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  • “Persisti em buscar, e achareis”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 1/7 pp. 409-412

“Persisti em buscar, e achareis”

Conforme narrado por Richard S. Cotterill

JÁ PENSOU alguma vez em que certo versículo da Bíblia talvez resuma parte de sua vida? Um texto muito relacionado com a minha vida é Mateus 7:7: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e abrir-se-vos-á.” Sim, estas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo têm significado especial para mim.

Isto se dá porque, quando era jovem, procurava constantemente um objetivo real na vida. Queria saber a verdade sobre Deus.

Quando jovem, ocorriam-me constantemente perguntas sobre a vida. Nasci em Manchester, na Inglaterra, em 1908, e fui batizado na Igreja Anglicana. Quando eu era ainda bastante jovem, perguntava-me se Deus realmente torturava pessoas eternamente num fogo de inferno. Pensava também na Idade do Obscurantismo, quando pessoas religiosas torturavam umas às outras e perguntava-me se isso era direito. Eu orava sinceramente.

Em 1925, meu pai morreu de repente. Esta foi a primeira vez que a morte se intrometera na minha vida. A vida parecia então mais incerta. Após o falecimento de meu pai, estudei direito, contabilidade, economia e outras matérias. Mas, sentia-me perplexo. Qual era meu objetivo? Qual era meu objetivo real na vida?

BUSCA EM TEMPO DE CRISE

Visto que eu era pessoa acanhada, tomei um curso de aperfeiçoamento pessoal, mas sentia dificuldades por nada ter decidido sobre meu objetivo na vida. Esta era a pergunta que eu fazia.

Na minha procura, visitei uma igreja de estilo arquitetônico moderno. O clérigo dela associava-se com o “Grupo Oxford” e queria que eu me envolvesse profundamente nos assuntos da igreja. Eu ensinava na escola dominical, ajudava no conselho da igreja, era cruciferário (liderando o coro para dentro da igreja, trajado de sotaina e sobrepeliz) e auxiliava no clube dos rapazes na igreja. Eu ajudava também num clube de rapazes nas favelas de Manchester. Apesar da grande variedade de atividades, sentia que me faltava alguma coisa.

Eu estava procurando um objetivo na vida, de modo que li toda espécie de livros — muitos sobre psicologia e filosofia. Freqüentava também “Conferências de Paz” e grupos de paz, e participava com os pacifistas ativistas. Mas ao mesmo tempo lia regularmente a Bíblia e freqüentava toda espécie de reuniões religiosas, inclusive dos católicos romanos, dos unionistas e da Sociedade dos Amigos. Quem tinha razão? Conhecia qualquer grupo realmente a verdade de Deus?

Finalmente renunciei ao meu emprego e decidi que ia tentar servir a Deus. Mas como? Vivi durante meses de minhas economias, tentando descobrir o que devia fazer para servir a Deus. Indaguei sobre a ordenação na Igreja Anglicana, mas dava-se ênfase demais em certas qualificações educativas e no dinheiro. Indaguei sobre o trabalho missionário da igreja no Canadá. Quanto mais investigava a igreja, tanto mais desgostava dela. Sentia-me em desacordo com muitas de suas práticas e com o apoio que dava à guerra.

Veio o setembro de 1939 e a Grã-Bretanha passou a estar em guerra com a Alemanha nazista. Isto intensificava minha busca e pesquisa. Daí, certo dia, um amigo meu sugeriu que eu falasse com uma das testemunhas cristãs de Jeová que se chamava Richard Hayley. Eu fiz isso. Palestramos sobre a Bíblia durante horas, e sobre o que eu cria e pensava. Esta Testemunha respondia amorosamente às minhas muitas perguntas, com a Bíblia. Dei-me conta de que havia encontrado algo de valor. Perguntei: “Há testemunhas de Jeová na Alemanha?” Ele me falou sobre as Testemunhas fiéis ali, que apoiavam o reino de Deus e eram neutras em questões de política e de guerra. Fiquei contente em saber disso, porque eu cria realmente que o verdadeiro cristianismo devia abranger pessoas de todas as nações e as uniria.

