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  • Há realmente um Diabo?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 15/11 pp. 677-680

Há realmente um Diabo?

Haverá base para se crer que exista uma perversa criatura espiritual? Ou é infundada tal crença?

O MUITO lido editorialista David Lawrence comentou certa vez: “‘Paz na terra’ — quase todo o mundo a deseja. ‘Boa vontade para com os homens’ — quase todos os povos do mundo a sentem, uns para com os outros. Daí, o que está errado? Por que há ameaça de guerra apesar dos desejos inatos dos povos?”

Estas perguntas realmente movem a pessoa a pensar. Quando o desejo natural de tôdas as pessoas normais é viver em paz, por que é tão comum que as pessoas se odeiem e se habituem a matar umas às outras? É deveras um paradoxo, como observou anos atrás um anterior diplomata canadense, o Dr. Hugh Keenleyside: “Não podemos aceitar sem náusea a idéia de incinerar centenas de milhares ou milhões de mulheres e crianças a quem, sob circunstâncias normais, teríamos prazer de acalentar e em quem acharíamos gentileza e deleite.”

As condições são similares hoje. As vítimas da guerra ficam geralmente desfiguradas e aleijadas. Como podem pessoas civilizadas tratar-se umas às outras dessa forma? Que fôrças as impelem a tais ações desprezíveis, ou as manobram para uma situação em que se sentem compelidas a praticá-las? Certamente não é fora de propósito suscitar, com tôda a seriedade, as perguntas: Poderá alguma fôrça perversa e invisível estar influenciando os humanos para cometerem tais atos de violência? Existe realmente um Diabo?

Não ponha de lado tais perguntas, respondendo que os homens são assim mesmo; pelo contrário, seu estado normal é a paz. Isto, então, é algo que merece a sua cuidadosa consideração.

CONCEITO MODERNO

A popularização, perto do fim do século passado, das idéias materialistas influenciou grandemente a atual maneira de pensar de muitas pessoas com respeito ao Diabo. Sob o cabeçalho “Materialismo”, The Encyclopedia Americana (1955) observa: “O materialismo consumado assevera que não existe nada a não ser os corpos físicos e os processos físicos.”

Êste conceito materialista obteve ascendência em muitos círculos, e influenciou até as crenças de muitos líderes religiosos a respeito do Diabo. Explica a revista religiosa Eternity, em seu número de agôsto de 1964: “Já por mais de um século, a crença no diabo parece estar desaparecendo. . . . Os teólogos protestantes em geral baniram da Bíblia o diabo pessoal para o depósito de velharias reservado para os mitos despedaçados.”

A respeito do conceito moderno sôbre o Diabo, o Dictionary of All Scriptures and Myths (1960) de G. A. Gaskell afirma: “O verdadeiro diabo, contra o qual temos de ser sóbrios e vigilantes, está dentro do homem; é levado dentro do coração humano. Êle é a parte animal da natureza humana.”

Também, The Encyclopcedia Britannica (1966), sob o título “Diabo”, observa: “O moderno protestantismo liberal tende a negar a necessidade de se crer num diabo pessoal, preferindo entender as referências bíblicas e outras feitas a êle como a personificação do princípio do mal.”

Assim, tem-se tornado moda crer numa “parte animal da natureza humana” ou num “princípio do mal”, antes que num Diabo real. De maneira que o entendimento uma vez comum de que o Diabo é uma pessoa viva, invisível, não é mais levado a sério por muitos. O que provocou esta mudança de conceito? É justificada?

RAZÕES DE SE NEGAR A EXISTÊNCIA DÊLE

Em seu livro, Satan, A Portrait, Edward Langton rebusca a crença histórica quanto ao Diabo. De forma interessante, observa a respeito do conceito sôbre o Diabo expresso na literatura dos monges da Idade Média: “A imaginação religiosa é fertilíssima, e as ilusões e as alucinações, produtos de mentes doentias ou deformadas, são declaradas como sendo realidades objetivas.”

Destarte, com o tempo, as errôneas concepções supersticiosas e ridículas a respeito do Diabo vieram a ser aceitas por muitas pessoas religiosas. Até mesmo hoje em dia o Diabo é tradicionalmente concebido como criatura de uniforme vermelho justo, tendo chifres, rabo e um forcado na mão. Sem dúvida tais concepções errôneas são responsáveis, em parte, por muitas pessoas negarem a existência do Diabo.

Não obstante, a Bíblia não é a fonte de tais concepções errôneas. Todavia, foi lançado um ataque contra seus ensinos por parte de homens que promoviam idéias materialistas na parte final do século passado. Isto, em especial, resultou na negação da existência do Diabo, conforme indicado por The Encyclopcedia Britannica, décima primeira edição (1910-1911). Sob o título “Diabo”, comenta:

“Pode-se afirmar com segurança que a crença em Satanás agora não é geralmente considerada como artigo essencial da fé cristã . . . O conceito moderno da inspiração das Escrituras não torna necessária a aceitação da doutrina das Escrituras sôbre êste assunto como sendo final e absolutamente de pêso. O ensino de Jesus até mesmo sôbre êste assunto pode ser tido quer como acomodação aos conceitos daqueles com quem êle lidava, quer, mais provàvelmente, como prova da limitação de conhecimento que era condição necessária da Encarnação . . .”

