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  • Como as mulheres podem mesmo ser libertas
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
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  • ALCANÇAR ÊXITO NO MUNDO
  • POR QUE A LIBERTAÇÃO FEMININA?
  • A FORMAÇÃO DO MOVIMENTO
  • O QUE SAIU ERRADO?
  • EFEITO SOBRE A FAMÍLIA
  • UMA FONTE INESPERADA
  • MARIDOS E MULHERES
  • APENAS UMA TEORIA?
  • UMA LIBERTAÇÃO PELA QUAL VALE LUTAR
  • Que diz a libertação feminina?
    Despertai! — 1972
  • Há alguma verdade naquilo que dizem?
    Despertai! — 1972
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    Despertai! — 1988
  • ‘Mulheres que trabalham arduamente no Senhor’
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
w75 1/1 pp. 1-10

Como as mulheres podem mesmo ser libertas

“MULHERES, UNAM-SE! A IRMANDADE É PODEROSA!” Este foi um dos lemas das demonstrantes no protesto contra o Concurso de Beleza de Miss América, em 1969, em Atlantic City. Eu estava ali, dando cobertura jornalística à demonstração para a Rádio de Notícias CBS. A tarefa, recebida apenas por acaso, passou a ser um ponto decisivo na minha vida.

Eu não era repórter regular. Eu ocupava então o cargo de representante da imprensa ou agente de publicidade das Notícias CBS. No entanto, as manifestantes recusavam-se a falar com repórteres masculinos, de modo que me pediram cobrir a história visto que a CBS não tinha repórteres femininas sediadas em Nova Iorque.

Naquele tempo, eu sabia apenas pouco sobre o movimento de libertação feminina, e grande parte do que eu sabia parecia coisa extremista. Mas, ao fazer pesquisas, fiquei surpresa de saber que eu pensava do mesmo modo sobre os assuntos que elas.

É verdade que elas estavam iradas. Tinham queixas. Mas, acho que qualquer pessoa sem prevenção concordaria que elas encaravam alguns dos problemas corretamente e queriam melhorar a situação.

Antes de ir ao Concurso entrevistei na Rádio CBS Robin Morgan, uma das organizadoras do movimento. Ela explicou:

“Toda a imagem das mulheres, conforme apresentada pelo Concurso, é uma espécie de ‘objeto sexual’ obtuso. A concorrente está ali para sorrir um pouco e calar a boca, e para exibir-se num traje de banho. . . . Nós achamos que toda esta idéia de andar para lá e para cá, como que numa exposição rural, diante de juízes que julgam a carne, é algo depravado e um rito bárbaro.”

Quanto mais eu escutava, mais me identificava com aquelas mulheres e com aquilo pelo qual lutavam. Pareciam realmente sinceras; parecia-me que não pensavam apenas em si mesmas, mas procuravam estabelecer relações melhores e mais equilibradas com os homens.

Conforme Robin explicou, os homens também eram oprimidos pelas definições culturais de “masculinidade” e “feminilidade”: “Os homens são oprimidos pelo que chamamos de mística de Hemingway — a de que, se espancar as mulheres, atirar em animais brutos e beber muito, então é verdadeiro homem.”

Odiava ela os homens? Eu queria saber isso.

“Eu odeio o tipo de John Wayne”, respondeu ela. “De modo que, neste sentido, sou odiadora de homens. Mas, em termos gerais, não odiamos os homens. Acho que queremos aprender a amar a nós mesmas e a aprender a amar as pessoas.”

Isto era diferente do que me haviam informado sobre o objetivo do movimento de libertação feminina. Era o que eu queria. Por isso não demorou muito até que eu ficasse completamente envolvida no movimento, e por fim tornei-me combatente pela libertação feminina.

Ainda creio que tanto as mulheres como os homens precisam de libertação, e posso dizer verazmente que me esforço agora mais arduamente do que nunca em mostrar aos outros a solução para a opressão da humanidade.

Nem todas as mulheres simpatizam com todos os objetivos do movimento feminista. Por isso, talvez se pergunte: Que espécie de mulher se envolve no movimento? Minha própria história ilustra isso.

ALCANÇAR ÊXITO NO MUNDO

Fui criada em Connecticut, num subúrbio abastado da cidade de Nova Iorque, e cursei uma escola particular só para moças. Minha família era intelectual, com tradição literária e vivo apreço do mundo intelectual.