Em pouco tempo freqüentava as reuniões das Testemunhas no seu Salão do Reino. Finalmente, pretensos amigos dum grupos pacifista ativista procuraram fazer-me continuar com eles. Um líder do grupo ativista acompanhou-me para falar com a Testemunha que respondia às minhas perguntas. Falamos sobre a Bíblia e outros assuntos até altas horas da noite. Na maior parte, eu simplesmente escutava. Dum lado, observava que predominavam a filosofia humana e a sabedoria humana. Do outro lado, o das testemunhas de Jeová, as respostas vinham diretamente da Bíblia — predominava a sabedoria de Deus. Portanto, o que iria escolher, a filosofia humana ou a verdade bíblica? A Testemunha Hayley terminou a palestra naquela noite por citar as palavras bíblicas de Josué 24:15: “Escolhei hoje para vós a quem servireis . . . Mas, quanto a mim e aos da minha casa, serviremos a Jeová.”

DECIDI-ME A FAVOR DA VERDADE BÍBLICA

Portanto, a quem acompanharia eu? Visitei esta testemunha de Jeová vez após vez, e estudei regularmente a Bíblia. Nossos estudos continuavam embora houvesse ataques aéreos e bombas caindo perto.

Em pouco tempo, dei-me conta de que havia encontrado um objetivo real na vida. Havia encontrado o que procurava. Sabia agora como servir o verdadeiro Deus. Mas, primeiro escrevi cartas de renúncia, para romper todas as ligações com a Igreja Anglicana e outros grupos. Queria livrar-me de toda religião falsa e ser realmente neutro para com as questões políticas, e assim viver em harmonia com os princípios bíblicos.

Em junho de 1940, comecei a transmitir estas verdades bíblicas a outros, indo de casa em casa. Eu, que havia sido tão acanhado, tímido e introvertido, estava agora falando a outros sobre a Palavra de Deus, participando até mesmo publicamente na distribuição da Sentinela e de sua revista companheira, amiúde com uma sacola de revistas, usada nos bairros comerciais durante os anos de guerra.

Daí, em 1.º de setembro de 1940, fui batizado num congresso em Manchester, em símbolo de minha dedicação a Deus. Qual seria então o rumo da minha vida? Eu pensava no ministério de tempo integral como pioneiro.

PROCLAMAÇÃO DA VERDADE BÍBLICA POR TEMPO INTEGRAL

Em setembro de 1940, enviei uma petição para o ministério de pioneiro, a pregação de tempo integral sob a direção da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Minha primeira designação foi Carlisle, não muito longe do lindo distrito dos lagos ingleses. Ali eu tinha de achar hospedagem. Por isso deixei meus poucos pertences no Salão do Reino e tive a felicidade de encontrar uma pessoa interessada na Palavra de Deus, que me ofereceu hospedagem.

Durante a guerra, impuseram-se deveres de vigilância contra incêndios. Eu foi designado a tal vigilância na Catedral de Carlisle! Visto que eu havia abandonado as igrejas, recusei servir ali; além disso, eu já havia aceito a vigilância contra incêndios no edifício onde estava o Salão do Reino. Fui intimado a comparecer ao tribunal e multado, com a alternativa de passar um mês na cadeia. Quando me neguei a pagar a multa, deram-me o prazo de um mês para pagar — ou ir para a cadeia. Acabei na prisão de Durham, com rações minguadas do tempo de guerra. Após a soltura, voltei ao ministério de pioneiro.

Enquanto eu pregava a Palavra de Deus em Chester-le-Street, e mais tarde em Washington, no Condado de Durham, e em Sunderland, os anos de guerra passaram rapidamente. Em 1945, tive o privilégio de visitar o Ministro da Guerra, no gabinete britânico de guerra, para pedir a descontinuação da proibição das importações das revistas da Torre de Vigia. Ele escutou bondosamente, e eu pedi que fizesse com que o Ministro das Informações fizesse algo sobre isso. Visitei também membros locais do Parlamento. Como Jeová fortalece a pessoa para cumprir tais designações, empreendidas com oração! Felizmente, com o tempo, a proibição foi revogada. Mas, apesar da proscrição, nunca perdemos nenhum estudo da Sentinela, visto que se imprimiam localmente os artigos principais.