Assim, o “conceito moderno” de que a Bíblia não é literalmente verídica moveu muitas pessoas a rejeitar o que ela dizia sôbre um Diabo pessoal. (Mat. 25:41; Luc. 4:1-8; João 8:44) Até mesmo os líderes religiosos começaram a ensinar que as referências feitas por Jesus ao Diabo se deviam ao conhecimento limitado dêle sôbre o assunto. Ou, afirmavam que Jesus se acomodou às idéias e à linguagem que então prevalecia na Judéia, mas que êle mesmo não considerava o Diabo como pessoa real e viva.

Mas, era satisfatória esta idéia de que não existia um Diabo pessoal? Ao que se poderia atribuir o horrível tratamento do homem para com suas concriaturas?

INSATISFATÓRIO O CONCEITO MATERIALISTA

A teoria materialista de que o homem evoluiu dos animais inferiores foi adotada qual resposta, até mesmo por muitos líderes religiosos. Afirmava-se que o homem ainda retém parte de seu passado animal, e que esta é a razão pela qual combate, atormenta e mata suas concriaturas. Arrazoava-se também que esta perversidade, com o tempo, seria eliminada do homem, à medida que continuasse a evoluir. Na conclusão de seu livro sôbre as crenças do homem sôbre o Diabo, Edward Langton comenta de forma interessante isto:

Os eruditos expulsaram [o Diabo] de seu sistema de crença, dogmàticamente e sem cerimônia. Fecharam-lhe a porta no rosto de forma estrondosa, e a trancaram e obstruíram. Satanás, concluíram êles, era relíquia de antiga superstição. Desaparecera para sempre de existência sob a luz forte e clara da razão e do senso comum. O simples fato é, disseram, que o homem nasceu de um ramo animal. . . . Todavia, virá o tempo em que, sob a influência das fôrças da civilização — da educação, da cultura, do conhecimento aumentado — o homem deixará gradualmente para trás o macaco, o tigre e o lôbo, e por fim contemplaremos o homem perfeito. No ínterim, cada geração se torna cada vez melhor.”

Mas, quão insatisfatória resultou esta explicação! Pois, ao invés de se tornar melhor, o gênero humano mergulha a profundidades de depravação sem precedentes. A Primeira Guerra Mundial começou, empregando-se gases diabólicos que sufocavam e queimavam os humanos até à morte, e outras novas armas de mutilação e aleijamento. Mas, êsse conflito era apenas o comêço dos horrores. Considere o regalo a sangue frio na monstruosa crueldade que se seguiu àquela guerra. Considere o lança-chamas, os campos de concentração, as câmaras de gás, o genocídio de milhões de judeus; considere as bombas atômicas, as bombas de napalm, as bombas de hidrogênio.

É indiscutível que, ao invés de cada geração se tornar melhor, jamais houve em tão ampla escala maior degradação de todos os padrões morais e de conduta. Acha que todos êsses males perpetrados aconteceram simplesmente por acaso? Crê que o homem, que anseia ter paz e felicidade, seja capaz, de sua própria iniciativa, de tão crassa perversidade contra si mesmo? Ora, nem mesmo os animais são culpados das horríveis torturas e mortes que os humanos planejaram e imaginaram para seu próximo.

Assim, não se deixe iludir a aceitar um conceito puramente materialista. Pois, como observou refletidamente um dos mais notáveis cientistas dêste século, o falecido Dr. Robert A. Millikan: “Uma filosofia puramente materialista é para mim o cúmulo da falta de inteligência.”a É simplesmente desarrazoado crer que as criaturas materiais são a forma mais elevada de vida. O arrazoamento aponta para o fato que há criaturas vivas invisíveis, que não se pode ver, e que elas exercem poderosa influência sôbre os assuntos humanos.

A EXPLICAÇÃO DA BÍBLIA

A Bíblia também indica êste fato. Por conseguinte, não é anticientífica nem ridícula quando fala de pessoas espirituais invisíveis. “Deus é Espírito”, explica a Bíblia. (João 4:24) Também nos conta que Deus fêz anjos em forma espiritual. (Heb. 1:7) Trata-se de pessoas reais, vivas. Portanto, também o Diabo é uma pessoa espiritual.

“Mas”, talvez alguém diga, “se Deus fêz tôdas as criaturas espirituais, por que criou uma delas como Diabo?” Realmente, Deus não fêz isso. Êle fêz perfeitas tôdas as criaturas espirituais. Mas, uma delas se transformou em Diabo. Corrompeu-se pelos seus próprios desejos incorretos. A Bíblia explica o processo pelo qual até mesmo criaturas perfeitas podem tornar-se más: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado.” — Tia. 1:14, 15.

