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  • Servir a Jeová de pleno coração
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
w71 1/9 pp. 530-536

Servir a Jeová de pleno coração

“Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.” — Mat. 22:37.

1, 2. (a) Que conselho sério deu o Rei Davi ao seu filho Salomão sobre a importância de se servir a Jeová de pleno coração? (b) Como demonstrou Jesus que há necessidade de se servir a Jeová de pleno coração?

ERA homem idoso e não tinha mais muito tempo para viver. Perante um ajuntamento do povo, ele falou com seu filho e lhe disse: “Meu filho, conhece o Deus de teu pai e serve-o de pleno coração e de alma agradável; porque Jeová sonda todos os corações e discerne toda inclinação dos pensamentos. Se o buscares, deixar-se-á achar por ti; mas, se o deixares, deitar-te-á fora para sempre.” — 1 Crô. 28:9.

2 O homem idoso, seu filho e o povo que ouviu o que ele disse já desapareceram há muito tempo. Mas aquelas palavras do Rei Davi ao seu filho Salomão contêm conselho e verdade que são eternos e que hoje são vitais para nós. Todo o registro da Bíblia, inclusive o ministério do Filho de Deus, Cristo Jesus, atesta que o Soberano Deus Jeová deseja ser servido de pleno coração — ou não ser servido. Quando se perguntou a Jesus ‘qual era o maior mandamento da Lei’, ele respondeu: “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força.” (Mat. 22:36-38; Mar. 12:28-30) Por certo, nenhum de nós deseja ser ‘deitado fora para sempre’ por Deus, deseja? Portanto, visto que o nosso coração se encontra entre os que Jeová sonda, como podemos ter a certeza de que o servimos de “pleno coração”, de ‘todo o nosso coração’?

3. Por que é essencial compreender claramente a diferença entre o coração e a mente?

3 Compreendermos claramente a diferença bíblica entre a mente e o coração nos ajudará a resguardar o coração e a servir a Jeová de pleno coração. Alguém pode ter um conhecimento excelente da Bíblia, pode ser capaz de responder a perguntas sobre diversas questões, mostrar que ele ou ela está “em dia” com a última informação publicada. Mas esta pessoa pode estar em sério perigo. Pois as “fontes da vida” não procedem da cabeça, do cérebro ou da mente, mas, conforme nos diz Provérbios 4:23, procedem ‘do coração’. Podemos enganar-nos facilmente, a menos que nos demos conta disso. Lembre-se de que mesmo aqueles que se voltaram contra a verdade, que se tornaram apóstatas, não perderam instantaneamente todo o conhecimento bíblico. Embora o coração deles já tenha rejeitado decisivamente o caminho de Deus, o conhecimento permanece na sua mente, embora desapareça com o tempo. Portanto, o conhecimento mental, sozinho, não é guia seguro para nossa saúde espiritual.

4. O que significa servir a Jeová de pleno coração?

4 Pergunte-se, portanto: Que espécie de pessoa sou eu na ‘pessoa secreta do meu coração’? Sirvo agora a Jeová de “pleno coração”, de ‘todo o meu coração’? Servir de “pleno coração” significa servir com um coração que é unidirecional na sua motivação, não de coração dúbio (Sal. 119:113), nem de coração dúplice. (1 Crô. 12:33; Sal. 12:2) Se servirmos de todo o nosso coração, então agradar a Jeová Deus é a maior coisa na nossa vida, é o deleite de nosso coração. Oramos assim como o salmista: “Instrui-me, ó Jeová, acerca do teu caminho. Andarei na tua verdade. Unifica meu coração para temer o teu nome.” (Sal. 86:11) Portanto, nosso coração é unificado, é singelo no seu objetivo. (Pro. 23:19) Tal coração nos move constantemente numa só direção, no caminho de Jeová.

BOA MOTIVAÇÃO É VITAL EM TUDO O QUE FAZEMOS

5. Termos o coração pleno fará que tenhamos que conceito sobre os diversos aspectos do serviço de Deus?

5 Servir de pleno coração significa também que nosso coração é reto para com o pleno alcance ou a extensão total daquilo que está incluído no serviço de Deus. Inclui a relação marital, a instrução dos filhos, o serviço secular, as nossas relações com os vizinhos, o estudo pessoal, as reuniões e as assembléias cristãs, o interesse nos nossos irmãos e cuidar de designações e responsabilidades congregacionais. Nosso coração não pode estar apenas parcialmente em harmonia com a vontade de Jeová.

