele tronco de árvore, seu reino seria guardado para ele até que passasse “sete tempos” em campo aberto, como um boi. Daí, recuperaria a razão de novo e seria obrigado a admitir que o Deus Altíssimo domina supremo e dá o reino da humanidade a quem ele deseja dá-lo.

8. (a) Um ano depois, como foi que a atitude do rei para com Babilônia deu início ao cumprimento do sonho? (b) Como foi que a loucura, tal como a que assinala a licantropia, afetou então o rei, e por quanto tempo? (c) Quando se restaurou seu entendimento, o que disse a respeito do Deus Altíssimo?

8 Tal predição realmente se cumpriu no Rei Nabucodonosor um ano depois. Numa ocasião em que Nabucodonosor se jactava de suas consecuções em Babilônia, uma voz do céu anunciou que então o sonho da árvore se cumpriria nele. Foi tomado de loucura como a que assinala a doença da licantropia. Ao invés de desejar sentar-se no seu trono, foi para o campo aberto comer erva. O seu trono não foi tomado por algum usurpador, mas foi guardado para ele pelo poder de Deus, até sua volta, depois de “sete tempos” ou sete anos literais. Quando restaurado ao seu trono, reconheceu a Deus como Soberano Universal, e disse: “[Deus] cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Disse mais: “E pode humilhar aos que andam na soberba.” — Dan. 4:19-37, ALA.

9. (a) Foi a volta de Nabucodonosor à realeza o estabelecimento do reino de Deus? Expliquem. (b) Que obras de edificação realizou, e será que isto Incluía o apoio à religião babilônica?

9 Esta volta à realeza não foi o estabelecimento do reino de Deus, pois Nabucodonosor jamais foi adorador do verdadeiro Deus, mas adorava os deuses-ídolos babilônicos, conforme foi mostrado pela sua tentativa de obrigar os três fiéis companheiros de Daniel, a saber, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, a adorar o grande ídolo de ouro que estabelecera na planície de Dura. Por apoiarem a soberania de Jeová e se recusarem a curvar-se perante o ídolo, ele os lançou numa fornalha superaquecida, mas descobriu então que Jeová era superior, pois Ele protegeu estes três intransigentes adoradores do verdadeiro Deus. (Daniel, capítulo 3) Nabucodonosor jamais edificou um templo para Jeová Deus, até mesmo depois de sua restauração dos sete anos de loucura, mas edificou cinqüenta e quatro templos em Babilônia para todos os deuses falsos, deuses estes que simbolizavam simplesmente os atributos de Bel e seu filho Marduque, ou Merodaque. Também construiu grandes obras públicas. Fez de Babilônia a cidade maravilhosa do mundo antigo e, para satisfazer as saudades que sua rainha média sentia da terra natal, construiu os famosos Jardins Suspensos de Babilônia, que eram considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.

O REINO JAMAIS SERIA RESTAURADO A JUDÁ

10. (a) Como exercera Jeová sua soberania de modo representativo antes de 607 A. E. C.? (b) Que transferência do domínio mundial ocorreu em 607 A. E. C.? (c) Quando Jerusalém foi restaurada em 537 A. E. C., será que Deus exerceu sua soberania de novo mediante Judá? Expliquem. (d) Como foi que mostraram os levitas reunidos, 152 anos depois da destruição de Jerusalém, que a soberania ainda estava nas mãos dos governos gentios?

