BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w71 1/10 pp. 602-605
  • Servir a Jeová na mocidade e na velhice

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Servir a Jeová na mocidade e na velhice
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • EU QUERIA PREGAR
  • AUMENTEI MEU SERVIÇO
  • CINGI-ME PARA MAIS SERVIÇO
  • APREÇO DAS BÊNÇÃOS
  • Enquadrando-se no propósito de Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1966
  • O que se poderá fazer?
    Despertai! — 1978
  • Declarando sem cessar as boas novas (1942-1975)
    Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus
  • Parte 2 — Testemunhas até à parte mais distante da terra
    Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
w71 1/10 pp. 602-605

Servir a Jeová na mocidade e na velhice

CONFORME NARRADO POR CARLOS OTT

DESDE jovem aprendi a ter profundo respeito pelo nome do Grande Criador, Jeová. Em casa eu tinha a oportunidade de ler na Bíblia a respeito deste nome. E quando eu freqüentava os ofícios religiosos luteranos, junto com minha família, amiúde ficava profundamente comovido pelos cânticos que faziam uso deste nome. Eu queria louvar este nome, assim como o escritor inspirado dos Salmos convidava os co-adoradores a fazer. (Sal. 66:1, 2) Mas eu não sabia como fazê-lo.

No sossego de nosso lar na Bavária, Alemanha, parecia que estávamos longe das tensões e pressões dos acontecimentos mundiais, mas estes passaram a afetar-nos em 1914. A guerra já grassava em grande parte da Europa. Alguns eram contra ela, embora muitos a favorecessem; entre estes estavam especialmente os clérigos. Ainda me posso lembrar de que o sacerdote luterano nos disse do púlpito que, “se o governo declarar a guerra . . . é porque a vontade de Deus se manifesta a favor dela”.

Igual a muitos outros jovens, tive de ir à cidade mais próxima para ingressar no exército. Em caminho, tive uma palestra com meu pai. Ele não concordava com o conceito do sacerdote, e eu bem me posso lembrar do que disse: “Não acho direito que luteranos matem luteranos e católicos matem católicos.”

Nas trincheiras não havia tempo para pensamentos espirituais. Parecia que estávamos constantemente de mudança, mudando-nos de um lugar para outro, até que chegamos ao porto de Reval (agora Tallin), no Mar Báltico. Os dias se passaram, e veio 1918 e o Armistício. Retornamos à Alemanha e para casa. Meu primo, que era Estudante da Bíblia, como então se chamavam as testemunhas de Jeová, deu-me um dos folhetos de C. T. Russell, Que Diz a Escritura Sobre o Inferno?. Ele prometeu voltar na semana seguinte para que pudéssemos conversar mais sobre isso. Interessei-me tanto, que escrevi ao escritório da Sociedade Torre de Vigia em Barmen-Elberfeld, pedindo todos os livros de Russell que estivessem disponíveis. Assinei também para a revista A Sentinela. Dentro de uma semana, recebi quatro livros, um dos quais era O Plano Divino das Épocas.

Fiquei tão absorto neste livro, que ainda o estava lendo às quatro horas da manhã seguinte. Meu pai, quando soube disso, repreendeu-me, dizendo: “Pare de ler tanto . . . está gastando muita eletricidade.” Ao passo que eu continuava a ler, comecei a compreender que se exigia uma vida de devoção a Jeová Deus. Aprendi também que a decisão de dedicar a vida a Deus não podia ser feita corretamente apenas à base das emoções. Exigiria uma mudança completa do modo de vida.

EU QUERIA PREGAR

Quando soube que outros estavam divulgando as boas novas do reino de Deus por meio das publicações da Sociedade Torre de Vigia, quis participar nesta obra. Mas não me senti suficientemente capacitado. Procurei mesmo entrar em contato com os Estudantes da Bíblia. Por fim, encontrei uma congregação em Nuremberg e comecei a estudar com eles. Muitos dela me visitaram e pela conversa aumentaram meu desejo de transmitir as boas novas a outros. Comecei a transmitir aos membros de minha própria família aquilo que eu havia aprendido. Duas de minhas irmãs se juntaram depois a mim na associação com os Estudantes da Bíblia. Em pouco tempo passei a participar na distribuição das publicações de porta em porta, e até mesmo comecei a visitar outras povoações vizinhas, onde dávamos testemunho às pessoas e proferíamos conferências bíblicas, públicas.