O desejo impróprio que esta poderosa criatura espiritual alimentou foi de receber a adoração de outras criaturas, o que sòmente o Criador, Jeová Deus, merece. Êle pôde conseguir que o casal humano servisse a êle por lhes apresentar em luz falsa o que Deus falara a respeito de se comer duma certa árvore no jardim do Éden. Êle assim se tornou caluniador, ou “Diabo”. Êle é também chamado na Bíblia de “Satanás”, “dragão” e “serpente original”. Com o tempo, até mesmo outras criaturas espirituais se juntaram a Satanás em rebelião contra Deus, e também se tornaram diabos ou demônios. — Gên. 3:1-6; Rev. 12:9; Mar. 3:22.

“Mas”, alguém talvez pergunte ainda, “por que foi que Deus não destruiu imediatamente o Diabo e o casal humano ao qual induzira a violar a lei de Deus?” Jeová Deus não resolveu fazer isso. A rebelião suscitara uma questão, que abrangia a pergunta: Pode o Diabo ter êxito em desviar de Deus a tôdas as criaturas? Adão e Eva tiveram permissão de produzir filhos, de modo que o proceder íntegro dos fiéis entre seus descendentes vindicasse a seu Criador e provasse mentiroso ao Diabo. Assim, Deus reservou tempo suficiente para resolver esta questão. — Jó, capítulos 1 e 2.

No ínterim, Satanás, o Diabo, tem exercido invisível influência sôbre os assuntos humanos. Êle é o responsável pelo fato de que, embora ‘quase todo o mundo deseje paz na terra’, combatem e matam-se uns aos outros aos milhões. Sim, é por causa de sua influência maligna que falham todos os esforços de se estabelecer a paz duradoura, muito embora ‘quase todos os povos do mundo sintam boa vontade uns para com os outros’.

A Bíblia explica que o Diabo é “o governante dêste mundo”. Também o chama de “o deus dêste sistema de coisas”. (João 12:31; 2 Cor. 4:4) Quão claro é que estas declarações bíblicas são verdadeiras! O registro da história humana inquestionàvelmente indica, que uma fôrça profana e perversa se acha por trás dos governantes humanos, levando-os a ações de indizível pavor.

No entanto, talvez surja na mente de alguém a pergunta: Por que, neste tempo em que os homens materialistas predizem que tôda geração deveria melhorar cada vez mais, as relações do homem com suas concriaturas se tornaram piores do que nunca antes? Por que tem aumentado agora a anarquia, alcançando proporções epidêmicas, de modo que, em muitas cidades, não é mais seguro até mesmo andar nas ruas depois de anoitecer? A Bíblia também fornece a explicação disto.

É CURTO O TEMPO DO DIABO

Revela que atingimos o tempo do fim dêste sistema de coisas. As profecias bíblicas e os eventos, em cumprimento delas, mostram que o Filho de Deus, Jesus Cristo, assumiu o poder de reger no meio de seus inimigos. (Sal. 110:1, 2) Mostra que, nesta geração mesma, êle impôs esmagadora derrota a Satanás. Como assim? Explica a Bíblia: “Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando tôda a terra habitada; êle foi lançado para baixo, à terra . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que nêles residis! Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que êle tem um curto período de tempo.” — Rev. 12:9, 12.

Isto explica o tremendo aumento da anarquia desde a primeira guerra mundial. Satanás, o Diabo, foi expulso do céu, e êle visa causar tanto estrago entre a humanidade quanto fôr possível. Sim, vivemos agora bem no curto período de ais de que fala a Bíblia. Quão vital, por conseguinte, é fazer tudo que pudermos para evitar ser levados pelo Diabo à destruição!

O primeiro passo essencial é reconhecer que o Diabo realmente existe — que êle e seus demônios são inimigos reais, invisíveis. (Efé. 6:12) É importante, também, que aprendamos a respeito dos métodos dêle de desencaminhar as pessoas. Êle é astuto. “O próprio Satanás, persiste em transformar-se em anjo de luz”, explica a Bíblia. (2 Cor. 11:14) Seus instrumentos para desencaminhar as pessoas podem parecer mui inocentes. Como temos visto, até mesmo usa líderes religiosos quais ministros seus a fim de enganar as pessoas, fazendo que creiam que êle não existe.

Portanto, desvie-se dos clérigos religiosos, que cada vez mais consideram a Bíblia qual mito. Arme-se de conhecimento. Informe-se. Obtenha ajuda, para o seu estudo da Bíblia, daqueles que considerem verídica a Bíblia. As testemunhas de Jeová estão dispostas a ajudá-lo. E, a todo o transe, acate o aviso bíblico: “Mantende os vossos sentidos, sêde vigilantes. Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.” — 1 Ped. 5:8.

[Nota(s) de rodapé]

a Times de Nova Iorque, de 30 de abril de 1948.

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