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  • Uma carreira que resulta em bênçãos vitalícias
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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  • CASAMENTO E CONTINUAÇÃO DA PREGAÇÃO POR TEMPO INTEGRAL
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 15/6 pp. 377-380

Uma carreira que resulta em bênçãos vitalícias

Conforme narrado por Emily Hardin

SENDO de descendência germânica da Pensilvânia, fui criada num lar religioso. Meu pai era diácono batista e seus deveres incluíam ir de carroça uma vez por mês cobrar os “dízimos” dos membros que não os podiam levar à igreja ou que se haviam atrasado nos pagamentos. Mamãe nos contou mais tarde que, certo dia, ao voltar, ele disse: “Esta foi a minha última viagem. Aqueles coitados dos lavradores têm menos do que o pregador, de modo que vou renunciar.

Ele fez isso, mas continuou na igreja até o ano de 1919, quando faleceu vítima da gripe espanhola. A responsabilidade de criar três filhos pequenos recaía então sobre minha mãe. Com o tempo, mudamo-nos para outra localidade e morávamos num edifício de apartamentos, onde morava também uma senhora idosa. Sabíamos que ela era “Estudante da Bíblia”, conforme se chamavam então as testemunhas de Jeová. Quando ela soube do desencanto de minha mãe com as igrejas, começou a visitar-nos cada domingo e falar sobre a Bíblia. Embora fosse aleijada por causa de artrite e não pudesse assistir às reuniões de sua congregação cristã, animava minha mãe e a mim a irmos. Começamos assim a freqüentar as reuniões dos Estudantes da Bíblia em Williamsport, na Pensilvânia.

Desde o começo, mamãe contava a minha irmã e a mim tudo o que tinha aprendido da Bíblia. Por fim chegou 1935 e o congresso de Washington, D. C., das testemunhas de Jeová. Ali fomos todas as três batizadas — mamãe, minha irmã e eu — em símbolo de nossa dedicação à Jeová.

PREGAÇÃO POR TEMPO INTEGRAL

Na parte restante daquele ano, minha mãe incentivou-me a empreender a proclamação do reino de Deus em base de tempo integral. Insistiu em dizer que ela também podia pregar por tempo integral, de modo que ambas começamos em fevereiro de 1936. Todavia, depois de uns seis meses, mamãe verificou que não podia continuar por causa da saúde. Comecei a trabalhar com outra Testemunha, com a qual continuei por mais de cinco anos.

Trabalhávamos com muitos grupos diferentes, em todas as partes da costa oriental dos Estados Unidos. Às vezes, morávamos em grupos de doze a quinze proclamadoras de tempo integral das boas novas, trabalhando juntas e mudando nossos carros e casas-reboques de um lugar para outro. Sempre tínhamos bastante comida, mas o dinheiro para a gasolina era muitas vezes escasso. Amiúde trocávamos literatura bíblica por comestíveis, especialmente no Sul.

Sempre me dá muito ânimo rememorar aquele tempo e dar-me conta de quantos daqueles com os quais trabalhávamos ou que chegávamos a conhecer se tornaram depois missionários ou serviram em algum cargo como ministros de tempo integral.

Durante um tempo, trabalhávamos com um carro sonante. Isto era especialmente interessante e facilitava nossa obra de pregação. Depois de acabarmos de tocar um discurso bíblico gravado, todos deixávamos o carro sonante e visitávamos as casas vizinhas. Os que não gostavam da mensagem, nem abriam a porta, e os que gostavam das boas novas, estavam à nossa espera. Deixávamos muitas publicações bíblicas nas mãos do povo.

Depois veio o tempo para se trabalhar de casa em casa com uma vitrola. Minha companheira e eu recebemos o privilégio de estar entre os do grupo escolhido para familiarizar as congregações com o uso da vitrola na pregação de porta em porta. Nosso grupo de nove pessoas foi enviado de uma cidade a outra. Tivemos excelentes experiências nas diversas congregações com as quais trabalhávamos!

Depois trabalhei na Califórnia, até a primavera de 1941, quando fui com outros para o Novo México e fiquei ali até o tempo da assembléia de S. Luís, em 1941.

