Cai Babilônia, mas sua religião sobrevive para dominar as nações
1. A queda de Babilônia como potência mundial deu origem a que pergunta?
NOS números anteriores, abrangemos a queda de Babilônia nas mãos de Ciro, o Persa em 539 A. E. C. Desde esse tempo, Babilônia não era mais potência mundial política. Mas, o que dizer da religião de Babilônia? Com o término do poder político de Babilônia e a mudança do controle mundial das mãos semíticas para as arianas, será que a religião de Babilônia pereceu junto com ela? De jeito nenhum. Por que não?
2. (a) De que modo foi lançado previamente o alicerce para a prática da religião babilônica por parte das nações? (b) Quando Babilônia perdeu a supremacia política, o que aconteceu ao sacerdócio dela, e que determinação tinham a cumprir? (c) Em que direção olharam, e com que resultado final?
2 Primeiro de tudo, o alicerce para a prática da religião babilônica por todas as nações, exceto os descendentes fiéis de Sem foi lançado na sua construção da Torre de Babel, nos dias de Ninrode. A milagrosa confusão das línguas espalhou as famílias, mas elas levaram consigo suas falsas idéias religiosas.a Babilônia, depois disso, era considerada pelas nações pagãs como o centro da religião. Em segundo lugar, depois da queda de Babilônia, em 539 A. E. C., seu sacerdócio foi expulso pelos persas. Mas, não tinham em mente deixar que perecesse a tradicional autoridade e supremacia da religião babilônica.. Embora Babilônia perdesse sua supremacia política, a sua religião iniciada por Ninrode se mantinha como um império mundial de religião sobre todos, exceto aqueles que sustentavam a verdadeira adoração de Jeová, em Jerusalém. Sob a sagaz manobra de Satanás, o Diabo, ela logo fixou os olhos nos horizontes ocidentais para estabelecer novo centro para seu sacerdócio e para a sucessão de Baltazar. Efetivamente, veremos que a sua própria essência se infiltrou mais tarde no cristianismo apóstata, realmente obtendo controle da parte da terra que veio a ser chamada de cristandade.
ESPALHA-SE PELA EUROPA A RELIGIÃO BABILÔNICA
3. (a) Quem eram os etruscos, e que relação têm com a história romana? (b) Quando os reis etruscos foram derrubados, será que desapareceu a influência etrusca? Expliquem.
3 Muito antes de Babilônia cair, o solo tinha sido escavado para tornar possível este transplante do cabeça da religião babilônia para a Itália. O historiador J. H. Breasted, no livro Ancient Times — A History of the Early World (Tempos Antigos — História do Mundo Primitivo) conta-nos que uma raça de nômades marítimos, chamados etruscos, provavelmente vindo da Ásia Menor, se estabeleceu na Itália por volta de 1000 A. E. C. Depois de 800 A. E. C., estendiam-se bem ao longo da Itália setentrional, e Roma se tornou reino-cidade sob um rei etrusco, como as outras cidades etruscas que se estendiam desde Capua bem para o norte até a província de Genova. Estes reis governaram por dois séculos e meio. Isto tornaria a linhagem dos reis de Roma, desde cerca de 750 a 500 A. E. C. exclusivamente etrusca. A tradicional fundação de Roma, não muito antes de 750 A. E. C. corresponderia então à sua captura e ao estabelecimento dum reino forte por parte dos etruscos. A evidência arqueológica comprova isso, embora documentos escritos de Roma durante este período sejam inexistentes. Embora estes reis etruscos introduzissem melhoramentos em Roma, sua crueldade e tirania finalmente causaram uma revolta, e, cerca de 500 A. E. C., chegou ao fim a carreira de Roma sob os reis. Mas, diz o Dr. Breasted, os dois séculos e meio de domínio etrusco deixaram sua marca sobre Roma, sempre discernível na arquitetura, religião, organização tribal, e em algumas outras coisas.
4. Que informação nos fornece The Encyclopœdia Britannica em corroboração com o relato sobre os etruscos do historiador Breasted?