10 Desde que fora feito o pacto do reino com Davi e sua linhagem de descendência, alguém que dominava por concessão de Jeová se sentava no trono em Jerusalém, e as potências mundiais gentias, por conseguinte, tinham o reino de Judá em seu caminho, como empecilho para o completo domínio mundial. Mas, quando Judá foi derrubada e foi para o exílio em 607 A. E. C., então o domínio mundial, conforme tipicamente simbolizado no reino de Judá, passou para as mãos dos dominadores gentios, começando com Nabucodonosor. No caso de Judá, contudo, o reino não foi restaurado no fim dos sete anos, nem foi restaurado por ocasião de sua libertação e retorno de Babilônia, anos depois, em 537 A. E. C., porque até mesmo isto foi feito sob a autoridade de outra potência gentia, a Pérsia, sucessora de Babilônia como potência mundial e representada na imagem do sonho de Nabucodonosor, em Daniel, capítulo 2, pelo peito e os braços da imagem, vindo depois da cabeça de ouro. Os próprios judeus admitiram isto mais tarde, 152 anos depois que os babilônios tinham destruído Jerusalém, a saber, em 455 A. E. C. Os levitas disseram, em oração pública a Jeová Deus, diante do povo reunido no templo reconstruído:

“Finalmente, . . . os entregastes às mãos dos povos de outras terras. Mas mesmo assim, vossa grande misericórdia vos impediu aniquilá-los, e não os abandonastes, porque sois um Deus clemente e compassivo. . . . E eis que hoje somos escravos! Escravos na própria terra que destes aos nossos pais, para usufruir de seus frutos e dos seus produtos. Esta terra multiplica suas messes para reis estrangeiros, que no momento nos tiranizam por causa de nossos pecados, e que dispõem a seu arbítrio de nossas pessoas e de nossos animais. Sim, estamos numa grande aflição.” — Nee. 9:4, 5, 30-37, CBC.

11. (a) Como foi que Jesus mostrou que os “tempos designados das nações” ainda estavam decorrendo em seus dias? (b) Como é que se podia dizer que Jerusalém era “pisada” quando estava erguida naquele tempo?

11 O longo período do domínio mundial gentio é chamado de “tempos designados das nações” nas Escrituras. Jesus disse, mais de quinhentos anos depois da libertação dos judeus de Babilônia e da restauração de Jerusalém: “Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” (Luc. 21:24) Muito embora Jerusalém, naquele tempo, ainda estivesse de pé, todavia, o reinado às mãos dum rei da linhagem de Davi não foi restaurado. Os judeus estavam sob as mãos opressivas da Sexta Potência Mundial, o Império Romano, devendo a sua nação ser destruída mais tarde, em 70 E. C., por tal potência mundial. Portanto, era certo que o direito do reino, representado por Jerusalém, estava sendo pisado e a nação estava entregue às mãos dos dominadores gentios.

12. (a) Por que sabemos que há um cumprimento principal dos “sete tempos”? (b) O que aconteceria no fim dos “sete tempos”?

12 Nabucodonosor, pagão, e jamais adorador de Jeová Deus, em si mesmo não era importante, e ao passo que seu reino lhe foi restaurado depois de sete anos de loucura, não foi em seu benefício que tal drama foi representado. Também, Judá era somente um reino típico e sua realeza jamais foi restaurada. Portanto, então, há outro grande cumprimento em maior escala. Isto significaria que os “sete tempos” teriam significado mais amplo, extenso, e no fim de tais “tempos” o reino de Deus, às mãos de Siló, seria estabelecido. Qual é a duração dum “tempo” simbólico e dos “sete tempos”?

DURAÇÃO DOS TEMPOS DESIGNADOS DAS NAÇÕES

13. (a) Qual é a duração do “tempo” simbólico ou profético da Bíblia? (b) Como é isto corroborado no livro de Revelação?

13 O ano dos calendários judaico e babilônico variava em duração, de tão poucos quantos 354 dias até tantos quantos 385 dias. Mas no “tempo” ou ano simbólico, ou profético da Bíblia, o número de dias é fixado em 360. Sete de tais anos seriam 7 X 360 = 2.520 dias. Isto é corroborado pela declaração em Revelação 12:6, 14, onde fala-se de “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” ou três tempos e meio, como sendo 1.260 dias. Se dividirmos 1.260 por três e meio (3,5) obtemos trezentos e sessenta (360) dias para cada “tempo”, ou ano.