CASAMENTO E CONTINUAÇÃO DA PREGAÇÃO POR TEMPO INTEGRAL

No ano seguinte, casei-me com F. M. Hardin, e fomos designados a Las Vegas, no Novo México, como pioneiros especiais ou ministros de tempo integral. Depois fomos transferidos para Albuquerque, onde meu marido devia ajudar na preparação de uma das “Assembléias Teocráticas do Novo Mundo”, de 1942.

Pudemos alugar um salão numa nequena cidade fora de Albuquerque, chamada Bernalillo. Ali, conforme acontecia amiúde naqueles anos, formou-se uma turba que passou a ameaçar-nos. Na noite de sábado, diversos soldados juntaram-se à turba. Nosso salão ficou completamente cercado. Evidentemente, planejavam entrar e destruir o equipamento sonoro, para que não se pudesse proferir no dia seguinte o discurso público sobre “Paz — Pode Durar?”. Um policial estadual veio advertir-nos de que ele não podia controlar a turba e que seria melhor dissolvermos a assembléia. Mas, a assembléia continuou e o policial estadual saiu e falou com a turba. Esta foi embora, mas declararam que voltariam no domingo.

E voltaram mesmo, e esta vez com mais soldados. No entanto, antes de os amotinados poderem atacar a assembléia, surgiu dissensão entre eles. Um dos soldados tomou o cavalo que pertencia a um mexicano. O soldado queria cavalgar em volta e dar ordens aos amotinados. Isto levou a uma briga entre os soldados e os mexicanos. Alguns ficaram seriamente feridos na briga; por fim, veio a Polícia Militar para levar os soldados. Assim acabou a oposição e tivemos uma assistência excelente no discurso público.

PRIMEIRA CLASSE DE GILEAD E TRABALHO MISSIONÁRIO

Pouco depois da assembléia, recebemos um questionário para preencher, para algo inteiramente novo — a Escola Bíblica de Gilead da Torre de Vigia — o treinamento para o serviço missionário. Quão emocionados ficamos quando fomos aceitos! Chegando a Gilead, encontramo-nos com muitos dos que conhecíamos e que também pertenciam à primeira classe. Após a formatura, fomos designados à Costa Rica, o menor país da América Central, e esta foi para nós a melhor designação que se poderia pedir.

As sementes da verdade bíblica já haviam sido semeadas por muitos anos antes da chegada dos primeiros missionários em 1946. Começamos a pregação por apresentar um “Cartão de Testemunho” em espanhol, que explicava o objetivo de nossa visita. Depois cabia ao morador dizer Sim ou Não. Naquele tempo, fazíamos também muito trabalho de rua com as revistas. Certa noite, dois homens passaram por mim, e um deles disse ao outro: “Há uns 150 deles na rua. Eu os contei.” Naquele tempo, toda a congregação de San José tinha menos de 75, mas nós certamente parecíamos um exército para os transeuntes.

EXPERIÊNCIAS MEMORÁVEIS

Uma das minhas designações missionárias mais agradáveis foi a de Porto Limón, na costa atlântica de Costa Rica. Fomos enviados para lá em 1947 para ajudar a congregação de língua inglesa, um bom número de cujos membros já estava pregando desde 1910. Para mim ainda é um verdadeiro privilégio assistir a uma assembléia nacional em Costa Rica e encontrar-me novamente com estes queridos amigos, que tornaram nossa estada em Porto Limón tão agradável e espiritualmente proveitosa.

Lembro-me especialmente de uma experiência em Costa Rica, quando fomos dar testemunho na pequena cidade de Colorado Bar, onde não morava nenhuma testemunha de Jeová. Compramos uma passagem num pequeno navio, sendo que a viagem levou doze horas. No dia seguinte, visitamos as pessoas, e naquela noite foi proferido um discurso público. Em dois dias, colocamos quase todas as nossa publicações bíblicas com as pessoas e falamos com quase cada um na aldeia. Coloquei um compêndio bíblico com um homem que o queria para seus filhos. Um dos rapazes, ao ler o livro, reconheceu-o como sendo a verdade de Deus. Pouco depois foi trabalhar em Porto Limón e começou a associar-se com a congregação, sendo batizado. Ele ingressou no ministério de tempo integral e é agora ministro representante viajante especial da Sociedade Torre de Vigia em Costa Rica.

