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  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1967
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w67 15/6 pp. 357-360

Quão completo é o perdão de Deus?

Em que base perdoa Deus? São necessárias as indulgências?

A HONESTIDADE para com nós próprios exige que admitamos que somos pecadores, que cometemos pecados, que erramos, que amiúde não alcançamos o alvo. Como certa vez se expressou um poeta ou salmista hebreu da antiguidade: “Pecamos da mesma forma que os nossos antepassados.” Ao que o apóstolo cristão, Paulo, adiciona seu testemunho: “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus.” — Sal. 106:6; Rom. 3:23.

Sermos pecadores deveria preocupar-nos e deveras nos preocupa. Por quê? Porque nos aflige com a consciência culpada, e, o que é mais, o pecado torna os homens os inimigos de Deus, assim como aconteceu com nossos primeiros pais, trazendo o desagrado de Deus, que resultou em morte para eles e para a sua descendência: “É por isso que, assim como por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” Sim, “o salário pago pelo pecado é a morte”. — Rom. 5:12; 6:23.

Amorosamente, Jeová Deus proveu o meio pelo qual podemos tornar-nos seus amigos, recebendo o perdão de nossos pecados. Assim, diz-se-nos: “Quando éramos inimigos, ficamos reconciliados com Deus por intermédio da morte de seu Filho.” (Rom. 5:10) No entanto, esta reconciliação não vem automàticamente para nós. Só alcança os que exercem fé: “Quem exerce fé no Filho tem vida eterna.” — João 3:36.

O que significa “exercer fé”? Significa mais do que simplesmente dizer: “Eu creio.” Significa fazer algo a respeito; significa tornar-se ativo, pois “a fé sem obras é morta”, existindo sozinha. (Tia. 2:26, Al) Assim como o apóstolo Pedro exortou os judeus afligidos pela consciência, que se tinham envolvido na morte do Filho de Deus: “Arrependei-vos”, sintam-se realmente tristes por causa de seus pecados, “e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados”. Dar meia-volta significa mudar a direção em que se segue — neste caso, deixar de seguir um proceder egoísta e pecaminoso para seguir um proceder de justiça. Ao passo que não podemos fazer isso perfeitamente, todavia, podemos e temos de nos opor às tendências pecaminosas em nossa carne e continuar esforçando-nos de agir melhor. “Não deixeis que o pecado continue a reinar em vossos corpos mortais, para obedecerdes aos seus desejos.” — Atos 3:19; Rom. 6:12.

Por suplicar o perdão à base do sacrifício de Cristo, podemos livrar-nos da consciência de culpa, assim como lemos: “Se alguém cometer pecado, temos um ajudador junto ao Pai, Jesus Cristo, um justo. E ele é um sacrifício propiciatório pelos nossos pecados, contudo, não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.” Mas, temos de seguir um proceder coerente: “Se estivermos andando na luz, assim como ele mesmo está na luz, . . . o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos.” — 1 João 2:1, 2; 1:7.

SÃO NECESSÁRIAS AS INDULGÊNCIAS?

O que inclui, porém, este perdão? Toda punição para o pecado, ou há punição que tem de ser sofrida? Segundo a Igreja Católica Romana, para os pecados que o próprio crente cometa, tem de sofrer punição temporal, isto é, castigo limitado quanto ao tempo: “Ainda resta o castigo temporal exigido pela justiça Divina.” Ela afirma que “tal exigência tem de ser satisfeita quer nesta vida atual quer no mundo vindouro, i. e., no Purgatório”.a E é aqui que surge o ensino das indulgências, pois as indulgências são concedidas para reduzir o castigo temporal que a pessoa supostamente tem de sofrer no purgatório, depois da morte.

A respeito de indulgências, o Concílio de Trento (3 e 4 de dezembro de 1563) declarou, entre outras coisas: “O santo sínodo ensina e ordena que o uso de indulgências, como sendo muitíssimo salutar para os cristãos e aprovado pela autoridade dos Concílios, deve ser retido pela Igreja; e, declara ademais anátemas [maldições] contra os que declaram que as indulgências são inúteis ou que negam que a Igreja tenha poder de concedê-las.”

A Igreja Católica Romana também ensina que há dois tipos de indulgências: a plenária, isto é, indulgências plenas e completas, e indulgências parciais. Por indulgência plenária ela quer dizer que todo o castigo futuro pelos pecados é eliminado, de modo que, se a pessoa morrer logo depois de receber a indulgência plenária, iria diretamente para o céu; o que, no entanto, os teólogos modernos estão habituados a qualificar com alguns “ses”, dando a entender que tal coisa raramente acontece.