Casei-me aos dezoito anos e tive um filho. O casamento acabou em divórcio quando eu tinha vinte e três anos. Isto me obrigou a procurar trabalho e a sustentar o filho.

Recebi ofertas de trabalhos como secretária, que recusei, pensando que, se começasse como secretária, nunca passaria disso. Teria de começar além disso, para chegar a ser outra coisa, em vista da discriminação nos empregos contra as mulheres. Eu sabia que tinha certas habilidades, mas não recebia a consideração séria que teria recebido se tivesse sido homem. Esta experiência me atingiu duramente e abriu-me os olhos aos problemas das mulheres no mercado de trabalho.

Finalmente, quase que por acaso, encontrei alguém disposto a se arriscar comigo como redatora de publicidade da revista The Reporter, um periódico político. Isto me levou ao cargo de publicista nas Notícias CBS. Por fim, tornei-me gerente de Publicidade das Notícias CBS para toda a rede nacional de notícias, a primeira mulher a ocupar tal cargo.

Como administradora executiva, tinha sob as minhas ordens uma secretária e um grupo de redatores. E conhecia a todo o mundo na CBS, do presidente para baixo. Eu via Walter Cronkite quase que cada dia, visto que eu escrevia histórias a respeito dele como se ele mesmo as tivesse escrito. Ele examinava a história e a aprovava. Depois a fornecíamos aos redatores nas diversas cidades em todo o país, que a imprimiam como se tivessem tido uma entrevista pessoal com Cronkite ou se ele tivesse escrito o artigo apenas para eles.

Era um emprego atraente. Eu gozava de categoria social. Tinha dinheiro. Tinha juventude e era atraente. Visto que tinha tudo o que a cultura ensina que se deseja, então talvez pergunte por que me tornei combatente a favor da libertação feminina.

POR QUE A LIBERTAÇÃO FEMININA?

Embora eu tivesse conseguido um bom emprego, sabia que relativamente poucas mulheres se saem tão bem como os homens, por causa da discriminação contra elas nos empregos. Por isso tornei-me combatente em prol da libertação feminina, porque um dos objetivos principais do movimento era corrigir esta situação.

Outro motivo pelo qual se desenvolveu o movimento de libertação feminina e que me agradou tinha que ver com o aumento do custo de vida e o estilo moderno de vida. Isto significava que as esposas tinham de trabalhar para ajudar a sustentar a família, voltando depois para casa e também cozinhar, limpar e cuidar da família. Os maridos, em geral, negavam-se a sair fora de seu chamado papel “masculino” para ajudar, visto que consideravam tais tarefas como “trabalho de mulher”. Nós achávamos que este pesado fardo físico sobre as mulheres não era justo, e o movimento feminista queria mudar isso.

O papel da mulher mudou também dentro do arranjo familiar. Não criamos quinze filhos, como algumas de nossas avós, nem fazemos nossa própria roupa, ordenhamos as vacas, cozemos nosso próprio pão, e assim por diante. A família mediana da atualidade talvez tenha dois ou três filhos, e isto significa que, quando a mulher atinge seus quarenta anos, seus filhos não precisam mais tanto dela. Assim, exatamente quando seu marido atinge o auge de sua carreira, ela fica em casa, muitas vezes nem sabendo o que fazer consigo mesma.

Mesmo com tudo isso, a sorte da mulher talvez fosse suportável se não fosse a mudança nas atitudes sexuais, na década de 1960. Nós, como mulheres, sabíamos que uma grande proporção dos homens são tradicionalmente infiéis à sua esposa. Mas, os homens fazem agora abertamente e sem se desculparem o que antes faziam secretamente, e estão pressionando as mulheres a adotar atitudes liberais similares para com o sexo. Contudo, a mulher mediana sente forte repugnância da infidelidade como modo de vida. É contrário à sua natureza. De modo que a flagrante promiscuidade dos homens levou muitas mulheres diretamente ao movimento de libertação feminina.

Estávamos também cansadas de ser consideradas como objetos sexuais. As mulheres detestam quando seus chefes, com o poder de contratar ou despedir, procuram obrigá-las a manter relações sexuais. Este é um grande problema para as mulheres no mundo do trabalho.

