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O Bairão Muçulmano e o Natal
● O grande período sagrado de Ramadão, dos muçulmanos, acaba com um feriado de três dias chamado Bairão. As similaridades com o Natal da cristandade são notáveis: troca de presentes, festejos e divertimentos. Mas há também similaridades dolorosas. Um relatório enviado de Cairo, no Egito, ao jornal “Times” de Nova Iorque, fala a respeito de “dias Frenéticos de compras e de gastos excessivos”, e diz que “Bairão, igual ao Natal, pode . . . ser um fardo financeiro opressivo, levando muitos pais à loucura”. Os jornais do Cairo publicaram centenas de cartas de pessoas queixando-se de “preços, comerciantes gananciosos e mercado negro”.
Bispos Repelidos Pelo Papa
● O recente Sínodo dos bispos católicos, em Roma, de um mês de duração produziu diversas proposições — a maioria das quais foi rejeitada pelo Papa Paulo VI. Uma das principais proposições foi a de maior participação dos bispos na administração da Igreja, ou a “colegiada” contra a primazia papal. Dirigindo-se à sessão final, o papa repetidas vezes insistiu na sua tarefa ‘designada’ de “cuidar de seus cordeirinhos e de suas ovelhas”. Quaisquer conclusões tiradas pelos bispos seriam consideradas apenas como ‘conselho’ ao papa, o qual permaneceria o administrador em autoridade da Igreja em todo o mundo. Comentando o discurso, certo bispo da Rodésia disse: “Foi como se o Papa dissesse: ‘Não fui designado primeiro-ministro do Senhor para presidir à liquidação do Império Romano.’ Foi o Papa falando como chefão: ‘Quem manda aqui sou eu, e sou muito grato a vocês por ajudarem, mas farei as minhas próprias decisões.’”
Entre os cristãos do primeiro século, ninguém substituiu a Cristo Jesus como “primeiro-ministro” de Deus, nem Pedro, nem qualquer outro apóstolo, conforme mostra claramente o livro bíblico de Atos. Antes, a congregação cristã foi dirigida por um corpo de homens, apóstolos e anciãos, que se tratavam uns aos outros como irmãos. — Atos 6:1-6; 8:14; 15:4-22; 21:18-25; note também Gálatas 2:1, 2, 6-9.
Os primitivos cristãos evitavam também contaminar sua adoração pura com práticas e costumes pagãos. (2 Cor. 6:14-18) A declaração do papa ao lidar com os pedidos de bispos africanos, de que o culto católico romano fosse adaptado às culturas locais, parecia estar em harmonia com isso Ele disse a respeito da crença cristã: “Pedro e Paulo não a transformaram para adaptá-la ao mundo judaico, grego ou romano.” Estas palavras, porém, contrastam vividamente com as realidades da história católica, passada e presente. O bem conhecido Cardeal Newman, do século dezenove, escrevendo sobre a história da Igreja Católica, disse que “os governadores da Igreja, desde os tempos primitivos, estavam preparados, se surgisse a ocasião, para adotar, ou imitar, ou sancionar os existentes ritos e costumes da populaça”. Alistando muitas práticas e feriados eclesiásticos, ele disse que eram “todos de origem pagã e santificados pela sua adoção na Igreja”. (“Essay on the Development of Christian Doctrine”, páginas 355, 371, 373) Quem viaja pela América Latina ou pela Ásia não pode deixar de ver a maneira em que os ritos e costumes pagãos, locais, se fundiram com o catolicismo naqueles países.
A Noz-de-Bétele e o Câncer
● Cerca de 300 milhões de pessoas — ou quase uma dentre cada doze pessoas na terra — mascam a noz-de-bétele ou noz-de-areca. Este produto da palmeira areca é uma das principais ofertas nas feiras em todo o sul da Ásia e em ilhas relacionadas. Sendo estimulante, em geral é mascada junto com uma pequena quantidade de cal, e o mascador é usualmente distinguível sem dificuldades pelo fluxo abundante de saliva vermelha, que mancha temporariamente os lábios e os dentes.
As testemunhas de Jeová classificam mascar a noz-de-bétele como prática impura, indigna dum seguidor de Jesus Cristo, basicamente tão inaceitável como o uso do fumo. Por isso é de interesse uma notícia recente de Papua, Nova Guiné, de que as autoridades sanitárias planejam ali uma campanha contra o mascar da noz-de-bétele. E o motivo? A alta incidência de câncer bucal naquele país. Quanto ao fumo, porém, as autoridades não projetam nenhuma proscrição, porque, conforme diz a notícia, “o produto é economicamente importante tanto para o produtor como para o atacadista”. Quão verazes são as declarações do livro bíblico de Provérbios, de que a sabedoria que Deus dá vale mais do que a prata e o ouro, visto que seus princípios inspirados podem mostrar ser ‘vida para os que os acham e saúde para toda a sua carne’. — Pro. 3:13-18; 4:22.