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  • O Nome de Deus e a Cristandade

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  • O Nome de Deus e a Cristandade
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 15/4 pp. 246-250

O Nome de Deus e a Cristandade

Durante os ofícios religiosos, em muitos dos edifícios religiosos da Europa, os freqüentadores talvez olhem em volta de si e examinem os móveis ornamentados, as elaboradas esculturas de madeira, os afrescos e murais que embelezam as paredes e os tetos — lembretes do Período Barroco da arte européia. Os observadores notarão muitos símbolos e tentarão imaginar o que significam. No meio deles há um símbolo que talvez seja bem intricado. O que é que significa?

Muitas vêzes ocupa o lugar mais destacado no esquema da decoração, de modo que deve representar algo ou alguém bastante importante. Parece-se a uma palavra de quatro letras — mas, para a maioria, letras bastante estranhas. Amiúde, as quatro letras estão emolduradas num triângulo posto no meio duma refulgência do sol, pintada ou esculpida. Qual é o significado deste símbolo misterioso, que nem é mencionado durante os ofícios religiosos?

Ora, o dicionário tem uma palavra para ele, uma palavra da língua grega que significa “quatro letras”. Ela é “tetragrama”. É definido como “as quatro letras hebraicas, usualmente transliteradas IHVH ou JHVH, que formam o nome próprio, bíblico, de Deus”. Não parece bastante estranho que haja um nome próprio, bíblico, para Deus, e, no entanto, os clérigos tenham muito pouco, ou nada, a dizer sobre ele?

TALVEZ NA SUA IGREJA

Muitas igrejas e catedrais, especialmente as que remontam aos séculos dezesseis e dezessete, e até mesmo a tempos anteriores, ostentam este nome divino na forma do tetragrama. Talvez o encontre na sua igreja. Por que não olha em volta e procura saber?

A igreja em Steinhausen, na Alemanha, por exemplo, tem um afresco no teto representando anjos e nuvens, sendo a posição central ocupada por um triângulo emoldurando o nome de quatro letras. E muito acima do altar da basílica católica em Gossweinstein, na Suíça francesa, aparece o mesmo símbolo no meio duma refulgência de ouro. Outros lugares, na Alemanha, onde o nome próprio de Deus aparece em letras hebraicas são: a basílica em Ottobeuren; a igreja paroquial de S. Trudpert, Ministerial; a igreja católica em Vilseck, Oberpfalz; a igreja do mosteiro dos beneditinos em S. George, Isny, Allgäu; a capela do Palácio Zeil perto de Leutkirch, Allgäu; a igreja Lorenz, em Kempten, Allgäu.

Visto que o nome pessoal de Deus foi suficientemente importante para ser colocado em tais lugares de destaque, quando essas igrejas foram construídas, por que não se explica aos paroquianos esta palavra hebraica de quatro letras? Por que, de fato, costuma ser intencionalmente evitada pelos clérigos? Há algo embaraçoso para os teólogos modernos relacionado com este nome? Atribui-se a sua tendência de evitar este assunto, conforme alguns afirmam, ao fato de que os sons vocálicos originais com que se pronunciava o nome no hebraico antigo não são mais conhecidos? Não, isto dificilmente pode ser aceito como motivo válido, porque, neste caso, se teriam abandonado todos os outros nomes próprios nas Escrituras Hebraicas — nomes tais como Abraão, Josué, Melquisedeque e assim por diante. Pode imaginar uma história sem nomes?

O clérigo holandês Hellmut Rosin admite que os clérigos tinham de fazer uma decisão, em face das mais de 7.000 ocorrências do nome pessoal de Deus nas Escrituras originais. A escolha diante deles, segundo este porta-voz religioso, era ‘tomar este nome sagrado a sério ou considerá-lo apenas como de interesse histórico’.

É evidente que alguns clérigos de eras anteriores o tomavam a sério. Dentro da cúpula da igreja de Nordlingen, na Alemanha, este nome domina o ambiente. No mural do teto de ainda outra igreja em Salem, perto do lago de Constança, representa-se Moisés junto ao espinheiro ardente, e o tetragrama serve de símbolo da presença de Deus. Ainda outra ocorrência do nome pode ser vista na igreja do mosteiro de Schöntal, na igreja em Waldenburg, a trinta e dois quilômetros de Stuttgart, no mosteiro de Speinsharth, em Kemnath/Bayreuth, na Baviera, e na igreja evangélica em Fürstenau.

Na catedral de Estrasburgo, à esquerda do relógio, há um círculo contendo três palavras, uma debaixo da outra: o tetragrama, e a palavra para “Deus” em grego e em latim. E não só na Alemanha, mas também na própria pátria do catolicismo há exemplos do nome divino de quatro letras. Na fachada da Basílica de S. Vítor, em Varese, destaca-se no frontão acima da entrada principal. Até mesmo na Basílica de S. Pedro, em Roma, há pelo menos duas ocorrências do nome.

