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  • Língua treinada — “para animar os fatigados”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
w83 1/1 pp. 9-14

Língua treinada — “para animar os fatigados”

“VOU dar-vos pastores de acordo com o meu coração, e eles hão de alimentar-vos com conhecimento e perspicácia”, prometeu Jeová Deus. Não é animador receber os cuidados de pastores espirituais dotados tanto de conhecimento como de perspicácia? — Jeremias 3:15.

A perspicácia envolve mais do que um tratamento superficial. Exige olhar abaixo da superfície. Isaías 44:18 relaciona a perspicácia com o coração, como distinto do olho. Os pastores necessitam especialmente de tal profunda perspicácia quando lidam com “almas deprimidas”. Isaías declarou que mais é necessário: “O Senhor DEUS dá a Mim a língua dos instruídos, de modo que eu saiba como falar para animar os fatigados.” — Isaías 50:4, tradução de Beck, em inglês.

A pessoa precisa ser ensinada, treinada por Jeová, para saber “como falar para animar os fatigados”. Por se familiarizarem bem com a Bíblia, fazerem uso dela e demonstrarem profunda perspicácia, os anciãos podem ter êxito em ajudar a muitas pessoas deprimidas. A maioria dos anciãos aprecia sugestões úteis relativas ao seu pastoreio. Pode ser que saibam, talvez por um lamentável acontecido, que, embora bem-intencionados, alguns esforços podem mostrar-se desapontadores. A matéria que se segue diz respeito a como ajudar pessoas deprimidas. Naturalmente, os anciãos lidarão de maneira diferente quando se tratar de alguém que é ‘desordeiro’ ou ‘conversador improfícuo’ na congregação. — 1 Tessalonicenses 5:14; Tito 1:10-13.

Muitas vezes, um contraste de exemplos pode ajudar a pessoa a discernir métodos apropriados e métodos inapropriados.

“CONSOLADORES FUNESTOS”

Quando Jó estava em estado de depressão, três de seus companheiros ficaram sabendo de sua situação e foram para “se compadecerem dele, e o consolarem”. (Jó 2:11) Por terem um conceito errado sobre o assunto, estavam parcamente equipados. Chegaram com uma teoria preconcebida — se a pessoa está sofrendo, é porque fez algo de ruim. Em resultado, deixaram de compreender o que estava envolvido nos problemas de Jó. A obra The Interpreter’s Bible (A Bíblia do Intérprete) avalia o “consolo” deles:

“Torna-se irritante. . . . Trata-se de comentário de pessoas alheias ao assunto, salpicado com um pouquinho de bom conselho. . . . como alguém a salvo na praia, que pronuncia uma palavra ou duas de ânimo para pobres almas se debatendo nas grandes profundezas obscuras, enquanto enormes vagas as deixam sem fôlego. O que Jó necessita é a compaixão dum coração humano. O que ele recebe é uma série de absolutamente ‘verdadeiros’ e absolutamente belos chavões religiosos e banalidades morais.”

Quais foram algumas das maneiras de abordar o assunto que o irritaram? Elifaz arrazoou friamente: ‘Eis que fortaleceste a outros. Agora que tens problemas, ficas perturbado. Não devias ter confiança em tua própria integridade?’ Bildade acrescentou: ‘Se tão-somente buscasses mais a Deus, ele te restabeleceria.’ Quão insensível! Especialmente porque Jó já estava confiando em Deus. Como se sentiria você? Em vez de consolarem, tais palavras aparentemente bem-intencionadas eram ‘esmigalhadoras’ para Jó. Não é de admirar que exclamasse: ‘Se tão-somente estivésseis em meu lugar!’ — Jó 4:3-6; 8:5, 6; 16:2, 4, 5; 19:2.