4 The Encyclopœdia Britannica corrobora, mencionando o historiador Heródoto, que reconta que, no reinado de Atys, filho de Manes, houve grande escassez de alimento em toda a Lídia, que durou dezoito anos. Por fim, pelo arranjo do rei, seu filho Tyrrhenus levou a metade do povo para Esmirna e construiu navios em que se lançaram em busca de um meio de vida e dum país, e, depois de peregrinarem por muitas nações, vieram a Ombrici, na Itália, onde fundaram cidades. Destas pessoas que (segundo Heródoto) não mais se chamavam lídios, mas tirrênios, a Britannica prossegue dizendo: “Do caráter de seus restos primitivos, pode-se estabelecer a data de sua primeira colonização no fim do 9.° século.” Qual era a religião dos tirrênios? A Britannica relata:
5. (a) Qual era a religião dos etruscos? (b) Dêem alguns exemplos.
5 Que os etruscos eram orientais ou semi-orientais se prova pelo inteiro caráter de sua arte mais primitiva, e pelos muitos pormenores de sua religião e adoração. É arte que mostra íntimo contato com a Mesopotâmia, Síria e Chipre, por um lado, e com o Egito, pelo outro. As deidades e as figuras mitológicas da ourivesaria e da joalheria etruscas de 7.° século são evidentemente os heróis e as deidades da mitologia asiática. . . . Na esfera do ritual e da religião há muitos pormenores que são tirados diretamente da Mesopotâmia, e todo o sentimento e toda atmosfera são puramente orientais. As identidades mais destacadas se acham na prática da adivinhação e do augúrio; pois o costume de adivinhar à base dos fígados de ovelhas e pelo vôo das aves é puramente caldaico (veja-se ADIVINHAÇÃO). Há modelos de fígados em argila da Mesopotâmia, inscritos em cuneiforme. que se assemelham precisamente ao modelo em bronze dum fígado encontrado em Piacenza [na Província de Emília, Itália], dividido em seções, cada uma das quais é chamada em etrusco pelo nome de sua divindade presidente.b
6. (a) Recordem alguns dos acontecimentos até o sexto século A. E. C. (b) (nota ao pé da página) Onde estava a Etrúria, e que nome moderno provém dela?
6 De modo que a arqueologia claramente indica que os etruscos procederam de alguma parte da Ásia Menor, desembarcando no litoral de Toscana. Velos, na Etrúria,c ao norte de Roma, se tornou uma de suas principais cidades. No sexto século, existia uma confederação de doze cidades que realizava suas reuniões anuais no santuário de Voltumma, acima do Lacus Volsiniensis (Lago de Bolsena), e parece provável que a confederação se limitava principalmente a assuntos de religião.d Tudo isto ocorreu antes e até o tempo da queda de Babilônia, no sexto século (539 A. E. C.)
7. (a) Será que a religião herdada por Roma era mais diretamente babilônica do que a praticada pelas outras nações naquele tempo? (b) Em que estava interessado o sacerdócio babilônico, e o que fez depois de ser expulso de Babilônia? (c) O que nos conta a Bíblia sobre Pérgamo?
7 Portanto, a religião de Babilônia ganhou forte apoio na Europa, não só a remota relação com o tempo de Babel, lhas também a herança direta. Estamos agora principalmente interessados, contudo, no sacerdócio de Babilônia. Assim como Satanás, o Diabo, instituíra a religião babilônica por meio de Ninrode, para opor-se à verdadeira adoração, assim, seu espírito motivara o sacerdócio babilônico a certificar-se de que o sacerdócio e a sucessão religiosa de Baltazar mesmo não desaparecessem, quando a Babilônia fosse perdida como capital. Depois da derrota de Babilônia, segundo a obra intitulada “Lares e Penates da Cilícia”, de Barker e Ainsworth, capítulo 8, página 232, lemos: “Os derrotados caldeus fugiram para a Ásia Menor e fixaram seu colégio central em Pérgamo.” Esta é a Pérgamo ou Pergamum mencionada em Revelação 2:12, 13, como a localização duma congregação cristã muito tempo depois, no primeiro século E. C. Quanto a esta transferência da sede caldéia, o Dr. Alexander Hislop diz:
8. (a) O que constituía o reino de Pérgamo? (b) (nota ao pé da página) O que dizer da importância de Pérgamo como cidade? (c) (Nota ao pé da página) Quem era o deus de Pérgamo?