6, 7. (a) Embora o coração dos Israelitas os induzisse a ser generosos, que condição de coração manifestaram muitos logo pouco tempo depois? (b) De que modo e isto um exemplo para nós?

6 Por exemplo, tome o tempo em que o tabernáculo ou a tenda de reunião ia ser construída. A Bíblia mostra que o coração dos israelitas os impelia a fazer contribuições tão generosas, que as coisas doadas, muitas das quais eles haviam produzido por trabalho manual, ‘mostraram ser suficientes . . . e mais do que suficientes’. De fato, Moisés teve de dizer-lhes que não trouxessem nada mais. (Êxo. 36:4-7) Isto foi excelente. Mas dentro de pouco tempo, este mesmo povo se empenhou em murmurações e em queixas por causa da sua situação. (Núm. 11:1-6, 10) A irmã de Moisés, Miriã (que havia cantado o louvor de Jeová com tanta alegria, depois da destruição das forças de faraó no Mar Vermelho), aliou-se ao seu irmão Arão em falar contra o superintendente designado por Deus para dirigir a nação. (Núm. 12:1-8) O povo em geral se entregou ao medo e teve falta de fé quando ouviu os relatos maus dos espiões enviados a Canaã, falando até mesmo de apedrejarem Moisés e Arão. (Núm. 13:1, 2, 25-33; 14:1-10) Haviam contribuído bens materiais e mão-de-obra; mas serviam a Jeová de “pleno coração’, de ‘todo o seu coração’? — Tia. 3:13, 14.

7 São alguns de nós assim? Contribuímos cordialmente dos nossos meios materiais, talvez prestando até mesmo serviço excelente quando se empreende um esforço em grande escala para realizar algum projeto grande, tal como uma assembléia ou quando se constrói um Salão do Reino; mas depois, talvez quando as coisas não vão tão bem como gostaríamos, entregamo-nos a murmurações e queixas, mostrando até mesmo o espírito de rebeldia?

8. Por que precisa o coração ser resguardado todo o tempo, não se pressupondo que sempre nos motive de modo correto?

8 O cristão, lembrando-se de quão traiçoeiro pode ser seu coração, embora conheça a verdade e se considere perfeitamente seguro, precisa proteger seu coração, se quiser mantê-lo ‘plenamente’ no serviço de Jeová. Precisa ter muito cuidado para não se colocar no caminho da tentação. O apóstolo Paulo cita o exemplo dos pecados dos israelitas, entre os quais havia flagrante fornicação, e depois diz: “Conseqüentemente, quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” (1 Cor. 10:6-12) E o escritor inspirado de Provérbios diz: “Quem confia no seu próprio coração é estúpido, mas aquele que anda em sabedoria é o que escapará.” — Pro. 28:26.

PROVISÕES PARA SE TER CORAÇÃO PLENO

9. Como Podemos ter certeza ‘dos pensamentos e das intenções do coração’?

9 Para ‘andarmos em sabedoria’ precisamos examinar regularmente o coração, pôr à prova nossa motivação, esquadrinhar nossas fraquezas e empenhar-nos em remediá-las. É bom que paremos e pensemos: “Sei o que a minha mente diz, mas o que há no meu coração? Por que desejo fazer isto ou aquilo? Qual é a motivação que me impele? São os meus raciocínios realmente sinceros ou procuro enganar a mim mesmo e desculpar-me?” Por causa da traição do coração, precisamos de ajuda. Deus a provê mediante sua Palavra. “Porque a palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, . . . e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração.” — Heb. 4:12.

10, 11. (a) Que provisões fez Jeová para nos ajudar a ter um coração bom e pleno? (b) Até que ponto depende da pessoa ter um coração pleno?