A indulgência parcial é para certo número de dias. Quanto ao que poderá conceder a alguém tais indulgências, há um número quase completo de coisas. Por exemplo, usar certos artigos religiosos que foram abençoados resulta em se receber indulgência por certo número de dias. Beijar o anel do papa dá à pessoa 300 dias de indulgência; mas, beijar o anel dum bispo comum, apenas 50 dias. Subir as “santas escadas” em Roma de joelhos — degraus estes que se supõe serem os que Jesus subiu por ocasião de seu julgamento e sua sentença — enquanto se medita na paixão [sofrimento] de nosso Senhor Jesus Cristo”, concede mais de 3.000 dias de indulgência à pessoa para cada degrau.

Concedem-se também indulgências por se ler a Bíblia. Assim, o prefácio do Novo Testamento, edição em inglês da Confraternidade Católica, tem a nota: “O Papa Leão XIII concedeu aos fiéis que lerem pelo menos durante um quarto de hora os livros da Sagrada Escritura com a veneração devida à Palavra Divina e como leitura espiritual, uma indulgência de 300 dias. — Preces et Pia Opera, 645.”

QUADRO CONFUSO

Que o uso de indulgências na Idade Média veio a servir a fins egoístas, a História mostra claramente. Esta foi, realmente, uma das causas principais da Reforma; o Papa Leão X procurava ajuntar dinheiro pela venda de indulgências para terminar a catedral de São Pedro em Roma, e o agente mais notório deste tráfico de indulgências era João Tetzel. Tudo isto fez que o sacerdote e monge Martinho Lutero rompesse com Roma. Assim, A Enciclopédia Católica conta que “as indulgências foram empregadas pelos eclesiásticos mercenários como meio de lucro pecuniário”.

Houve muita discussão erudita quanto ao valor das indulgências no Concílio Vaticano II, não sendo nada pequena a parte adversa. No entanto, apesar de tudo isto, o Papa Paulo VI achou apropriado dar mais ênfase às indulgências do que nunca antes por anunciar que 1966 seria um Ano Jubileu, que usualmente só ocorre cada vinte e cinco anos. Durante o Ano Jubileu nos tempos passados, qualquer católico que viajasse para Roma para visitar uma de suas quatro principais basílicas católico-romanas, ou catedrais suntuosas, e adorasse ali, obteria indulgência plenária. No entanto, para o ano passado, o papa decretou que os católicos-romanos poderiam obter indulgência plenária em seu próprio país, simplesmente por freqüentarem certas catedrais que ele especificou em suas dioceses, onde instruções especiais deveriam ser dadas a respeito das consecuções do Concílio Vaticano II. — Time, 31 de dezembro de 1965.

Mas, quando a pessoa considera a natureza da discussão sustentada nas reuniões do Concílio Vaticano II sobre o valor das indulgências, a pessoa fica pensando se o Papa Paulo VI marcha ou não no mesmo passo que seus prelados. Por exemplo: Houve o caso de Maximo IV Saigh de Antioquia, que indicou que na Igreja Católica Romana durante os primeiros onze séculos “não houve sinal de indulgências, e até mesmo hoje em dia a Igreja Oriental as ignora. Na Idade Média, o abuso das indulgências causou graves escândalos para o Cristianismo. Até mesmo em nossos dias parece-nos que a prática de indulgências muito amiúde cultiva nos fiéis uma espécie de contabilidade pia em que a pessoa se esquece do que é essencial, a saber, o esforço sagrado e pessoal de penitência”. Outro prelado no Concílio indicou que as indulgências tendem a ampliar o abismo entre os católicos-romanos e outras igrejas da cristandade, que não são bem baseadas teologicamente e não são suficientemente bíblicas.

Segundo certos despachos, estas observações foram grandemente aplaudidas por cerca de 2.000 bispos reunidos. A idéia original do grupo conciliar que tratava do assunto era de simplesmente abolir a questão do tempo, tantos dias, anos, e assim por diante, para esta, aquela e aquela outra coisa. Mas, com tais fortes objeções contra a própria idéia das indulgências, nada foi feito a respeito delas nas sessões do Vaticano II. Com efeito, levar a efeito as idéias de alguns os teriam tornado merecedores das maldições lançadas pelo Concílio de Trento contra todos os que questionassem o valor das indulgências!

A PALAVRA DE DEUS SOBRE O ASSUNTO

Podem as indulgências com efeito livrar a pessoa do “castigo temporal”? Qual é a posição da Palavra de Deus sobre o assunto? Quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, estava na terra, ele às vezes perdoou livremente os pecados de alguns. Será que ele, em tais ocasiões, teve algo a dizer sobre as indulgências? Não, não disse nada. (Luc. 7:48, 49) Nem disseram nada quaisquer de seus primitivos seguidores. Assim, o apóstolo Paulo escreve: “Mediante ele temos o livramento por meio de resgate, por intermédio do sangue desse [Jesus Cristo], sim, o perdão de nossas falhas, segundo as riquezas de sua benignidade imerecida.” Tornando o assunto até mesmo mais forte e mais explícito há as palavras do apóstolo João: “O sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.” “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a injustiça.” Se Jeová Deus, à base do sacrifício de Cristo, perdoa todos os nossos pecados, não poderá haver castigo temporal antes ou depois da morte para eles. — Efé. 1:7; 1 João 1:7, 9.