Fui despedida em 1971, e achei que a causa era eu ter recusado sair com meu chefe na CBS. Quando eu trouxe o assunto à atenção de um dos vice-presidentes, em vez de ele ficar chocado, como eu, disse-me: “Isto acontece todos os dias.”

Ele tinha razão. Tais propostas eram comuns. Minha resposta não foi. Movi um processo por 2 milhões de dólares, levantando a acusação de discriminação no emprego.

Todos estes e mais outros são problemas reais que confrontam as mulheres. É evidente que precisam ser solucionados. Mas como? As mulheres começaram a procurar respostas.

A FORMAÇÃO DO MOVIMENTO

Foi o livro de Betty Friedan, A Mística Feminina, publicado em inglês em 1963, que expressou o mal-estar crescente que as mulheres sentiam por causa do modo adverso em que as mudanças do mundo moderno haviam afetado sua vida. O efeito deste livro podia ser comparado a um fogo rasteiro. Mulheres em todas as partes do país começaram a dar-se conta de que não estavam sozinhas no seu descontentamento.

Em 1966, Friedan formou a Organização Nacional Para Mulheres, destinada a funcionar como organização para acabar com a discriminação contra as mulheres. Em pouco tempo, formaram-se organizações similares. A base dos movimentos feministas em desenvolvimento eram chamados “grupos de colóquio”. Estes grupos de oito a dez mulheres decidiam reunir-se cada semana para discutir os problemas das mulheres. Tais grupos se formaram rapidamente.

Eram tempos emocionantes para mim e para muitas mulheres que acabavam de descobrir o movimento feminista. Passamos horas debatendo o que achávamos de ser mulheres, compartilhando experiências e desenvolvendo teorias. Verificamos que uma porção de ressentimentos suprimidos começaram a aflorar e que, ao relatarmos mutuamente nossas experiências infelizes às mãos dos homens, ficávamos cada vez mais iradas. Mas, ao mesmo tempo, achegávamos mais umas às outras quais mulheres.

Este sentimento de solidariedade, de confiança, de amor, que chamávamos de “irmandade”, era algo novo para todas nós, e era belo. Todas nós havíamos crescido considerando outras mulheres como rivais em potencial da atenção masculina. Começávamos então a procurar encarar-nos como amigas e co-vítimas, que precisavam depender umas das outras.

Muitas vezes, tais chamados “grupos de colóquio” se desenvolviam em organizações maiores. Por exemplo, meu grupo, composto na maior parte de mulheres jornalistas, formava o núcleo do que se tornou a organização de Mulheres do Meio Noticioso de Nova Iorque. Este grupo criou manchetes ao atacar a revista Ladies’ Home Journal, exigindo mudanças no conteúdo dos artigos e nas normas de emprego de pessoal, para elevar a imagem das mulheres que a revista transmitia.

O movimento de libertação feminina revolucionou as atitudes para com as mulheres. A discriminação contra as mulheres, no emprego, na educação, nos esportes, foi em grande medida atenuada.

Também os processos nos tribunais tiveram um enorme impacto sobre as oportunidades de emprego para mulheres, tal como meu próprio processo contra a CBS. Quando eu trabalhava na CBS, havia apenas uma repórter no pessoal nacional da rede mundial de notícias. Dentro de poucos meses depois de eu mover o processo, eles tinham cinco mulheres como repórteres.

Embora se conseguissem grandes realizações, vi logo surgirem sérios problemas dentro do próprio movimento, e isto começou a perturbar-me.

O QUE SAIU ERRADO?

Os ideais do movimento feminista pareciam-me belos na teoria, mas não funcionavam na prática. Por exemplo, a irmandade — um de nossos conceitos mais prezados — entrou em colapso assim que as mulheres começaram a sentir o gosto do poder. A teoria não havia tomado em conta o egoísmo humano.

Presenciei diversas lutas amargas pelo poder nos grupos feministas, sendo que as mulheres se atraiçoavam umas às outras pelas costas de modo tão sanguinário como qualquer homem que já vi. Nas Mulheres do Meio Noticioso de Nova Iorque, como no movimento inteiro, muitas mulheres inconfundivelmente mostravam ter mentalidade de “fura-vidas” — queriam ser famosas e bem sucedidas, e usavam o movimento como sua alpondra pessoal.

Ao passo que as teorias idealísticas mostravam-se irreais, elementos radicais começavam a desenveredar o movimento em novas direções, as quais, para mim, eram amedrontadoras.