Naturalmente, nenhum ancião cristão de congregação desejaria refletir a atitude ou a filosofia de inspiração demoníaca daqueles “amigos”. (Jó 4:15, 16) Às vezes, porém, os pastores consoladores precisam lembrar-se de não cometer erros similares. Ao procurarem ajudar uma ‘alma deprimida’, os anciãos provavelmente indagarão à pessoa por que se sente tão mal. Talvez a pessoa deprimida ache que perdeu o espírito de Deus. Por exemplos bíblicos tais como o de Davi, os anciãos sabem que a conduta pecaminosa pode causar depressão. (Salmo 38:1-6) Talvez queiram ler junto com a pessoa trechos da Bíblia que tenham que ver com a conduta do cristão, e, daí, perguntar: ‘Em vista do que a Bíblia diz, tem algum motivo real para achar que Deus tenha removido Seu espírito de você?’ Em vez de dizerem à pessoa que ela não fez nada de errado, ou talvez insinuarem que tenha feito, pode ser proveitoso deixar a pessoa tirar sua própria conclusão. Ela pode dar-se conta de que seu sentimento de culpa não tem base. Ou, caso se tenha envolvido em transgressão, os anciãos poderão ajudá-las a “endireitar as veredas para os [seus] pés” e obter novamente o sorriso de aprovação de Jeová. — Hebreus 12:12, 13.

Muitas vezes, as pessoas deprimidas se deixam dominar pelo sentimento de culpa, sem terem motivos válidos. A perspicácia ajudará os anciãos a discernir tais situações. Certa cristã deprimida, que apreciou muitíssimo as visitas de seus amorosos pastores para ajudá-la, estava convencida de que perdera o espírito de Deus. “Realmente, procure concentrar-se e veja se há algo de ruim que tenha cometido”, disse certo ancião a uma determinada altura da palestra. A mulher simplesmente começou a chorar. “Não consigo lembrar-me de nada assim. Querem que eu invente algo? Ajudará isso?”, soluçou ela. Os anciãos entenderam o ponto e procuraram outros modos de ajudar.

Os conselheiros de Jó já haviam formado o conceito de que Jó fizera algo de errado. Os anciãos que sabem “como animar os fatigados” tratarão cada situação “sem preconceito, não fazendo nada por parcialidade”. (1 Timóteo 5:21) Ao usarem de perguntas inquiridoras, não acusam, mas o fazem com empatia, realmente colocando-se no lugar da outra pessoa.

CONSELHEIROS PERSPICAZES

Eliú, embora às vezes direto em seu conselho, demonstrou perspicácia. Ele era bom ouvinte. Não ‘respondeu antes de ouvir’, proceder este que a Bíblia chama francamente de “estúpido e insolente”. (Provérbios 18:13, Beck) Elogiou Jó por sua fidelidade e incentivou-o a expressar-se. Tal perspicácia acrescentou “persuasão” às palavras de Eliú. — Jó 32:4, 11; 33:5-7, 32; Provérbios 16:23.

Jeová é o exemplo supremo de conselheiro dotado de perspicácia. A maneira como lidou com o profeta Jonas mostra empatia discernidora e compaixão. Jonas ficou irado quando Jeová decidiu não destruir os ninivitas e assim não cumprir a mensagem de destruição proclamada pelo profeta. Jonas ficou deprimido a ponto de querer morrer. Pois bem como lidou Jeová com ele? Será que disse: ‘Ora, Jonas, simplesmente estás sendo egocêntrico. Não tens nenhum amor em teu coração? Tua única preocupação é como te pareces aos olhos dos outros!’ Tal declaração podia ser veraz. Mas, provavelmente só o faria sentir-se mais culpado e deprimido. Que fez Jeová?

“É de direito que se acendeu a tua ira?”, perguntou Jeová. Sim, uma simples pergunta destinada a fazê-lo pensar. Sem acusação. Sem condenação. Apesar de Jonas não reagir imediatamente, Jeová não desistiu dele, mas proveu uma grande planta para abrigá-lo do sol abrasador. Daí, Jeová usou uma ilustração que, pelo visto, tocou o coração de Jonas. Fez que a grande planta morresse. Quando Jonas estava irado por causa da morte da planta, Jeová ajudou-o a entender como a vida dos ninivitas era muito mais preciosa do que a vida daquela planta. Não deveria ter muito mais pena deles do que da morte duma mera planta? Simples, porém eficaz! — Jonas 4:1-11.