14. Que regra aplicamos para descobrir a duração dos “sete tempos” no cumprimento, e onde obtemos apoio para isto?

14 Quanto à maior extensão de tempo que estes 2.520 anos representam, verificamos a regra de “um dia para um ano” numa profecia de Ezequiel, que profetizou contemporaneamente com Daniel e que também teve a questão de “bandas” relacionada com sua profecia. Outra profecia de Daniel, com respeito à primeira vinda do Messias, a saber, a profecia das “setenta semanas” é compreendida pelos eruditos bíblicos como aplicando a mesma regra. — Eze. 4:6; Dan. 9:24, 25. Veja-se também Números 14:34, que trata dum período de punição ou desfavor.

15. (a) Por quanto tempo duraram, em realidade, os “sete tempos”? (b) Como sabemos que os anos, em cumprimento, não são anos de 360 dias, mas devem ser contados como anos solares?

15 Por conseguinte, os 2.520 dias dos “sete tempos” teriam o cumprimento de 2.520 anos. Tais anos, em seu cumprimento, não seriam simplesmente de 360 dias cada um, mas anos calendares completos, conforme os contamos. Pois temos de lembrar-nos de que a variação do calendário judaico era a de ajustar o ano lunar para se harmonizar com o ano solar. Poderia ser chamado de ano “solilunar” ou “ligado com a lua”. Dias, ou meses, eram inseridos em certos intervalos para eliminar a diferença de aproximadamente onze dias entre o ano lunar e o solar. Por este meio, as estações sempre caíam em seu devido lugar no calendário.c Portanto, seu calendário estaria quase que exatamente em harmonia com o calendário gregoriano correntemente usado. De maneira que os 2.520 anos devem ser contados como sendo anos solares.

16. (a) A partir de que evento começaram a ser contados os 2.520 anos? (b) Por que se pode dizer que os Tempos dos Gentios ou os “tempos designados das nações” começaram então?

16 Estes 2.520 anos começaram a ser contados de 607 A. E. C., quando Deus permitiu terminar o domínio mundial conforme representado por seu reino típico na terra. Isso se deu quando Jeová usou Nabucodonosor para destruir Jerusalém e seu templo, a expulsar o Rei Zedequias do “trono de Jeová” e levá-lo ao exílio, depois do que o temor dos caldeus levou o povo humilde deixado ali a fugir para o Egito, deixando desolado o território de Judá, sem nenhum governador ali, não deixando possibilidade de interferência por parte de Judá. Desta forma Nabucodonosor ‘cortou’ a “árvore” que representava o domínio mundial, agora transferido à Babilônia. Assim, a desolação foi consumada no sétimo mês lunar do ano 607 A. E. C. Primeiro, então, Jerusalém, como representante do reino de Deus, começou a ser pisada, e assim os Tempos dos Gentios, “os tempos designados das nações”, começaram. Agora o domínio gentio, sem interferência do reino de Deus, dominava a terra. Ademais, as potências mundiais gentias agiam de modo animalesco, como Nabucodonosor durante seus “sete tempos” de loucura.

17. (a) Quando terminariam os “sete tempos”? (b) O que assinalou esta data?

17 Contando-se do sétimo mês lunar (tisri) de 607 A. E. C., os 2.520 anos terminariam em meados do mês tisri (ou próximo de 1.° de outubro) de 1914 E. C. Esse é um ano inesquecível, pois em 1914, a Primeira Guerra Mundial irrompeu e o sistema de coisas gentio jamais foi o mesmo desde então.

18. (a) O que foi representado pelo tronco da árvore ser deixado na terra? (b) O que foi representado pelas bandas de cobre e ferro ao redor do tronco? (c) O que representou a remoção destas bandas?

18 “No sonho da árvore, o tronco fora deixado na terra, mostrando que Jeová não abandonara seu pacto do reino com a linhagem de Davi, e não renunciara para sempre ao seu domínio universal. Fortes bandas de cobre e de ferro foram colocadas ao redor do tronco, representando a força restritiva de Jeová, sua auto-restrição em não apossar-se do domínio universal e pôr seu rei sobre o trono durante os “sete tempos” em que permitiria que dominassem as nações gentias. Em 1914, era tempo de serem removidas estas bandas e tempo para que o tronco simbólico da árvore brotasse de novo por Jeová exercer sua soberania em apossar-se do domínio universal e estabelecer seu reino teocrático. — Rev. 11:15-18; Luc. 21:24.

