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Dilema Africano do Papa
● Durante a sua recente viagem à África, um problema com que o Papa João Paulo II teve de lidar era até onde sua igreja tinha ido na adaptação aos costumes maritais, locais. “Em muitas partes da mata”, noticiou o Times de Nova Iorque, “os sacerdotes e os bispos são polígamos. Um teólogo belga, na capital, afirmou no outro dia que não se tratava de poligamia no sentido estrito, mas, na palavra da igreja, de ‘concubinato’. Quando envolvia um clérigo, ele disse que os casamentos múltiplos nunca eram formalizados”. O teólogo disse também: “Todos reconhecem que é irregular que o sacerdote tenha esposas, de modo que não há cerimônia.”
Por outro lado, o papa tem adotado uma posição forte em advogar o celibato. Ironicamente, as posições dos líderes da Igreja, tanto da África como do Vaticano, são contrárias aos ensinos de Cristo e da Bíblia. Os polígamos e os que coabitam sem o benefício do casamento cometem fornicação e/ou adultério. Deviam ser expulsos da congregação — e certamente não deviam ocupar o cargo de sacerdote ou bispo. E, segundo diz a Bíblia católica, de Antônio Pereira de Figueiredo: “Importa logo que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher” — não necessariamente celibatário. — 1 Tim. 3:2, 12; 4:3; Mat. 19:9; 1 Cor. 5:9-13.
O Dinheiro Dá Felicidade?
● O fracasso dos programas sociais quanto a ajudar as populações nativas em países de que a “civilização” tomou conta é muitas vezes atribuído à falta de dinheiro. Mas o caso dos esquimós alasquianos suscita sérias dúvidas sobre esta conclusão. De fato, segundo disse o Alberta Report, do Canadá, os próprios esquimós encomendaram uma pesquisa, que chegou à “conclusão de que uma renda anual de cem milhões de dólares, baseada no petróleo, já avançou bem em totalmente destruir os nativos como indivíduos e como cultura”. O artigo observou que, “há apenas 15 anos, esta gente, os inupiat, . . . mantinha na maior parte o espírito que induziu muitos dos primitivos exploradores a descrever os esquimós originais como o povo mais feliz do mundo”. O que aconteceu?
“Em fins dos anos 60, descobriram-se as maciças reservas de petróleo e gás da Baía Prudhoe, na Encosta Setentrional do Alasca”, explicou o artigo. “Os brancos afluíram em massa. Pior ainda, os dólares brancos vieram juntos.” Os esquimós individuais recebem agora do petróleo uma renda de uns 20.000 dólares por ano, contudo, a situação deles é descrita como “estarrecedora”. O alcoolismo entre adultos na comunidade é relatado como sendo de 70 por cento, e diz-se que a causa mais comum de morte é a por violência. Portanto, o efeito de todo este dinheiro “tem sido a ruína”, observou o Alberta Report.
Este resultado trágico para um povo antes feliz ilustra de maneira extrema a falácia da idéia, de que os meros bens materiais podem solucionar os males do homem. De fato, amiúde produzem exatamente o oposto, conforme diz a Bíblia, fazendo com que os incautos ‘caiam em tentação e em laço, e em muitos desejos insensatos e nocivos, que lançam os homens na destruição e na ruína’. — 1 Tim. 6:9.
Verdadeira Renovação ou Ilusão Vã
● Muitos têm a impressão de que há hoje uma renovação religiosa nos Estados Unidos. Uma recente pesquisa Gallup, patrocinada pela revista evangélica Christianity Today, indica quão profunda é esta “renovação”. Por um lado, a pesquisa verificou que cerca de dois terços do público em geral acreditam que a Bíblia é a Palavra de Deus. Por outro lado, observou a revista: “Evidentemente CRER que a Bíblia é a Palavra de Deus é uma coisa, mas lê-la é outra coisa bem diferente.” A pesquisa verificou que, entre os membros das igrejas, apenas 18 por cento dos protestantes e 4 por cento dos católicos romanos lêem a Bíblia diariamente; 4 por cento dos protestantes e 67 por cento dos católicos a lêem menos de uma vez por mês, ou nunca.
Certa autoridade citada em Christianity Today disse: “Temos uma renovação de sentimentos, mas não do conhecimento de Deus. O problema mais sério da igreja é que as pessoas, tanto fora como dentro da igreja, realmente não sabem quem Deus é e o que ele requer de nós.” Esta é exatamente a situação religiosa de que a própria Bíblia diz que prevaleceria nos “últimos dias” do sistema deste mundo: “Manterão a aparência externa de religião, mas terão rejeitado o poder íntimo dela.” — 2 Tim. 3:1, 5, Bíblia de Jerusalém, ed. ingl.