Ao se esforçarem a animar almas deprimidas, os anciãos precisam imitar Jeová e Eliú. Sejam generosos em fazer elogios genuínos. Usem de declarações e perguntas simples e diretas. Usem uma linguagem fácil de entender. Sejam específicos, mas evitem perguntas que intimidem. Podem-se usar ilustrações que façam a pessoa pensar ou ficar emocionalmente envolvida num assunto de natureza um tanto diferente da do seu próprio problema (por exemplo, a ira de Jonas por causa da morte da planta), para ajudá-la a perceber o erro do seu raciocínio. Mas lembre-se: “Como maçãs de ouro em esculturas de prata é a palavra falada no tempo certo para ela.” (Provérbios 25:11) Se a pessoa tiver um modo de pensar errôneo, ajudem-na a superar isso aos poucos. Esforcem-se a edificar nela o amor-próprio que tenha perdido. “A angústia do coração deprime, uma boa palavra reanima.” — Provérbios 12:25, A Bíblia de Jerusalém.

Mas, que tipo de sugestões pode o ancião tentar inculcar numa pessoa deprimida?

AJUDA DE ORAÇÕES SIGNIFICATIVAS

“Apesar de sentir que Jeová compreendia plenamente, havia ocasiões em que a depressão ou o pânico eram tão intensos que eu achava inútil orar”, relatou certa alma deprimida. Entretanto, os anciãos, embora reconheçam que tais sentimentos são comuns a muitas pessoas deprimidas, podem animar tais a persistirem em oração. Mas, a respeito de que devem orar?

“Eu orava para que Jeová ou me ajudasse a suportar a situação, ou me orientasse quanto a onde poderia conseguir ajuda”, relatou certa jovem deprimida. Uma mãe, de trinta e três anos, cujo marido descrente a maltratava, passou a sofrer depressão. Ela disse: “Quando ficava demasiadamente ansiosa, tensa ou sentia temores me dirigia a Jeová naquele preciso momento, às vezes agachada, chorando, implorando para que me ajudasse a superar aquilo. Era muito importante ser específica na oração. Obtinha, muitas vezes, alívio instantâneo.” Certa esposa, de quarenta e um anos, disse: “Quando ficava deprimida, achava difícil formular uma oração. Mas Romanos 8:26 era fonte de verdadeiro consolo. Assim, podia simplesmente pedir a Jeová: ‘Por favor, ajude-me.’”

Os anciãos podem orar com a pessoa e pela pessoa. Naturalmente, devem evitar declarações que façam-na sentir-se ainda mais culpada. Pedir a Jeová, na presença da pessoa deprimida, que a ajude a compreender o quanto ela é amada por outros, e até mesmo por Jeová, certamente seria edificante. Também, pode-se mostrar a ela o alívio que pode resultar da oração sincera conjugada com confiança em Jeová. — 1 Samuel 1:9-18.

AJUDEM OS FATIGADOS A ADQUIRIR PERSPICÁCIA

“Às vezes as pessoas sentem que perderam a fé, e muitas sentem-se muito culpadas por isso”, explica o dr. Nathan Kline, diretor do Departamento de Higiene Mental do Instituto de Pesquisas Rockland do Estado de Nova Iorque. “Embora haja casos de fracasso espiritual, acho que em muitos casos provavelmente não seja uma falha na fé religiosa, mas um sinal precoce de depressão.” Ele declarou isso após notar esses sintomas em diversos de seus pacientes que eram profundamente religiosos. Assim, muitas vezes, ajudar alguém que sofre de grave depressão a dar-se conta disso pode aliviar muito sentimento desnecessário de culpa.

Uma Testemunha de Jeová, que ajudou diversas “almas deprimidas” a restabelecer a saúde, declarou: “A culpa desnecessária a que alguns se submetem é inacreditável. Sinto-me culpado por erros que cometi, mas também creio que se Jeová proveu o resgate para desfazer essas coisas, então não posso me torturar para sempre por causa disso. Esse é um dos pontos que me esforço a inculcar naqueles a quem ajudo.” A pessoa precisa entender que se ela está genuinamente arrependida de algum ato ruim que cometeu, tem o desejo de nunca mais repeti-lo e está realmente procurando ‘endireitar o errado’, então ela pode confiar em que o resgate limpe sua consciência. Ajudar os que têm ‘tristeza piedosa’ a ver a misericórdia e o perdão de Jeová alivia, muitas vezes, sua depressão. — Salmo 32:1-5, 11; 103:8-14; 2 Coríntios 7:9-11.

