Sigamos um modo de vida satisfatório
1. Por que é que milhões de pessoas hoje não tiram verdadeira satisfação da vida?
UM VASTO número dos habitantes da terra não tira verdadeira satisfação da vida. Muitos são escravizados por causa dos ensinos da religião falsa a respeito da morte e dos mortos. Outros entregam-se a sentimentos de desespero e desalento. Muitos milhões de pessoas estão em necessidade desesperada de libertação, para que possam começar a seguir um modo de vida realmente satisfatório. Considere o seguinte:
2-4. Como foram os membros de religiões não-cristãs afetados pelas crenças a respeito dos mortos?
2 Milhões de pessoas na maior parte da Ásia e em partes da África crêem que em toda a sua vida têm de prestar homenagem aos antepassados mortos. Diante de tabuinhas de seus antepassados falecidos, queimam incenso, oram, colocam flores e até mesmo oferecem alimentos. Por que fazem isso, Foi-lhes ensinado que tal veneração ajudará os mortos a usufruir uma existência agradável na próxima vida e impedirá que se tornem espíritos hostis.
3 Especialmente com relação ao luto e aos funerais é que os sobreviventes fazem empenhos dispendiosos para ajudar os falecidos. Há lugares no Oriente onde casas de papel e outros objetos de papel, custando centenas e às vezes milhares de cruzeiros, são queimados para ajudar os espíritos dos mortos.
4 A crença num purgatório é a base desta prática. Após a morte da pessoa, segundo se crê, o espírito dela perambula num purgatório por dois anos, mas precisa de ajuda para entrar no céu. As oferendas feitas na forma de objetos de papel destinam-se a mostrar que o homem falecido levou uma boa vida e tem tudo o necessário para atuar no mundo seguinte. Muitos orientais crêem que por tais meios seu espírito fique mais cedo livre do purgatório.
5. O que fizeram muitos na cristandade na esperança de reduzir seu próprio tempo ou o tempo de seus entes queridos no purgatório?
5 É diferente na cristandade? Realmente não. Durante séculos, tanto ricos como pobres têm pago enormes somas de dinheiro às organizações religiosas, na esperança de reduzir o seu próprio tempo e o dos seus entes queridos no purgatório. Com respeito a tais práticas, o autor Corliss Lamont, no seu livro A Ilusão da Imortalidade, em inglês, observa:
“Desde o princípio da Idade Média, a Igreja Católica obteve, só por meio da concessão de indulgências, enormes somas tanto de ricos como de pobres. Estas indulgências, concedidas em troca de pagamentos de dinheiro, esmolas ou outras espécies de oferendas, provêem que a alma da própria pessoa ou a alma dum parente ou amigo falecido seja poupada inteiramente ou em parte à sua destinada punição no purgatório. . . . Na Rússia, a Igreja Ortodoxa acumulou enorme riqueza por meio de intercessões similares a favor dos mortos. Além da renda constante proveniente de operários e lavradores ansiosos de aliviar a retribuição divina, muitos membros da nobreza e da classe superior dotaram mosteiros e igrejas sob a condição de que se fizessem orações diárias a favor das almas de seus defuntos.” — Pág. 17, 18.
6. Que conceito formam muitos sobre o que os mortos podem fazer aos vivos?
6 É também ampla a crença de que os vivos precisam ser protegidos contra os mortos. Em muitas partes da África, quando a doença ataca uma família, quando morre um filho, quando um negócio fracassa ou ocorre qualquer outro infortúnio, a pessoa consulta depressa um sacerdote de juju (feiticeiro). O sacerdote costuma dizer-lhe que um membro falecido da família foi ofendido. Consulta-se o oráculo e prescrevem-se sacrifícios. Naturalmente, o sacerdote cobra muito dinheiro por isso. Recebe também a carne do animal ofertado em sacrifício.
7, 8. O que revela a Bíblia a respeito da condição dos mortos?