GILEAD E DESIGNAÇÃO À ÍNDIA

Depois da Segunda Guerra Mundial, preenchi uma petição para a Escola de Gilead, escola preparatória para uma carreira missionária. Quase não pude acreditar quando pouco depois fui convidado a Gilead. Que privilégio! Em meados de junho de 1946, já estava na sede da Sociedade Torre de Vigia em Brooklyn, Nova Iorque. Foi um privilégio cursar a oitava classe da Escola de Gilead, a primeira internacional. Gostei imensamente da associação com os colegas da escola, procedentes de muitos países. Por fim, fui designado à Índia.

De modo que estou agora na Índia, vinte e quatro anos depois e ainda continuando com a pregação das boas novas do reino de Deus. Durante este tempo, tive muitos privilégios. Quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.) visitou a Índia para a nossa assembléia em Bombaim, em abril de 1947, tive uma surpresa: Eu teria o privilégio de percorrer a Índia e visitar ali nossas primeiras assembléias de circuito. Em setembro de 1947, cerca de duas semanas após a partilha da Índia em Índia e Paquistão, iniciei esta viagem. Milhares de pessoas estavam sendo mortas por causa do ódio religioso. Quão apropriado era o discurso público que eu proferia nestas assembléias: “Benditos os Pacificadores”!

Depois de pregar a Palavra de Deus por oito anos nas cidades de Bombaim, Ahmednagar e Poona, recebi o privilégio de atuar como servo ou supervisor de circuito para animar as congregações cristãs. De modo que, na maior parte de treze anos, eu viajava desde o Himalaia de cumes nevados até perto do Cabo Comorin, a ponta meridional da Índia. Durante certo tempo, viajava milhares de quilômetros cobrindo quase a metade da Índia. Em resultado disso, tenho visto alguma coisa do reino animal selvático: elefantes, pavões, macacos, cobras — e um tigre!

Naturalmente, a vida na Índia é diferente. Há muita pobreza e condições difíceis. Mas eu amo os meus irmãos indianos cristãos, quer morem em Maarastra, Gujarate, Misore, Tâmil Nadu, Querala, Bengala, Andra Prades, quer em Déli ou em qualquer outra parte da Índia. Em todas estas partes que mencionei falam línguas diferentes, mas todos estão unidos na adoração do verdadeiro Deus, Jeová.

Meus irmãos indianos cristãos têm sido muito bondosos comigo, e temos agora muitas Testemunhas indianas maduras. Quando cheguei à Índia, em 1947, tínhamos aproximadamente duzentos proclamadores do reino de Deus. Agora temos mais de 3.300. Tenho morado com Testemunhas indianas, tenho-me sentado às vezes no chão e tenho comido de folhas de banana que serviam de pratos. Mas quanta bondade!

Em princípios de 1953 tive a surpresa de ser convidado a assistir à Assembléia da Sociedade do Novo Mundo em Nova Iorque! Foi uma assembléia maravilhosa! Novamente em 1958, assisti à memorável Assembléia Internacional da “Vontade Divina”, em Nova Iorque. Em 1966, retornei à Inglaterra para umas longas férias, depois de uma ausência de oito anos. Outro ano memorável foi o de 1969, quando em caminho para a Assembléia Internacional “Paz na Terra”, em Londres, visitei Israel e fui a Cesaréia, Megido, Galiléia, Nazaré, Jerusalém, Belém, Jericó e outros lugares associados com as obras de Jeová e o ministério terrestre de Jesus Cristo.

Na Índia tenho muitos irmãos, irmãs, pais e mães espirituais. Nunca me casei, decidindo que o celibato era o melhor proceder para mim. Conheço a muitos de todas as partes deste vasto país e posso dizer que amo muito os meus irmãos indianos. Meu coração transborda e se comove quando os encontro nas assembléias. Somos unidos com todos os do povo de Jeová em todo o mundo.

Tenho agora sessenta e dois anos de idade e ainda ando de bicicleta em Déli, na Índia, uma das capitais mais quentes do mundo, no mês de junho! Vou dirigir meus estudos bíblicos e vou de casa em casa, pregando e ensinando as boas novas. Deveras, é uma vida maravilhosa! Sou grato a Jeová Deus por todas as provisões que faz através de sua organização para nos suprir com tanta coisa para usar, como, por exemplo, A Sentinela em sete de nossas línguas indianas. Tenho também um lindo lar para morar. Deveras, servir a Deus por tempo integral é um trabalho grandioso. Quão grato sou de que ‘persisti em buscar’ e achei o que muito buscava — a verdade de Deus!

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