Além disso, como poderiam as pessoas ser punidas após a morte quando, segundo as Escrituras: “Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem mais nada.” Sim, “naquele mesmo dia” em que o homem morre, “perecem os seus pensamentos”. A Bíblia nos fala de Lázaro, um amigo de Jesus que foi ressuscitado por Jesus depois de estar no sepulcro por quatro dias. Caso estivesse vivo em alguma parte, podemos estar certos de que nos teria falado a respeito desta sua experiência notável! — Ecl. 9:5, CBC; Sal. 146:4, Al; João 11:38-44.

O ensino errôneo do sofrimento pelos pecados após a morte e de que as indulgências podem supostamente trazer alívio de tal sofrimento se baseia numa falsa premissa, a saber, de que o homem tem uma alma separada e distinta de seu corpo, e que ela é imortal, abandonando o corpo na ocasião da morte. Mas, nem os cientistas nem os cirurgiões chegaram alguma vez a descobrir tal alma no homem, nem ninguém mais achou qualquer evidência de tal coisa. O estado consciente do homem depende de seu organismo; uma vez danificado, como num acidente, seu estado consciente sofre. O ensino da Bíblia apóia este fato científico, pois nos diz que, ao ser criado, o homem “se tornou uma alma vivente”. Quanto ao homem como alma ser imortal, a Palavra de Deus nega expressamente tal ensino, declarando: “A alma que está pecando, ela mesma morrerá.” A esperança para os mortos jaz, não numa suposta alma imortal, mas na ressurreição, que a Bíblia nos assegura que abrangerá ‘tanto os justos como os injustos’. — Gên. 2:7; Eze. 18:4, 20; Atos 24:15.

Mais do que isso, não só a Bíblia nada tem a dizer a respeito das indulgências e da alma imortal, mas ela igualmente nada tem a dizer a respeito dum lugar como o purgatório. Fala-nos de Deus criar o céu e a terra, mas jamais menciona o purgatório, essa palavra jamais ocorrendo na Bíblia, de Gênesis à Revelação.

CONSIDERADAS SUPOSTAS OBJEÇÕES

Aqueles que ensinam tais doutrinas como as indulgências, a imortalidade da alma humana e o purgatório afirmam que tais ensinos se acham apoiados pelas palavras de Jesus em Lucas 12:47, 48, a respeito de aqueles que conhecem a vontade de Deus e não a fazem serem açoitados com muitos açoites. No entanto, nenhuma ilustração pode ser devidamente usada ou interpretada como contradizendo declarações expressas da Bíblia, mas tem de ser discernida em harmonia com elas. Jesus declarava aqui um princípio, e uma profecia a ser cumprida em sua segunda vinda, enquanto seus discípulos cristãos ainda vivessem na carne, na terra.

Outro texto usado para apoiar a estrutura das indulgências é 1 Coríntios 3:15, que reza: “Caso se queimar a obra de alguém, sofrerá perda, mas ele mesmo será salvo; contudo, neste caso, será como por intermédio do fogo.” É claro que aqui não se quer dizer o fogo literal, pois os cristãos não constroem com “ouro, prata e pedras preciosas” literais, ou com “materiais de madeira, feno, restolho”, conforme mencionado no versículo 12. Mais do que isso, fala de a pessoa ser salva como que do meio do fogo porque suas obras são queimadas. Ela construiu descuidada ou tolamente durante esta vida; nesta vida, suas obras são destruídas e é nesta vida, por conseguinte, que ela, será salva, como que do fogo da prova.

A Palavra de Deus mostra que Ele é razoável, justo, amoroso e reto. Tem feito provisão para o perdão de pecados que não são voluntários por meio do sacrifício de resgate de seu Filho, Jesus Cristo. Visto que tal sacrifício nos purifica de todo o pecado e da consciência de culpa, não deixa nada a ser pago pelo castigo temporal, castigo este que poderia, ou se supõe que seja, diminuído pelas indulgências. Especialmente não resta nada a ser pago depois da morte, visto que na morte o homem se torna inteiramente inconsciente, sem quaisquer idéias até a ressurreição, se esta for a sua porção. Sim, o perdão de Deus é completo.

[Nota(s) de rodapé]

a The Catholic Encyclopedia, Vol. 7, p. 783.

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