BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w79 1/10 pp. 27-31
  • Criei meus filhos sem o marido

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Criei meus filhos sem o marido
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1979
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • UMA INFÂNCIA ATRIBULADA, CONFUSA
  • A FONTE DA VERDADEIRA SABEDORIA
  • ESTABELECENDO E CULTIVANDO UM ALVO
  • ENFRENTANDO PROBLEMAS NA ESCOLA
  • PARTILHANDO SUA FÉ NA ESCOLA
  • ORIENTAÇÃO PARA A MASCULINIDADE
  • Por que falar a verdade?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2007
  • Apreciamos os jovens que andam no caminho de Jeová
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
  • Que está acontecendo nas escolas?
    Despertai! — 1982
  • Apresentação das Boas Novas — na escola
    Nosso Ministério do Reino — 1985
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1979
w79 1/10 pp. 27-31

Criei meus filhos sem o marido

ESTÁ confrontada com ter que criar seus filhos sem a ajuda do marido? Teme que não será capaz de arcar com esta pesada responsabilidade? Esta foi uma situação na qual me encontrei.

Eu conhecia, por experiência própria, os problemas e desapontamentos que surgem diante dos filhos, à medida que crescem, e estava determinada a prepará-los para enfrentar estas coisas.

UMA INFÂNCIA ATRIBULADA, CONFUSA

Nasci na Áustria, alguns anos antes de irromper a segunda guerra mundial. Estão ainda vívidos em minha mente os últimos ais do derramamento de sangue insensato que varreu todo nosso país em 1945. Soldados alemães, cansados da guerra, semimortos de fome e sede, eram levados prisioneiros em batalhões que pareciam não ter fim. Mortos e feridos margeavam as estradas.

Diante dos meus olhos desmoronava um mundo que até aquela época tinha sido louvado pelos meus pais. Também, o treinamento que recebi nas diversas associações nacional-socialistas de jovens exaltavam-no como sendo o único mundo digno de se lutar e viver por ele. Mas, agora, aquele mundo estava em ruínas. Perplexa, eu perguntava a mim mesma e a outros: ‘Qual é o verdadeiro significado da vida?’

Naqueles dias atribulados, ninguém achava tempo para se interessar nas minhas indagações. Portanto, comecei a procurar respostas na minha religião — a Igreja Católica Romana — a qual, até então, não tinha tido nenhuma participação importante na minha vida. Habilmente, tiraram vantagens do ainda emocionalmente desequilibrado mundo de uma adolescente. Fui levada a concertos de música sacra, a imponentes ofícios religiosos em famosas catedrais antigas e recebi literatura que incentivava uma vida de sacrifício em reclusão. Em resultado, decidi entrar num convento.

Foi planejada uma viagem a Roma. Entretanto, sentia-me deprimida, porque sabia que minha situação financeira não me permitiria ir. Quão feliz fiquei, quando um sacerdote idoso ofereceu-se para pagar minha viagem! Detalhes adicionais eram para ser tratados no escritório dele. Radiante, cheia de gratidão e esperando o melhor, apressei-me para lá. Que choque, quando ele começou a me fazer propostas imorais! Por um triz consegui sair da sala sem ser molestada. Abalada e profundamente desapontada, comecei a encarar a minha religião de uma maneira mais crítica.

Eu continuava a achar que amar a Deus e servi-lo era o objetivo mais significativo na vida. Mas, como isto poderia ser feito? Algum tempo depois, enquanto trabalhava como escrevente num tribunal, aconteceu algo que convenceu-me de que isso não poderia ser feito em conexão com a Igreja Católica. A um sacerdote, que havia abusado sexualmente de várias jovens, foi provido um dos melhores advogados do país, pela Igreja, apesar de nos julgamentos preliminares ter sido estabelecida a sua culpa.

A FONTE DA VERDADEIRA SABEDORIA

Os anos foram passando, e, no início da década de 50, casei-me e tornei-me mãe de dois filhos. Foi então que aquelas indagações a respeito do significado e objetivo da vida, que estavam como que adormecidas dentro de mim, despertaram novamente. Comecei a pensar seriamente no futuro dos meus filhos. Estava determinada a que eles não se sentiriam como eu me havia sentido na minha juventude, perdidos, sem uma resposta satisfatória, quando deparados com as circunstâncias da vida.

Nunca estive tão cônscia da insuficiência da sabedoria humana como naquela época. Voltei-me para Deus em oração. Pouco depois, uma Testemunha de Jeová visitou-me e explicou-me o grandioso propósito de Deus em conexão com seu reino — um governo real — que trará paz eterna à humanidade. (Mat. 6:9, 10; Rev. 21:3, 4) Com o tempo, fiquei convencida de que aquilo que estava aprendendo, nestas palestras bíblicas, era a verdade pela qual havia procurado por tanto tempo.