10 Mas para que a Bíblia discirna os pensamentos e as intenções em que se fixou nosso coração, com proveito para nós, precisamos fazer a nossa parte. Precisamos ‘amolecer o coração’ para com o conselho que recebemos e ‘inclinar o coração’ para aceitá-lo. Temos uma abundância de alimento espiritual provido pela organização visível de Deus, para nos ajudar a ‘prestar atenção à sabedoria, com o nosso ouvido, para inclinarmos nosso coração ao discernimento’, para que o nosso coração não fique ‘obtuso no entendimento’, mas para que sejam iluminados os ‘olhos de nosso coração’. Visto que “o coração do entendido adquire conhecimento e o ouvido dos sábios procura achar conhecimento”, provêem-se para nós reuniões cristãs regulares as quais assistir, e nas quais há instruções e associações sadias e edificantes. Temos também “o conselho no coração” de homens maduros que servem como superintendentes, que podemos ‘puxar para fora’ com discernimento, como água do fundo do poço de sua experiência, para fazermos uma aplicação prática das leis de Jeová. — 2 Crô. 34:27; Pro. 2:1, 2; 18:15; 20:5; Mar. 6:52; Efé. 1:18.

11 Mas temos de fazer empenho para obter estes benefícios, a fim de usá-los diligentemente na edificação e na proteção de nosso coração. O Rei Jeosafá foi elogiado por Jeová por ‘ter preparado o coração para buscar o verdadeiro Deus’. (2 Crô. 19:3) “O coração entendido é o que procura conhecimento.” (Pro. 15:14) Davi orou a Deus para que ‘criasse nele um coração puro’, mas Jeová não faz isso milagrosamente, porque “ao homem terreno pertencem os arranjos do coração”. — Sal. 51:10 Pro. 16:1.

12. Por que não basta ter compreensão mental da verdade?

12 Não basta termos compreensão mental; precisamos ser induzidos por aquilo que aprendemos, senti-lo no coração. Nosso Pai celestial diz mediante o escritor inspirado: “Filho meu, presta deveras atenção às minhas palavras. Inclina teu ouvido às minhas declarações. Não se afastem elas dos teus olhos. Guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde para toda a sua carne. Mais do que qualquer outra coisa a ser guardada, resguarda teu coração, pois dele procedem as fontes da vida.” (Pro. 4:20-23) Sim, precisamos inscrever ‘na tábua do nosso coração’ (Pro. 3:3; 7:3) aquilo que aprendemos, e podemos fazer isso só se tomarmos o tempo para deixar a verdade de Deus penetrar no nosso coração, bem no centro dele, para que guie nossa motivação no caminho certo. (Sal. 37:31) É isto o que faz quando se empenha no estudo pessoal no lar e quando assiste às reuniões

13. (a) Em vez de ser a mente que vagueie, um exame mais detido talvez revele que realmente esta vagueando o quê? (b) Que aviso é dado em Hebreus 3:12, e como amiúde se reflete primeiro “um coração iníquo, falto de fé”?

13 Às vezes dizemos que na nossa leitura pessoal ou nas reuniões verificamos que ‘nossa mente vagueia’. Talvez seja assim. Talvez algo que uma criança faz ou outra distração qualquer desvie por um momento a nossa atenção. Mas, para sermos inteiramente honestos com nós mesmos, não se dá às vezes que não é a nossa mente, mas o nosso coração que passa a vaguear? Verificamos que pensamos em coisas materiais, em algo que vamos comprar, em algo no lar, em que estamos interessados, em questões de dinheiro, ou verificamos que estamos pensando nas coisas da carne: comida, diversão, alguém do sexo oposto? Se continuarmos a achar estas coisas mais interessantes do que a consideração da Palavra de Deus e de seu conselho esplêndido, talvez até mesmo desejando que a reunião acabe, para darmos atenção a estas outra’ coisas, então estamos em dificuldades, estamos em perigo de nosso coração se tornar insensível como que recoberto de gordura (Sal. 119:70), ou de ficar endurecido e resistente à orientação de Deus. (Heb. 3:8) Isto mostra falta de fé na bondade de Jeová, em ele nos recompensar por nossa devoção fiel a ele, e mostra que começamos a procurar nossa recompensa em outra parte. Adverte-se os cristãos de se acautelarem “para que nunca se desenvolva em nenhum de vós um coração iníquo, falto de fé, por se separar do Deus vivente”. (Heb. 3:12) O começo de tal proceder desastroso se mostra geralmente primeiro na nossa atitude para com a Palavra de Deus e no nosso apreço do que lemos e ouvimos a respeito dela.

