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  • O que vem primeiro — sua igreja ou Deus?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1970
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1970
w70 15/7 pp. 421-424

O que vem primeiro — sua igreja ou Deus?

A MAIORIA dos crentes se preocupa com a crise atual na Igreja Católica e também nas religiões protestantes. Suas reações divergem, porém, segundo o tipo de crente que são. Para alguns, Deus vem em primeiro lugar e sua igreja é apenas um meio usado para adorá-lo. Para outros, sua igreja se torna um fim em si mesmo, tendo precedência a Deus e à sua Palavra, a Bíblia. Qual é a sua atitude? O que vem primeiro no seu próprio coração e mente — sua igreja ou Deus?

Em julho do ano passado, um semanário de notícias da França, Le Nouvel Observateur, saiu com a capa na cor de roxo vivo, mostrando um sacerdote olhando para fora da porta da igreja, tendo por cabeçalho, em grandes letras brancas: “La mort de l’Eglise” (A Morte da Igreja). Depois de se desculpar por usar um título que provavelmente ia chocar muitos católicos, mas acrescentando que “esta expressão não é nossa: foi usada por eclesiásticos”, a revista passou a falar de três homens que tipificavam três categorias de crentes:

“O primeiro homem é aquele que se sente à vontade dentro das estruturas tradicionais da Igreja; o segundo gostaria de ver algumas mudanças feitas nestas estruturas; quanto ao ‘terceiro homem’,a abandonou a Igreja, mas quietamente, sem espalhafato. Ainda crê nos valores do Evangelho, mas não espera mais ajuda da Igreja. Desistiu, e os problemas da Igreja deixaram de interessá-lo, de uma vez por todas.”

PERGUNTAS PARA O “PRIMEIRO HOMEM”

O “primeiro homem” representa os crentes que permanecem fiéis à sua igreja por lealdade à religião em que foram criados. Sua atitude é: Certa ou errada, é a minha religião! É este o seu modo de pensar? Neste caso, é certamente uma pessoa leal. Mas a quem deve maior lealdade, à sua igreja ou a Deus? Visto que há tanta descrença em toda a terra, é elogiável que mantenha a sua fé, mas em que deve ter fé: numa organização religiosa ou em Deus? Por que vai à igreja? Não é, basicamente porque crê em Deus? Vão os ateus à igreja? Não é a adoração de Deus e obter a Sua aprovação o próprio objetivo de se freqüentar a igreja? Portanto, quando se torna claro que a sua igreja não cumpre este propósito básico, qual é o seu primeiro dever?

Talvez responda: “Mas como se pode saber se a igreja cumpre o seu propósito?” Bem, atrai a sua igreja cada vez mais pessoas a Deus e as ajuda a servir a Ele? Ou se sentem os seus membros melhores e mais sinceros desapontados, desiludidos e desanimados? Que espécie de pessoas vê em volta de si, na igreja, no domingo de manhã? São pessoas excelentes que produzem os frutos do espírito, tais como “amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, confiança, delicadeza e autodomínio”? Ou são pessoas que, atrás das costas, se entregam a “fornicação, flagrante indecência e irresponsabilidade sexual; idolatria e feitiçaria; disputas e altercações, ciúme, mau humor e brigas; desacordos, facções, inveja; bebedices, orgias e coisas similares”? Visto que “os que assim se comportam não herdarão o reino de Deus”, não é evidente que uma igreja cujo clero consente em tal comportamento e cujos membros se entregam a tais práticas não pode agradar a Deus e ter a sua bênção? — Gál. 5:19-23, a Bíblia de Jerusalém, católica, em francês e inglês.

Além disso, para que a igreja agrade a Deus, não deve ela ensinar a verdade? Não foi isto salientado por Jesus Cristo a uma mulher samaritana junto a uma fonte em Iscar? Ele lhe disse: “Mulher, acredita-me, . . . a hora virá, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, pois também o Pai quer desses adoradores. Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade.” — João 4:21-24, CBC.

Note que a adoração em “verdade” é um dever! Portanto, é impossível adorar a Deus de modo aceitável sem um profundo amor à verdade. A verdadeira religião cristã precisa fundar-se na verdade, não em tradições, credos, dogmas e artigos da fé, que muitas vezes são difíceis de entender por serem contrários a toda a razão com que Deus nos criou. Ora, qual é a norma cristã para se medir a verdade? Não é a Bíblia? Portanto, caso se evidencie que há contradição entre as doutrinas duma igreja que afirma ser cristã e a declaração clara de verdade encontrada nas Escrituras Sagradas, o que viria em primeiro lugar na sua adoração — sua igreja ou a Palavra de Deus, a Bíblia? Qual será a sua resposta, se desejar ser sinceramente ‘desses adoradores que o Pai quer’?