No início, meu marido apoiou minhas atividades e até participou no estudo bíblico. Porém, a situação mudou abruptamente quando ele entendeu a obrigação de se seguir de perto os princípios morais da Palavra de Deus. A inclinação para um modo de vida licencioso fez com que ele desistisse do estudo bíblico e, inclusive, se opusesse a mim duramente. Assim, separei-me deste cônjuge adúltero. Em resultado, perdi uma bela casa e a segurança financeira, mas, em compensação, ganhei a liberdade de ensinar aos meus filhos a Palavra de Deus, sem interferência.

ESTABELECENDO E CULTIVANDO UM ALVO

Considerei, com oração, o conselho bíblico aos pais: “Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” (Pro. 22:6) Seguindo este conselho, decidi fazer o máximo para moldar meus filhos como vasos úteis para o serviço de Jeová.

Isto significava, primeiramente, colocar diante dos meus filhos o alvo de abraçarem a atividade pregadora de tempo integral, quando crescessem. É claro que eu entendia que o seu próprio desejo de servirem a Jeová seria por fim a base para empreenderem o serviço de tempo integral. Assim, para cultivar este desejo, dirigia um estudo bíblico regular com eles, adaptado às suas necessidades.

Na época, não tínhamos os dois excelentes livros Escute o Grande Instrutor e Sua Juventude — O Melhor Modo de Usufruí-la. Assim, eram precisas muitas pesquisas nas publicações bíblicas, para se achar orientação para certos problemas que surgiam. Sabendo que experiências da vida real causam profunda impressão na mente, líamos e discutíamos juntos tais experiências, especialmente as encontradas na Bíblia.

Assim, com o tempo, meus filhos ficaram bem familiarizados com pessoas tais como Acã, Geazi, Ananias e Safira. Por que estes? Porque suas experiências revelam como Jeová encara aqueles que são gananciosos, e aqueles que mentem e roubam. (Jos. 7:1-26; 2 Reis 5:1-27; Atos 5:1-11) Então, para lidar com o problema da desobediência, estudávamos sobre Adão e Eva, ou sobre as pessoas que morreram no dilúvio global ou em Sodoma e Gomorra. Quando a questão era a inveja, a consideração do exemplo dos irmãos de José mostrava ser de ajuda. Também, líamos a respeito de homens, mulheres e crianças que foram servos leais de Deus e que se esforçaram de refletir as excelentes qualidades dele.

Em adição ao treinamento deles, nunca deixei de levá-los às reuniões cristãs. Preparávamos juntos os comentários, e eu os incentivava a que se expressassem nas reuniões. Também, mantínhamos em dia o programa de leitura da Bíblia, da Escola Teocrática, e juntos orávamos regularmente. Pessoalmente, treinei-os a falar com os outros sobre a Bíblia, desde oferecer ao morador um convite, até dar pequenos sermões bíblicos, fazer revisitas e dirigir estudos bíblicos domiciliares.

Gastávamos nosso tempo de folga na associação daqueles no serviço de tempo integral, ou outros cristãos maduros e suas famílias. E apesar de nossos modestos recursos financeiros, eu sempre fazia com que pudéssemos assistir às assembléias de circuito e distrito, bem como aos congressos internacionais. Lá, sentávamos juntos e assistíamos ao programa.

ENFRENTANDO PROBLEMAS NA ESCOLA

No começo de cada ano letivo, eu examinava cuidadosamente os livros escolares dos meus filhos. E ficava surpresa da freqüência com que se propagam conceitos não-bíblicos, tal como que os homens evoluíram de formas de vida inferiores. Comemorações de feriados e cerimônias patrióticas estavam entre os assuntos sobre os quais conversávamos. Comentávamos a atitude correta a adotar, de acordo com a Palavra de Deus, em possíveis situações que pudessem ocorrer. Também, falávamos sobre o uso de drogas, homossexualismo, a que ponto participar nos eventos esportivos da escola, e assim por diante.

Não ficaria você aflita e cheia de apreensão, se um dia seu filho revelasse: “Há um viciado em drogas na nossa classe”, ou, “meu colega Otto tem sido repetidamente molestado por um homossexual”? Nunca tive o pensamento de que os meus filhos estivessem além dessas influências. Muito pelo contrário, encarava estas situações como perigosas. Considerávamos juntos artigos da Sentinela e Despertai! que tratavam destas questões, e eu incentivava os rapazes a examinarem as conseqüências de tais práticas.

Eu me recordo vividamente de um episódio, quando meu filho mais novo, Gerfried, ainda freqüentava a escola primária. Numa época de Natal, o professor dele pediu que os alunos escrevessem sobre este feriado. Estando bem familiarizado com as origens pagãs do Natal, Gerfried terminou sua composição bem antes que os outros. O professor imediatamente a leu, e ficou atônito. Em seguida recolheu as folhas de todos os outros estudantes e deu novas instruções: “Escrevam sobre o tema: Um Dia de Inverno.” Posteriormente, para mim, ele expressou-se favorável aos bem fundados argumentos do meu filho, sobre a origem das festividades do Natal.