Então, não é de se esperar que os católicos soubessem alguma coisa sobre este nome pessoal de Deus — um nome tão destacado na decoração das igrejas? Todavia, a experiência de um visitante da catedral de Toledo, na Espanha, indica que de modo algum é assim. Nesta igreja, o artista El Greco incluiu o nome hebraico de quatro letras em um dos seus famosos murais. O visitante foi informado erroneamente pelo guia da excursão, um professor da Universidade de Barcelona, que estas quatro letras representavam “Glória Maria” em latim criptográfico.

COMO ENALTECE A CRISTANDADE O NOME DE DEUS?

As igrejas da cristandade, católicas e protestantes, fizeram liberalmente uso do livro bíblico dos Salmos na sua liturgia. Mas, seus paroquianos devem estar muitas vezes em dúvida sobre quem é o objeto de seus hinos formais, o Senhor Jesus Cristo ou o Pai de Cristo Jesus. Em todo o texto original dos Salmos, o nome hebraico de Deus, de quatro letras, aparece mais vezes do que em qualquer outro livro da Bíblia, e o tema básico dos Salmos é expresso de modo vigoroso nas palavras do Salmo 34, versículo 3: “Magnificai comigo a Jeová, exaltemos juntos o seu nome.” Mas, os adoradores nas igrejas da cristandade cantam a respeito de um anônimo “Senhor”. Em vez de magnificar o nome do Deus Soberano, a política clerical tem sido de guardar silêncio sobre o nome divino. De fato, o teólogo Johann D. Michaelis, cujas traduções das Escrituras Hebraicas, do século dezoito, usam freqüentemente a forma alemã, “Jehova”, admite que seus “amigos insistiram que não inserisse absolutamente esta palavra estrangeira”. Ele não diz quem eram estes “amigos”, mas, em resposta, disse-lhes que a simples integridade como tradutor exigia que reproduzisse o nome próprio de Deus do mesmo modo que outros nomes próprios, tais como Abraão, Isaque e Josué.

No ínterim, a renovação dos edifícios religiosos mal se manteve em dia com a lavagem cerebral dos estudantes de teologia da cristandade. Na catedral de Grenoble, na França, pode-se ver um exemplo do nome de quatro letras, embora de cabeça para baixo; também na Suíça, na igreja jesuíta de Einsiedeln, no cantão de Schwyz, aparece alto no teto. E na igreja de S. Martinho, em Olten, na Suíça, no lugar de destaque usualmente ocupado pelo tetragrama, os decoradores da igreja colocaram o nome JEHOVAH escrito por extenso.

Não há dúvida de que o respeito clerical por Aquele “a quem só pertence o nome de Jeová” (Sal. 83:18, Al) tem diminuído grandemente. A Rainha Elisabete I da Inglaterra, por exemplo, como chefe titular da Igreja Católica Inglesa, certa ou errada, atribuiu a Jeová ficarem livres da Armada espanhola, pois a sua medalha comemorativa declara: “יהוה [não ‘Deus’, nem ‘SENHOR’] soprou com o seu vento e eles foram espalhados.” Mas, debaixo de seu sucessor, o Rei Jaime, os dignitários religiosos que empreenderam a tradução inglesa da Versão Autorizada da Bíblia decidiram acompanhar o costume supersticioso e inserir uniformemente “SENHOR” ou “DEUS” em quase cada ocorrência do tetragrama hebraico.

Não obstante, os visitantes da Capela de S. Nicolau, na Ilha de Wight, da Inglaterra, ainda podem ver o tetragrama num lugar de destaque no teto. E na cidade real de Edinburgo, por cima da entrada da sala do coro da Catedral de Sta. Maria, aparece o nome “JEHOVAH” numa inscrição datada de 1614. Também a cidade de Plymouth tem no seu brasão municipal a legenda: “O nome de Jeová é a torre mais forte:” (Pro. 18:10) Até mesmo a Abadia de Westminster, em Londres, não está sem o seu espécime do nome hebraico de quatro letras do Criador.

O Rei Cristiano IV da Dinamarca e Noruega (1588-1648) foi outro monarca da cristandade que professou reconhecer Jeová. Na Torre Redonda de Copenhague, em Købmagergade, completada em 1642, ele providenciou a inscrição de um rébus que pode ser traduzido: “Que o verdadeiro ensino e justiça guiem, Jeová, no coração do coroado Cristiano IV.” Em outros lugares, na Dinamarca, também se encontram exemplos do uso destacado do tetragrama: acima do retábulo do altar na Igreja de S. Paulo, em Bornholm; nas igrejas em Tønder and Møgeltønder; no frontão externo da Holmens Kirke (Igreja do Estaleiro), em Copenhague.

O Rei Cristiano deu também um lugar destacado ao nome hebraico de quatro letras do Criador, no teto do saguão do Castelo Frederiksborg, em Hilleröd. Também, uma das suas moedas, datada em 1644, leva a inscrição “יהוה Justus Judex” ou “Jeová, o Justo Juiz”.

Na Suécia, na Igreja de Sta. Maria, em Hälsingborg, aparece o tetragrama na balaustrada na frente do altar. Na Finlândia, pode ser observado acima da porta ocidental da Igreja de S. Carlos, em Hélsinqui, bem como na Catedral Kuopio, na nova igreja em Kauhajoki, na Botnia Oriental, numa igreja antiga na cidade comercial de Lohja e na Catedral de Oulu, no norte.