14. Ilustre como está envolvido o coração quando se trata de ter apreço pelas reuniões cristãs e por se assistir a elas.

14 O mesmo se dá também com a própria freqüência às reuniões ou o empenho no ministério. É normal que alguém adoeça ocasionalmente, e a doença é às vezes bastante séria para mantê-lo em casa. Também não é incomum que a pessoa às vezes se sinta simplesmente cansada demais e com pouca energia para as reuniões ou o serviço de campo — a carne é fraca, embora o espírito esteja disposto. Portanto, ocasionalmente nos temos de esforçar para começar, sabendo que nos alegraremos de que o fizemos. Assim, é preciso haver disciplina para se evitar concordar com os desejos egoístas do coração e da carne decaída. Ilustremos isso do seguinte modo: Suponhamos que é a noite de irmos ao Salão do Reino para recebermos instrução bíblica, e quando chega a hora, certo irmão verifica que simplesmente não está em condições físicas de ir. Quanto ele gostaria de ir! Mas, ele não pode ir. Está doente demais. Mas onde está seu coração? Por outro lado, outro irmão volta para casa depois de ter trabalhado muito o dia inteiro. Seu coração lhe diz sutilmente: ‘Seria bem agradável ficar hoje em casa.’ (Lembre-se de que o coração é a sede dos desejos e das motivações.) Mas, precisa haver alguma espécie de motivo para ficar em casa e não ir às reuniões. Portanto, o coração motiva a mente a fazer empenho neste sentido, e quase antes de se aperceber disso, surgem diversos motivos que parecem bastante válidos para ele ficar em casa. Se ele não tiver cuidado, não chegará ao Salão do Reino naquela noite. Ora, a mesma coisa pode acontecer com respeito a qualquer uma das nossas atividades cristãs. O ponto é o seguinte: Em que se fixa o seu coração? Se ele quiser, desejar e gostar, geralmente achará um meio para isso. Jesus resumiu isso quando disse: “Onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração.” — Mat. 6:21.

15. Quando verificamos que estamos procurando motivos para não participar no ministério ou para não assistir às reuniões, que medidas corretivas devemos adotar logo?

15 As pessoas também têm responsabilidades pessoais ou familiares, e cada um precisa cuidar de seus próprios assuntos conforme achar melhor. Em certos meses talvez verifique ser possível devotar mais tempo ao ministério de campo do que em outros. Este é seu assunto pessoal. Mas quando verificamos que estamos procurando motivos para ficar em casa e não ir às reuniões ou ao serviço de campo, baseando desculpas ou pretextos para evitá-los — então estamos em perigo! Nosso coração nos está motivando na direção errada. Quando isto acontece precisamos fazer o que Tiago diz: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as vossas mãos, ó pecadores, e purificai os vossos corações, ó indecisos.” (Tia. 4:8) Temos um problema e precisamos apresentá-lo ao nosso Pai celestial e falar-lhe dele em oração.

16. (a) O que revelam nossas orações quanto ao nosso coração? (b) O que significa o convite de Jeová: “Dá-me deveras teu coração”?

16 Este é também um meio de examinarmos o coração. Talvez tanto quanto qualquer outra faceta de nosso serviço a Jeová Deus, nossas orações revelam nossa relação com ele, o que sentimos para com ele na “pessoa secreta do coração”. O que mostram as suas orações quanto à espécie de relação que tem com ele! Só a própria pessoa e ele o podem saber. Mas deve ser uma relação cordial, confiante e íntima, como a de um filho ou de uma filha com o pai respeitado e amado de todo o coração. (Pro. 4:3, 4) Revelam as suas orações tal espécie de relação? Ou é a sua relação apenas a de um conhecido, como se dá com o vizinho, com o patrão ou com um amigo relativamente íntimo? Se a relação não for o que deve ser, pode ter a certeza de uma coisa: A culpa disso não cabe ao seu Pai celestial. Ele diz, igual ao escritor de Provérbios 23:26: “Filho meu, dá-me deveras teu coração, e agradem-se estes olhos teus dos meus próprios caminhos.” Abra-lhe seu coração nas orações, conta-lhe o que tem no coração, pedindo a sua ajuda para a execução dos desejos certos de seu coração e para lhe revelar as fraquezas deste e o remédio para elas. Daí, entregue-lhe o coração por seguir a orientação que ele lhe dá por meio de sua Palavra, de seu espírito e da congregação cristã.