7 A verdade da Palavra de Deus liberta de tais falsidades escravizadoras. A Bíblia mostra claramente que a alma morre e que nada sobrevive ao corpo para continuar uma existência consciente. (Eze. 18:4, 20) Não há motivo para temer os mortos. Eclesiastes 9:6 diz a respeito deles: “Seu amor, e seu ódio, e seu ciúme já pereceram, e por tempo indefinido eles não têm mais parte em nada do que se terá de fazer debaixo do sol.”
8 Por motivos similares, os mortos não podem ser ajudados pelos vivos. Voltaram ao pó sem vida. (Gên. 3:19; Sal. 104:29) Estando sem vida, inconscientes, simplesmente não podem estar num lugar de tormento permanente ou temporário. A Palavra de Deus diz claramente em Romanos 6:7: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.” Isto não se daria se continuasse a ser punido após a morte pelos seus pecados. Em vez de ser absolvido, ainda estaria pagando pelos seus pecados.
9, 10. Que admissão fazem os teólogos da cristandade a respeito da alma humana, o inferno e o purgatório?
9 Os eruditos da cristandade sabem o que a Bíblia ensina sobre a condição dos mortos. Admitem na sua literatura teológica que as Escrituras não ensinam a imortalidade da alma humana e que esta e outras doutrinas são produto da filosofia grega pagã. “A teologia cristã”, escreveu o Professor Douglas T. Holden, “ficou tão fundida com a filosofia grega, que criou pessoas que são uma mistura de nove partes de pensamento grego para uma parte de pensamento cristão”. (A Morte não Terá Domínio, em inglês, p. 14) E o teólogo francês Oscar Cullmann referiu-se ao ensino da alma imortal como “um dos maiores mal-entendidos do cristianismo”. — Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?, em inglês, p. 15.
10 A respeito da idéia do tormento eterno num inferno de fogo, o periódico católico Commonweal (15 de janeiro de 1971, p. 370) observou: “Para muitos, inclusive alguns filósofos, o inferno responde à necessidade da imaginação humana — uma espécie de Papai Noel ao revés. . . . Quem, entre os justos, não gosta de ver os injustos ser punidos com alguma eqüidade? E se não for nesta vida, por que não na próxima? Tal conceito, porém, não é compatível com o Novo Testamento, que convida o homem à vida e ao amor.” Quanto à doutrina do purgatório, a Nova Enciclopédia Católica (em inglês) admite francamente: “A doutrina católica do purgatório baseia-se na tradição, não na Escritura Sagrada.” — Vol. 11, p. 1034.
11, 12. (a) Por que se pode dizer corretamente que os líderes religiosos da cristandade têm propagado “ensinos de demônios”? (b) Que exploração tem sido praticada por líderes religiosos da cristandade?
11 Contudo, são estas coisas realmente ensinadas nas igrejas? Dizem os líderes religiosos às suas congregações que a alma morre, que a doutrina do tormento eterno num inferno de fogo é contrária ao espírito do cristianismo e que a crença no purgatório não se baseia na Bíblia? Ou persistem os clérigos da cristandade, como um todo, em propagar “ensinos de demônios”? (1 Tim. 4:1) É a resposta Sim a esta última pergunta um julgamento severo demais? Ora, não reconhecem os próprios eruditos da cristandade que tais ensinos são falsos? E se os clérigos persistem em ensinar doutrinas de que sabem serem falsas, não imitam aquele a quem Jesus identificou como o “pai da mentira”? (João 8:44) Além disso, não reflete o ensino do tormento eterno a disposição mórbida, perversa e cruel dos demônios?
12 A Bíblia diz: “Deus é amor.” (1 João 4:8) Mas as doutrinas do fogo do inferno e do purgatório difamam-no grandemente. Os que ensinam tais doutrinas, portanto, dizem coisas blasfemas contra Deus. Sendo assim, organizações religiosas também têm obtido grandes somas de dinheiro sob falsos pretextos. Em vez de consolar órfãos e viúvas na sua hora de grande pesar, muitos líderes religiosos os exploraram empedernidamente por aceitarem dinheiro por cerimônias sem valor. Isto tem sido especialmente duro para os pobres, que poderiam ter usado tal dinheiro para as necessidades da vida.