Numa outra ocasião, na classe de Gerfried, foi exigido que cada estudante, individualmente, cantasse o hino nacional. Entretanto, Gerfried recusou-se, devido à objeção de consciência, a cantar canções que promovem o nacionalismo e tendem a idolatrar nações. Em resultado recebeu uma nota baixa. Dirigi-me ao escritório do diretor da escola e pedi-lhe uma explicação. A resposta foi: “Foi-lhe pedido que cantasse o hino nacional porque sua melodia tem muitos semitons que permitem um melhor teste de ouvido para música”. Como se não houvesse outras canções com muitos semitons!

Minha disposição de apoiá-los nas suas convicções instilou nos meus filhos a certeza de que nunca estavam sozinhos nestas questões, e isto os ajudou a continuarem corajosamente defendendo suas crenças. Sobretudo, empenhei-me em estabelecer um bom contato com os professores deles. Isto ajudou as crianças a evitar muitos problemas.

PARTILHANDO SUA FÉ NA ESCOLA

Incentivei os rapazes a conversar sobre sua fé com seus companheiros de classe. Uma boa oportunidade se apresentava quando os estudantes católicos recebiam instrução religiosa. Os que não participavam gastavam sua hora de folga numa sala separada. Lá, meu filho mais velho, Manfred, tinha excelentes palestras com alunos que demonstravam genuíno interesse na verdade bíblica. Ele convidava estes interessados para outras palestras em nossa casa. Foi assim que Manfred começou a dirigir dois estudos bíblicos quando ainda era bem jovem. Com o tempo, ambos os jovens se dedicaram a Jeová, apesar da grande oposição de seus pais, e continuam a servi-lo fielmente até hoje.

O lançamento do livro Veio o Homem a Existir por Evolução ou por Criação? foi grandemente apreciado por nós. Um dos professores de Manfred, com o qual ele colocou o livro, examinou cuidadosamente as evidências apresentadas. Em resultado, ele parou de ensinar a teoria da evolução e incentivou a classe inteira a obter o livro e a lê-lo meticulosamente. Deste modo, Manfred distribuiu mais de 25 exemplares do livro Evolução entre seus colegas de escola.

No ano seguinte foi lançado o livro A Verdade que Conduz à Vida Eterna, e quase cada colega de classe obteve um exemplar.

Meus filhos, com freqüência, baseavam suas composições escritas e suas tarefas orais nos artigos da revista Despertai!. Freqüentemente, o resultado era a colocação, com a classe, de muitos exemplares da Despertai!. Outros estudantes começaram também a usar a Despertai! como base para as suas composições. A influência de Manfred sobre seus companheiros de classe se tornou tão forte, que a professora católica, uma freira, que dava as aulas de religião, acautelou-os contra a associação com ele. Outro professor levou o caso ao diretor da escola.

Algum tempo depois, a freira disse a Manfred: “Tenho observado você há algum tempo e devo admitir que é o aluno mais educado desta escola. Embora uma vez tenha-me expressado de maneira negativa a seu respeito, você, entretanto, tem-me cumprimentado de maneira amigável. Desculpe-me; agora sei que fui injusta com você.”

Todos os professores que entraram em contato com meus filhos, durante seu período escolar, receberam um testemunho cabal, oralmente ou através das nossas excelentes literaturas baseadas na Bíblia.

ORIENTAÇÃO PARA A MASCULINIDADE

Com a adolescência, chegaram à nossa casa as primeiras “cartas de amor”. Não dei de ombros, encarando-as como criancice, mas, entrei em contato com os pais das esperançosas escritoras, conversei com eles, e, quando necessário, também com os anciãos da respectiva congregação cristã. Assim, cortei pela raiz a tendência de namorarem prematuramente. Nem sempre meus filhos concordavam com meus métodos de lidar com os problemas, e às vezes surgiam discussões acaloradas. Eu sempre me empenhava, é claro, em providenciar alguma atividade alternativa.

Quase todo domingo convidávamos a nossa casa Testemunhas jovens, para conversar, ouvir música ou participar em algum jogo. E quão alegre fiquei quando Testemunhas maduras tomaram a iniciativa de conversar com os rapazes sobre assuntos sobre os quais normalmente o pai conversa com seus filhos. Aprendi a procurar ajuda na congregação cristã, e a aceitar e prezar o conselho. Há uma coisa da qual nunca me esqueço — que o próprio exemplo é o melhor método de educação.

Já faz mais de sete anos que Manfred terminou a escola. Assim que ele terminou, entramos os dois no serviço de pregação por tempo integral como pioneiros. Nesta ocasião, Gerfried estava numa fase crítica de seu desenvolvimento. Qual seria sua decisão? Hoje, sinto-me feliz de dizer que ele, também, está servindo como pioneiro por mais de quatro anos.

Quão alegre estou de que agora servimos a Jeová como uma família unida! Somente com a força e a orientação providas por Jeová, através de sua Palavra e organização, é que pude com bom êxito criar meus filhos sem o marido. Por isso é que digo junto com o salmista bíblico: “Compareçamos perante a sua pessoa com agradecimento; brademos a ele em triunfo com melodias. Pois Jeová é um grande Deus e um grande Rei sobre todos os outros deuses.” — Sal. 95:2, 3.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar