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  • Servindo a Jeová de todo o coração
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
w75 15/7 pp. 445-447

Servindo a Jeová de todo o coração

Conforme narrado por Grace E. Lounsbury

MINHA mãe faleceu quando eu ainda era moça. Isto me chocou muito, e comecei a perguntar: “Por quê? Por quê?” Dois anos depois, faleceu uma amiga, e eu assisti ao enterro, presidido por um Estudante da Bíblia, uma das testemunhas de Jeová. Meu irmão, que estava interessado na sua mensagem bíblica, convidou o orador a pernoitar em nossa casa. Fizemos muitas perguntas sobre a morte e recebemos respostas satisfatórias da Bíblia; ficamos sabendo da grandiosa esperança da ressurreição dos mortos. — Ecl. 9:5; João 5:28, 29.

Daí em diante, comecei a ler os livros Estudos das Escrituras, da Sociedade Torre de Vigia. Ficava tão absorta neles, que lia até altas horas da noite.

Logo eu tinha uma decisão a fazer. Decidi fazer a vontade de Jeová de todo o coração. Aos vinte e sete anos de idade, dediquei-me de todo o coração a Deus, e em 1914 fui batizada em símbolo desta dedicação.

INÍCIO DUMA VIDA NOVA

A partir de então, meu objetivo era fazer a vontade de Deus de todo o coração. Meu desejo era ser colportora (pioneira), pregando a Palavra de Deus por tempo integral, sob a direção da Sociedade Torre de Vigia. Em junho-julho de 1914, assisti a um congresso dos Estudantes da Bíblia, em Columbus, Ohio, EUA. O orador principal era o presidente da Sociedade, C. T. Russell. Quão emocionante era estar nesta assembléia de uns 2.000 concrentes! Ali encontrei uma companheira com quem pregar a Palavra de Deus por tempo integral no Canadá, onde eu morava.

Nossa primeira designação foi Londres, Ontário, onde servimos de “lanterninhas” na projeção do Fotodrama da Criação, uma projeção de diapositivos e filmes, com acompanhamento de som, delineando o propósito divino para com a terra e a humanidade. Fizemos visitas aos interessados e deixamos com eles os volumes Estudos das Escrituras.

No fim de 1914, minha companheira casou-se, de modo que voltei ao lar de meu irmão em Saint Catharines, Ontário, onde continuei a trabalhar sozinha na pregação por tempo integral. No ano seguinte, recebi a tarefa de pregar em Niágara-Sobre-o-Lago, bela cidade na desembocadura do rio Niágara. Mas, não tendo companheira, achei ser uma grande prova ir sozinha e achar um lugar para morar, especialmente visto que não havia Estudantes da Bíblia morando ali. Orei por força e ajuda de Jeová.

Quando parti, notei que havia um calendário preso à porta. Nele havia um texto bíblico que rezava: “Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” (Isa. 41:13) Senti-me emocionada. Era como se Deus tivesse falado e me tivesse tomado pela mão. Quando cheguei à minha designação, não tive dificuldade em achar um lugar para morar. Naquela primeira manhã no ministério de campo, tomei pedidos para três coleções de livros. Desde então, aprendi que enfrentar obstáculos com bom êxito fortalece a devoção de coração.

PREGAÇÃO EM QUEBEC

Em 1918, fiquei muito doente com a gripe espanhola. Quando me restabeleci, descontinuei a pregação por tempo integral durante algum tempo. Mas, em 1922, assisti à assembléia de Cedar Point, Ohio, EUA, e ouvi o discurso emocionante que nos exortava a ‘anunciar, anunciar, anunciar o Rei e seu Reino’. Dei-me conta de que tinha de voltar à pregação por tempo integral o mais depressa possível. Em 1924, fui designada à província de Quebec como pregadora de tempo integral. Juntei-me assim a duas de minhas irmãs cristãs em Saint-Hyacinthe. Elas haviam sido impedidas pela polícia de pregar na cidade, de modo que preparávamos nossas bolsas e nossos lanches e íamos longe ao interior, de fazenda em fazenda. Encontrávamos muitas pessoas amigáveis, que aceitavam literatura bíblica.

Naquele verão, pregamos em muitas cidadezinhas. Não tendo automóvel, era uma tarefa grande mudar de um lugar para outro. Depois de arrumarmos as malas e as caixas de livros, contratávamos alguém para levá-las à estação. Encomendávamos também livros da Sociedade, a serem enviados à nossa frente, para que os pudéssemos apanhar no depósito à nossa chegada.

Quando veio o tempo frio, mudamos para Montreal. Ali havia muitos obstáculos à pregação das boas novas. As detenções eram comuns. Às vezes ficávamos livres sob fiança; outras vezes éramos soltas; às vezes crianças nos perseguiam atirando lama ou pedras, até que tínhamos de abandonar aquela vizinhança — pelo menos naquele momento.

Tivemos um tempo emocionante na distribuição do tratado Acusados os Eclesiásticos, em francês, durante o começo do verão de 1925. Recebemos um itinerário de cidades e aldeias, para o período de dez dias. Começando às 6 horas da manhã, trabalhávamos o mais depressa possível, deixando um tratado à cada porta. Não era inesperado quando encontrávamos oposição.