13. Por que não podem desculpar os clérigos da cristandade seu ensino de doutrinas falsas?
13 Embora alguns clérigos talvez não estejam familiarizados com a evidência bíblica, deviam estar. Apresentam-se como proferindo a mensagem de Deus e por isso estão sob a obrigação de saber o que a Bíblia diz. Certamente, sabem muito bem que aquilo que fazem e dizem pode influir profundamente na vida daqueles que esperam deles instrução. Isto devia fazer com que exercessem cuidado em certificar-se de seu ensino. Qualquer difamação de Deus pode desviar as pessoas da verdadeira adoração, para o prejuízo delas.
14. Em vista da difamação de Deus por parte da religião falsa e a exploração do povo por esta, que perguntas podemos fazer a nós mesmos?
14 O que acha da exploração das pessoas pela religião falsa e da difamação de nosso Criador? Deseja ver o nome de Deus livre do vitupério lançado sobre ele por meio do ensino de doutrinas falsas, Deseja ver que se faça todo esforço para livrar os sinceros da escravidão às falsidades religiosas? Está disposto a compartilhar na exposição do erro religioso? Este, certamente, é o desejo de todo servo devoto de Jeová Deus.
LIVRES DO DESESPERO
15. Por que é que muitos dos que reconhecem a exploração praticada pela religião falsa ainda assim não encontram satisfação na vida?
15 Naturalmente, muitos hoje têm percebido a exploração feita pela religião falsa. Mas isto não bastou para dar-lhes verdadeira liberdade e iniciá-los num modo de vida que realmente satisfaz. Por que não? Porque lhes falta genuína fé e esperança. Por isso não estão protegidos contra o impacto prejudicial que os desenvolvimentos mundiais podem ter sobre eles em sentido mental e emocional.
16. O que e que tem acontecido no mundo e que atitude entre muitos trouxe isso?
16 Considere por um momento o que tem acontecido. Milhões pereceram como vítimas da guerra, do crime, de distúrbios e da fome. O ar e a água sustentadores da vida são poluídos numa proporção alarmante. Aparentemente, a vida do homem está sendo ameaçada por todos os lados. E não há nada para fornecer garantia real de que a humanidade possa solucionar seus problemas no futuro próximo. Isto tem feito com que mesmo muitos dos que voltaram as costas para a religião falsa se entreguem ao desespero. Tanto quanto podem observar, esta vida é tudo o que há. A Bíblia descreve aptamente a sua atitude. Dizem: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos.” — 1 Cor. 15:32.
17. O que fazem muitos hoje na tentativa de escapar das duras realidades da vida?
17 No empenho de escapar das duras realidades da vida, muitos se voltam para o álcool ou os entorpecentes. Outros procuram achar uma saída para suas frustrações por se entregarem à imoralidade sexual. Praticam a fornicação, o adultério e o homossexualismo mediante sodomia e lesbianismo. O livro Morte e Seus Mistérios (segundo o texto inglês traduzido do francês por Bernard Murchland) diz a respeito do efeito da incerteza da vida sobre as pessoas: “Parece que mais pessoas normais estão hoje afetadas por este medo da morte coletiva, pelo menos inconscientemente. Esta é pelo menos uma explicação parcial do desarranjo dos nossos tempos, que se expressa em injustificado crime, vandalismo, erotismo e no ritmo acelerado da vida. Até mesmo a música e as danças modernas parecem expressar o desespero duma humanidade que não mais acredita no seu próprio futuro.” (P. 49) Qual tem sido o efeito de se entregar ao sentimento de desespero e então tentar escapar dele,
18-20. Que frutos maus resultaram do excesso de beber, do vício dos entorpecentes e da imoralidade sexual?
18 Os que se entregam muito ao beber talvez se esqueçam temporariamente de suas dificuldades. Mas sacrificam sua dignidade, e, enquanto embriagados, às vezes ferem a si mesmos e a outros. E no dia seguinte, verificam que acrescentaram uma terrível dor de cabeça aos problemas que já tinham. Doenças sérias também resultam do muito beber.
19 Os viciados em entorpecentes também pagam um preço elevado pelos seus esforços de escapar da realidade. Amiúde sofrem duradouro dano físico e mental. E para sustentar seu hábito dispendioso, muitos se degradam por se empenharem em furtos e na prostituição.