Mesmo que uma alma deprimida sinta-se afligida por pensamentos errados, não há necessidade de se sentir indigna e “condenada por Deus”. É contra o cultivo e a ‘realização’ de tais pensamentos que a Bíblia adverte. (Tiago 1:14, 15, Gálatas 5:16) Assim, contanto que a pessoa se esteja esforçando a rejeitar tais pensamentos, não deve deixar-se dominar pelo sentimento de culpa.

Por exemplo, a ira ou o ressentimento podem inundar a mente duma pessoa deprimida. Não adiantará muito o ancião dizer a ela ‘Não deve sentir-se assim’, ou, ‘Não devia guardar tais sentimentos’. O ponto é que a pessoa se sente assim! Embora reconheça realisticamente que a pessoa às vezes fica irada, a Bíblia adverte contra dar vazão a tal fúria. (Salmo 4:4; 37:8) Incentiva-nos a não permanecermos encolerizados. (Efésios 4:26, 27) Portanto, o ancião dotado de discernimento pode, com algumas perguntas simples, determinar o motivo da ira. Depois de se ajudar a pessoa a analisar a situação (como se deu com Jonas), ela poderá perceber que não há nenhum motivo válido para sua ira. Também, se alguém a ofendeu, pode-se ajudá-la a seguir certos passos bíblicos e assim superar o ressentimento. — Colossenses 3:13; Mateus 5:23, 24; Lucas 17:3, 4.

Se o ancião puder estar alerta quanto a atitudes negativas da parte de pessoas fatigadas, quando a depressão se encontra em seu estágio inicial, com freqüência a pessoa pode ser reajustada e poupada de mergulhar numa depressão intensa — anomalia que talvez exija assistência médica. Neste respeito, também, o ancião pode ajudar a pessoa deprimida, ou a família dela, a compreender quando a anomalia chegou ao ponto de necessitar atenção médica. Isso não significa que os anciãos vão ‘bancar o médico’ ou prescrever a forma de tratamento a seguir. Talvez desejem mencionar aos envolvidos o artigo “Combate à Depressão Intensa — Tratamentos Especializados”, na Despertai! de 8 de abril de 1982, que considera diversas terapias, porém, sem promover nenhuma delas.

AJUDEM A RECUPERAR O EQUILÍBRIO

“Uma desabalada luta sem trégua cada minuto de cada dia” é como certa mãe cristã, de quarenta anos, descreveu seu período de depressão intensa. Após restabelecer-se, ela analisou uma das causas: “Procurando não desagradar a ninguém, nem negligenciar nenhum aspecto de minha vida familiar ou de meu serviço, um pouquinho que fosse, apeguei-me a um horário que me deixou exausta. Fiz isso durante oito anos; e, finalmente, o médico disse que eu sofria de estafa. Ao pensar no passado, acho que embora meus motivos de ter mantido tal horário não fossem insignificantes, devia ter sido mais razoável.”

Devido ao perigo de as pessoas ficarem desarrazoadas, os anciãos precisam, às vezes, ajudar a pessoa deprimida a recuperar o equilíbrio em suas atividades. Certamente, incentivariam o serviço prestado a Deus de toda a alma. De fato, em alguns casos em que os que sofriam de grave depressão não conseguiam sair no trabalho de pregação de casa em casa, fizeram-se arranjos para que o enfermo, cuja condição permitia participasse numa sessão de estudo bíblico, dirigida por outra Testemunha de Jeová. A pessoa deprimida contribuía na medida do possível.

Lembrem-se de que o apóstolo Paulo ordenou os cristãos a ‘apresentarem seus corpos como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus, um sacrifício sagrado com a sua faculdade de raciocínio’. (Romanos 12:1) Sim, as faculdades de raciocínio deviam estar envolvidas. A palavra grega traduzida “faculdade de raciocínio” (logikós) significa literalmente ser “lógico”. Portanto, Deus espera que façamos o que é razoável, lógico. As habilidades, a resistência física e as circunstâncias variam de pessoa para pessoa. O serviço prestado de toda a alma envolve fazer tudo o que a sua alma e as suas forças, não as de outro, lhe permitem fazer. — Marcos 12:30; Colossenses 3:23.

