O vigia disse: “Ela caiu!”
1. Por que devemos preparar-nos para examinar a “visão” que Isaías tem de comunicar-nos?
DURA é a visão do que há de vir no futuro que rapidamente se aproxima. Assim foi fraseado o assunto para nós pelo profeta Isaías, mesmo durante os dias do Império Assírio que então dominava o mundo. É a “visão” “dura” demais para ser examinada por nós, hoje? Contudo, preparemo-nos para ouvir o que Isaías esta dizendo: “Comunicou-se-me uma visão dura: O traiçoeiro age traiçoeiramente e o assolador assola.” — Isa. 21:2.
2. (a) O que é identificado como sendo o “assolador”,e como? (b) Para com quem agia o “traiçoeiro” especialmente assim, e por quê?
2 Quem era o notavelmente “traiçoeiro” pode ser identificado, embora não seja mencionado por nome. Era a antiga Babilônia, que se tornou a Terceira Potência Mundial. Ela tornou-se desprezivelmente notória pela assolação da cidade de Jerusalém, assolando até mesmo o Santíssimo do templo de Jeová ali. É verdade que Jeová usou o imperador de Babilônia, Nabucodonosor, como seu “servo” para disciplinar o reino de Judá, mas Babilônia agiu traiçoeiramente para com o povo pactuado de Jeová. Nunca libertou os judeus exilados para que pudessem voltar à sua pátria dada por Deus, embora o tempo já chegasse quase a 70 anos. (Isa. 14:3-17) Foi preciso que o conquistador do Império Babilônico abrisse o caminho de volta para esses “prisioneiros”, no ano de 537 A.E.C. Portanto, era justo que a “visão” contada ao vigia Isaías fosse “dura” para Babilônia, assoladora de nações, em especial do povo do Deus de Isaías.
3. Que dizer da equivalente moderna da antiga Babilônia quanto a ser ‘traiçoeira’ e ‘assoladora’?
3 Que dizer da equivalente moderna da antiga Babilônia? Nos seus tratos com os cristãos que estão numa relação pactuada com Jeová Deus, ela não tem sido menos traiçoeira com respeito aos ensinos do cristianismo. Tem assolado impiedosamente esses cristãos por cumprirem os mandamentos de Jeová Deus e realizarem a obra de dar testemunho de seu Rei entronizado, Jesus Cristo. (Rev. 12:17) A cristandade tem-se destacado neste programa de traição e assolação, particularmente a partir dos dias da Primeira Guerra Mundial. Especialmente ela sentirá a força da “visão dura”, quando se cumprir no hodierno império mundial da religião falsa, Babilônia, a Grande. Mas a quem usará Jeová para transformar em breve a “visão dura” em realidade?
4. Em Isaías 21:2, quem são os convocados para atacarem Babilônia, e por que não se menciona os persas?
4 Isaías lança a base para a resposta ao prosseguir: “Sobe, ó Elão! Sitia, ó Média! Fiz cessar todos os suspiros devidos a ela.” (Isa. 21:2) Elão ficava ao leste do rio Tigre e tornou-se parte do que se chamava Pérsia, território hoje ocupado pelo Irã.a A Média era a região maior ao leste do vale mesopotâmico. Uns 200 anos após a profecia de Isaías, Ciro (II), o Grande, conquistou os medos, para dar ao reino da Pérsia o predomínio sobre a Média. Todavia, sua mãe era meda, e a maioria dos soldados do seu exército eram medos. Este Ciro é o Ciro, ou Kohresh, predito por Isaías, sob inspiração divina. (Isaías 44:28 até 45:7) No tempo da profecia de Isaías, o Império Medo-Persa ainda não havia surgido, de modo que os persas não estavam em destaque. Assim, Jeová chamou por nome apenas Elão e a Média para atacarem Babilônia.