20 Que dizer das relações sexuais promíscuas? Ajudam a melhorar a sorte na vida? Ao contrário, os frutos são amiúde repugnantes doenças venéreas, gravidez indesejável, filhos ilegítimos, abortos, lares desfeitos, ciúme amargo, brigas e até mesmo assassinatos.
21, 22. Que bons resultados advêm da aplicação dos princípios bíblicos?
21 A sorte de muitos é deveras triste. Precisam de esperança e genuína fé para se libertar de seu desespero e dos problemas resultantes. A Palavra de Deus pode ajudá-los, se tão-somente a estudarem e aplicarem. Isto se tem dado com as testemunhas cristãs de Jeová. Verificaram que a aplicação dos princípios bíblicos melhora as relações no lar, no trabalho e no contato diário com outros. (Rom. 12:17-21; 13:8-10; Efé. 5:22 a 6:4; 1 Ped. 3:1-7) Isto tem contribuído muito para tornar sua vida mais feliz e mais satisfatória, mesmo já agora.
22 Significa isso que aquele que aplica os princípios bíblicos na sua vida diária fica imune aos problemas e pressões do mundo? Não, pois ainda vive entre os que não amam a justiça. Mas pode lidar com os problemas da vida de modo muito mais eficaz do que os que confiam apenas no raciocínio humano. Não fica amargurado por causa das injustiças que talvez sofra. Sabe o motivo delas e tem a firme convicção de que o reino de Deus, por Cristo, em breve acabará com todas as coisas que desviam do pleno usufruto da vida. (2 Ped. 3:11-13) É protegido contra sucumbir ao desespero e prejudicar a si mesmo na tentativa vã de escapar dele.
23, 24. Que efeito deve ter sobre o que fazemos a favor de nosso próximo termos tirado proveito da prática da adoração verdadeira?
23 Reconhecendo isso, os cristãos dedicados certamente devem ser motivados no coração a ajudar o próximo a iniciar um modo de vida satisfatório. Isto significa mostrar ser a espécie de pessoa da qual Jesus Cristo falou em Mateus 13:23: “Este é o que ouve a palavra [do reino] e a entende, que realmente dá fruto e produz, este cem vezes mais, aquele sessenta vezes mais, outro trinta vezes mais.”
24 É você, leitor, desta espécie? Continua seu coração a reagir com apreço a ‘palavra do reino? Sente-se com isso induzido a criar oportunidades para transmitir a mensagem do Reino a outros, para que possam começar a usufruir agora o melhor modo de vida? Neste caso, pode estar certo da aprovação e da bênção de Jeová.
É NECESSÁRIO UM ESFORÇO DILIGENTE
25. Por que requer esforço diligente seguir um modo de vida satisfatório?
25 Seguirmos um modo de vida satisfatório exige fazermos esforços estrênuos. Nós, humanos, somos pecadores e por isso precisamos esforçar-nos a dominar as tendências pecaminosas. Não podemos permitir que tais tendências nos dominem, levando-nos com isso à escravidão ao governante deste mundo, Satanás. (João 14:30; 2 Cor. 4:4) O fiel apóstolo Paulo escreveu a respeito de si mesmo aos Coríntios: “Amofino o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de algum modo reprovado.” (1 Cor. 9:27) Ele usou todos os meios disponíveis para subjugar as tendências pecaminosas, obtendo a vitória sobre elas.
26. O que mostra que os clérigos da cristandade estão errados na afirmação de que a crença no fogo do inferno sirva de incentivo para a conduta correta?
26 O que motivou Paulo e outros discípulos fiéis de Jesus a fazer isso? Muitos dos clérigos da cristandade afirmaram que o medo dos tormentos do fogo do inferno serve como estímulo para a conduta correta. Mas os fatos da história provam o contrário. As horrendas inquisições e as cruzadas sangrentas da cristandade são prova de que algumas das maiores crueldades foram perpetradas por crentes na doutrina antibíblica do fogo do inferno.