FORTALECIMENTO ANTECIPADO DO CORAÇÃO

17. Por que e importante fortalecer e resguardar de antemão o coração contra a tentação?

17 Vivemos num sistema que se torna diariamente cada vez mais depravado. Isto submete nosso coração a provas cada vez maiores, quanto à inteireza de nossa devoção a Jeová Deus e ao seu serviço. Se havemos de resguardar o coração, precisaremos manter o coração bem em destaque, lembrando-nos de sua importância, por causa da sua capacidade de motivação e afeição. Não devemos esperar até que provas e tentações nos atinjam na sua plena força, mas devemos fortalecer o coração muito antes de encontrá-las.

18. Que perguntas nos ajudarão a examinarmos nossa motivação?

18 Já quando os primeiros pensamentos de imoralidade se manifestam devemos perguntar-nos: “Quero realmente fazer isso, mesmo sabendo em que resultará? Quero lançar vitupério sobre a minha família e sobre a congregação com que me associo? Que dizer do meu cônjuge? É verdade que ela (ou ele) tem as suas faltas, as suas fraquezas — mas o mesmo se dá comigo. Quero causar a profunda mágoa que tal ato certamente causará? É esta a minha gratidão pelos anos de vida que meu cônjuge partilhou comigo? Além disso, sou realmente tão ingrato que desprezaria a dádiva que Jeová fez de seu Filho, tratando a morte de Jesus numa estaca de tortura como se não tivesse importância, lançado fora toda a benignidade imerecida de Jeová só por alguns momentos de prazer ilícito! Onde está o meu amor à decência, à retidão e à honestidade?”

19. Que perguntas podemos apropriadamente fazer a nos mesmos quando começamos a sentir a atração do materialismo?

19 Quando começamos a sentir-nos atraídos pelo materialismo, pela chamada do atual sistema, para usufruir mais plenamente seus supostos benefícios e proveitos, devemos perguntar a nós mesmos, à “pessoa secreta do coração”: “Posso dizer sinceramente que as coisas materiais deveras me deram alguma vez uma alegria que se comparasse com o serviço de Jeová, com a minha associação com os irmãos, com o prazer de saber que tenho sido de ajuda real para outros, ajudando-os ao caminho da vida? Que futuro me pode oferecer esse mundo, que o coração justo realmente pudesse querer? Desejo fixar minhas afeições neste sistema de coisas, quando sei muito bem que me usaria apenas por algum tempo, e depois me rejeitaria, quando eu não tiver mais utilidade para ele?” É verdade que precisamos esperar pelas bênçãos da nova ordem de Deus. Mas Tiago aconselha: “Vós também exercei paciência; firmai os vossos corações, porque se tem aproximado a presença do Senhor.” — Tia. 5:7, 8.

20. Quando nos vemos confrontados com as questões relatavas à neutralidade, o que deve ser recapitulado no nosso coração?

20 O mesmo se dá quando é pressionado para abandonar sua posição neutra com relação aos sistemas deste mundo ou para violar de alguma forma sua integridade para com Deus. Recapitule no coração as coisas desprezíveis que o deus deste mundo, Satanás, o Diabo, tem fomentado entre as nações — o derramamento de sangue, o crime, a ganância e a crueldade. Como poderíamos mesmo por um só instante concordar em nos colocar do lado dele? Mesmo que nos persiga, nos encarcere e nos torture, como poderíamos repudiar a Jeová, o Deus do novo sistema de coisas, a favor de Satanás e de seus sistemas animalescos, corrutos e impiedosos?

