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  • A evolução mina a fé

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  • A evolução mina a fé
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
w71 15/7 pp. 430-435

A evolução mina a fé

1. Por que ficam alguns surpresos de saber que muitos dos clérigos da cristandade endossam a evolução?

O ENSINO da evolução não se destina a edificar a fé em Deus. Não incentiva a pessoa a considerar a Bíblia com profundo respeito. Por isso, muitos ficam surpresos quando se dão conta de que grande número dos clérigos da cristandade endossa francamente a evolução e que ela é advogada nos compêndios usados nas escolas patrocinadas pela sua igreja.

2. (a) O que disseram porta-vozes católicos sobre a crença na evolução? (b) De que modo contradiz seu conceito a Bíblia?

2 Sobre o desenvolvimento desta tendência na Igreja Católica Romana diz a Nova Enciclopédia Católica (em inglês): “Em 1950, a encíclica Humani generis [do Papa Pio XII] assinalou o início de um novo desenvolvimento . . . a evolução foi reconhecida expressamente como hipótese válida.” Em harmonia com isso, A. Hulsbosch, professor seminarista na Holanda, e membro da Ordem de Sto. Agostinho, disse: “Não podemos mais negar que, do lado biológico, o homem se originou do reino animal.”a E Peter Schoonenberg, S. J., professor visitante na Universidade Duquesne, que é católica, escreveu: “Quando consideramos agora a gênese da espécie humana, encontramos o grau mais inferior de progenitor, pois o primeiro homem não tinha ‘pais’ humanos, mas sim animais.”b Todavia, isto está em contradição direta com a Bíblia, que declara explicitamente que Adão era “filho de Deus” e que fora feito “à imagem” de Deus. — Luc. 3:38; Gên. 1:26.

3. Até que ponto promovem algumas escolas católicas o ensino da evolução, e com que efeito sobre os seus estudantes?

3 Estes instrutores católicos da evolução não são passivos quanto a ela, mas querem certificar-se de que seus estudantes a tenham bem gravado na mente. Isto é indicado pelo que diz o prefácio de uma edição do compêndio de biologia usado no Colégio Iona (católico): “O princípio mais generalizado de todos, na biologia, é a evolução. A maioria dos tratados sobre o assunto faz tal declaração, mas lhes falta a convicção de que ela é realmente verdadeira. . . . Neste livro temos procurado tornar a evolução tão persuasiva como realmente é no mundo da vida. Cada tópico tem o seu fundo e os seus aspectos evolutivos.” Pode haver qualquer dúvida de quanto tal instrução afeta os estudantes? Há pouco tempo atrás, o U. S. News & World Report, num artigo sobre o “Crescente Desassossego na Igreja Católica”, dizia: “Um sacerdote de S. Luís calculou que 25 por cento de seus estudantes católicos duvidam definitivamente da existência de Deus e que outros 25 por cento são agnósticos. As autoridades da Universidade Notre Dame ficaram recentemente chocadas quando um graduado se queixou de que ‘ao ficar exposto ao melhor que Notre Dame tinha para oferecer, afastava-me cada vez mais do cristianismo’.”

4. O que dizem porta-vozes e publicações protestantes sobre este ensino que destrói a fé?

4 Não é só a Igreja Católica Romana que, pelo apoio que dá à evolução, mina a fé em Deus e na sua Palavra. As igrejas protestantes fazem o mesmo. Numa carta datada “18 de outubro de 1969”, o arcebispo de Cantuária admitiu abertamente: “A Igreja Cristã como um todo tem aceito a teoria da evolução como estabelecida cientificamente.” O Dr. Paul Holmer, professor de teologia da escola de teologia da Universidade Yale, escreveu na famosa publicação protestante The Christian Century: “Confesso ter profundo apreço pelos talentos e trabalhos que tornaram a evolução uma conclusão científica prevalecente em nosso tempo.” Deve ser lembrado que, quando estes escritores se referem à evolução, não querem dizer simplesmente que haja variedade de formas de vida ou que regiões terrestres passem por mudanças em resultado das forças que operam sobre elas; estão falando sobre a origem do homem e de outras coisas viventes. A Interpreter’s Bible, protestante, declara francamente seu conceito do seguinte modo: “O réptil se contentava em ficar no pântano; o homem queria sair dele. Ele possuía e ainda possui instintos primitivos contra os quais ele precisa lutar, pois iniciou-se no nível do animal; mas ele não se contentou em permanecer ali.”

