BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w79 15/6 pp. 12-15
  • Uma vida de aventuras — com genuína satisfação

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Uma vida de aventuras — com genuína satisfação
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1979
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • INFÂNCIA E VIAGENS DURANTE A GUERRA
  • ENCONTREI O QUE ESTAVA PROCURANDO
  • ESPÍRITO MISSIONÁRIO
  • PARA A AUSTRÁLIA
  • NOVA DESIGNAÇÃO
  • MAIS AVENTURAS
  • Impressão de publicações bíblicas sob proscrição
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
  • Anuário das Testemunhas de Jeová 1989
    Anuário das Testemunhas de Jeová de 1989
  • Anuário das Testemunhas de Jeová 1988
    Anuário das Testemunhas de Jeová de 1988
  • Anuário das Testemunhas de Jeová 1987
    Anuário das Testemunhas de Jeová de 1987
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1979
w79 15/6 pp. 12-15

Uma vida de aventuras — com genuína satisfação

Conforme narrado por George Gibb

MUITOS jovens, atualmente, estão aborrecidos com a vida. Alguns metem-se nos esportes e na diversão, ao passo que outros viajam para países distantes, procurando aventuras. Infelizmente, muitos passam a ter sentimentos de frustração e falta de objetivo.

Também eu viajei quando ainda jovem, partindo da minha Escócia nativa para litorais distantes em milhares de quilômetros, incluindo o Egito, a Palestina e a Austrália. Além de ter muitas aventuras, com o tempo, encontrei também verdadeira satisfação na vida. Isto se deu porque encontrei um objetivo na vida e pude alcançar este objetivo mais plenamente por mudar-me para a Austrália. Mas, deixe-me contar-lhe como foi.

INFÂNCIA E VIAGENS DURANTE A GUERRA

Embora meus pais não fossem freqüentadores de igreja, criaram-me com profundo respeito pela Bíblia e seus grandiosos princípios. Quão agradáveis eram aquelas noitinhas de inverno, em volta duma lareira acolhedora, ao passo que mamãe lia histórias bíblicas e enfatizava sua moral! Estas histórias certamente me incentivavam a conhecer a verdade.

Quando fiquei mais velho, passei a assistir aos ofícios de diversos grupos religiosos e a escutar as reuniões evangélicas nas esquinas das ruas, mas, sempre parecia que algo estava faltando. Daí, no verão de 1914, a primeira guerra mundial, com repentinidade amedrontadora, interrompeu nosso modo normal de vida. Os zepelins da Alemanha bombardearam Edimburgo, onde morávamos. Nossa família feliz foi separada. Um irmão após outro — ao todo, cinco — foi convocado para o exército. Dois deles nunca mais voltaram.

Eu, como soldado do exército britânico, cheguei ao Egito em 1916. Depois, fui mandado para a Palestina, a Terra da Promessa. Fiquei surpreso de quantos de nós, soldados, associávamos lugares geográficos com as lembranças de eventos bíblicos. Em Gaza, lembramo-nos de Sansão ter removido o portão da cidade; em Berseba, de Abraão; em Belém, de Jesus, e em Jerusalém, de Davi. Certo dia, li na Bíblia a respeito de Emaús, e fui para lá a pé, de Jerusalém, e voltei, imaginando Jesus falando com aqueles dois discípulos que encontrou na estrada. Mas, voltei de lá, ainda me perguntando de que é que a Bíblia tratava. — Luc. 24:13-32.

A guerra terminou, e eu não estava em nada mais sábio. Retornei a Edimburgo, para terminar meu aprendizado nas artes gráficas. Todavia, ainda retinha o desejo da verdade bíblica. Meu tio sugeriu que eu ingressasse na igreja local. Quando perguntei à mamãe sobre isso, ela respondeu: “Se quiser ouvir a Palavra de Deus, então vá. Mas, lembre-se de que vai encontrar uma diferença bastante grande entre o cristianismo e o eclesiasticismo.” Descobri que ela tinha razão.

ENCONTREI O QUE ESTAVA PROCURANDO

Certo sábado, em 1921, indo de trem do meu emprego em Glasgow para casa, em Edimburgo, um senhor idoso, no mesmo compartimento, começou a falar-me da maneira mais bondosa sobre algumas coisas incomuns da Bíblia. Falou-me sobre Deus ter um “plano”, sobre as doutrinas erradas das igrejas e sobre um futuro feliz. Isso me fez pensar.

Em outro sábado, enquanto ficava em Glasgow, vi enormes cartazes dizendo: “Milhões dos Que Agora Vivem Jamais Morrerão.” Era uma notícia animadora para algumas pessoas, pensei. Na minha hospedagem, encontrei um convite, anunciando este discurso, bem como duas páginas no jornal falando sobre ele. Por isso, decidi ir ouvi-lo.

O salão estava superlotado e o discurso, proferido de maneira inspiradora, era dessemelhante de tudo o que já havia ouvido. Quando a multidão saiu, fiquei sentado ali. Isto era exatamente o que eu havia ansiado! Chegou-se a mim um jovem zeloso. “Gostou do discurso?” perguntou.