Por exemplo, salientávamos muito a questão do estupro. Como podem as mulheres proteger-se? O movimento achou como solução o caratê e o judô. Acompanhei isso e treinei caratê, porque estava decidida a que nunca ficaria à mercê dum homem.

Lembro-me de um grupo de nós realizarmos uma sessão de planejamento para considerar sair e aleijar ou mesmo matar homens de que se sabia que haviam estuprado ou espancado mulheres. Estávamos determinadas. Mas, teria sido moralmente correto? Para mim, não era correto — violava tudo o que eu queria ser como pessoa. Parecia-me que o movimento estava perdendo seu impulso moral. Estava disposto a impor mudanças, sem discriminar os meios. Outro tema dominante do movimento me repugnava ainda mais do que a violência — era o lesbianismo. Descobri, com o tempo, que muitas das mulheres que eu havia admirado e que assumiam a liderança do movimento eram lésbicas. Na realidade, o próprio movimento servia para estimular as mulheres a se tornarem lésbicas. Naturalmente, este não era o objetivo original do movimento, mas foi o que resultou.

Originalmente, o alvo do movimento feminista fora estabelecer relações melhores entre homens e mulheres, baseadas no respeito mútuo. Críamos realmente que, assim que os homens soubessem de nossos agravos, eles reconheceriam a sua validez e mudariam. Em vez disso, os homens reagiam ao movimento feminista com hostilidade, zombaria e atitudes entrincheiradas.

Muitas mulheres descobriram assim que a libertação significava perderem seu homem. Muitos homens simplesmente iam embora e achavam mulheres mais “femininas”. As mulheres que deixavam atrás, por sua vez, amiúde desistiam de se relacionar com homens. Assim, quando seus homens iam embora, elas também iam embora — para outra mulher.

Para mim, porém, o lesbianismo era perversão e uma prática revoltante. Eu não ia lutar pelo direito de a mulher ser lésbica.

EFEITO SOBRE A FAMÍLIA

Como mãe, fiquei perturbada com outro aspecto que se desenvolvia no movimento — o conceito sobre filhos e a família. Estimulava-se o divórcio. As mulheres que se casavam e ficavam grávidas eram menosprezadas como antiquadas e burguesas. A esterilização voluntária era considerada como ação “libertadora”, comunidades só femininas tornavam-se o estilo de vida a que se exortava, e os bebês de proveta eram o sonho do futuro.

Estimuladas por tais conceitos, muitas mulheres começavam a fugir de sua família. Recentemente, li algumas estatísticas da Tracers Company of America, peritos em achar pessoas desaparecidas. Logo no começo da década de 1960, a proporção dos maridos que abandonavam sua família era de 300 para uma mulher. Em meados dos 1960, passou para 100 para uma. Hoje é de um para uma! Agora, as mulheres fazem aquilo pelo qual odiavam os homens.

Mas, eu amava meu filho e gostava dele. Para mim era uma causa crônica de pesar que meu emprego me obrigasse a estar tanto longe dele. Fiquei preocupada com o que aconteceria com ele se fosse criado por uma série de babás, e desejei ter outra escolha. O movimento de libertação das mulheres simplesmente não respondia às perguntas básicas: O que acontece aos filhos quando ambos os progenitores trabalham? E, ainda mais profundo, o que lhes acontece quando ambos os progenitores se negam a continuar a ser pais, porque a sua qualidade de pais interfere no seu próprio empenho pela felicidade?

Fiquei confusa e desiludida. O movimento feminista não tinha todas as respostas. Mas o que me entristecia especialmente era que eu havia lutado tanto para envolver outras mulheres num movimento que tinha efeitos tão maus tanto sobre sua relação com os homens quanto sobre a com sua família.

Ainda assim, a libertação era claramente necessária. Nós mulheres havíamos identificado corretamente os verdadeiros problemas que contribuíam para tornar miserável a vida de milhões. Então, qual era a solução? Não desisti de procurar.

UMA FONTE INESPERADA

Uma amiga sugeriu que a Bíblia tinha as respostas. Fiquei muito cética. Para uma feminista, a Bíblia era apenas um livro escrito por uma porção de homens — refletindo as atitudes negativas dos homens para com as mulheres. Mas, decidi pelo menos investigar. Eu sabia quantos tinham difamado o objetivo do movimento feminista. Por isso me dava conta de que não seria justo julgar a Bíblia sem primeiro estudá-la.