5. Em que base afirmam os clérigos que adotam a evolução que não estão repudiando a Bíblia ao fazerem isso?

5 Apesar de tais declarações, alguns clérigos afirmam que não estão repudiando a Bíblia. Mas em que base, A. Hulabosch, da Holanda, afirma: “O homem terreno, considerado como um todo, é um ser de dois lados; do lado biológico, ele está aparentado com o animal, e do lado pessoal, ele é a imagem de Deus.” Deste modo, o corpo é considerado como produto da evolução, mas depois se diz que há outra parte do homem que não evoluiu. Sobre este ponto escreveu Rudolph Bandas, membro da Academia Pontifícia Romana de Teologia: “A alma se encontra fora do processo da evolução. A alma é racional, simples, espiritual e imortal — não pode evoluir procedente da mera vida animal.” De modo similar, Raymond Nogar, sacerdote católico, diz no seu livro The Wisdom of Evolution (A Sabedoria da Evolução): “Biologicamente, o homem, igual ao lince, é uma espécie especial de animal. Pertence ao reino animal junto com todos os demais dos animais. . . . A alma do homem (e da mulher) foi criada diretamente por Deus e é espiritual e imortal.” Os que fazem declarações assim ou são muito ignorantes das Escrituras, ou são deliberadamente enganosos.

6. Mostre com a Bíblia que estes clérigos estão completamente errados quando argumentam (a) que o homem é biologicamente relacionado com os animais, e (b) que a posse duma “alma” diferencia o homem dos animais.

6 A Bíblia não admite a relação biológica do homem com os animais. Quanto aos organismos carnais, o apóstolo Paulo foi inspirado pelo Criador a escrever: “Nem toda a carne é a mesma carne, mas uma é a da humanidade, e outra é a carne do gado, e outra é a carne de aves, e outra de peixes.” (1 Cor. 15:39) Tampouco é a posse de uma “alma” o que diferencia o homem dos animais. A Bíblia mostra que os animais são almas, assim como os homens são almas. (Gên. 1:21, 24; Lev. 24:18; Núm. 31:28) Além disso, as Escrituras não dizem que, quando Deus formou Adão e lhe deu vida, Deus desse ao homem uma alma, mas, antes, que o homem “veio a ser uma alma vivente”, que ‘Adão tornou-se alma vivente’. (Gên. 2:7; 1 Cor. 15:45) De modo que o próprio homem é uma alma. Portanto, se a alma não evoluiu, conforme dizem os clérigos, então o homem não evoluiu.

7. (a) Como consideram alguns clérigos evolucionistas a narrativa bíblica sobre Adão? (b) Que fatos mostram que a Bíblia não admite tal conceito? (c) Ao tentarem harmonizar a Bíblia com a evolução, o que fazem estes clérigos realmente com a Bíblia e com a “ciência”?

7 Nos seus esforços de harmonizar a Bíblia com a teoria da evolução, é comum que os clérigos argumentem que a narrativa bíblica sobre Adão é apenas alegoria, parábola, mas não fato histórico. Diz o jesuíta holandês Trooster: “Apercebam-nos primeiro completamente de que a estória do paraíso não é história no sentido moderno da palavra.”c Ele arrazoa que Adão, neste caso, não foi “o primeiro homem”, mas que ele representa todo homem, e que todo homem, embora tenha a oportunidade de comunhão com Deus, comete os seus próprios atos que o afastam de Deus. Mas a Bíblia tampouco admite este conceito. Diz-se que Adão foi o “primeiro homem”, não todo homem. (1 Cor. 15:45) o escritor bíblico Lucas alista Adão junto com setenta e quatro outros homens na genealogia de Jesus Cristo. (Luc. 3:23-38) Se um deles foi apenas alegórico, que dizer dos demais? Também Judas, meio-irmão de Jesus, escreveu que Enoque foi “o sétimo homem na linhagem de Adão”, mas Enoque certamente não foi sétimo na linhagem de todo homem. (Jud. 14) E Gênesis 5:3 diz que Adão gerou um filho de nome Sete, na idade de cento e trinta anos. Aplica-se isso a todo homem? Claro que não! Por aceitarem a evolução como fato e procurarem interpretar a Bíblia para se harmonizar com a evolução, rebaixam a Palavra de Deus e exaltam a “ciência” materialista.