27. Qual é a motivação correta para se servir a Jeová Deus?
27 O medo da punição não é motivação correta para se servir a Deus. Jeová Deus quer nossa adoração motivada pelo amor. E este sempre foi seu desejo com respeito às suas criaturas inteligentes. Note o apelo que Moisés fez aos israelitas: “Pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a invocação do mal; e tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência, amando a Jeová, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele; pois ele é a tua vida e a longura dos teus dias.” — Deu. 30:19, 20.
28, 29. (a) Por que temos bons motivos para amar a Jeová? (b) Como é este ponto salientado pelo apóstolo Pedro na sua primeira carta?
28 Certamente temos bom motivo para amar profundamente a Jeová e demonstrar nosso amor pela obediência aos seus mandamentos. Foi Jeová quem tomou a iniciativa de nos mostrar amor num grau superlativo. Como humanos pecadores, nunca poderíamos por nosso próprio mérito obter uma situação favorável perante ele. O único salário que nós pecadores merecemos é a morte. (Rom. 6:23) Contudo, no seu ilimitado amor, Jeová Deus deu seu Filho a nosso favor, para que se expiassem os nossos pecados e pudéssemos obter uma condição justa. Isto não foi de pouca monta para Jeová. Ele amava profundamente o seu Filho, contudo, permitiu que sofresse as maiores humilhações, sim, até mesmo uma morte vergonhosa numa estaca de execução. Quanto a Jesus Cristo, estava disposto a sofrer isso em expressão de seu amor à humanidade. — João 10:17, 18.
29 Realmente, o que Jeová Deus e Cristo Jesus fizeram a nosso favor deve instigar em nosso coração o desejo ardente de nos comportarmos em harmonia com a vontade divina. Este é o ponto salientado pelo apóstolo Pedro, ao exortar concrentes: “Comportai-vos com temor [quer dizer, com reverência ou apreensão sadias, de não querer desagradar a Jeová Deus] durante o tempo da vossa residência como forasteiros. Pois sabeis que não foi com coisas corrutíveis, com prata ou ouro, que fostes livrados da vossa forma infrutífera de conduta, recebida por tradição de vossos antepassados. Mas foi com sangue precioso, como o de um cordeiro sem mácula nem mancha, sim, o de Cristo. Deveras, ele era conhecido de antemão, antes da fundação do mundo, mas foi manifestado no fim dos tempos por causa de vós, os que por intermédio dele sois crentes em Deus, que o levantou dentre os mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estejam em Deus.” — 1 Ped. 1:17-21.
30, 31. Contraste a conduta dos verdadeiros cristãos com o modo em que viviam antes de aprender a verdade.
30 Aprecia realmente o sacrifício precioso de Jesus Cristo? Mostra isso pelo modo em que se comporta! Faz o que é próprio de alguém a quem se mostrou amor e para quem se fez tal sacrifício inestimável? Todos devíamos fazer isso. Por este motivo, os cristãos gerados pelo espírito são exortados em 1 Pedro 1:14, 15: “Como filhos obedientes, deixai de ser modelados segundo os desejos que tínheis anteriormente na vossa ignorância, mas, de acordo com o santo que vos chamou, vós, também, tornai-vos santos em toda a vossa conduta.”
31 Se formos cristãos dedicados, decididamente tiramos proveito do sacrifício expiatório de Jesus. Por isso devemos odiar a maneira em que levávamos nossa vida antes de termos verdadeira fé e esperança, quando nos faltava apreço pelo que Jeová Deus e Jesus Cristo fizeram por nós. Na nossa ignorância, vivíamos apenas para nosso interesse próprio. Cedíamos aos nossos desejos, exceto quando talvez refreados pelo medo duma autoridade ou pelo medo de dano para nossa saúde, propriedade ou reputação. Mas, quantos de nós realmente nos considerávamos responsáveis perante nosso Criador e Dador da vida,
32. O que significa ser Jeová “santo”?
32 Agora, porém, temos forte incentivo para procurarmos harmonizar-nos com a norma de santidade exemplificada pelo nosso amoroso Pai celestial. Jeová Deus é santo, puro e limpo em sentido absoluto. Ele é totalmente bom, sem o mínimo indício de maldade ou corrução. Ele é a Fonte de todos os princípios e leis justos. — Sal. 19:7-10; 119:137, 138, 160.