ENTRONIZAÇÃO DE SILÓ ABALA AS NAÇÕES

19. (a) Quando Nabucodonosor voltou ao seu trono, depois de sua loucura, constituiu isto a tomada de novo do domínio universal por parte de Jeová? (b) Qual foi a diferença em 1914? (c) Quem é Siló e como reconhece a soberania de Jeová? (d) Têm as potências gentias reconhecido isto?

19 Por ocasião da volta de Nabucodonosor ao seu trono, Deus não assumiu o domínio universal de novo, mas simplesmente obteve a confissão de Nabucodonosor de que Jeová era o Altíssimo e exercia o direito ao reino da humanidade. Mas, em 1914, o governo estabelecido não era temporário, representativo ou típico, mas era o verdadeiro Reino às mãos de Siló, a quem pertence. Ele é o descendente real de Davi, que tem o direito legal à realeza, segundo o pacto de Jeová com o Rei Davi para um reino eterno. Desde 1914, Siló, semelhante a Nabucodonosor, tem reconhecido publicamente que Jeová é o “Rei dos céus”. No entanto, sobre a terra, as potências gentias têm continuado seu proceder bestial, num passo mais destrutivo do que nunca antes. — Gên. 49:10; Eze. 21:27.

20. (a) Quando Cristo ascendeu ao céu, por que não assumiu então o seu reino do domínio mundial? (b) Qual tem sido o resultado de começar a reinar no meio de seus inimigos, e o que devem fazer agora todas as pessoas? (c) O que realizará a vinda da ‘pedra cortada da montanha, sem ser por mãos’? (d) Qual é, então, o significado das atuais condições péssimas do mundo?

20 Jeová convidara este Siló, Jesus Cristo, quando ressuscitado há 1.900 anos atrás, a sentar-se à sua destra no céu, até que viesse seu temo para fazer de todos os inimigos de Siló escabelo para os pés dele. Tendo sido entronizado em 1914, assumindo o domínio mundial, ele agora domina no meio de seus inimigos. (Sal. 110:1, 2) Os inimigos, intencionando manter seu próprio domínio político e tentando apegar-se ilegalmente ao domínio mundial, não se entregarão sem lutar. Mas, ficam terrivelmente abalados. Cristo faz com que seja declarada em todo o mundo a mensagem que Jeová Deus tem assumido de novo seu domínio soberano e que o reino já está estabelecido. Ele exige que todos reconheçam tal reino, pois já foi cortado da montanha, “não por mãos”, e se move em direção da grande imagem dos governos do mundo, para destruí-los e desolá-los na guerra do Armagedom. Isto extinguirá por completo qualquer possibilidade de interferência do domínio gentio. O exercício da soberania de Deus, por meio de seu reino, removerá toda a bestialidade dos governos mundiais opressivos e significará infindável sanidade no governo e as bênçãos de vida eterna e paz para a humanidade. É conforto para os que amam a justiça ter tão clara revelação do significado dos acontecimentos mundiais e ver que as atuais condições inquietas do mundo significam que Deus exerce sua soberania, mediante o reino estabelecido sob Cristo, e que o domínio político por homens imperfeitos está para terminar. Quanto às profecias que nos fornecem garantia adicional do completo controle do domínio mundial, por parte de Deus, no seu tempo devido, queira ler os diversos próximos números desta revista.

[Nota(s) de rodapé]

a Para as fontes, veja-se Despertai! de 15 de maio de 1955, pág. 4.

b Veja-se ‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’, publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, em 1962 na edição em português, que contém pormenorizada consideração de Daniel, capítulos 2 e 4.

c Veja-se The Jewish Encyclopedia, sob o termo “Calendar”.

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