Nossa campanha de instrução bíblica irava os clérigos e eles instigavam as autoridades contra nós. A polícia me visitou e perguntou: “Quem lhe paga para fazer este trabalho?” Respondi que ninguém me pagava, que eu fazia isso por causa de Deus. Responderam: “Acha que Deus lhe vai pagar pelo que está fazendo?” “Sim”, respondi sem hesitação, “estou certo disso, e é por isso que louvo a Deus abertamente”. Lembro-me de que meu pai tomou o meu partido nesta palestra.

AUMENTEI MEU SERVIÇO

Quando tive o privilégio de assistir à exibição do “Fotodrama da Criação”, uma apresentação por diapositivos e filmes da história da vida real, da Bíblia, com comentários apropriados, fui ajudado a decidir-me a dedicar-me a Deus e ser ministro dele. Simbolizei esta dedicação pelo batismo em água, em 19 de agosto de 1919. Embora eu ainda ajudasse meu pai na fazenda, comecei a pensar na vida de serviço de tempo integral no ministério da pregação.

Por fim, escrevi à Sociedade. Papai achou que eu não era realístico e me disse que eu ia passar fome. Minha resposta foi que Jeová usou corvos para alimentar o profeta Elias (1 Reis 17:6), que Jesus alimentou cinco mil pessoas com alguns pães e peixes, e que Lucas 22:35 conta que, quando Jesus perguntou aos discípulos se estes haviam passado necessidade no seu serviço, a resposta deles foi Não. Confiei em Jeová, e agora, depois de cerca de cinqüenta e dois anos, posso atestar que minha confiança se justificou plenamente.

Quando a Sociedade perguntou onde eu queria servir, sugeri Ingolstadt, porque estava interessado em aprender tudo sobre a organização duma congregação do povo de Deus. Pouco depois fui enviado ao norte da Bavária, e até 1922, um grupo de nós pioneiros ou pregadores de tempo integral da Palavra de Deus já havia visitado oito cidades e estabelecido centros de estudo bíblico, muitos dos quais se transformaram mais tarde em congregações ativas das testemunhas de Jeová.

Em maio de 1925, durante um congresso em Magdeburgo, onde se encontrava então a filial da Sociedade, o Presidente J. F. Rutherford me pediu que eu fosse para a Argentina, na América do Sul. Imagine quão emocionado fiquei! Atravessar o Atlântico para servir em território onde se havia feito pouco trabalho do Reino! Fiquei cheio de alegria.

Embarquei em 12 de julho e cheguei a Buenos Aires em 26 de julho. Juan Muñiz, representante da Sociedade na Argentina, e mais duas Testemunhas me esperavam. Eles acabavam de receber quatro toneladas de tratados bíblicos, e nosso trabalho era distribuí-los. Levantávamo-nos de manhã cedo, e por volta do café da manhã já havíamos distribuído milhares de tratados. Estes eram colocados debaixo das portas e em outros lugares onde as pessoas os podiam encontrar.

Partindo de nosso lar, que também servia de local de reunião para o estudo da Bíblia, organizávamos o trabalho da divulgação da mensagem do Reino por visitas de casa em casa. As publicações que usávamos incluíam o folheto Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão, o Fotodrama da Criação em forma de livro, O Plano Divino das Épocas e A Harpa de Deus. Eu gostava de visitar as escolas, especialmente as escolas alemãs, onde costumávamos obter os endereços dos estudantes — cerca de 300 em dois meses. O objetivo era levar aos pais deles as boas novas do Reino na sua própria língua. Foi também emocionante ver os primeiros dois daqueles que falavam alemão apresentar-se para simbolizar sua dedicação a Jeová!

Durante vários anos, fui enviado às diversas partes da Argentina para organizar reuniões bíblicas. Depois, em 1928, fui designado a Montevidéu, no Uruguai, onde me ocupei alegremente na obra do Reino por dez anos. Em 1939, fui chamado de volta à Argentina, e esta vez fui designado como ministro pioneiro e superintendente de congregação em Bahía Blanca. Depois de um ano de serviço ali, fui convidado para servir na filial da Sociedade em Buenos Aires. Meu primeiro trabalho ali era no departamento de expedição.