Enquanto trabalhávamos Thetford Mines com os tratados, fomos ameaçadas por uma turba de umas cinqüenta pessoas que nos seguiam. Fomos à polícia, pedindo proteção. Com relutância, o chefe de polícia, por fim, dispersou a turba.

No verão de 1932, tive o privilégio de testemunhar na zona rural da Província de Quebec. Em geral, tínhamos quatro ou cinco carros para o grupo, com duas ou três pessoas por carro. Amiúde sofríamos oposição. Por exemplo, o sacerdote e o prefeito duma pequena cidade seguiram-nos certa vez de fazenda em fazenda, tirando a literatura que deixamos com as pessoas. Quando descobrimos isso, nós os despistamos por entrar com nosso carro num matagal até que eles passaram; depois voltamos, fazendo nossas visitas ao longo de outra estrada.

Em setembro de 1933, soubemos duma distribuição especial de literatura bíblica a ser feita na cidade de Quebec. Um grande número de possuidores de carros ofereceu-se a levar mais quatro no carro. Começamos a distribuição às 6 da manhã, deixando três folhetos em cada porta. Até as 8 horas, trinta de nós já haviam sido levados à polícia. Ficamos detidos o dia inteiro sem comida. Por fim, às 17 horas, fomos acusados de “conspiração sediciosa” e trancafiados.

No terceiro dia, fomos soltos sob fiança. No julgamento, cinco de nós foram achados culpados. Mas, na apelação, o caso foi finalmente para o Supremo Tribunal, onde a decisão foi a nosso favor.

TRABALHO SOB PROSCRIÇÃO

Nós, pregadores de tempo integral, fomos designados fora da Província de Quebec. Em julho, ficamos surpresos com a notícia de que a Sociedade Torre de Vigia fora proscrita no Canadá. Em setembro, muitos filhos de Testemunhas em Londres e Hamilton, Ontário, foram expulsos da escola, por escusa de consciência quanto a fazer continência à bandeira. Eu, junto com outra irmã, fui designada para ser professora para estas crianças. Embora eu então não pudesse fazer a pregação por tempo integral, empenhava-me na pregação às noitinhas e aos fins-de-semana, usando apenas a Bíblia. A pregação das boas novas do reino de Deus é uma obra ordenada na Bíblia, e eu estava decidida a “obedecer a Deus como governante antes que aos homens”. — Atos 5:29.

Em novembro, distribuíamos um folheto especial intitulado “Fim do Nazismo”, que explicava claramente que o reino de Deus destruiria todo o poder totalitário. Nossas instruções diziam que devíamos começar às 3 horas da madrugada. Quatro de nós irmãs partimos de carro para trabalhar em três aldeias. Trabalhamos depressa naquela madrugada fria e nevosa, preocupadas com o latido de cães que poderia criar suspeita. Quando minha companheira e eu passamos por uma loja bem iluminada, saiu um homem que ficou olhando para nós, mas nós continuamos adiante. Ele se deve ter perguntado o que duas mulheres faziam naquela hora, saindo da aldeia para a escuridão duma estrada rural. Terminamos a distribuição com bom êxito. No entanto, em caminho para a próxima aldeia, enguiçou nosso carro, e mal conseguimos voltar para casa.

VOLTANDO A PREGAÇÃO POR TEMPO INTEGRAL

Após a anulação da proscrição da obra das testemunhas de Jeová, abriu-se-me o caminho para voltar à pregação por tempo integral. Eu estava então no meu sexagésimo ano, e fiquei pensando: “O serviço de pioneira talvez me seja estrênuo demais. Por que não ser boa publicadora?” Mas, a minha mente treinada pela Bíblia dizia: “Como pode dizer que é difícil demais sem ter tentado?” Foi assim que me tornei pregadora de tempo integral da Palavra de Deus em Toronto. Que tempo bendito e feliz foi para mim servir ali por três anos e meio! Vi ali cinco pessoas com quem estudei a Bíblia simbolizar sua dedicação a Jeová.

Em novembro de 1950, fui designada a Montreal, onde ainda prego por tempo integral. No começo, sofremos perseguições e detenções. Por isso distribuímos panfletos com muito cuidado, levando apenas cinco ou seis por vez e deixando um em cada terceira ou quarta porta. Depois saímos da área o mais depressa possível.

Certo domingo de manhã, ao voltar desta distribuição, mal eu havia entrado na minha moradia, quando dois policiais chegaram, exigindo que lhes mostrasse o que eu tinha na bolsa e nos bolsos de meu casaco. Pareciam muito desapontados quando não encontraram nenhum panfleto bíblico.

Desde então, estou numa congregação de língua inglesa e tenho tido o privilégio de ajudar a muitos dos com quem estudava a se tornarem testemunhas de Jeová. Agora já há muitas congregações em Montreal, tanto de língua francesa como inglesa, e sinto-me feliz de ter tido uma pequena participação neste aumento.

Visto que sofri uma intervenção cirúrgica há quatro anos atrás, e por causa da idade avançada, já estando nos oitenta e oito anos, diminuí um pouco o passo. Contudo, com a ajuda de Jeová e de seu espírito, ainda consigo ser pioneira. Agradeço a Jeová, cada dia, sua benignidade imerecida para comigo, de manter-me achegada à sua organização e de me ajudar a servi-lo de todo o coração. Deveras, é como escreveu o apóstolo Paulo: “Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” — Fil. 4:13.

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