Nunca antes havia lido a Bíblia. Por isso, certo dia, peguei numa e por acaso a abri no capítulo cinqüenta e quatro de Isaías, onde comecei a ler: “‘Pois o Grandioso que te fez é teu dono marital, cujo nome é Jeová dos exércitos . . . Porque Jeová te chamou como se fosses uma esposa completamente abandonada e de espírito magoado, e como esposa do tempo da mocidade, que então foi rejeitada’, disse o teu Deus.” Como é que este Deus podia saber algo sobre tais sentimentos femininos? foi o que me perguntei. A sensibilidade da figura me induziu a querer saber mais sobre que espécie de Deus ele era.

A pessoa que me orientou para a Bíblia, embora não sendo testemunha de Jeová, disse que estas eram as únicas pessoas que ensinavam a Bíblia direito. De modo que, em maio de 1971, entrei em contato com o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová na localidade e providenciei que uma Testemunha estudasse comigo. As respostas dadas começaram aos poucos fazer sentido.

A ênfase que a Bíblia dava no amor e na necessidade de se considerar o valor dos outros me agradava. Por exemplo, estes textos são apenas uma amostra dos muitos que me impressionaram:

“Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.” Não estejais “fazendo nada por briga ou por egotismo, mas com humildade mental, considerando os outros superiores a vós”. “Tomai a dianteira em dar honra uns aos outros.” — Efé. 4:32; Fil. 2:3; Rom. 12:10.

Não se diz nada sobre este conselho se aplicar apenas a mulheres; não, é assim que as pessoas, homens e mulheres, devem considerar-se e tratar-se mutuamente. Eu estava toda a favor disso!

Eu havia ficado aborrecida com o conceito do mundo de que os homens “tinham” de ir de flor em flor, feito abelhões — presumindo-se ser a imoralidade algo natural para eles. Agora eu havia descoberto que a Bíblia diz: ‘Não! Não faça isso! O matrimônio deve ser mantido honroso!’ Além disso, o capítulo um de Romanos condena a conduta homossexual como ‘obscena’. Que alívio!

MARIDOS E MULHERES

Muitas mulheres certamente perguntarão: “Mas, que dizer do texto que diz: ‘As esposas estejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça de sua esposa’?” (Efé. 5:22, 23) Quando li isso pela primeira vez, também me desagradava. Perguntei-me: Como seria ter ela o marido por cabeça outra coisa senão escravização da esposa? Contudo, a pessoa com quem eu estudava exortou-me a considerar o quadro inteiro e a não julgar o princípio declarado neste texto pelo que eu havia visto entre os homens no mundo.

Foi-me mostrado que os maridos cristãos também têm uma cabeça, a quem estão em sujeição, e eles estão sob ordens de tratar sua esposa assim como Jesus havia tratado seus seguidores terrestres. (1 Cor. 11:3) Efésios, capítulo 5, diz sobre isso: “Maridos, continuai a amar as vossas esposas, assim como também o Cristo amou a congregação e se entregou por ela.” Pensei para mim mesma: Se os maridos realmente fizessem isso, se amassem a sua esposa tanto que estariam dispostos a morrer por ela, nunca teria havido um movimento de libertação das mulheres!

Mostrou-se-me também que a Bíblia ordena aos maridos a atribuírem honra à sua esposa. (1 Ped. 3:7) Esta idéia da chefia começou então a ser um pouco mais aceitável para mim.

Mas, ainda me perguntava: Se era assim que Deus, o inventor do casamento, queria que os maridos fossem, como veio tudo a ser tão confuso? Aprendi no meu estudo que, quando o homem pecou no jardim do Éden, ele causou para si uma série de problemas, inclusive a doença e a morte. Mas, ao ler a narrativa bíblica, fiquei espantada com a punição que Eva recebeu: “Terás desejo ardente de teu esposo, e ele te dominará.” — Gên. 3:16.

Que idéia repugnante! Significava isso que, para aceitar a Bíblia, eu teria de aceitar tal domínio como sorte das mulheres? Não, ao passo que eu estudava mais profundamente, aprendi que Deus pensa em começar muito em breve o restabelecimento do homem e da mulher no seu perfeito estado original. O pecado, a doença e a morte serão eliminados para sempre. (Rev. 21:3, 4) Significava isso, então, que tal domínio por parte de homens pecadores também acabaria?