CINGI-ME PARA MAIS SERVIÇO

Todos nós estávamos bastante certos de que vivíamos num tempo em que iriam acontecer grandes coisas. Em 1945 aguardávamos ansiosamente a visita de N. H. Knorr, presidente da Sociedade, à Argentina. Ele prometeu enviar alguns missionários graduados da Escola de Gilead da Sociedade, para ajudar nas enormemente ampliadas oportunidades da obra de pregação do Reino. Ele nos disse também que algumas Testemunhas locais seriam com o tempo chamadas à Escola de Gilead para treinamento.

Durante esta visita, o Presidente Knorr providenciou que iniciássemos um curso semanal da Bíblia e de treinamento no falar, em todas as congregações da Argentina, arranjo que se mostrou maravilhosamente útil para preparar os publicadores do Reino para o ministério, em todas as partes do país. Eu tive a alegria pessoal de estabelecer esta provisão de treinamento, conhecida como Escola do Ministério Teocrático, em diversas congregações. Ao mesmo tempo, o país foi dividido em distritos ou regiões, supervisionados cada um por um servo de distrito, e cada distrito foi subdividido em circuitos, cada um deles constituído por um grupo de congregações, visitadas regularmente por um servo de circuito.

Em 1949, o Presidente Knorr visitou novamente a Argentina, esta vez acompanhado pelo seu secretário, Milton Henschel. Planejamos uma assembléia num local central em Buenos Aires, mas as autoridades, influenciadas pelos clérigos, negaram-nos a permissão. Por isso providenciamos a assembléia no nosso próprio salão, na propriedade da Sociedade. A polícia interveio novamente, fechando o local da assembléia e detendo cerca de quatrocentas Testemunhas, por várias horas, inclusive o Presidente Knorr. Esta foi apenas uma das muitas ocasiões em que fui levado à delegacia de polícia para explicar nossa obra. Se os clérigos tivessem conseguido o que queriam, talvez fossemos vítimas de perseguição mais ferrenha. No entanto, foi sempre uma alegria sofrer por causa da verdade de Jeová.

APREÇO DAS BÊNÇÃOS

Durante a minha vida como uma das testemunhas de Jeová, tive a alegria de presenciar o crescimento da obra do Reino e da organização trazida à existência por Deus entre os homens, com o fim de divulgar as boas novas do Reino. Posso lembrar-me do tempo em que havia apenas vinte publicadores do Reino aqui, ao passo que agora há mais de 18.700 Testemunhas servindo a Jeová unidamente aqui na Argentina. E eu assisti a três congressos internacionais em Nova Iorque, um em 1953, outro em 1958 e o mais recente em 1963. Quão grato sou a Jeová por estas bênçãos extras!

Para mim, ainda é também um grande privilégio poder morar neste belo e confortável Lar de Betel em Buenos Aires, com muitas outras Testemunhas, com as quais posso servir aqui feliz. É verdade que já tenho agora mais de oitenta anos e fui submetido a três intervenções cirúrgicas dentro de um curto espaço de tempo, de modo que as minhas forças não são mais como antes. Mas, pela benignidade imerecida de Jeová, tenho a alegria de continuar a servir ao máximo de minha capacidade. Ainda posso chegar de manhã, cada dia da semana, à mesa do café, para participar com a Família de Betel na nossa consideração diária de um texto precioso da Bíblia.

É meu sincero desejo continuar no serviço de Jeová, com a Sua ajuda, até que ele esteja disposto a conceder-me a herança celestial que é a minha esperança. Fui moço no seu serviço, e agora já sou velho. A base da longa experiência, se eu puder ser considerado como alguém que pode dar conselho cristão maduro, exorto a todos na organização de Jeová, moços e velhos, a continuarem fielmente no caminho que escolheram quando dedicaram sua vida ao Deus amoroso e misericordioso. Assim como eu tenho sido abençoado em todos os meus anos na atividade do Reino, assim também poderão usufruir a paz e a satisfação derivadas de Seu favor.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar