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  • ‘As obras da carne são festanças’
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 1/10 pp. 604-607

‘As obras da carne são festanças’

VOLTEM juntos para casa e se esqueçam de tudo!-disse o juiz de Munique ao tresloucado casal jovem diante dêle. “Afinal de contas, não era época de carnaval?” Sim, vez após vez era isso que um juiz de Munique dizia aos casais que se dirigiam a êle em busca do divórcio porque um dêles se provara infiel durante o Fasching ou época de carnaval, que dura sete semanas em Munique.

Como são exatamente êstes carnavais? A respeito dêles, diz-se-nos: ‘Com imprudente abandono (que invariàvelmente leva a um maior índice de nascimentos em outubro e novembro), os alemães ocidentais guardam suas farras anuais anteriores à Quaresma até o último minuto de Têrça-Feira de Carnaval na Renânia e na Alemanha meridional. Conforme se poderia esperar, alguns eclesiásticos e pais ficaram infelizes. Mas, os freqüentadores das festas gozaram momentos maravilhosos. Na Renânia, a Liberdade do Carnaval é legalmente reconhecida como desculpa para quase tudo, exceto o homicídio e dirigir bêbedo. Especialmente arriscada para os homens é a Noite do Carnaval das Mulheres, quando inteiros bairros das cidades se enchem de corpulentas donzelas nórdicas que espancam os barões desatentos, ou tomam liberdades mais íntimas. Munique, também, toma legalmente em consideração a Época de Carnaval; especialmente em vista da tradição às vêzes causadora de dificuldades de que os maridos e as espôsas não devem ir juntos aos bailes.’ — Newsweek, 4 de março de 1963.

No Festival de Munique são consumidos mais de três milhões de litros de cerveja, junto com muitos milhares de litros de vinho e outras bebidas alcoólicas, para não se dizer nada das centenas de milhares de salsichas, e assim por diante. Fundamentalmente, tais festas têm origem religiosa, sendo instituídas para serem celebradas pouco antes da época da Quaresma, quando os católicos devem supostamente jejuar com respeito à carne e negar a si mesmos outros luxos. A própria palavra “carnaval” significa “adeus à carne”. Em outras cidades, tais como Nova Orleans, a festa é conhecida como Mardi Gras, que tècnicamente se refere ao último dia do carnaval e literalmente significa “Têrça-Feira gorda”, o último dia em que se permite comer carne antes da Quaresma.

Não que a festança se limite a apenas estas ocasiões especiais, pois a vida noturna em muitas cidades é, não raro, barulhenta folia, conforme declara certa notícia sôbre Buenos Aires: “A balbúrdia reina como de costume num restaurante em La Boca, distrito do cais do pôrto em que cada noite irrompe em tresloucado divertimento. Como em outros movimentados pontos noturnos, os garçons amiúde abandonam as bandejas para apoderar-se de instrumentos musicais, os fregueses se apresentam para dançar ou liderar uma canção, e fileiras espontâneas da conga serpenteiam por entre as mesas — continuando até de manhã cedo.” — National Geographic, de novembro de 1967.

CONDENADAS PELA PALAVRA DE DEUS AS FESTANÇAS

Sem dúvida a grande maioria daqueles que se entregam a tais festanças professam ser cristãos, quer católicos-romanos quer protestantes, mas são as festanças para os cristãos? Não, segundo o apóstolo Pedro, pois êle lembra aos cristãos que, ao passo que durante o tempo anterior a se tornarem cristãos êles talvez tenham participado em festanças, agora tais coisas são inapropriadas para êles: “Porque já basta o tempo decorrido para terdes feito a vontade das nações, quando procedestes em ações de conduta desenfreada, em concupiscências, em excessos com vinho, em festanças, em competições no beber.” Porque os cristãos não mais se entregam a tais coisas, seus anteriores conhecidos ficam perplexos e falam mal dêles, prossegue dizendo Pedro. — 1 Ped. 4:3, 4.

Que as festanças não são para os cristãos, o apóstolo Paulo também deixa claro, pois escreveu: “Andemos decentemente, como em pleno dia, não em festanças e em bebedeiras, nem em relações ilícitas e em conduta desenfreada, nem em rixa e ciúme. Mas, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não estejais planejando antecipadamente os desejos da carne.” Com efeito, é o mesmo apóstolo que nos diz que as festanças se acham entre “as obras da carne”: “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, . . . bebedeiras, festanças, e coisas semelhantes a estas.” E quão sérios são tais costumes? São coisas que fariam o cristão perder a vida eterna. “Quanto a tais coisas, aviso-vos de antemão, do mesmo modo como já vos avisei de antemão”, escreveu o apóstolo Paulo, “de que os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus”. Não há nenhum equívoco em tais palavras! — Rom. 13:13, 14; Gál. 5:19-21.