5. Como fez Jeová cessar “todos os suspiros devidos a ela”, e ficou o “prisioneiro” livre para voltar para casa?
5 Seriam esses atacantes bem sucedidos, e mudariam a situação no sudoeste da Ásia e no Oriente Médio? Sim! Isto foi indicado pelas palavras seguintes de Isaías: “Fiz cessar todos os suspiros devidos a ela.” Estas são realmente as palavras de “Jeová dos exércitos”, o Soberano Senhor do universo. Usando Elão e a Média como seus agentes, ele fez cessar “todos os suspiros” por causa da opressiva Babilônia. O salmista inspirado disse num apelo a Jeová Deus, pedindo o livramento dos israelitas de captores que pouco se importavam se apodrecessem no seu estado cativo: “Chegue diante de ti mesmo o suspiro do Prisioneiro. Segundo a grandeza do teu braço, preserva os destinados à morte.” (Sal. 79:11-13; Isa. 14:17) Esta oração recebeu resposta no 70.º ano do exílio dos judeus em Babilônia, pelo decreto real de Ciro, o Grande. — Isa. 35:8-10.
REAÇÃO PESSOAL DIANTE DA QUEDA DE BABILÔNIA
6, 7. Como descreve Isaías o efeito da queda de Babilônia sobre os afetados adversamente?
6 A queda da poderosa Terceira Potência Mundial, em 539 A.E.C., com especial benefício para a pequena terra de Israel, naturalmente, era uma coisa difícil de imaginar. Envolvia uma enorme mudança no rumo da história mundial. Os adversamente afetados pela queda deste Império, cujo centro era o “ermo do mar”, forçosamente ficariam angustiados. O efeito sobre tais é retratado pelas palavras de Isaías, que falam sobre a “visão dura”, como segue:
7 “Por isso é que meus quadris ficaram cheios de dores agudas. Apoderaram-se de mim as próprias convulsões, como as convulsões de uma mulher que está dando à luz. Fiquei desconcertado, de modo que nada ouço; fiquei perturbado, de modo que nada vejo. Meu coração ficou vagueando; o próprio estremecimento me aterrorizou. O crepúsculo a que eu me afeiçoara constituiu-se para mim em tremor.” — Isa. 21:3, 4.
8. O que ilustram as palavras descritivas de Isaías com respeito aos líderes religiosos da cristandade e do paganismo por ocasião da queda do império mundial da religião falsa?
8 Estas palavras descritivas, que têm que ver com a queda da traiçoeira Terceira Potência Mundial, ilustram a onda de choque, que percorrerá a estrutura da sociedade religiosa do mundo, quando a equivalente hodierna da Babilônia cair. Ferirá as suscetibilidades religiosas dos hodiernos babilônios antitípicos muito mais do que a mensagem dura transmitida pelas Testemunhas de Jeová agora, durante “este tempo do fim” desde 1914. (Dan. 12:4) Os sacerdotes e outras autoridades dos grupos religiosos da cristandade e do paganismo ficarão atordoados, atônitos, como que incapazes de ver ou ouvir o que está acontecendo. Seu coração não terá nenhuma firmeza, nenhum descanso, nem capacidade para confiar inabalavelmente nos deuses antes adorados. Uma situação tão medonha, que faz tremer, deixa-os aterrorizados, em especial porque expõe a sua hipocrisia religiosa. O “crepúsculo”, tal como vem com a promessa de folga e recreação no fim dum dia de trabalho, será um tempo tenebroso de tremores para eles. O dia de eles desencaminharem e oprimirem as pessoas nas suas organizações religiosas terminará pavorosamente. Ficarão convulsionados como as mulheres que seguram seus lombos por causa da dor de parto.
9. O cenário desvelado para Isaías muda de repente em vista de que ordem da parte de Jeová?
9 Repentinamente muda o cenário revelado ao profeta Isaías, igual à mudança dos atos num teatro. Ele ouviu a ordem da parte de Jeová: “Ponha-se a mesa em ordem, arranje-se o lugar dos assentos, coma-se, beba-se! Levantai-vos, ó príncipes, ungi o escudo. Pois assim me disse Jeová.” — Isa. 21:5, 6.