Outra experiência de que me lembro é a ocasião em que a nossa família missionária foi convidada a ir a um lugar chamado Aguacate. Planejou-se um discurso público e também uma reunião na noite de sábado. Resultou em ser uma pequena assembléia!

No sábado à noite, o salão ficou cheio, e passamos uma ocasião agradável. No domingo, quando as pessoas começaram a reunir-se para o discurso público, quase não podíamos acreditar que houvesse tantas pessoas na vizinhança. Vinham a cavalo, em carroças de boi e a pé. Haviam abatido uma rês e havia bastante comida para todos. Compreendemos logo que não podiam entrar todos no Salão do Reino, visto que havia mais de trezentas pessoas presentes. Portanto, as Testemunhas simplesmente tiraram as tábuas dos dois lados do Salão e assim todos podiam ouvir! Agora, quase que todos os que moram naquela parte são testemunhas de Jeová.

Em 1945, o ano antes de chegarmos a Costa Rica, o maior número de Testemunhas era de 253. Dez anos depois, o número havia aumentado a 1.934. Certamente foi um privilégio abençoado termos tido uma parte neste aumento. Mesmo apesar do aumento rápido, conhecíamos quase todos os nossos irmãos cristãos.

Em 1950, queríamos assistir à assembléia internacional das testemunhas de Jeová em Nova Iorque; mas como? Bem na hora, meu marido recebeu uma pequena herança de 135 dólares duma tia, e eu recebi ao mesmo tempo 150 dólares duma apólice de seguros paga vinte anos antes. Isto, junto com o que tínhamos, tornou possível a nossa viagem, e ficamos gratos de gastarmos o último centavo num acontecimento tão maravilhoso. Depois disso, a Sociedade Torre de Vigia sempre nos ajudou a assistir a assembléias internacionais, o que agradecemos muito.

MUDANÇAS NA MINHA VIDA E NOVA DESIGNAÇÃO

Ninguém, neste sistema de coisas, pode escapar de mágoas, e as minhas vieram depois de assistir a uma assembléia em Nova Iorque, em 1953. Voltando a Costa Rica, meu marido sofreu um ataque cardíaco do qual nunca se restabeleceu completamente, e ele faleceu no ano seguinte, em dezembro. Tínhamos uma assembléia, e o presidente da Sociedade, o irmão Knorr, visitava então Costa Rica, e foi de muito consolo para mim. Quão maravilhoso é ter centenas de irmãos e irmãs espirituais e lares acolhedores numa ocasião destas!

Visto que eu escolhera minha carreira muitos anos antes de me casar, não via motivos para mudá-la ao ficar novamente sozinha. Depois de dificuldades com a minha saúde, por uns seis meses, pude recomeçar de novo. Permaneci na Costa Rica até 1957, quando fui designada para a Nicarágua.

Em 1957, a organização das testemunhas cristãs de Jeová na Nicarágua era aproximadamente do tamanho da de Costa Rica quando chegamos lá — apenas 196 testemunhas em todo o país. De modo que novamente ia participar num maravilhoso crescimento. O povo ali é muito hospitaleiro; quase todos escutam quando se fala com eles sobre a Palavra de Deus e aceitam publicações bíblicas, se têm dinheiro.

Atingimos agora o auge de 1.654 proclamadores das boas novas. E em vez das duas congregações que tínhamos na capital Manágua quando cheguei, temos agora doze. Esperamos que muitos mais nicaraguanos se juntem às fileiras crescentes dos louvadores do nome de Jeová.

Que outra carreira poderia eu ter escolhido que me tivesse dado tanto prazer e satisfação como esta do serviço de tempo integral de Jeová? Nenhuma.

Quando relembro os mais de trinta e cinco anos de serviço de tempo integral e vinte e cinco deles no serviço no estrangeiro, ainda posso concordar com as palavras da resolução apresentada pela primeira classe de Gilead, de querer expressar ‘minha profunda gratidão a Jeová, à Sociedade Torre de Vigia e ao corpo governante pelo privilégio de ter recebido instruções e educação teocráticas que me habilitaram ministro melhor das boas novas’.

[Foto na página 379]

Sucursal e lar Missionário da Sociedade em Manágua, Nicarágua, onde a irmã Hardin tem o privilégio de servir agora.

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