Sim. Alegremente aprendi que, embora permaneça o princípio da chefia amorosa, cessará a tirania egoísta dos homens. Considerado neste contexto, não seria agradável ter tal cabeça marital tão amorosa como Cristo?

Não só isso, aprendi que eu não precisava esperar até Jeová Deus transformar a terra num Paraíso. Os homens cristãos, os verdadeiros cristãos, devem esforçar-se a viver desde já segundo as normas justas de Deus. Fazem isso?

APENAS UMA TEORIA?

Fui exortada a freqüentar regularmente as reuniões das testemunhas de Jeová e a associar-me com elas e suas famílias, para ver isso por mim mesma. Fiquei espantada. Realmente praticam o que a Bíblia ensina. Depois comecei a ver por quê.

Cada uma delas crê que a Bíblia diz a verdade — que o Criador do universo realmente inspirou homens a escrevê-la. Portanto, as Testemunhas procuram sinceramente, no melhor possível, viver segundo a Palavra de Deus. Em resultado, tratam-se bondosamente uns aos outros e isso com compaixão, e os maridos se empenham em amar e honrar sua esposa.

Além disso, vi que, quando oram a Deus: ‘Nosso Pai no céu, venha o teu reino’, realmente acreditam que o governo de Deus regerá a terra. Crêem mesmo na Bíblia, quando ela diz: “O Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. . . . Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.” — Dan. 2:44.

UMA LIBERTAÇÃO PELA QUAL VALE LUTAR

Eu podia ver que as testemunhas de Jeová crêem que está próximo o esmagamento deste sistema por Deus e que, dentro em breve, a humanidade merecedora será preservada para a nova ordem justa. Pensando nisso, também me pareceu razoável. Pois, o Criador certamente deve estar estarrecido diante do crasso egoísmo e da imoralidade que permeiam cada parte deste mundo! E eu estava convencida de que os homens, por si mesmos, nunca poderiam corrigir isso.

Ao continuar a estudar a Bíblia, fiquei mais convencida de que aquilo que Deus realizará será muito além do que nós, no movimento feminista, esperávamos alcançar. Pois, sob o reino de Deus, não só se solucionarão os problemas das mulheres, mas o Criador cuidará de que toda a humanidade seja liberta de toda forma de opressão, inclusive da doença e da morte. Isto é o que ele prometeu na sua Palavra, e há todo motivo para crer que ele cumprirá a sua promessa.

De modo que ainda luto pela libertação, tanto das mulheres como dos homens, mas de modo diferente. Em vez de passar muitas horas cada semana em “sessões de colóquio” ou lutar legalmente para melhorar os direitos das mulheres, uso meu tempo para mostrar às pessoas sua única esperança real duma vida feliz, por aplicarem na sua vida os bons princípios da Palavra de Deus. Este é o único modo que levará à verdadeira libertação na “nova terra” paradísica, sob o governo justo do Reino de Deus. (2 Ped. 3:13) — Contribuído.

[Destaque na página 4]

‘Um motivo pelo qual se desenvolveu o movimento de libertação feminina tinha que ver com o aumento do custo de vida e o estilo moderno de vida.’

[Destaque na página 5]

“A flagrante promiscuidade dos homens levou muitas mulheres diretamente ao movimento de libertação feminina.”

[Destaque na página 6]

“A irmandade — um dos nossos conceitos mais prezados — entrou em colapso assim que as mulheres começavam a sentir o gosto do poder.”

[Destaque na página 7]

“Eu não ia lutar pelo direito de a mulher ser lésbica.”

[Destaque na página 8]

“A ênfase que a Bíblia dava no amor e na necessidade de se considerar o valor dos outros me agradava.”

[Destaque na página 9]

‘Mostrou-se-me que a Bíblia ordena aos maridos a atribuírem honra à sua esposa.’

[Quadro na página 3]

● Durante séculos, as mulheres foram oprimidas e maltratadas pelos homens de muitas nações. Agora, cada vez mais mulheres exigem liberdade e igualdade.

● Aprova a Bíblia estes movimentos de libertação feminina?

● Leia como uma combatente pelos direitos das mulheres descobriu o único modo realmente bem sucedido de alcançar a necessária libertação das mulheres.

[Capa na página 1]

[Endereço da filial]

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