10. O que retratava a ordem divina e quando é que o assunto retratado atingiu o cúmulo de desprezo por Jeová Deus?
10 Isto retrata brevemente a cena do que ocorreu no palácio em Babilônia, na última noite de seu domínio mundial. Descreve o banquete de Belsazar, filho do imperador ausente, Nabonido. Arranjaram-se então, de fato, os assentos para os milhares dos eminentes de Babilônia. Comeu-se e bebeu-se alegremente. Mas foi o cúmulo de desprezo por Jeová Deus, quando começaram a comer e a beber usando o serviço de mesa que havia pertencido ao templo Dele, até que os babilônios se apoderaram de Jerusalém e destruíram seu templo.
11. O que fez então Jeová de maneira milagrosa, neste banquete ímpio de Belsazar, e como serviu Daniel de intérprete nesta ocasião?
11 O banquete de Belsazar tornou-se então ímpio, porque introduziu Jeová na questão. Jeová mandou milagrosamente uma mão para escrever na parede do salão de banquete as seguintes palavras, onde o rei as podia ver: “Mene, mene, tequel e parsim.” Foi necessário trazer o exilado profeta judeu, Daniel, para decifrar estas palavras codificadas A palavra final da escrita, parsim, é o plural da palavra caldéia peres, significando “divisões”. De modo que Daniel disse na sua interpretação inspirada: “PERES: teu reino foi dividido e dado aos medos e aos persas.” — Dan. 5:28.
12. Qual era o “escudo” que devia ser ungido pelos príncipes, e o que indicava a ordem de ungir tal “escudo”?
12 Em recompensa, Daniel foi favorecido com uma veste régia e foi constituído “o terceiro governante” no império. Mas, este não era o cumprimento da ordem de Jeová destinada à nobreza de Babilônia: “Levantai-vos, ó príncipes, ungi o escudo.” (Isa. 21:5) Tampouco foi uma ordem para que os príncipes untassem seus escudos militares para combater os sitiadores de Babilônia. Antes, a expressão “o escudo” aplicava-se ao chefe real da nação. (Veja Salmo 89:18.) Então, o que significa a ordem de ‘ungir o escudo’? O seguinte: que o Rei Belsazar estava para ser morto, criando-se assim a necessidade de outro assumir o cargo de ‘segundo governante’ do Império Babilônico. Mas, esta posse dum novo ”escudo” simbólico, por meio duma unção, não veio a acontecer. A morte violenta de Belsazar realmente não fez lugar para um sucessor da família real.
13. Portanto, foi dada em vão a ordem de Isaías 21:2, e foi o recém-concedido cargo de Daniel transferido para o novo regime?
13 Daniel 5:30, 31, diz: “Naquela mesma noite foi morto Belsazar, o rei caldeu, e o próprio Dario, o medo, recebeu o reino ao ter cerca de sessenta e dois anos de idade.” Que mudança veloz na política mundial! Não foi em vão que Jeová dera a sua ordem: “Sobe, ó Elão! Sitia, ó Média!” (Isa. 21:2) Na queda de Babilônia diante dos medos e dos persas, Dario, o medo, passou a ocupar o lugar de ‘segundo governante’ em Babilônia. O recém-concedido cargo de “terceiro governante” a Daniel, em Babilônia, não foi transferido para o regime Medo-Persa. Contudo, Daniel não foi morto junto com Belsazar.
14. O que pressagia a queda da antiga Babilônia, e como ficarão afetados os envolvidos nela?
14 A queda surpreendente da antiga Babilônia pressagia a queda repentina de sua equivalente hodierna, Babilônia, a Grande. Isto apanhará de surpresa os religionários do mundo. Portanto, se os que crêem na invencibilidade do império mundial da religião falsa não esperam a sua queda em breve, sua complacência está prestes a receber um grande choque!
O QUE O VIGIA TEM DE RELATAR
15. O que indica a ordem dada após a descrição profética do banquete de Belsazar a respeito da antiga Babilônia e sua equivalente?
15 No entanto, por que nos deu Isaías esta previsão do banquete de Belsazar, naquela dolorosa noite de 539 A.E.C.? Isto se deu por causa do que havia de seguir, a saber, o relato daquele notável evento do século ao povo pactuado de Jeová, que se regozijaria com a queda do “traiçoeiro”. Isaías 21:5, 6, mostra o que se seguiria logo após a queda de Babilônia, dizendo: “Levantai-vos, ó príncipes, ungi o escudo. Pois assim me disse Jeová: ‘Vai, coloca um atalaia para que informe o que vê.’” Ora, haveria publicidade mundial deste acontecimento! De modo que também a queda de Babilônia, a Grande, terá de sair nas manchetes!