Que êste aviso se aplica à festança descrita antes se evidencia do significado da palavra grega original usada, a saber, komos, pois significa “folia, farra, as coisas concomitantes e as conseqüências da bebedice”.a Quanto ao significado da palavra portuguêsa “festança”, diz-se-nos que significa “barulhenta festividade, buliçosa folia”. “Tornar-se festivo de modo desregrado ou barulhento.” “Uma ocasião de excessiva e buliçosa festividade; folia louca ou irrestrita.”

POR QUE É PRECISO ESTAR ALERTA

A festança, por conseguinte, não precisa ser grande acontecimento como os carnavais anteriores à Quaresma em Munique e outras partes, mas qualquer reunião social poderá transformar-se em festança a menos que se exerca cuidado. Como assim?

No sentido de que, quando há uma ocasião festiva, tal como uma recepção de casamento, quando há música viva e talvez a cerveja e o vinho fluam livremente, há o perigo de se ir aos extremos. Talvez haja risadas barulhentas, inapropriadas para os cristãos; talvez haja piadas obscenas e a tendência para a liberalidade quanto ao que é apropriado entre os sexos, tudo o que poderia fazer que a ocasião festiva se transformasse em festança.

Não que a Palavra de Deus seja um estraga-festas. De jeito nenhum! A Bíblia não proscreve a alegria e a diversão. Pelo contrário, vez após vez manda que o povo de Deus fique alegre e se regozije, e isso por várias razões. Assim, diz-se ao homem que se regozije em seu Criador, o marido se regozije em sua espôsa, o homem jovem em sua juventude, o trabalhador na obra de suas mãos e o lavrador no fruto de seu labor. (Sal. 32:11; Pro. 5:15-19; Ecl. 3:22; 11:9; Deu. 26:10, 11) E, repetidas vêzes, a Bíblia indica que o alimento e a bebida acompanham o regozijo: “Vai, come alegremente o teu pão e bebe contente o teu vinho.” Sim, Jeová Deus forneceu o “vinho que alegra o coração do homem” e o “pão que fortalece o seu coração”. — Ecl. 9:l, PIB; Sal. 104:15, Al.

Mas, os cristãos devem ser moderados e ter domínio de si no usufruto das coisas boas da vida. É por isso que o homem cristão, para habilitar-se como superintendente da congregação cristã, tem, entre outras coisas, de ser “moderado nos hábitos”. As mulheres cristãs, semelhantemente, diz-se que sejam “moderadas nos hábitos”. — 1 Tim. 3:2, 11.

Hábitos imoderados, conduta irrestrita e buliçosa, e música muito alta e dissonante refletem de forma desfavorável sôbre o cristão. Não só isso, mas tal conduta amiúde leva a excessos tais como a bebedice e glutonaria, contra as quais a Bíblia repetidas vêzes investe: “Não venhas a achar-te entre os grandes bebedores de vinho, entre aquêles que são glutões comedores de carne.” Tal falta de contrôle amiúde leva à imoralidade sexual, que a Palavra de Deus condena em têrmos nada duvidosos: “Pois isto é o que Deus quer, a vossa santificação, que vos abstenhais de fornicação; que cada um de vós saiba obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra, não em cobiçoso apetite sexual, tal como também têm as nações que não conhecem a Deus . . . Pois Deus nos chamou, não com uma concessão para a impureza, mas em conexão com a santificação.” — Pro. 23:20; 1 Tes. 4:3-7.

Sim, a conduta barulhenta e buliçosa revela a falta de domínio próprio duma pessoa. A conversa descuidada amiúde é prelúdio de atos descuidados, de modo que aquêles que buscam ter a aprovação de Deus têm de dar ouvidos ao conselho: “Não deixeis que nada irrestrito saia da vossa bôca, pois Jeová é um Deus de conhecimento, e por êle as ações são corretamente avaliadas.” É idéia errônea que a cerveja, o vinho e as bebidas mais fortes são essenciais para uma ocasião festiva; isto é principalmente uma questão de costume local. É bom, portanto, sempre ter presente as palavras sábias: “Zombeteiro é o vinho, buliçosa é a bebida inebriante, e todo aquêle que se deixa desencaminhar por êle não é sábio.” A menos que os cristãos fiquem vigilantes, podem cair no êrro em que caíram os israelitas nos dias de Moisés, enquanto estava no monte por quarenta dias, a respeito do que lemos: “O povo assentou-se para comer e beber, e levantaram-se para festejar buliçosamente”, e também de forma idólatra. — 1 Sam. 2:3; Pro. 20:1; 1 Cor. 10:7 (Ed. de 1950, em inglês); Êxo. 32:4-6.