Que é preciso fazer tal escolha pode muito bem ser ilustrado pelo exame da doutrina misteriosa da “Trindade”. Trata-se dum dogma básico da Igreja Católica Romana e de todas as mais de duzentas igrejas pertencentes ao Conselho Mundial de Igrejas, das quais se exige que creiam no conceito trinitário de “um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo”. No entanto, em parte alguma da Bíblia se pode encontrar a palavra “trindade”, e o único versículo que contém uma declaração clara deste dogma (1 João 5:7, na Versão Figueiredo, católica, e na Versão Almeida, usada pelos protestantes) é admitidamente um acréscimo espúrio ao texto inspirado. As palavras inseridas não aparecem em traduções recentes, tais como a revisão autorizada da Versão Almeida, protestante, ou da versão católica da Liga de Estudos Bíblicos, que declara numa nota ao pé da página: “As palavras entre parêntesis [no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estes três são um] não figuram nos códices mais antigos nem mesmo nos melhores manuscritos da Vulgata. Supõe-se que tenha sido uma glosa marginal, que, com o tempo, foi introduzida no corpo do texto.” Evidentemente, estas palavras ‘foram introduzidas no corpo do texto’ para preencher uma necessidade premente: a falta de qualquer prova clara da doutrina da “Trindade” em qualquer outra parte da Bíblia.b

O interessante é que este dogma sofre criticismo até mesmo dentro das igrejas da cristandade. Na Holanda, os bispos católicos holandeses aprovaram um catecismo que levanta dúvidas sobre quatorze pontos doutrinais importantes, um dos quais é a “Trindade”. Confirmando que alguns bispos católicos evidentemente têm dúvidas sobre o dogma da “Trindade”, a revista noticiosa francesa L’Express noticiou que um membro conservador da Congregação de Seminários e Universidades no Vaticano, o “Monsenhor” Romeo, achou que o segundo Concílio do Vaticano foi uma “comédia sinistra de três mil imprestáveis, alguns dos quais nem mesmo crêem na Trindade ou na Virgem”. — Número de 30 de novembro a 6 de dezembro de 1964, página 49.

Quanto às dúvidas dos protestantes sobre a “Trindade”, a revista Time, num longo artigo sobre “Teologia”, noticiou que um bispo episcopal sugeriu que “a igreja abandone a Trindade, visto que realmente parece estar pregando três Deuses em vez de um. O cristianismo, no seu conceito, devia parar de atribuir ações específicas às pessoas da Trindade — criação ao Pai, redenção ao Filho, inspiração ao Espírito Santo — e simplesmente dizer que todas estas eram obras de Deus”. — 8 de abril de 1966, página 54.

A declaração clara da verdade bíblica é que “há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”. (1 Tim. 2:5, Al) Quanto ao espírito santo, não é uma pessoa, mas é a forma ativa invisível de Deus com a qual ele ungiu seu Filho e que foi derramada sobre os apóstolos e discípulos de Jesus em Pentecostes. — Atos 10:38; 2:4, 33.

Tanto as versões protestantes como as católicas falam da “igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Tim. 3:15, ALA; CBC) Portanto, qualquer igreja que ensina o erro sobre um ponto tão fundamental como a própria pessoa de Deus não pode ser “a igreja do Deus Vivo”. Se pertencer a tal religião, o que deve pôr em primeiro lugar — sua igreja ou Deus? Certamente, seu amor a Deus e à verdade o induzirá a buscar a religião que lhe permita ‘adorar o Pai em espírito e em verdade’. O objetivo deste artigo é ajudá-lo a encontrar a religião verdadeira.c

RACIOCINAR SOBRE AS COISAS COM O “SEGUNDO HOMEM”

O “segundo homem” mencionado no Nouvel Observateur representa os católicos e os protestantes que permanecem na sua igreja porque não sabem aonde ir. Ensinou-se-lhes que a sua igreja representa a Deus, e não querem desviar-se dele. Não aprovam muitas das práticas ou doutrinas da igreja, mas esperam reformar a sua igreja de dentro.

Típicos destes são os 744 católicos franceses que, em novembro de 1968, enviaram uma longa carta aberta ao papa. Nela declararam: “Hoje em dia, o cristão precisa viver numa Igreja ‘verdadeira’ . . . Portanto, tudo o que é falso, contrário ao Evangelho e escandaloso dentro da Igreja, atualmente, fere o cristão.” Daí se seguiu uma longa lista de queixas contra a Igreja Católica e seus atuais ensinos e práticas. Todavia, perto do fim, estes católicos expressaram sua aderência incondicional à sua igreja por se referirem a João 6:68 e declararem: “Para quem poderíamos ir? Na [Igreja Católica Romana] encontramos Aquele que tem palavras de vida eterna.”

Mas pode Cristo morar numa igreja onde há tanta coisa que admitidamente é ‘falsa, contrária ao Evangelho e escandalosa’? Não escreveu o apóstolo Paulo: “Que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que há de comum entre a luz e as trevas? Que acordo há entre Cristo e Belial?” (2 Cor. 6:14, 15, CBC) O teólogo católico suíço Hans Küng, no seu livro recente Etre vrai: l’avenir de l’Eglise (Ser Verídico: O Futuro da Igreja), admite que ‘uma grande parte do mundo foi desviada de Cristo por causa da Igreja.’