16. O que se pode dizer sobre o “atalaia” postado no caso da antiga Babilônia e sobre o postado no caso de Babilônia, a Grande?
16 Isaías foi mandado postar o “atalaia” para relatar o que estava para ver. Isaías não viveu para se tornar testemunha ocular daquilo que ele predisse e do que nos forneceu um relato escrito. De modo que alguém diferente, do próprio povo de Isaías, teria de servir como atalaia no posto. Nos dias, então ainda distantes, da iminente queda de Babilônia, a Grande, postou-se um atalaia similar. Este mostra ser a classe ungida com o espírito de Jeová, uma classe apropriadamente associada com a revista que ainda leva o nome A Sentinela. Temos evidência para mostrar que Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, foi quem designou esta classe de “atalaia”. Esta tem servido neste cargo até esta hora momentosa da “noite” que lança sua escuridão sobre o mundo inteiro. (Mat. 24:45-47) Então, o que podemos esperar que este “atalaia” nos diga no tempo devido?
17. O que viu o “atalaia” postado, e o que representa isso?
17 A profecia de Isaías, sobre o “atalaia”, prossegue: “E ele viu um carro de guerra com uma parelha de corcéis, um carro de guerra de jumentos, um carro de guerra de camelos. E ele deu detida atenção, estando muito atento.” (Isa. 21:7) Estes carros, pelo visto, aproximam-se com a velocidade dos rápidos cavalos ou corcéis de posta dos persas, e procedem do conquistado “ermo do mar”. São provavelmente colunas de carros de guerra. A coluna de carros puxados por jumentos representa as forças medas sob Dario, o Medo. A coluna de carros puxados por animais maiores, camelos, capazes de ultrapassar cavalos, representa as forças persas sob Ciro, o Grande.b Este persa, de fato, estava no comando das forças combinadas dos medos e dos persas. Não Dario, o medo, mas Ciro, o persa, era o conquistador sobre quem Jeová disse, por meio de Isaías, que o chamaria pelo seu nome pessoal. Jeová Deus abriria diante deste Ciro os portões e portas metálicos de Babilônia, para que subisse do leito do rio Eufrates e penetrasse na fortemente murada cidade de Babilônia. — Isa. 44:27 até 45:4; veja Daniel 8:1-4, 20.
18. Segundo Isaías 21:8, 9, que espécie de vigia seria o “atalaia” postado, e tem sido assim?
18 Quão fiel e fidedigno seria o atalaia postado como vigia? Isaías 21:8, 9, indica isso por dizer: “E passou a clamar como leão: ‘Ó Jeová, sobre a torre de vigia estou de pé continuamente, de dia, e no meu posto de vigilância estou postado todas as noites. E eis que agora está chegando um carro de guerra de homens, com uma parelha de corcéis.’” Bem desperto, ele ficou no seu posto até que seus olhos penetrantes observaram a vista significativa que havia esperado incansavelmente. Do mesmo modo, os da atual classe do “vigia” têm bramido em voz alta e sem temor no cumprimento da missão dada por Deus, por meio das revistas A Sentinela e de outras publicações teocráticas, e por conferências públicas. Pelo infalível poder de Jeová, continuarão a fazer isso até que possam fazer o anúncio há muito desejado.
19. O que mostra se o vigia entendeu corretamente o significado da aproximação de carros de guerra?
19 O vigia compreendeu o significado dos carros de guerra que viu chegar ao alcance da vista, de cima da torre de vigia, em que se encontrava. Segundo o tempo fixado por Jeová — 70 anos de desolação da terra de Judá — e segundo as profecias dadas pelo exilado Daniel antes do banquete ímpio de Belsazar, em 539 A.E.C., o vigia podia interpretar corretamente o significado da aproximação desimpedida dos carros não-babilônicos. “E”, diz Isaías 21:9b, “ele começou a responder e a dizer: ‘Ela caiu! Babilônia caiu, e todas as imagens entalhadas dos seus deuses ele destroçou no chão!’”