“É mesmo a verdade”, respondi.

Depois de saber que eu não havia lido nada sobre o assunto, sugeriu que alguém me visitasse. No começo, não aceitei isso, mas ele persistiu; de modo que marcamos um encontro. Na hora marcada, houve uma batida na porta. A hora mais gloriosa que já havia gasto decorreu naquele dia, quando me foram reveladas as maravilhosas verdades sobre o reino de Deus. O trabalhador de tempo integral deixou comigo algumas publicações bíblicas para ler e os endereços de lugares de reuniões semanais. Nestas, foi cordialmente recebido e aprendi muito mais sobre os propósitos de Deus.

ESPÍRITO MISSIONÁRIO

Havia um ambiente de entusiasmo entre os presentes, e muitas vezes se deu ênfase ao testemunho, nas reuniões de estudo. Querendo saber de que se tratava, compareci ao lugar designado, do qual devíamos sair para dar testemunho. Encontrei ali meus amigos recém-conhecidos, equipados com literatura bíblica e guias de ruas. Entregaram-me um exemplar do novo livro A Harpa de Deus e alguns folhetos. Um dos amigos levou-me consigo. Chegando a um grupo de apartamentos, ele disse: “Agora, você vai para cima e eu começarei aqui em baixo.”

Timidamente, bati na primeira porta, pensando: “O que vou dizer?” Rapidamente me veio a idéia: “Fale-lhes sobre o que aprendeu no estudo bíblico em grupo.” Uma jovem senhora veio à porta, e eu citei Daniel 2:44, que diz: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. . . . Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos.”

Expliquei então à moradora que, depois de destruir este sistema iníquo de coisas, o reino de Deus trará verdadeiras bênçãos à terra, e que até mesmo os mortos serão ressuscitados. Ela reagiu favoravelmente, contando-me que havia perdido seu marido na morte, pouco tempo antes. Aceitou de bom grado o livro. Continuando a dar testemunho às pessoas naqueles apartamentos, comecei a reconhecer que o Senhor tem um trabalho para os cristãos.

Nos sábados à tarde, providenciavam-se grupos em bicicletas para levar a mensagem do Reino às regiões afastadas. Nos domingos de manhã, fazia-se uma distribuição maciça de convites, anunciando os discursos proferidos no maior salão de Glasgow. Ele muitas vezes ficava superlotado. Naqueles dias não havia rádio, nem televisão; de modo que as pessoas aceitavam de bom grado os convites para uma conferência.

Quem me causou uma grande impressão foi uma Testemunha idosa, aleijada. Ela só podia ir às reuniões quando alguém a levava na cadeira de rodas. Alguns de nós, mais jovens, revezávamo-nos em levá-la. Em caminho, ela costumava enfatizar os pontos destacados do que havia lido, salientando textos que incentivavam à contínua confiança em Jeová, tais como Isaías 41:10 e 54:17. Não era por menos que seis de nós, que costumávamos empurrar sua cadeira de rodas, tornamo-nos colportores, conforme se chamavam então os pregadores por tempo integral.

Os invernos escoceses eram frios e tristes, impedindo-nos de fazer tanto na obra de testemunho quanto queríamos. Assim, visto que estávamos ansiosos de ter “bastante para fazer na obra do Senhor”, meu companheiro e eu decidimos escrever à Sociedade Torre de Vigia, pedindo que nos enviasse para um lugar onde pudéssemos fazer mais. (1 Cor. 15:58) Depois de semanas de espera ansiosa, ficamos emocionados quando recebemos a resposta. Recebemos a escolha: “Canadá ou Austrália.”

PARA A AUSTRÁLIA

Em fevereiro de 1928, chegamos a Melburne, na Austrália, 21.000 quilômetros distante. Que mudança! O sol brilhando cada dia, e frutas em abundância, inclusive algumas espécies que nunca antes havíamos visto. Nossos irmãos cristãos nos deram as boas-vindas e nos mostraram muita bondade, o que aumentou nosso apreço pela Palavra de Jeová.

Nossa primeira designação foi a ilha-estado de Tasmânia. E que aventuras tivemos! Pregamos em volta das municipalidades do norte; primeiro por carro, e depois, quando este quebrou, a cavalo e de carroça. Vez após vez, ao surgirem problemas — quer de acomodações, quer de alimento ou condução — verificamos que Jeová provia a ajuda, ou por meio de nossos irmãos cristãos, ou por meio de pessoas bondosas, que encontrávamos ao fazer a obra do Senhor.

NOVA DESIGNAÇÃO

Em 1929, chegou uma carta, convidando-me a ajudar na sede das Testemunhas de Jeová, que estava sendo mudada para Sídnei. Pouco sabia eu que ainda estaria ali 49 anos mais tarde. Foi uma época emocionante, com a pregação de porta em porta ficando melhor organizada e o uso de emissoras de rádio para transmitir a mensagem do Reino.