Tais declarações são feitas não só com respeito à Igreja Católica Romana, mas também com relação às igrejas protestantes. O ministro protestante francês Louis Simon, vice-presidente da Comissão Geral de Evangelização na Igreja Reformada da França, falou recentemente a respeito da “Igreja Calada”, composta de pessoas “que mantêm a sua crença em Jesus de Nazaré, mas que não mais o encontram dentro da Igreja tradicional”. Em Genebra, na Suíça, vinte e dois estudantes de teologia, protestantes, negaram-se a ser ordenados para o ministério porque, conforme o expressaram, “procuramos um estilo de vida cristã que serve ao Evangelho. Mas servir ao Evangelho nestes dias resulta em desafiar a obra da Igreja em diversos pontos.” — L’Express, dezembro de 1968.

Deste modo, católicos e protestantes sinceros começam a reconhecer a necessidade de se fazer uma escolha entre a igreja e Cristo, a igreja e o Evangelho. Que dizer de todos os ‘segundos homens’, que esperam reformar a igreja de dentro? O que vem primeiro, sua igreja ou Deus? De fato, o que é a igreja de Deus? Depois das palavras já citadas, Paulo escreveu a sinceros cristãos ungidos: “Porque vós sois o templo de Deus vivo, como Deus diz: Eu pois habitarei neles, e andarei entre eles, e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Portanto saí do meio deles, e separai-vos.” (2 Cor. 6:16, 17, Fi) Não deixa de ser interessante que A Catholic Commentary on Holy Scripture (Comentário Católico Sobre a Escritura Sagrada) declara que nesta passagem Paulo mostra “que a união do fiel com Deus envolve a separação da religião falsa [o grifo é nosso]”. É isso mesmo!

Que exemplo deu o próprio Paulo? Como fariseu e membro destacado da religião judaica, havia perseguido a verdadeira igreja de Deus. Escreveu: “Perseguia a igreja de Deus, . . . sendo em extremo zeloso das tradições de meus pais.” (Gál. 1:13, 14, Fi) Permaneceu Paulo na igreja tradicional, na religião judaica, e procurou reformá-la de dentro? Não! Achou que a única maneira de doravante adorar a Deus e servi-lo era ‘sair do meio’ dos fariseus e tornar-se parte da verdadeira igreja de Deus, a qual, naquele tempo, era uma pequena seita desprezada. Perante o Governador Félix, Paulo declarou mais tarde: “Porém confesso isto diante de ti, segundo a seita [via, PIB] que eles chamam heresia, sirvo eu a meu Pai e Deus.” — Atos 24:14, Fi.

Por conseguinte, se a sua igreja ensinar e fizer coisas que são contrárias à Bíblia e que desagradam a Deus, seu dever como cristão é claro: Imitar a Paulo e ‘servir seu Pai e Deus’ dentro da verdadeira religião que, conforme não é de se surpreender, as igrejas amiúde chamam de “heresia”.

NOTÍCIAS ANIMADORAS PARA O “TERCEIRO HOMEM”

Isto nos leva ao “terceiro homem”, representando os desiludidos que deixaram de praticar completamente a sua religião, mas que ainda mantêm a sua crença em Deus. Embora este artigo não seja escrito primariamente para tais, visto que já decidiram abandonar os sistemas eclesiásticos da cristandade, não obstante, temos boas notícias para eles. A todos estes, bem como às duas outras categorias diferentes que já consideramos, dizemos: Separem-se da religião falsa, sim! Abandonem as igrejas, sem falta! Mas não parem nisso. Procurem a religião verdadeira delineada na Bíblia. O verdadeiro cristianismo se pratica hoje em dia em toda a terra, por um grupo de homens e mulheres sinceros, de bem mais de um milhão de pessoas, conhecidas por testemunhas de Jeová.

Para ajudá-lo a saber qual é a religião verdadeira, conforme especificada na Palavra de Deus, as testemunhas de Jeová terão prazer em ajudá-lo a estudar a Bíblia no seu próprio lar, livre de quaisquer despesas. Peça a qualquer uma delas que providencie isto, ou envie o seu pedido neste sentido à editora desta revista. Naturalmente, é também bem-vindo a freqüentar as reuniões das testemunhas de Jeová no Salão do Reino mais próximo. Ao fazer isto, terá a oportunidade de saber como ‘adorar o Pai em espírito e verdade’. Pois, lembre-se de que “o Pai quer desses adoradores”. — João 4:23, CBC.

[Nota(s) de rodapé]

a Nesta revista, uma nota ao pé da página explicava: “A expressão ‘terceiro homem’ foi cunhada no outubro de 1966 pelo jesuíta francês chamado François Roustang na revista Christus’. Esta expressão foi rapidamente adotada em toda a terra, porque descreve um fenômeno mundial em toda a Igreja Católica.”

b Uma consideração mais plena deste assunto encontrará no livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, Capítulo 3, “Quem É Deus?”.

c Este assunto é cabalmente considerado no livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, Capítulo 14. “Como se Identifica a Religião Verdadeira”.

O texto francês inteiro desta carta foi impresso em forma de folheto por Editions de L’Epi, de Paris sob o título “Si le Christ voyait cela”.

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