20. Por que não foram os judeus exilados em Babilônia que destroçaram as imagens entalhadas dela, e quem era o destroçador das imagens?
20 O destroçador de imagens, mencionado aqui, é Jeová, o único Deus vivente e verdadeiro, o Deus ciumento ou o “Deus que exige devoção exclusiva”. (Êxo. 20:5) Por permitir que Babilônia fosse conquistada pelos medos e pelos persas que não adoravam os deuses dela, Jeová expôs a falsidade dos deuses idólatras da Terceira Potência Mundial, a sua inexistência. Não foram os judeus exilados, em Babilônia, que se levantaram em revolta e derrubaram a Terceira Potência Mundial; Jeová, seu Deus, não os autorizou, nem lhes ordenou que fizessem isso. Antes, Ele usou Dario, o medo, e Ciro, o persa, para causar a queda da Babilônia idólatra como potência mundial. (Dan. 2:32, 36-38) De modo que não foi o “vigia” que causou a queda da ‘traiçoeira’, Babilônia. Ele apenas deu testemunho de sua queda, para a vindicação de Jeová, como Deus de profecia e como Soberano Senhor.
21. Que anúncio similar ao do “vigia” da profecia de Isaías ainda deve ser feito?
21 Predisse-se um anúncio universalmente importante, similar ao do “vigia” da profecia de Isaías, para o nosso tempo. O apóstolo cristão João, que viveu até o fim do primeiro século, teve uma visão daquele que faz o anúncio e escreve: “Vi outro anjo descer do céu, com grande autoridade; e a terra ficou iluminada com a sua glória. E ele clamou com forte voz, dizendo: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, e ela se tornou moradia de demônios, e guarida de toda exalação impura, e guarida de toda ave impura e odiada!’” — Rev. 18:1, 2.
22. Quem reduz a escombros desolados a Babilônia, a Grande, e que instrumento usará para este fim?
22 O Ciro Maior, o glorificado Senhor Jesus Cristo, é Quem causa a vindoura queda literal de Babilônia, a Grande, que se tornará assim um lugar desolado e evitado. Atualmente, as testemunhas cristãs de Jeová poderiam fazer toda a pregação que quisessem, em todo o mundo, a respeito do reino de Jeová e do dia de sua vingança, mas isto nunca causaria o desmoronamento do império mundial da religião falsa. Aguardam ansiosamente o tempo em que podem anunciar que Babilônia, a Grande, caiu. (Rev. 18:2) Visto que o Ciro Maior não usa seus discípulos pacíficos na terra para derrubar Babilônia, a Grande, o capítulo 17 de Revelação mostra que ele usará um instrumento semelhante a uma fera; ela é descrita como fera cor de escarlate, com 10 chifres. Suas sete cabeças representam as sete potências mundiais da história bíblica. Esta fera simbólica do século 20 foi montada pela meretriz internacional, Babilônia, a Grande, por ocasião da formação da Liga das Nações, após a Primeira Guerra Mundial.
23. Contra quem se voltarão então os anteriores apoiadores da fera simbólica com plena força, e o que fará o Ciro Maior”?
23 Até agora, Babilônia, a Grande, está montada na sucessora da Liga, a organização das Nações Unidas. Mas, dentro em breve, os apoiadores políticos das Nações Unidas se cansarão do domínio do império mundial da religião falsa, derrubando-o e destruindo-o. Daí, depois de o “vigia” clamar: “Caiu Babilônia, a Grande”, eles se voltarão com plena força contra as sobreviventes testemunhas cristãs de Jeová. Então intervirá o Ciro Maior, Jesus Cristo, destruindo os anteriores apoiadores da ONU na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, o Har-Magedon. A classe ungida do “vigia” de Jeová e a “grande multidão” que agiu segundo a informação proclamada por este “vigia” composto sobreviverão a essa guerra final, sob a proteção divina, para a vindicação de Jeová Deus, como Soberano de todo o céu e terra.