Na sede da Sociedade, fui logo apresentado a um pequeno prelo de pedal, o qual cheguei a prezar muito, com o decorrer dos anos. Em pouco tempo, eu estava produzindo programas de assembléias, convites, panfletos especiais para o rádio e muitos formulários necessários. Quando a pressão dos clérigos limitou o uso do rádio, foram introduzidos os carros sonantes, para divulgar a mensagem do Reino. A mensagem amplificada era transmitida em cidades de todo o país.

Em 1932, foram ampliadas as instalações da sede da Sociedade, prenunciando mais atividade. Havia escavações e martelagens a fazer, junto com a costumeira impressão, expedição e envio de literatura bíblica por caminhão. Quão emocionante era ver o refeitório com lambris, o novo escritório, uma sala para reuniões e novos dormitórios surgindo!

Quando recebemos dos Estados Unidos um novo prelo automático, ficamos realmente alegres. Oramos um grupo e tanto de entusiásticos trabalhadores voluntários, jovens, iguais a uma família. E nosso trabalho não se restringia às horas de expediente. Quando havia necessidade, trabalhávamos até as primeiras horas da madrugada. Ao mesmo tempo, estávamos cônscios de que havia muito a fazer em falar às pessoas sobre o reino de Deus, e amiúde usávamos as noitinhas e os fins-de-semana para esta atividade.

Com tanto para fazer, os anos pareciam voar. De repente, irrompeu a segunda guerra mundial. Então, em 1941, vimo-nos proscritos, aqui na Austrália, por causa da acusação falsa de clérigos, de que éramos subversivos. Ainda assim a pregação prosseguiu, e continuamos a reunir-nos em pequenos grupos. Tampouco a impressão parou. As revistas e os livros foram produzidos em diversos lugares ocultos, para o grande aborrecimento das autoridades locais, que procuravam descobrir estes lugares.

Para satisfazer a lei, todas estas publicações levavam a declaração: “Impresso por George Gibb, Strathfield.” Quem era este “George Gibb” e onde estava? A polícia tentou achar-me. Mas, sempre que vinha, acontecia eu não estar em casa. Às vezes, os policiais vinham ao lugar onde as Testemunhas de Jeová realizavam um estudo bíblico. Amiúde, perguntavam: “George Gibb está por aqui?” ou: “Onde podemos encontrar George Gibb?” Mas, nunca me acharam.

Daí, em 1943, nosso caso foi decidido pela Corte Suprema da Austrália, e a proscrição foi levantada. Tudo voltou novamente ao pleno andamento. Desde então, nosso trabalho na sede tem continuado a se expandir, fornecendo-se agora literatura bíblica em muitos idiomas das ilhas do Pacífico, além de em inglês. Em 1973, terminamos um moderno prédio gráfico de três andares, e mudamos para ele uma rotativa de 40 toneladas. Agora, despacham-se mais de três quartos de um milhão de exemplares das revistas A Sentinela e Despertai! de nossa gráfica, cada mês, a cerca de 25 países ou ilhas.

MAIS AVENTURAS

Vinte e cinco anos depois de me mudar para a Austrália, tive a maravilhosa experiência de assistir ao congresso internacional de 1953 das Testemunhas de Jeová, em Nova Iorque. Em caminho, nosso avião aterrissou na ilha de Canton. Saímos para o quiosque, para beber alguma coisa, e, ali, apresentamos a mensagem do Reino ao nosso bonito garçom fijiano. Ele escutou com interesse e aceitou um tratado bíblico em inglês. Sugeri que verificasse os textos na sua Bíblia, e então voltamos para o avião.

Após a estada emocionante nos Estados Unidos, retornamos para casa, reabastecendo-nos na ilha de Canton. Enquanto eu tomava um pouco de ar, senti alguém tocar-me gentilmente nos ombros, e quem não era senão nosso amigo fijiano. Ele disse que podia ver que o tratado que lhe deixamos falava a verdade. Ficou muito satisfeito quando me ofereci para lhe enviar algumas publicações bíblicas no idioma dele. Ele correu para o quiosque e voltou com um leque de penas, como presente. Quantas vezes senti a extraordinária alegria que resulta de alguém mostrar apreço pela mensagem do Reino!

Daí, em 1973, pude assistir a uma série de congressos cristãos na Ásia. Quão emocionante foi ver o resultado da obra de outros missionários e de seus companheiros locais, como no Japão, onde 30.000 cabeças de cabelo preto se curvaram juntas em oração a Jeová!

O que quer da vida? Sente-se entediado com a sua vida? Posso assegurar-lhe que não precisa ser assim. Por estar disposto a seguir o exemplo de Jesus, e sua ordem: ‘Vá fazer discípulos de pessoas de todas as nações’, poderá ter uma vida realmente satisfatória, sim, e cheia de aventuras. — Mat. 28:19.

Quão feliz me sinto agora que, há mais de 50 anos, meu coração me induziu a usar minha vida plenamente no serviço de Jeová! À idade de 81 anos, ainda tenho prazer de trabalhar aqui na gráfica, participando na pregação e indo a assembléias. Não há vida melhor do que a gasta em fazer a vontade de Jeová!

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar