Por dentro das notícias
A Ironia da Execução
● Diversos grupos combateram vigorosamente a primeira execução dum criminoso em dez anos, embora o próprio condenado a exigisse. Um grupo declarou: “Sentimos muito, mas não permitiremos que nos transformem em matadores.” No entanto, o condenado, Gary Gilmore, acusou-os de que eles já tinham sangue nas mãos. Ele escreveu a um porta-voz do grupo que as próprias pessoas que se opunham à pena de morte muitas vezes aprovavam o “aborto, que na realidade é uma execução; vocês estão todos a favor dele”. Por isso, ele perguntou: “Quais são as suas verdadeiras convicções?”
De modo que até mesmo um assassino condenado podia ver a contradição moral. Lamentar a execução de uns poucos assassinos culpados, ao passo que se advoga a matança por aborto de milhões de inocentes, certamente é incoerente! Tais opositores da pena capital parecem advogar que a vida merece ser protegida, não para servir à justiça, mas baseado apenas em se a vida está dentro ou fora do ventre.
Não é que aqueles que condenam a punição do assassinato, autorizada por Deus, ao passo que toleram o assassinato legalizado por aborto fazem exatamente o mesmo que os líderes religiosos, virtuosos aos seus próprios olhos, sobre os quais Jesus observou: ‘Eles coam o mosquito, mas engolem o camelo’? — Mat. 23:24; Gên. 9:6.
Os Católicos de Sri Lanka e a Bíblia
● Numa carta recente dirigida ao periódico “The Ceylon Catholic Messenger”, o escritor se queixou da obra das Testemunhas de Jeová entre os católicos de Sri Lanka. Ele observou que “um grande número de moças e rapazes de lares católicos [estão] agora no seu rol de emissários perniciosos”. Por quê? O escritor disse que as Testemunhas “se apercebem de que os católicos, por bastante tempo, não tiveram permissão de ler a Bíblia. Por isso, conseguem enganá-los sem muita oposição”.
Ele passou a sugerir que “a presença dessas Testemunhas deve ser encarada mais como uma bênção disfarçada porque, se havemos de impedir que mais católicos se percam, então os clérigos terão de promover a leitura da Bíblia em cada lar católico”.
No entanto, este tipo de raciocínio suscita algumas perguntas esquadrinhadoras. Por que é que ‘os católicos de Sri Lanka, por bastante tempo, não têm lido a Bíblia’? Não encontraram os verdadeiros cristãos sempre um jeito para obter exemplares dela e ler a Palavra de Deus, mesmo quando proscrita? Por que já não promoveram os clérigos “a leitura da Bíblia em cada lar católico”? Será que o único motivo para o fazerem agora é rebater a obra de estudos bíblicos das Testemunhas de Jeová?
Na realidade, o bom êxito das Testemunhas de Jeová entre os católicos de Sri Lanka se deve a que estes aprendem a verdade contida na Bíblia. Promover a leitura da Bíblia certamente é elogiável, porque, quanto mais alguém lê a Bíblia, tanto maior é sua liberdade do domínio antibíblico do clero.
O Valor Duma Resposta Branda
● “De repente e de modo inesperado você se confronta com alguém que o ameaça ou que abusa de você, na rua ou mesmo no seu próprio lar.” Assim começou um artigo publicado no jornal “Press” de Cleveland, E. U. A. Confrontos recentes ocorridos ali, que acabaram em mortes trágicas, suscitaram a questão: Qual é o melhor modo de lidar com tais situações perigosas?
Muitos talvez achem que seu “machismo” está sendo desafiado e que precisam reagir de modo físico, segundo disse um psiquiatra de Cleveland, consultado sobre isso. “Alguns talvez achem que é admirável ser heróico”, disse ele, “mas, pensando bem, isso não tem muito sentido. Em geral, eu seria muito cortês com alguém que é muito hostil”.
O chefe do programa de treinamento da Academia de Polícia de Cleveland, mencionou o artigo, advoga “evitar um confronto — achar uma saída que não desafie a pessoa perturbada”.
Há séculos, a sabedoria desta maneira de tratar pessoas potencialmente perigosas já estava à disposição, muito antes de existir a moderna experiência psiquiátrica e policial. “Uma resposta, quando branda, faz recuar o furor”, diz o provérbio bíblico (Pro. 15:1), “mas a palavra que causa dor faz subir a ira”. — Veja Provérbios 23:9.