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  • A arte de corrigir outro

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  • A arte de corrigir outro
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 15/3 pp. 163-165

A arte de corrigir outro

QUALQUER um pode corrigir outro. Mas, corrigir outro dum modo que produza bons resultados é uma arte. Não basta apenas saber o que dizer, mas é necessário saber quando, onde e como dizê-lo.

Tome, por exemplo, o seguinte incidente da vida real. Em certa sala de estar estava reunido um grupo de pessoas que se poderiam chamar de bem instruídas. Todas estavam escutando com atenção quando um do seu meio, um homem, contou uma história interessante. Em certo momento, a esposa dele o interrompeu para corrigir um pequeno erro de gramática que cometera. Com desagrado evidente, o marido repetiu seu erro gramatical com maior ênfase e continuou com a sua história. Era óbvio que sua esposa não aprendera a arte de corrigir outro.

Mais importante ainda, na arte da correção, é a questão da motivação. O motivo nunca deve ser negativo, o de menosprezar ou embaraçar outro, ou por ressentimento ou despeito. O melhor motivo para se dar correção é o amor. Sem dúvida, a esposa que corrigiu o marido numa questão gramatical fez isso por amor a ele. Provavelmente nem teria pensado em dizer alguma coisa se o erro tivesse sido de outro homem, porque pouco teria significado para ela. Não há dúvida, entre as maneiras de se mostrar amor acha-se a de dar correção. Conforme diz a Palavra de Deus: “Fiéis são as feridas dum amigo.” — Pro. 27:6, VB.

No entanto, o verdadeiro amigo, que realmente ama os outros, precisa também cultivar a empatia. Precisa-se ter mais do que apenas boas intenções. Estas podem ser comparadas à energia necessária para manter máquinas em funcionamento. Importante quanto seja a energia, é também necessário que a máquina esteja bem ajustada, as engrenagens e os rolamentos não estando nem soltos nem apertados demais, e é essencial também que haja a espécie certa de lubrificação. Senão, apesar de toda a energia disponível, a máquina logo virá a parar. De modo similar, quando corrige outro, não só precisará de boas intenções, mas também da sabedoria da empatia, isto é, da capacidade de se pôr na situação do outro, a fim de saber como proceder, para que a correção produza bom resultado.

O que é importante na arte de corrigir outro é ter certeza dos fatos. Talvez pense que os conhece e depois descubra que está enganado, passando assim pelo embaraço de ter tido a presunção de corrigir. Tampouco se deve desperceber a necessidade de se tomar em consideração as circunstâncias que talvez influam em algo ser sábio ou não ser sábio, de certo proceder ser passível de crítica ou não. Alguém talvez se tenha mostrado muito deficiente em certo tipo de atividade, mas, se soubesse de todos os fatos, de todos os obstáculos que ele teve de vencer, talvez estivesse menos inclinado a corrigi-lo. Sob tais circunstâncias, talvez a atuação dele até fosse muito boa.

Depois há também a questão de se corrigirem coisas insignificantes. Certo jovem marido queixou-se a sua jovem esposa, muito esperta: “Querida, nos últimos dois minutos você me corrigiu quatro vezes, e isso com respeito a insignificâncias. É realmente tão importante que estas coisas pequenas sejam feitas exatamente de certa maneira?” Não, não teria sido importante, e, ao mencioná-las, ela revelou falta de empatia. Evidentemente, ela se deixou cair no mau hábito de corrigir seu esposo em coisas insignificantes, em pormenores não essenciais, e por isso estava em perigo de tornar-se ralhenta. — Pro. 21:9; 27:15.

O que a induziu a isso? Por que o fazem tantas outras, semelhantes a ela? Talvez seja por causa de algum descontentamento inconsciente com a sua sorte na vida, de submissão, conforme definida nas escrituras. Ou, talvez seja o sentimento de rivalidade, de que nem mesmo ela se apercebia. Isto, por sua vez, talvez se devesse à falta de reflexão da parte de seu marido. O marido sábio e amoroso pode fazer muito para remediar o assunto por sempre mostrar apreço pelo que sua esposa representa e por tudo o que ela contribui para seu conforto, prazer e bem-estar, de modo físico, emocional e intelectual. — 1 Cor. 11:3, 9.

QUANDO E ONDE?

Quando parece aconselhável dar correção, é bom que se tenha em mente que, sempre que possível, é melhor corrigir o outro em particular. Outro incidente na vida real ilustra isso.