8 A Frigia . . . formava parte do Reino de Pérgamo. A Misia também era outra, e os mísios, na Paschal Chronicle, segundo se diz, descendiam de Ninrode. As palavras são: “Nebrode [grego para Ninrode], o caçador e gigante, — de onde vieram os mísios.” (Veja-se Paschal Chronicle, volume I, página 50.) A Lídia, também, de onde vieram os etruscos [da Itália], segundo dizem [o historiador] Livy e Heródoto, formava parte do mesmo reino. Para comprovar que a Mísia, a Lídia e a Frígia eram partes constituintes do reino de Pérgamo, veja-se o Classical Dictionary de SMITH, página 542.e
ROMA É INFLUENCIADA RELIGIOSAMENTE
9. Como foi Roma atingida religiosamente pela influência etrusca?
9 Isto demonstrou ter profundo efeito sobre Roma. Depois de serem destruídas as cidades etruscas e Roma se tornar república (509 A. E. C.), os romanos se apoderaram dos deuses etruscos, Júpiter, Juno, Minerva e outros, e a cada deus foi atribuída, pela primeira vez então, uma forma humana e a residência num templo ou santuário. Foram identificados com os deuses gregos. Júpiter, o “céu-pai” dos etruscos, se tornou a versão romana popular do grego Zeus-pater. Marte, o deus da guerra, era a deidade favorita dos romanos guerreiros. As Saturnais foram mais tarde tomadas pelos cristãos como seu Natal, e foi-lhes dado novo significado. Certa obra histórica modernaf liga as práticas romanas diretamente com os caldeus:
10. (a) A que uso pervertido foi que os babilônios devotaram seu conhecimento de astronomia? (b) Mostrem como os romanos continuaram com as práticas astrológicas caldéias.
10 Os caldeus fizeram grande progresso no estudo da astronomia, no esforço de descobrir o futuro nas estrelas. Esta arte, chamamos de “astrologia”: Muitas informações foram ajuntadas sistemàticamente pelos babilônios e, delas, temos então o começo da astronomia. Os grupos de estrelas que agora têm o nome “Doze Signos do Zodíaco” foram cartografados pela primeira vez, e os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, e Saturno foram conhecidos. Visto que se pensava que tais planetas tivessem poderes especiais sobre as vidas dos homens, deram-se-lhes nomes segundo os cinco deuses e deusas principais. Referimo-nos a estes planetas pelos seus nomes romanos, mas os romanos adotaram os termos babilônicos e simplesmente os traduziram para seus equivalentes em Roma. Assim, o planeta de Ishtar, a deusa do amor, se tornou Vênus, e o do deus Marduque foi mudado para Júpiter.
11. (a) Como foi que Pérgamo se tornou possessão romana? (b) Que posição religiosa assumira o Rei Atalo?
11 Em 133 A. E. C., o Rei Atalo III, em seu leito de morte, legou Pérgamo e todo o seu território aos romanos, todos os quais se tornaram mais tarde uma província romana sob o nome de Ásia. Este Rei Atalo fora escolhido pelos Magos Caldeus como o sucessor de Baltazar, conforme o Doutor Hislop prossegue dizendo:
12. (a) Como foi que os reis de Pérgamo obtiveram seu cargo religioso? (b) Desta forma, que linhagem de sucessão foi renovada?
12 Os reis de Pérgamo, em cujos domínios os Magos Caldeus encontraram asilo, foram evidentemente por eles [os Magos], e pela voz geral do paganismo que nutria simpatias por eles, colocados no lugar vago, que Baltazar e seus predecessores haviam ocupado. Foram saudados como os representantes do antigo deus babilônico. Isto salta aos olhos pelas declarações de Pausânio. . . . Atalo, em cujos domínios os Magos constituíram sua sede principal, havia sido estabelecido e era reconhecido no próprio caráter de Baco, o Cabeça dos Magos. Assim, o lugar vazio de Baltazar foi preenchido, e a linhagem interrompida da sucessão caldaica foi renovada. — The Two Babylons, páginas 240, 241.
DE ONDE VEM O CARGO DE SUMO PONTÍFICE?
