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  • Um exame da igreja na Etiópia

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  • Um exame da igreja na Etiópia
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1978
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1978
w78 1/7 pp. 21-24

Um exame da igreja na Etiópia

SUPORTANDO estradas esburacadas, em regiões remotas, caminhos escorregadios ao longo de escarpas estreitas, subidas aventurosas em escadas de cordas, pendentes, e passando por muitas outras inconveniências, milhares de turistas têm ido em busca das exclusivas igrejas de rochas e de mosteiros ocultos na Etiópia.

Na Província de Tigre, viram igrejas peritamente esculpidas na rocha. Na cidade longínqua de Lalibela, descobriram igrejas “monolíticas”, cuja estrutura foi escavada duma única rocha sólida por se isolar um enorme bloco de granito, o qual então foi trabalhado por dentro e por fora.

A religião também vem à mente quando se encontra o povo da Etiópia. Os homens têm nomes tais como Habteiesus (“Dádiva de Jesus”), Hailé Selassié (“Poder da Trindade”), Woldemariam (“Filho de Maria”) ou Gebremikael (“Servo de Miguel”). Algumas mulheres exibem na testa uma grande cruz tatuada. As saudações costumeiras incluem frases tais como: “Que Deus lhe dê saúde!” “Graças a Deus, estou bem. Como vai você?” Algumas cidades etíopes levam nomes bíblicos.

É evidente que a Igreja Etíope tem exercido forte influência neste país que agora tem mais de 25 milhões de habitantes. Examinemos esta Igreja mais de perto.

UM POUCO DE HISTÓRIA ANTIGA

Antes do quarto século da Era Comum, prevalecia o animismo em grande parte do que é hoje conhecido como a Etiópia. Trata-se da crença na existência de vida consciente e pessoal nos animais, nas plantas e em outros objetos da natureza. Destacava-se especialmente o culto das serpentes. Com o tempo, os emigrantes do sul da Arábia introduziram a adoração dos deuses do sol, da lua e das estrelas.

Além dessas crenças primitivas, a religião hebraica exerceu efeito sobre o povo da Etiópia. Os leitores da Bíblia lembram-se dos bons serviços prestados pelo eunuco etíope Ebede-Meleque a Jeremias. (Jer. 38:7-13) Também, a Etiópia estava entre as terras para as quais os exilados judeus foram espalhados após a conquista de Judá pelos babilônios. — Isa. 11:11, Almeida.

Pouco depois do estabelecimento da congregação cristã, em 33 E. C., Filipe foi orientado pelo anjos de Jeová a dar testemunho a um “eunuco etíope, homem de poder sob Candace, rainha dos etíopes”. Filipe batizou o eunuco, o qual, então, “seguiu caminho, alegrando-se, e, sem dúvida, expressou sua alegria por proclamar as “boas novas” na Etiópia dos seus dias. (Atos 8:26-39) Entretanto, a Etiópia tornou-se parte do domínio da cristandade, o mais tardar no quarto século, quando Frumêncio foi ordenado pelo arcebispo ortodoxo Atanásio, em Alexandria, no Egito, como primeiro bispo da Etiópia.

Em Axum, capital do antigo reino da Etiópia setentrional, o Rei Ezana adotou a nova crença e proclamou-a a religião oficial. Ele veio a ser chamado de “Constantino da Etiópia”, visto que a sua conversão seguiu de perto o exemplo de seu contemporâneo romano, Constantino, o Grande.

CERIMÔNIAS E PRÁTICAS

Em muitos sentidos, os ensinos da Igreja Etíope são similares aos das outras igrejas ortodoxas. Existe o uso de cruzes, velas, rosários, colares e quadros. Pratica-se o batismo de crianças, junto com a unção dos batizandos até umas trinta vezes, nos diferentes membros do corpo.

Para as orações diárias, requer-se que os adoradores se prostrem três vezes para a Trindade, também uma vez para Maria e uma vez para a cruz. Antigamente, após o falecimento duma pessoa abastada, celebrava-se missa diariamente, por quarenta dias, embora cinco missas fossem consideradas suficientes para um pobre. O culto religioso inclui muitos hinos, alguns com numerosas estrofes, cada uma delas saudando um membro diferente do corpo de determinado “santo”. Os ofícios religiosos, na maior parte, são celebrados na já extinta língua geês.

Outras particularidades são ainda mais incomuns. Durante um ano típico, há pelo menos 33 festas celebradas para Maria. Isto em comparação com apenas nove para Jesus Cristo. O culto de Maria é tão importante para os etíopes, que a palavra amárica para “protestante” significa “Inimigo da Virgem”. No sétimo dia de cada mês celebra-se uma festa para a Trindade, ao passo que o décimo segundo dia é devotado ao arcanjo Miguel, e o vigésimo nono, ao nascimento de Cristo. Todas as quartas e sextas-feiras são dias de jejum. Ao todo, há pelo menos 293 feriados e dias de jejum no calendário anual, etíope. Cento e oitenta deles são obrigatórios.

As peregrinações também desempenham um papel importante na Igreja Etíope. A mais popular talvez seja a celebrada na aldeia de Culubi, na Etiópia oriental, perto do fim de dezembro. É a festa em honra de “S. Gabriel”. Calcula-se que 100.000 ou mais peregrinos afluem a esta festividade, ocupando as redondezas desta pequena aldeia.