8. Ao advogarem os clérigos a evolução, com quem se aliam eles, e que declarações publicadas mostram isso?

8 Quer se apercebam disso, quer não, os religiosos que advogam a evolução se juntam assim aos comunistas ateus, cujo objetivo confesso é o de desarraigar a fé em Deus. Karl Marx se agradou tanto da obra de Darwin sobre a evolução, que lhe escreveu uma carta pedindo permissão para dedicar a ele a edição inglesa de Das Kapital (chamado de “bíblia do movimento comunista”). Um compêndio escolar para o nono ano, publicado na União Soviética, declara francamente: “O estudo das leis da evolução do mundo orgânico ajuda na elaboração do conceito materialista. . . . Além disso, este ensino nos arma para a luta anti-religiosa, porque nos fornece a interpretação materialista do aparecimento de objetivo no mundo orgânico, e ao mesmo tempo prova que o homem se origina dos animais inferiores.” Em adição a isso, um ensaio do evolucionista Julian S. Huxley sobre “Darwin e a Idéia da Evolução” declara: “Para começar, se a evolução for aceita como fato, destrói-se grande parte da estrutura teológica das grandes religiões do mundo ou esta é convenientemente . . . apresentada como mito significativo.” No entanto, os clérigos se destacam na proclamação de que a evolução é fato e que as narrativas bíblicas são apenas mito. Por que fazem isso?

9, 10. (a) O que mostra que o apoio clerical à evolução não é motivado por uma prova sobrepujante em apoio da teoria? (b) Por que advogam eles a evolução, embora signifique rebaixar a Bíblia?

9 Não é que a evolução se baseie solidamente em fatos. No fim de uma conferência recente da UNESCO em Paris, na França, uma notícia publicada anunciava: “A única certeza sobre as origens do homem moderno (homo sapiens) é que elas são ‘incertas’.” E o livro Creation and Evolution (Criação e Evolução), de Ulrich A. Hauber, monsenhor católico, cuja publicação tem o imprimatur do bispo de Davenport, reconhece a incerteza dela, dizendo: “A teoria da evolução não explica todos os fatos, ela parece contrariar a alguns deles.” Apesar disso, prossegue: “Mas ela é uma teoria eminentemente razoável.” É evidente que estes porta-vozes religiosos caíram na armadilha contra a qual a Bíblia adverte: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo.” (Col. 2:8) Preferirem a evolução à Palavra de Deus se dá porque querem ser aceitáveis ao mundo e realmente fazer parte do mundo. Até mesmo a comunidade científica se dá conta disso. Conforme noticiado em Le Monde et la Vie, de março de 1964, um biólogo e professor francês de zoologia da Universidade de Estrasburgo disse: “Estou bem apercebido de que os apoiadores mais obstinados da evolução são hoje recrutados entre os sacerdotes, os frades e toda espécie de dignitários clericais; eles crêem que assim se colocam entre os entendidos.” Mas, ao fazerem isso, evidenciam também que não são discípulos de Jesus Cristo, que disse que seus seguidores “não fazem parte do mundo”. — João 17:16.

10 Dão o seu apoio à evolução, não por ela ser fato, mas porque seu desejo de serem aceitáveis ao mundo ultrapassa em muito seu amor à verdade. (2 Tes. 2:9-12) Isto se dá também com muitos cientistas. Sua instrução lhes dá uma posição social no mundo, e se quiserem gozar do bom conceito do mundo, precisam acompanhar o que é popular. Assim como as normas de moral da Bíblia não são populares nos círculos mundanos, tampouco é popular a crença de que o homem foi criado por Deus e por isso está obrigado a se harmonizar com estas normas. Assim, o orgulho pessoal conjugado com o medo do homem tornam-se um laço para eles, e é o Diabo quem arma este laço. — Rev. 12:9; 2 Cor. 4:4.

11. Sobre esta questão, em quem decidiu ter fé o corpo governante da Igreja Presbiteriana? Explique isso.

11 Em abril de 1969, o jornal Post de Nova Iorque noticiou que o corpo governante da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos também tornara oficial que endossava a evolução. Adotaram a atitude de que “não é necessário compreender a narrativa de Gênesis como descrição científica da criação”. Os que se opuseram ao relatório apresentado para a adoção argumentaram fortemente a favor da veracidade literal do livro de Gênesis e negaram que ele seja compatível com a teoria da evolução. Um deles declarou: “Levantamos sérias acusações contra a integridade dos Apóstolos e do próprio Jesus Cristo se aceitarmos a teoria da evolução.” Não obstante, outro orador se levantou e declarou: “Sou geólogo e gostaria de apresentar à Assembléia o fato estabelecido de que a evolução existe e que nenhum ato da parte desta Assembléia Geral pode anular este fato.” Em quem expressou fé aquele corpo religioso — no Criador, que fez todas as coisas, ou nos homens que estudaram algumas das obras de Deus, mas que dizem que sabem mais sobre elas do que Deus? Para a vergonha deles, votaram em peso a favor dos homens imperfeitos e de sua teoria da evolução. — Sal. 40:4, 5.