O símbolo do tetragrama, como parte da decoração religiosa do Período Barroco, atravessou o oceano, chegando às Américas. Na Capela de S. Paulo, na Paróquia da Trindade, na cidade de Nova Iorque, um edifício terminado em 1776, as quatro letras hebraicas do nome divino aparecem logo acima do altar. Também, podem ser observadas no centro do arco acima do altar, num motivo ornamental de madeira, dourado, representando os raios do sol. Também na Igreja da Trindade, na Wall Street, no vitral acima do altar, aparecem as letras que representam o nome divino.

Mas, agora, os representantes da cristandade estão prontos para esquecer o nome pessoal do próprio Deus. A Palavra inspirada de Deus, por um lado, declara: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Rom. 10:13; Joel 2:32) Mas, os clérigos modernistas partilham da atitude expressa por um clérigo canadense: “O nome que as pessoas dão a Deus tampouco é importante. Ele não vai escutar suas orações com menos cuidado só porque se dirigem a ele como ‘Alá’, ou mesmo como fazem os índios norte-americanos, como ‘Manitu’.” Eles desconsideram o fato de que a questão não é qual o nome que as pessoas dêem a Deus, mas, antes, qual o nome que Ele mesmo anunciou como sendo o seu próprio nome pessoal. — Isa. 42:8.

MANTIDO O MISTÉRIO

De modo que em toda a cristandade se adota a atitude de ficar calado a respeito do nome sagrado. O significado daquele símbolo de quatro letras, que predomina em muitas decorações de igrejas, permanece um mistério para os freqüentadores delas. Talvez o considerem apenas como mais um mistério de sua religião — algo que nunca irão compreender. Ainda que repitam as palavras da Oração do Pai-Nosso, “santificado seja o teu nome”, poucos adoradores — quer na igreja de Palafrugell-Gerona, na Espanha, quer na enorme Catedral Arlon, na Bélgica, quer nas igrejas de Luxemburgo, em Differdange e Dudelange, quer na igreja Catedral de S. Carlos, em Viena, na Áustria — se apercebem da relação entre este símbolo nas paredes de sua igreja e a oração que estão proferindo.

Naturalmente, os clérigos modernos acham que têm motivos especiais para manter proscrito o nome pessoal do próprio Deus, no que se refere aos seus ofícios religiosos. Estamos na era do ecumenismo, quando se dá ênfase, não naquilo que se crê, mas em até que ponto se está pronto para renunciar a princípios bíblicos para conseguir uma união enganosa entre os religiosos de conceitos divergentes. Para os que abandonam a Bíblia, o Deus da Bíblia, sob o seu próprio nome escolhido, Jeová, é severo demais, é disciplinador demais, é intolerante demais para com as mentiras, a hipocrisia e a delinqüência moral — um Deus que exige devoção exclusiva dos seus adoradores. — Naum 1:2.

Assim, na produção de modernas traduções da Bíblia, os teólogos e tradutores da cristandade preferem abandonar o tetragrama, ou o mais compreensível Jeová ou Javé, e substituí-lo por alguma expressão de aparência neutra, tal como “Senhor”. Todavia, a Bíblia não atribui nenhum outro nome ao verdadeiro Deus, embora o descreva por vários títulos. Tem apenas um único nome pessoal para Deus — um nome que ele mesmo proclama e que não devemos desconsiderar. — Êxo. 34:5-7.

O FRACASSO DA CRISTANDADE

O fracasso da cristandade, de não magnificar o nome pessoal do próprio Deus, é uma das fortes indicações de que ela já deixou de ter utilidade. Mesmo em face de tantos exemplos dos lugares onde o nome sagrado gozava antigamente uma consideração mais elevada, os clérigos, hoje em dia, baniram o nome de seus ofícios formais. Cavilam da forma do nome, se deve ser Jeová, Javé, Iavé, e assim por diante, e no fim decidem esquecer-se dele e substituí-lo pelo título vago de “Senhor”.

Mas, este fracasso da parte dos clérigos não se deixa passar despercebido. O Deus da Bíblia declarou há muito: “Meu nome será grande entre as nações.” (Mal. 1:11) Ele tem suscitado testemunhas, neste tempo do fim, para proclamarem em voz alta seu nome e sua fama até os confins da terra. Estas testemunhas cristãs de Jeová se apercebem plenamente de sua responsabilidade de seguir fielmente os passos da principal Testemunha, Cristo Jesus. Sempre têm presente o fato de que Cristo Jesus, durante o seu ministério na terra, ‘deu o nome de seu Pai a conhecer aos seus discípulos’. (João 17:26) Também são escravos dedicados do Deus Altíssimo e precisam dar a conhecer o nome pessoal do verdadeiro Deus, bem como seus grandiosos propósitos para com o homem e a terra.

[Foto na página 247]

O tetragrama na fachada da Basílica de S. Vítor, em Varese, na Itália.

[Foto na página 248]

O nome JEHOVAH no teto da igreja de S. Martinho, em Olten, na Suíça.

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