Neste respeito, o apóstolo Paulo deu bom conselho aos cristãos em Corinto, do qual precisavam especialmente visto que sua cidade era notória pelas suas festanças sensuais: “Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tôdas as coisas para a glória de Deus. Guardai-vos para não vos tornardes causas de tropêço para judeus, bem como para gregos e para a congregação de Deus, assim como eu estou agradando a todos em tôdas as coisas, não buscando a minha própria vantagem, mas a dos muitos, a fim de que sejam salvos.” Sim, há razão adicional para manter-se vigilante em ocasiões festivas, de modo a não fazer os outros tropeçar. Em tais ocasiões, especialmente, ‘endireitai as veredas para os vossos pés’. — 1 Cor. 10:31-33; Heb. 12:13.

MANTENDO SOB CONTRÔLE AS OCASIÕES FESTIVAS

Há várias coisas que têm de ser observadas se as ocasiões festivas não se transformarão em festanças. Por exemplo, há o princípio bíblico: “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” Por tal motivo, os cristãos farão bem em evitar acontecimentos sociais patrocinados por descrentes não interessados na Palavra de Deus e em suas elevadas normas de conduta. Até mesmo quando os descrentes são convidados a reuniões sociais cristãs, é preciso exercer cuidado. Uma lição neste sentido pode ser aprendida dos israelitas da antiguidade. Não foram os descrentes que fizeram que transgredissem no pecado de Baal-Peor? — 1 Cor. 15:33; Núm. 25:1-9.

Outra coisa a observar é o tipo de dança realizado. Grande parte das danças modernas suscita as paixões, mas, há saudáveis danças folclóricas que permitem muito exercício e alegre animação, tal como a quadrilha, a contradança e a polca. Tais danças envolvem certa dose de perícia e cooperação e contribuem para o contentamento mútuo e coletivo; não tendo algumas características objetáveis de tantas das danças modernas.

Para manter sob contrôle as ocasiões festivas é também necessário pensar no tipo de música tocado. Os jovens tendem a preferir música altíssima que o mundo associa com festanças. Se os cristãos forem os encarregados, portanto, desejarão certificar-se de que música boa e decente seja tocada, não necessàriamente a clássica ou serena, mas tampouco a sensual ou vulgar, que dê excessiva ênfase ao barulho e ao ritmo, como se dá em tantas recepções de casamento mundanas. Tal música visa suscitar os mais baixos instintos e fazer que se percam as inibições da mesma forma que as bebidas alcoólicas influem sôbre algumas pessoas.

Outra ajuda valiosa neste sentido é ter a presença de pelo menos diversos cristãos maduros. Especialmente se a maioria fôr de jovens, é aconselhável ter a presença de alguns cristãos verdadeiramente maduros, profundamente preocupados com o bem-estar espiritual dos jovens. O respeito que se lhes deve demonstrar sem dúvida exercerá saudável efeito sôbre todos os presentes.

Também a ser considerado é o valor dos assuntos bíblicos ou sérios para palestra. Por exemplo, talvez se proponham enigmas baseados em incidentes bíblicos, haja ilustrações de princípios bíblicos, imitações de personagens bíblicos, apresentações de incidentes bíblicos, a narração de experiências interessantes. Tais coisas podem representar estimulante desafio à inventividade, à habilidade dramática, e assim por diante, e podem resultar numa noite muitíssimo apreciável bem como proveitosíssima, conforme notado pelo êxito dos dramas bíblicos apresentados anualmente nos grandes congressos do povo de Jeová.

Não se deve desperceber a precaução prática de fixar de antemão uma hora razoável para a festa terminar. Parece que quanto mais durar a festa, quanto mais entrar noite adentro, tanto mais barulhenta se tornará, provàvelmente, e tanto maior é a tentação de farrear. Talvez se possa fazer, no início, alguma observação quanto à sua duração tencionada; mas, se os anfitriões desperceberem isto, pelo menos os convidados cônscios da necessidade de irem embora em uma hora razoável podem partir sem sentirem que precisam desculpar-se por isso.

Isto tem ainda mais uma vantagem. Não só é provável que se proteja a moral, mas também a saúde, visto que a pessoa terá menos probabilidade de exagerar no alimento e na bebida e dormirá mais. Tudo isto é de especial valia para os ministros cristãos, que usualmente têm um dia cheio de atividades ministeriais e de adoração a Deus no domingo. Conforme expressou-se certa vez um idoso ministro cristão: “Quanto menos ‘vivo’, tanto mais posso dar”; significando por ‘viver’, naturalmente, entregar-se aos prazeres mundanos.

Sim, tratando-se de ocasiões festivas, como de tudo o mais que entra na vida do cristão, a restrição e o domínio de si são necessários. O Criador propôs que suas criaturas terrestres gozassem de grande alegria por muitas coisas diferentes, inclusive acontecimentos sociais. Mas, êstes não precisam transformar-se em festanças; podem ser saudáveis ocasiões alegres sem desculpas ou arrependimentos. Por certo êsse é o proceder sábio!

[Nota(s) de rodapé]

a An Expository Dictionary of New Teatament Words — W. E. Vine.

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