12. Que atitude tem adotado os jesuítas quanto ao ensino da evolução, e estão realmente decididos nisso?

12 Cerca de quatro anos antes, o diário parisiense, Le Figaro, nas suas notícias religiosas de 15 de junho de 1965, noticiou um acontecimento de significância similar. Noticiou que o geral da ordem jesuíta, Pedro Arrupe, no discurso após a sua posse e no qual definiu a nova orientação deste corpo religioso, disse que daria ênfase ao conhecimento dos livros do evolucionista jesuíta Teilhard de Chardin. “A importância desta declaração”, observou Le Figaro, “é salientada em que nos círculos clericais de Roma não há dúvida de que o ponto de vista do ‘Padre’ Arrupe se harmoniza completamente com o do Pontífice soberano”. Que esta notícia não era uma interpretação errônea da questão é evidenciado pelos fatos já examinados, que mostram que os porta-vozes católicos estão decididamente entre os principais defensores deste dogma que destrói a fé.

13. Que repreensão da Palavra de Deus se aplica bem aos clérigos da cristandade, e por quê?

13 Aos que professavam adorar o verdadeiro Deus, mas cuja devoção era apenas uma questão de tradição, Jeová deu uma forte repreensão por meio de seu profeta Isaías: “Ai dos que se aprofundam muito em esconder o conselho diante do próprio Jeová . . . A perversidade de vós, homens! Deve o próprio oleiro ser considerado igual ao barro? Acaso deve a coisa feita dizer referente àquele que a fez: ‘Ele não me fez’? E acaso a própria coisa formada diz realmente referente àquele que a formou: ‘Ele não mostrou entendimento’?” Esta repreensão se aplica com igual vigor hoje aos clérigos da cristandade, por causa de sua “perversidade” de esconder a verdade da Palavra de Deus e negar as obras de Deus. — Isa. 29:15, 16.

RESULTADOS DA CRENÇA NA EVOLUÇÃO

14. Quando alguém aceita a evolução, que atitude adota ele para com a primeira parte de Gênesis?

14 Todo o processo que mina a fé começa com o que para muitos parece ser uma coisa bem pequena: tomar a atitude de que uma parte do primeiro livro da Bíblia não é estritamente histórica. Mas, se a narrativa da criação, e conseqüentemente o que se diz ali a respeito de Adão e Eva, não forem históricos, o que são? “Mito”, responde a Igreja Unida do Canadá. Conforme o expressa o escritor jesuíta S. Trooster: “Devemos lembrar-nos de que Adão, como antepassado, foi inventado artificialmente assim como outros antepassados tribais lendários.” Ora, quando alguém está disposto a aceitar tal ponto de vista, termina a questão ali? Pode-se continuar a crer nas partes restantes da Bíblia?

15. Quando alguém aceita o ponto de vista dos clérigos sobre Gênesis, a que conclusão é levado quanto a Jesus Cristo, seus apóstolos e as coisas que escreveram? Por quê?

15 Quando alguém aceita as filosofias dos homens em preferência à Palavra de Deus, mesmo neste único ponto, verificará que se preparou terreno para a completa ruína de sua fé. Por quê? Porque Jesus Cristo citou a narrativa de Gênesis, a respeito de Adão e Eva, como fato histórico, referindo-se a ela ao mesmo tempo em que falou de Moisés, que também era pessoa genuinamente histórica. (Mat. 19:3-9) Paulo, apóstolo de Jesus, que escreveu quatorze livros das Escrituras Gregas Cristãs, também mostrou nos seus escritos que ele cria na veracidade literal daqueles primeiros capítulos de Gênesis. (1 Tim. 2:13, 14) O mesmo se dá com os escritores bíblicos cristãos Lucas e Judas. (Luc. 3:38; Jud. 14) A disposição de aceitar a idéia de que parte de Gênesis é “mito” ou “foi inventado artificialmente” como lenda, leva assim à conclusão de que Jesus Cristo estava enganado e que seus apóstolos também estavam errados. Torna-se assim evidente que aquele que está disposto a aceitar o conceito atualmente popular de muitos dos clérigos, a respeito de Gênesis, teve a sua fé seriamente minada.