24. De que maneira era o antigo Israel “filho” da eira de Jeová, e hoje, o trilhamento de quem será terminado em breve, e como?
24 Os judeus exilados durante 70 anos na antiga Babilônia foram assim disciplinados como que por serem “trilhados”. Em linguagem simbólica, constituíram o “filho” da eira de Jeová. Após a queda de Babilônia, este ‘trilhamento’ disciplinar havia de terminar. Referindo-se a isso, Isaías 21:10 diz compassiva e consoladoramente: “Ó meus trilhados e filhos da minha eira, aquilo que ouvi da parte de Jeová dos exércitos, o Deus de Israel, eu vos comuniquei.” De maneira similar, Babilônia, a Grande, teve permissão de trilhar as testemunhas fiéis de Jeová. Mas, após a sua queda na destruição, ela deixará de ‘trilhar’. Seus anteriores amantes políticos tentarão prolongar o trilhamento. Em retribuição, eles mesmos serão trilhados até a destruição na eira simbólica de Jeová. — Rev. 14:14, 15; Joel 3:13-16; Miq. 4:12, 13.
25. Em vista da iminente queda de Babilônia, a Grande, porque é agora, mais do que nunca, o tempo para os do “povo” de Jeová proclamarem a ordem dele, com que fim?
25 Em vista da iminente queda de Babilônia, a Grande, agora mais do que nunca é o tempo para os da classe do “vigia” e da “grande multidão” proclamarem a ordem divina: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” (Rev. 18:4) Sim, ‘saia dela’, não se junte aos amantes políticos dela ou às forças contrárias a Deus, sem fé, deste mundo, mas torne-se parte de “meu povo”, o povo dedicado de Jeová. (Jer. 51:45) Aja agora segundo “a pronúncia contra o ermo do mar” feita por Isaías. — Isa. 21:1-10.
26. O que devemos agradecer a “Jeová dos exércitos” e que esperança bendita têm os que o acatam?
26 Todos os agradecimentos cabem então a “Jeová dos exércitos”, o “Deus de Israel”, por ter suscitado e postado uma classe de “vigia” e por lhe ter dado um relato tão maravilhoso a proclamar em toda a parte! Todos os que acatam o relato dado por Deus têm a esperança bendita de sobreviver à aterrorizante “noite” deste mundo e de aclamar a gloriosa “manhã” do novo sistema justo de coisas, sob o reinado do Ciro Maior, Jesus Cristo, o Libertador. Isto será do agrado e para o louvor de “Jeová dos exércitos”, nosso Soberano Senhor.
[Nota(s) de rodapé]
a A Bíblia de Jerusalém (em francês) diz sobre Isaías 21:2: “Elão é o nome dos antigos habitantes do planalto donde se originaram os persas. Os medos tinham sido vassalos de Ciro já antes da captura de Babilônia.”
b Sobre o uso de camelos na guerra, por Ciro, o Grande, veja The History of Herodotus, o Primeiro Livro Intitulado “Clio”, página 29.
A versão francesa da Bíblia Sagrada, a Bíblia Drioux edição de 1884, comenta Isaías 21:7 como segue: “Estes dois cavaleiros levados num carro são os dois reis que tinham de tomar Babilônia: Dario, o medo, e Ciro. Conforme explicou muito bem Menóquio [comentador bíblico jesuíta, italiano, do século 17], sua montaria representa os medos e os persas.”
Veja comentários similares sobre Isaías 21:7 feitos em Commentary on the Old Testament, de Adam Clarke, Volume 4, página 2724.
Sobre a estratégia de guerra de Ciro no uso de camelos, veja o Capítulo 20, intitulado “Os Gregos e os Persas”, do livro The Outline of History de H. G. Wells, página 257, parágrafos 2, 3, edição de 1971.
[Fotos na página 13]
O banquete ímpio de Belsazar trouxe a sentença da destruição de Babilônia da parte de Jeová.
[Foto na página 16]
Em retribuição por terem ‘trilhado’ as Testemunhas de Jeová, primeiro o império mundial da religião falsa e depois seus amantes políticos serão ‘trilhados’ em destruição.