13. Por que rebuscamos a origem do cargo de Sumo Pontífice com interesse incomum?
13 Nesta época em que as religiões do mundo se oferecem como sendo a esperança da paz mundial, tendo à frente a Igreja Católica Romana, devemos a nós mesmos, a seguir, rebuscar com mente despreconcebida a origem do cargo romano de Sumo Pontífice. O Doutor Hislop cita a história nas páginas 239, 240 de The Two Babylons:
14. Como era que Roma considerava os etruscos, quanto à ciência e à religião?
14 Uma colônia de etruscos, fervorosamente ligada à idolatria caldéia, havia emigrado, dizem alguns que da Asia Menor [onde Pérgamo estava localizada], dizem outros que da Grécia, e se estabelecido na vizinhança imediata de Roma. Foram por fim incorporados ao estado romano, mas, muito antes de esta união política ocorrer, exerciam a mais poderosa influência sobre a religião dos romanos. Desde o começo, sua perícia em augúrios, prognósticos e em toda a ciência, real ou pretensa, que os adivinhos ou prognosticadores monopolizavam, fez que os romanos os considerassem com respeito. Admite-se por toda a parte que os romanos derivaram seu conhecimento dos augúrios . . . principalmente dos toscanos, isto é, o povo da Etrúria, e, de inicio, ninguém, a não ser os naturais daquele pais, tinha permissão de exercer o cargo de Haruspex, que dizia respeito a todos os ritos essencialmente envolvidos no sacrifício. . . . os mais elevados dentre os jovens nobres de Roma eram enviados à Etrúria para ser instruídos na ciência sagrada que ali florescia.
15. (a) Quem fundou o colégio de Pontífices? (b) Que poderes eram controlados pelo Pontífice, o membro presidente daquele grupo, e era realmente romano em origem e na prática?
15 O colégiog dos Pontífices foi fundado por Numa Pompílio, segundo rei legendário de Roma, e, a respeito de Numa, diz Hislop: “Esse deus era chamado em Babilônia de Nebo, no Egito de Nub ou Num, e, entre os romanos, de Numa, pois Numa Pompílio, o grande rei-sacerdote dos romanos, ocupava precisamente a posição do Nebo babilônico.”h O Pontífice Soberano que presidia aquele colégio e que controlava todos os ritos religiosos públicos e particulares do povo romano, em todos os quesitos essenciais, se tornou no espírito e na prática um Pontífice etrusco. Quanto a isto, o Dr. Hislop diz:
16. O que diz o Dr. Hislop a respeito da real localização da sede da autoridade do Pontífice?
16 O realmente legítimo Pontífice babilônico tinha sua sede além das fronteiras do império romano [que jamais ultrapassou da Mesopotâmia ou Caldéia meridional]. Tal sede, depois da morte de Baltazar e da expulsão do sacerdócio caldaico de Babilônia pelos reis medo-persas, se localizou em Pérgamo, onde, depois disso, era uma das sete igrejas da Ásia.i
17. A que conclusão nos leva o nosso estudo, com respeito ao cargo dos papas de Roma?
17 Seria de máximo interesse para nós, nesta breve consideração histórica, verificar como esta ligação religiosa entre Pérgamo e Roma, que se tornou a Sexta Potencia Mundial, no primeiro século A. E. C., se manifestou no cargo de Sumo Pontífice. Prova claramente que a religião babilônica deveras é a fonte do cargo de Sumo Pontífice dos papas de Roma. The Two Babylons fornece-nos um relato:
18. (a) Quando foi que os poderes e as funções do Pontífice babilônico foram investidos no governante de Roma? (b) Como foi que Júlio César mostrou que ele pretendia ter os poderes do Pontífice babilônico?
18 De início, o Pontífice romano não tinha relação imediata com Pérgamo e com a hierarquia dali; todavia, com o decorrer do tempo, o Pontificado de Roma e o Pontificado de Pérgamo vieram a identificar-se. A própria Pérgamo se tornou parte e parcela do império romano, quando Atalo III, o último dos reis, ao morrer, deixou por testamento todos os seus domínios para o povo romano, em 133 A. C. . . . Quando Júlio César, que fora anteriormente eleito Sumo Pontífice, tornou-se também, como Imperador, o supremo governante civil dos romanos, então, como cabeça do estado romano, e cabeça da religião romana, todos os poderes e funções do realmente legitimo Pontífice babilônico foram supremamente investidos nele, e se achou em posição de assegurar tais poderes, Então, parece que ele pretendeu a dignidade divina de Atalo, bem como o reino que Atalo legara aos romanos, como se centralizando nele próprio; . . . Então, em certas ocasiões, no exercício de seu alto cargo pontifício, ele aparecia naturalmente com toda a pompa da vestimenta babilônica, como o teria feito o próprio Baltazar, em túnica escarlate. com o báculo de Ninrode na mão, usando a mitra de Dagom [o deus-peixe] e portando as chaves de Jano [o deus de duas faces] e de Cibele [a deusa “mãe”]. . . .