16. Os que aceitam a evolução precisam aceitar que conceito do pecado de Adão e do seu efeito sobre a humanidade?

16 Naturalmente, quando alguém permite que a evolução oriente seu modo de pensar e classifica o registro bíblico da criação como “não histórico”, significa que ele não acredita que Adão tenha violado a lei de Deus, conforme se registra em Gênesis, capítulo 3. Tampouco acredita que a humanidade nasce em pecado por causa da transgressão de Adão. Não são apenas os ateus professos que dizem que não crêem nestes ensinos bíblicos. Disse a revista Newsweek de 22 de agosto de 1966: “O biblicista jesuíta canadense Padre David Stanley salienta, . . . ‘Se aceitar a evolução, Adão . . . foi apenas um primata. O mito de uma queda não se ajusta de modo algum.’” Também o livro Evolution and the Doctrine of Original Sin (Evolução e a Doutrina do Pecado Original), publicado em 1968 com o imprimatur do arcebispo de Newark, adota o mesmo conceito. Primeiro declara a crença bíblica fundamental de que “todo ser humano começa a sua vida num estado pecador por causa do pecado de Adão”, mas depois acrescenta: “Os que tomam a sério a doutrina científica da evolução não podem mais aceitar esta apresentação tradicional.” E o livro mostra que seu autor decididamente toma a sério esta “doutrina da evolução”. Ele a toma tanto a sério, que está disposto a amoldar seu ponto de vista sobre a Bíblia inteira para se harmonizar com ela.

17. (a) Como influencia isto a atitude da pessoa para com o resgate? (b) Portanto, como influi o ensino da evolução na fé da pessoa?

17 Então, como afeta isso a atitude da pessoa para com o sacrifício resgatador de Jesus Cristo? A crença no pecado do primeiro homem, Adão, se relaciona diretamente com a crença no resgate, conforme o apóstolo Paulo explica extensivamente na sua carta inspirada aos cristãos romanos. (Rom. 5:12-19) E ele escreveu à congregação coríntia: “Visto que a morte é por intermédio dum homem, também a ressurreição dos mortos é por intermédio dum homem. Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” (1 Cor. 15:21, 22) É evidente que, quando os clérigos classificam de “mito” aquilo que a Bíblia diz sobre o motivo do resgate, eles lançam sementes de dúvida sobre a validez do próprio resgate. A edição de 1970 da World Book Encyclopedia, no seu artigo sobre a evolução, observa de modo realístico: “A realidade do pecado e da redenção do pecado é tida como sendo essencial para a fé cristã. Mas, se o homem se encontra no processo de evolução de estágios inferiores, o pecado tende a tornar-se mera imperfeição, e o Evangelho da redenção da culpa do pecado tende a perder todo o significado.” Quando isto acontece, onde fica a fé da pessoa? Desaparece.

18. (a) O que se exorta os membros das igrejas a fazer para descobrirem o que os seus ministros crêem? (b) Que apelo precisam tomar tais pessoas se quiserem obter a aprovação de Jeová?

18 Se for membro de uma das igrejas da cristandade, talvez se sinta chocado com algumas das coisas que leu aqui. Talvez pense que seu ministro é diferente, que ele não crê em tais coisas, nem as ensina. Mas não seria sábio descobrir se é ou não é assim? Pergunte-lhe se ele crê que a narrativa bíblica sobre Adão e Eva é fato histórico. Se ele disser que não crê nisso, então saberá que ele discorda de Jesus Cristo e dos escritores inspirados das Escrituras Gregas Cristãs. Pergunte-lhe se aceita o ensino da evolução. Se ele o aceitar, fará pouca diferença se ele professar crer em Jesus Cristo como resgatador da humanidade, porque tal crença não tem sentido se o homem evoluiu e se desenvolveu; só tem significado para aquele que reconhece que o primeiro homem, pela desobediência, caiu no pecado. O que fará se descobrir que o ministro de sua igreja endossa a evolução? Continuará com ele, como seguidor dum homem? Ele não lhe poderá dar vida eterna. Mas Deus a pode dar e ele lhe dará se exercer fé na sua provisão de vida eterna mediante seu Filho Jesus Cristo, e se praticar agora a adoração em associação com os que o adoram “com espírito e verdade”. — João 4:24.

“Exultei no caminho das tuas advertências, assim como sobre todas as outras coisas valiosas. Vou ocupar-me com as tuas ordens e vou olhar para as tuas veredas. Terei gosto em teus estatutos. Não esquecerei a tua palavra. Desvende os meus olhos, para que eu olhe para as coisas maravilhosas procedentes da tua lei. . . . é das tuas advertências que eu gosto, como homens do meu conselho.” — Sal. 119:14-16, 18, 24.

[Nota(s) de rodapé]

a God in Creation and Evolution, 1965, p. vii.

b God’s World in the Making, 1964, págs. 55, 56.

c Evolution and the Doctrine of Original Sin, p. 43.

[Foto na página 434]

Pode alguém que rejeita a crença em Adão e Eva ainda ser cristão?

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