Conforme já mencionado, elementos da antiga adoração israelita desempenham um papel nos ensinos da Igreja Etíope. Estes incluem a observância do sábado, a circuncisão e a distinção entre carnes puras e impuras. A influência judaica pode ser vista também na estrutura dos edifícios religiosos.

Todas as igrejas ortodoxas, etíopes, têm divisões que de certo modo imitam o templo de Salomão, em Jerusalém. A parte externa serve principalmente para os cantores dos salmos e dos hinos. O próximo recinto é chamado keddest (“Santo”) e é o lugar onde se administra a comunhão. O recinto mais recôndito, chamado de “Santíssimo”, contém o tabot, uma réplica da arca do pacto do templo de Salomão. Em procissão, o tabot é carregado, acompanhado por canto, dança, batidas de paus de oração e o som de outros instrumentos musicais. Os observadores dizem que isto faz lembrar a ocasião em que o Rei Davi dançou de alegria, quando se transportava a arca original do pacto para Jerusalém. — Veja 2 Samuel 6:11-16.

Muitos destes ensinos e práticas, naturalmente, não se encontram na Bíblia Sagrada. Alguns provêm dos livros apócrifos, acrescentados à Bíblia, e mais de duas dúzias de outros livros, com títulos tais como: “Livro do Galo”, “Atos da Paixão” ou “Livro do Paraíso”. Na opinião de alguns etíopes, esses livros são mais importantes do que os próprios livros bíblicos.

Outro aspecto notável da Igreja Etíope são suas práticas mágicas e suas superstições. Muitas orações mágicas, de origem não-cristã, são agora combinadas com referências à “Virgem Maria” e aos “santos”. Ainda há muito temor do “mau-olhado”. Muitos sacerdotes praticam a magia e o encantamento, alguns dos quais são considerados muito poderosos.

Em alguns lugares, sobreviveu a adoração das serpentes. O povo acredita que os “santos” enviaram serpentes como protetores dos amados santuários. Em certos lugares, o povo ainda oferece sacrifícios às serpentes. Ocasionalmente, estes são acompanhados por cânticos e orações feitas pelos sacerdotes.

O RESULTADO DA UNIÃO ENTRE IGREJA E ESTADO

A união entre igreja e estado, que começou com o Rei Ezana, tornou-se gradativamente mais forte. Isto levou a guerras sangrentas. No sexto século E. C., o Rei Calebe, às instâncias do patriarca de Alexandria, invadiu o Iêmen para vingar os sofrimentos dos cristãos. Em séculos posteriores, a crença ortodoxa, etíope, foi difundida pelo fogo e pela espada. A supressão das influências religiosas não-ortodoxas, por certo Rei Zara Iacobe, supostamente rivalizou com todos os excessos das “inquisições” católicas romanas.

A Igreja Etíope continuou a aumentar em poder até o século dezenove. Passou a vigorar uma lei, que exigia que o imperador tinha de pertencer a esta igreja e prestar juramento de defender a fé. Introduziram-se no código penal artigos que proibiam zombar da religião. O proselitismo por parte de outras religiões foi limitado a certas “áreas abertas”, escolhidas pela Igreja.

VENTOS DE MUDANÇA

Após dezesseis séculos de vida intimamente supervisionada pela Igreja, temos visto o povo aperceber-se dos frutos deste longo período. O que foi observado por ele?

Um cálculo recente revelou que apenas cerca de 10 por cento da população masculina, adulta, era alfabetizada. A pobreza aflige as massas de etíopes, ao passo que a própria Igreja e alguns poucos de seus membros respeitados ficaram ricos. Nos últimos anos de seca e de fome, a Igreja passou a sofrer severa crítica, especialmente por parte da geração mais nova, pelo empedernido abuso de sua riqueza e sua recusa de ajudar os necessitados. Por conseguinte, o apoio dado à Igreja está desvanecendo mais rapidamente do que antes.

Em resultado disso, muitos frades e sacerdotes têm abandonado as igrejas e se têm refugiado nas suas aldeias nativas. Especialmente os jovens têm começado a procurar outra coisa para ter orientação na sua vida. Apesar dos esforços das autoridades eclesiásticas de impedir o aumento do alheamento dos jovens da Igreja, os ensinos ateus encontram muitos ouvidos atentos.

Nosso breve exame da Igreja da Etiópia revela um tipo peculiar de adoração. Junto com as costumeiras práticas da Igreja Ortodoxa, ela misturou o animismo, a adoração de serpentes e elementos israelitas.

Ao mesmo tempo, as Testemunhas de Jeová, naquele país, sentem-se felizes de transmitir as verdades bíblicas aos seus vizinhos. As Testemunhas estão muito atarefadas em dirigir muitos estudos bíblicos com as pessoas ali. Por causa disso, muitos etíopes alegram-se de terem aprendido a ‘adorar o Pai com espírito e verdade’. (João 4:23) Não se empenham mais nas formas ritualistas de veneração. Sentiram a veracidade do que Jesus disse: “Se permanecerdes na minha palavra, sois realmente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” — João 8:31, 32.

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