19. Quem foi o primeiro imperador romano a se recusar a aceitar para si mesmo o cargo de Sumo Pontífice?
19 . . . até o reinado do [Imperador Ocidental] Graciano, que, conforme conhecido por [pelo historiador] Gibbon, foi o primeiro que recusou ser ataviado com a vestimenta pontifícia Idólatra, ou a sentar-se como Pontífice. . . .
20. Quando Graciano recusou o cargo de Sumo Pontífice, será que tal cargo permaneceu vago, ou o que aconteceu?
20 . . . Dentro de alguns anos depois de ter sido abolido o título pagão de Pontífice, foi reavivado . . . e foi concedido, junto com todas as inferências pagãs que se apegavam a ele, ao Bispo de Roma, que desde aquele tempo em diante se tornou o grandioso agente em derramar sobre a professa cristandade, . . . todas as outras doutrinas do paganismo, derivadas na antiga Babilônia. . . .
21. Quem foi o primeiro papa de Roma a assumir o titulo, e era cristã a Roma daquele tempo?
21 . . . As circunstâncias em que o título pagão foi concedido ao Papa Damásio eram tais que talvez constituíssem prova nada pequena de fé e de integridade para um homem muito melhor do que ele. Embora o paganismo fosse legalmente abolido no Império Ocidental de Roma, todavia, na cidade das Sete Colinas, ainda grassava, tanto assim que Jerônimo [tradutor da Vulgata latina], que a conhecia bem, escrevendo de Roma neste mesmo período, chama-a de “o esgoto de todas as superstições”. A conseqüência foi que, ao passo que em toda a outra parte através do império, foi respeitado o edito imperial da abolição do paganismo, na própria Roma era, em grande parte, letra morta. . . .
22. (a) O que se pode dizer do caráter do Papa Damásio I? (b) (Nota do pé da página) Como foi que Damásio I obteve a ajuda secular para fortalecer a sua posição?
22 . . . O homem [o Papa Damásio I] que penetrou no bispado de Roma, como ladrão e assaltante, por cima de cadáveres de mais de cem de seus oponentes, não podia hesitar quanto à eleição que devia fazer. O resultado mostra que ele agiu na suposição de que, ao assumir o titulo pagão de Pontífice, ele se dispunha a qualquer sacrifício da verdade para justificar suas pretensões a esse titulo aos olhos dos pagãos, como o representante legítimo de sua longa linha de pontífices. . . .
23. (a) Os pagãos aceitaram o papa como sendo o quê, tão tardiamente como no quarto século E. C.? (b) O que ocorreu em 606 E. C. com respeito ao cargo do papa de Roma?
23 . . . O papa, conforme é agora, era, no fim do quarto século, o único representante de Baltazar ou Ninrode sobre a terra, pois os pagãos manifestamente o aceitaram como sendo tal. . . . Em 606 E. C., quando, no meio das convulsões e confusões das nações, agitadas como um mar tempestuoso, o Papa de Roma se tornou o Bispo Universal; e, então, os dez reinos principais da Europa o reconheceram como o Vigário de Cristo na terra, o único centro de unidade, a única fonte de estabilidade para seus tronos.j
A RELIGIÃO DE BABILÔNIA POR FIM TERMINARÁ
24. (a) Como é que a Palavra de Deus fala a respeito de Babilônia, a Grande? (b) O que tem feito as organizações religiosas, individualmente, sob ela, inclusive as religiões da cristandade? (c) A que situação tem ela conduzido as nações? (d) Qual é o propósito de Deus em revelar a Babilônia, a Grande, com tantos pormenores, e, o que, portanto, devem fazer as pessoas sinceras?