Quando a pessoa está doente, tem menos forças, muito embora seu coração e sua mente talvez desejem fazer no serviço de Deus o mesmo que a pessoa fazia antes. É verdade que todos os que hão de ganhar a vida eterna precisam ‘esforçar-se vigorosamente’, mas tal esforço nem sempre é medido estritamente pela quantidade de trabalho realizado. A quantidade de atividade vigorosa que Epafrodito era capaz de realizar na “obra do Senhor” quando estava doente não se podia comparar com o que fez quando estava bem. Contudo, no geral, Paulo o elogiou pelo seu esforço. — Lucas 13:24; Filipenses 2:25-30.

Circunstâncias mudadas, tais como as resultantes de uma doença, podem impedir-nos de realizar plenamente o desejo de nosso coração. Por exemplo, a esposa de certo superintendente viajante tornou-se vítima duma depressão intensa. Ela relatou: “Durante toda a minha vida, fui extremamente ativa e desfrutei plenamente meu serviço prestado a Deus. Mas, então, durante cerca de nove meses, sem cessar, tive a horrível sensação de estar nas ‘entranhas’ da terra.” Ela e o marido tiveram de tirar licença do trabalho de visitar congregações, e ela se submeteu a tratamento médico. Depois de mais de um ano, ela recuperou a saúde a ponto de os dois poderem ingressar novamente nessa vigorosa designação de serviço. Atualmente, empenhada com a mesma dedicação que antes, ela escreve: “Novamente estou feliz em meu serviço. Mas agora, quando me sinto demasiadamente cansada, fico em casa, descanso e procuro acatar os avisos do corpo. Reconheço agora os sintomas e sou muito grata a Jeová por me estar restabelecendo.”

Sim, quão gratos podemos ser de termos por Deus alguém que aceita nossas dádivas e sacrifícios, ‘segundo o que temos, não segundo o que não temos’. Isso se dá, quer se trate de sacrifícios espirituais, quer materiais, quer provenientes de nossa força física. — 2 Coríntios 8:12.

Contudo, às vezes a pessoa deprimida precisa ser ajudada a discernir melhor como usar suas energias. Certa irmã que sofreu de depressão intensa comentou: “Eu era desequilibrada. Não sabia dizer ‘Não’. Sempre que alguém me pedia para fazer algo eu dizia ‘Sim, claro’. Tive de aprender a dizer: ‘Não, sinto muito. Realmente não posso. Quem sabe, eu possa ajudar noutra ocasião.’ Tive de aprender a fazer isso, de outro modo teria ficado louca.” A pessoa que constantemente procura fazer mais do que suas forças lhe permitem pode acabar sofrendo grave depressão. O sábio aconselhou: “Não fiques justo demais, nem te mostres excessivamente sábio. Por que devias causar a ti mesmo a desolação? Não sejas iníquo demais, nem te tornes estulto. Por que devias morrer, sendo que não é o teu tempo?” — Eclesiastes 7:16, 17.

Falar consoladoramente a almas deprimidas requer genuíno esforço. Precisa-se aprender por acatar o conselho da Palavra de Deus. Precisa-se aprender também a ter perspicácia. Mas os resultados são compensadores.

Imagine a alegria que dá ver alguém deprimido — expressando com lágrimas seus sentimentos — começar a mudar. Aos poucos, um brilho substitui as lágrimas. Agora um sorriso anima o rosto. Quão grata se sente tal pessoa por ter um pastor amoroso e compreensivo! E, acima de tudo, quão satisfeito deve sentir-se nosso compassivo Pai celestial, que “anima os abatidos”. — 2 Coríntios 7:6, O Novo Testamento Vivo.

[Foto na página 10]

Devemos evitar ser como os companheiros de Jó — consoladores funestos.

[Foto na página 11]

Aumenta mais os problemas dos deprimidos, ou realmente os consola?

[Foto na página 13]

Os anciãos podem orar com a pessoa e pela pessoa, evitando declarações que a fariam sentir-se ainda mais culpada.

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