21. (a) Como podemos impedir que nosso coração fique ‘sobrecarregado’, visto que já estamos bem avançados no “tempo do fim”? (b) De que modo deixou Salomão de seguir o conselho de seu pai quanto a manter o coração pleno?

21 De modo similar, podemos fortalecer nosso coração no seu amor a tudo o que é direito, decente e honesto, e cultivar genuíno ódio a tudo o que Jeová condena e detesta. (1 Crô. 29:17; Heb. 1:9) Mas, uma vez que desenvolvemos um bom coração, não podemos pressupor que sempre fique assim. Ele precisa ser resguardado. “Mas, prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. Pois virá sobre todos os que moram na face de toda a terra.” (Luc. 21:34, 35) Salomão orou a Jeová, pedindo um coração obediente e discernimento para julgar o povo de Deus. Embora ‘Deus continuasse a dar a Salomão sabedoria e entendimento em medida muito grande, bem como largueza de coração’, quão triste é ler-se que “sucedeu, no tempo da velhice de Salomão, que as próprias esposas dele lhe haviam inclinado o coração para seguir outros deuses; e seu coração não se mostrou pleno para com Jeová, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai”. (1 Reis 4:29; 11:1-6) Imagine só! Depois de ter sido abençoado tão abundantemente com sabedoria da parte de Jeová e de ter tido tantos privilégios relacionados com o reino típico de Jeová e a construção do magnífico templo de Jeová, ele deixou que as esposas pagãs afastassem seu coração para a adoração de outros deuses! E havia sido ele quem, sob inspiração, escrevera tanta coisa sobre o coração.

22. Por que e essencial que sirvamos a Jeová não só porque temos de fazer isso, mas também porque queremos fazer a sua vontade?

22 Portanto, seja o que for que façamos, e em tudo o que fizermos, façamo-lo de todo o coração como a Jeová. Ele se agrada muito de tal serviço. Não é um Deus ingrato. Aprecia tudo o que fazemos; deleita-se em nos recompensar, abençoar e presentear. Mas nosso serviço precisa ser sincero, genuíno e de todo o nosso coração. Ele percebe qualquer subterfúgio, vê quando fazemos as coisas com segundas intenções. Pode perceber quando estamos mais interessados num relatório do que em nosso louvor a ele, ou quando nos preocupamos com a nossa aparência, com a impressão que causamos ou quando fazemos as coisas só porque achamos que temos de fazê-las. É verdade que temos de servir, se quisermos ter vida. Mas nunca perduraremos, nem perseveraremos, nem atingiremos o alvo, a menos que queiramos fazer isso, a menos que almejemos de coração servir a Jeová, que almejemos viver no tempo em que o possamos servir de modo perfeito, livre de todas as coisas que agora nos induzem a agir de modo errado e a não atingir Suas normas perfeitas.

23. (a) Qual pode ser o motivo de algum abandonarem a corrida pela vida? (b) De que modo podemos orar confiantemente assim como Paulo fez, a lavor dos que procuram ter um coração pleno?

23 Tudo indica a proximidade da nova ordem de Deus. No entanto, mesmo nesta hora avançada, desviam-se alguns que têm estado no serviço de Jeová por muitos anos. Por quê? Será por causa do espírito de independência, ou porque se dão conta de que o governo de Deus assumirá em breve o pleno controle sobre todos os habitantes terrestres sobreviventes, e que no coração realmente não desejam isto, não desejam esta plenitude de controle que a regência justa trará consigo? Tendo procurado a Jeová e tendo-o encontrado, mantenha o coração completamente fixo nele, ame-o e sirva-o de todo o coração. Não o abandone, senão ele o deitará fora, para sempre. Oramos agora a seu favor, assim como Paulo orou a favor de seus irmãos, naqueles dias: “O Senhor continue a dirigir os vossos corações com bom êxito ao amor de Deus e à perseverança pelo Cristo.” — 2 Tes. 3:5.

[Foto na página 532]

Quando permitimos que a mente fique distraída ou vagueie, não é realmente o nosso coração que vagueia?

[Foto na página 534]

Nossas orações revelam qual é a nossa relação com Deus. Que espécie de relação revelam as suas orações?

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