24 Desta forma, Babilônia realizou sua conquista do mundo ocidental. Seu império religioso global é chamado na Palavra de Deus de “Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra”. (Rev. 17:5) Este império religioso dominou sobre Pérgamo e até mesmo Roma, mas, de conseqüências infinitamente maiores tem sido o seu domínio da cristandade. Seus filhos, as “filhas” ou organizações religiosas, são como ela, prostitutas, que têm relações ilícitas com o elemento político deste mundo. As suas doutrinas e o proceder a que leva as potências mundiais são tão detrimentais para a humanidade e tão repugnantes e mortíferas quanto a própria Babilônia antiga. A antiga Babilônia deixou um nome de desprezo para todas as gerações desde então. A Babilônia moderna tem permitido que seus seguidores se voltem para os esforços feitos pelo homem para a paz mundial e tem repugnado a outras pessoas pela sua hipocrisia e corrupção, levando o mundo à luta contra o reino de Deus. A Bíblia revela bondosamente o verdadeiro quadro, para a nossa segurança e ação segura, e os fatos da história comprovam este quadro até no mínimo pormenor. Por que deveria alguém de hesitar ouvir o que o Criador da humanidade diz, para a sua segurança? Babilônia acha-se exposta, mediante a bondade imerecida de Jeová para conosco. Então, fuja da Babilônia, a Grande, dos dias modernos, e aprenda a verdade a respeito de sua destruição em breve, e da liberdade que isso traz à humanidade, mediante o domínio do reino de Deus! (Rev. 18:4, 5, 20) Como foi que Deus fez dramas representativos para orientar a fuga das pessoas honestas, para ajudá-las a sair de Babilônia, será considerado em números subseqüentes.
[Nota(s) de rodapé]
a Para maiores pormenores veja-se A Sentinela de 1.° e 15 de dezembro de 1964, e o livro em Inglês “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus Já Domina!, da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Brooklyn, Nova Iorque.
b Volume 8, edição de 1946, páginas 785, 786.
c Também, a palavra grega para Etrúria foi usada pelos escritores latinos na forma Tyrrenhia; também Tusca, de onde procede a moderna Toscana. — The Encyclopœdia Britannica, 1959, Volume 8, página 783.
d Que a antiga Pérgamo (Pergamus) era cidade de considerável riqueza e posição no quinto século A. E. C., pode-se deduzir por “estar cunhando moedas desde 420 A. E. C., o mais tardar”. Antes de Xenofonte (cerca de 430-355 A. E. C.) mencioná-la em sua Anábase, VII, viii, 8, e Hellenica, III, i, 6, pouco se sabia desta cidade cosmopolita senão a mitologia. — The Encyclopœdia Britannica, edição de 1946. Volume 17, página 507; também The Catholic Encyclopedia, Volume II, página 666, edição de 1911.
O celebrado e muito freqüentado templo de Esculápio se localizava em Pérgamo. Esculápio era chamado o deus de Pérgamo, e a mitologia relacionada à sua adoração sabe à religião de Babilônia. Era adorado na forma duma serpente viva, alimentada no templo e sendo considerada como a sua divindade.
e Vejam-se as páginas 230, 232 de The Dawn of Civilization and Life in the Ancient East (1940), edição de R. M. Engberg e F. C. Cole.
f A palavra “colégio”, conforme usada aqui, se refere, não a uma instituição educacional, mas a um grupo, não inferior a três pessoas, legalmente constituído sob a lei romana para cumprir um propósito. A nossa “corporação” dos dias modernos corresponde de alguma forma a isso.
g The Two Babylons, de Hislop, página 256.
h Ibid., página 240.
i Sob “Damásio I, papa”, a página 652b do Volume 2 da Cyclopœdia de M’Clintock e Strong diz o seguinte: “Damásio I, papa, . . . sucedeu a Libério como bispo de Roma em 366 E. C. Sofreu a oposição de Ursicino, que pretendeu ter ganho a eleição, e, em suas contendas vergonhosas, foram mortas muitas pessoas . . . O imperador Graciano conferiu a [Damásio], em 378, o direito de julgar aqueles clérigos da outra facção, que haviam sido expulsos de Roma, e, a pedido dum sínodo romano realizado naquele mesmo ano, instruiu as autoridades seculares a lhe darem o apoio necessário. . . .
j The Two Babylons, páginas 241, 242, 247, 250, 252, 255.