33, 34. O que requer de nós seguirmos o conselho de 1 Pedro 2:1?
33 Movidos pelo amor a ele, certamente devemos querer ser iguais a ele. Por isso devemos querer deixar de lado toda inclinação que esteja em oposição à sua santidade. Esta é a admoestação dada em 1 Pedro 2:1, onde lemos: “Ponde de lado toda a maldade . . . e toda a fraudulência, e hipocrisia, e invejes, e toda sorte de maledicências.” O que exige isso de nós?
34 A inclinação predominante de nosso coração não deve ser para qualquer espécie de maldade. Já a mera idéia de enganar outros para ganho egoísta, não importa quão grande ou pequeno, deve ser repugnante para nós. A tendência de invejar deve ser mantida sob controle, para que não recorramos à fraude ou a outras práticas desonestas para obter o que os outros têm. Nem devemos querer cair no lado da maledicência, procurando menosprezar concristãos pelo indevido criticismo ou por questionarmos suas capacidades e motivações. O que dizemos deve ser de bom gosto, para edificar os outros, não para derrubá-los. Não queremos ser hipócritas, pretendendo ser o que não somos e ocultando intenções iníquas sob o manto duma forma de devoção piedosa.
35. O que devem revelar todos os aspectos da vida do cristão e que efeito salutar pode isso ter sobre os outros?
35 Sim, nossas experiências cotidianas — no lar, no emprego, na escola, no nosso contato diário com outros — devem evidenciar que nossa vida agora é mais satisfatória do que antes de começarmos a obedecer à Palavra de verdade de Deus. Devemos ter este desejo especialmente em vista do efeito salutar que a conduta excelente pode ter sobre os observadores sinceros. O apóstolo Pedro disse: “Mantende a vossa conduta excelente entre as nações, para que, naquilo em que falam de vos como de malfeitores, eles, em resultado das vossas obras excelentes, das quais são testemunhas oculares, glorifiquem a Deus no dia da sua inspeção.” — 1 Ped. 2:12.
36, 37. Quais são alguns dos benefícios que os servos de Jeová usufruem, e a que os deve induzir isso?
36 Se formos cristãos devotos, deveras teremos muitas bênçãos e alegrias. Por resistirmos à pressão de ceder ao egoísmo, encontramos satisfação em poder provar que nosso serviço a Deus é motivado pelo amor. Sentimos a orientação, o cuidado e a ajuda de Jeová ao enfrentarmos os problemas da vida. Usufruímos saúde espiritual e contentamento. Preservamos a paz mental e do coração que só uma consciência limpa nos pode dar. Nossa vida tem orientação objetiva por revolver-se em torno duma relação duradoura com Jeová Deus.
37 Deveras, os cristãos dedicados têm motivo para continuar a esforçar-se para manter a liberdade que obtiveram por se harmonizarem com a verdade de Deus. É isso o que você, leitor, está fazendo? Harmonizam-se sua atitude, suas palavras e suas ações cada vez mais com a norma de santidade de Deus? Protegem-no sua fé e esperança contra tudo o que poderia destruir a boa relação com Jeová Deus e resultar na perda da “vida . . . que há de vir”, (1 Tim. 4:8) Neste caso, continue com seus bons esforços. Acate a admoestação inspirada: “Deleita-te . . . em Jeová, e ele te concederá os pedidos do teu coração.” (Sal. 37:4) Que o seu verdadeiro deleite continue a ser o de manter o amor e a aprovação de Jeová Deus, convencido de que isto lhe trará satisfação agora e lhe oferecerá a promessa da vida eterna na nova ordem justa de Deus, a qual está muito próxima. — Rev. 21:3, 4.
“Conseqüentemente, eu vos suplico, irmãos, pelas compaixões de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus, um serviço sagrado com a vossa faculdade de raciocínio. E cessai de ser modelados segundo este sistema de coisas, mas sede transformados por reformardes a vossa mente, a fim de provardes a vós mesmos a boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus.” — Rom. 12:1, 2.