Um cristão maduro estava treinando uma cristã, pessoa maternal, no ministério de casa em casa, num dos conjuntos residenciais econômicos em Brooklyn, Nova Iorque. Como era seu costume, de vez em quando oferecia sugestões sobre como ela poderia melhorar seu ministério, corrigindo-a. Depois ele achou que tinha procedido bastante bem ao dedicar pensamento, tempo e esforço para ajudar esta principiante. Mas, esta foi a última vez que a viu durante vários meses. O que tinha acontecido?

Quando outro cristão maduro a visitou para descobrir por que ela deixara de assistir às reuniões congregacionais, soube que ela se sentira bastante magoada por ter sido corrigida na presença de outros concristãos. Requereu bastante explicação paciente para ajudá-la a vencer sua mágoa e encarar o assunto na luz correta. Depois ela começou a associar-se novamente com seus concristãos no Salão do Reino local. Que lição isso foi para o ministro que primeiro tentou ajudá-la! A menos que tenhamos cuidado e demonstremos empatia, poderemos causar mais dano do que bem, mesmo com a melhor intenção do mundo.

Os casados, em especial, farão bem de lembrar-se deste princípio. Conforme certo conselheiro matrimonial, cristão, bem observou: “É bom que marido e mulher se aconselhem mutuamente, mas sempre em particular. Tenham consideração com os sentimentos mútuos. Não rebaixem seu cônjuge na frente dos outros. Nem é sábio fazer isso na forma de brincadeira.” Isto inclui os pais não se corrigirem mutuamente na presença de seus filhos.

Mas, precisa-se acrescentar que às vezes se requer dos em autoridade dar correção na presença de outros, conforme se observa em 1 Timóteo 5:20: “Repreende perante todos os espectadores aquele que pratica pecado.” No entanto, isto se faz, não em questões menores, mas quando alguém pratica pecado. E nem é tanto em benefício do pecador, como é em benefício dos espectadores, assim como o apóstolo Paulo prossegue dizendo “Para que os demais também tenham temor.”

COMO E A QUEM?

Exceto em tais ocasiões raras, é sempre sábio colocar aquele a ser corrigido numa disposição mental receptiva. Um modo de se fazer isso é por primeiro dar algum louvor ou elogio. Dizendo primeiro algo favorável, poderá tornar a pessoa mais acessível à correção. Isto a ajudará a avaliar que não está tendo preconceitos, que está ciente dos pontos fortes e bons, tanto quanto dos pontos fracos, e, além disso, que tem empatia e sabe avaliar que receber correção não há de ser agradável.

Para se tornar mestre na arte de corrigir outro precisa preocupar-se com a maneira de dar a correção. A menos que o erro seja muito sério e haja deliberação e indiferença ligadas a ele, é melhor dar a correção de maneira gentil, com bondade e brandura. É sábio o conselho inspirado: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós, os que tendes qualificações espirituais, tentai restabelecer tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado.” (Gál. 6:1) Sim, a bondade e a brandura tornam muito mais fácil para o outro aceitar a sua correção. Isto, porém, exige autodomínio, pois, corrigir outro com brandura, com bondade e com calma não é seguir o caminho do menor esforço.

A arte de corrigir outro inclui tomar em consideração a questão da posição. Certamente, os em autoridade não precisam sentir-se na defensiva quando, com sabedoria e com brandura, corrigem os sob os seus cuidados. Dar correção faz parte do dever dos maridos, pais, instrutores e pastores cristãos. É verdade que estes mesmos talvez errem também ocasionalmente e se torne necessário trazer o erro à sua atenção. Isto, naturalmente, deve ser feito da maneira mais respeitosa.

Todos estes princípios governando a correção de outros podem muito bem ser aplicados pelos ministros cristãos à sua pregação e à sua atividade instrutora. Pode-se dizer que foram comissionados por Jeová Deus a darem correção a todos os com quem entram em contato, no seu ministério. De que modo? Visto que se lhes ordenou que avisassem o mundo da humanidade da iminente destruição deste sistema de coisas. Para cumprirem esta comissão com eficiência, é necessário que se tornem mestres na arte de corrigir outros.

Por isso precisam, em primeiro lugar, estar plenamente informados para saber o que dizer; depois precisam também ter o motivo correto, dar o aviso na bondade do coração, em amor, embora os outros não o saibam avaliar. Precisam tomar em consideração o tempo e o lugar, não insistindo em ser ouvidos quando não é conveniente para os outros escutar. Nem devem impor a sua mensagem aos que não sabem avaliar coisas sagradas; ‘não dão aos cães o que é santo’. E, ao fazerem tudo isso, apresentam com brandura e bondade uma razão para a esperança que têm. Dominando assim a arte de corrigir outro, podem esperar produzir o maior bem no seu ministério cristão. — Mat. 7:6; 1 Ped. 3:15.

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