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  • Como enfrento a pobreza
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
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w83 1/11 pp. 29-31

Como enfrento a pobreza

É VOCÊ viúva? Eu também sou. Talvez, como se deu no meu caso, você tenha sido deixada com filhos para cuidar e sem nenhuma fonte imediata de renda. Meu marido faleceu em 1973, deixando-me com três filhos nas idades de 20, 16 e 14 anos. Sua morte veio como um choque abalador e uma profunda perda em minha vida. Daí, pouco depois da sua morte, houve outro golpe — dois dos meus filhos, o mais velho e o mais novo, resolveram sair de casa. Por quê? Deixe-me explicar.

Eu e meu marido éramos hindus e havíamos criado nossos filhos para também adorarem como hindus. Entretanto, uns 10 anos antes da morte de meu marido, as Testemunhas de Jeová me contataram através de sua atividade sistemática de pregação. Sua mensagem bíblica de salvação por meio do Reino de Deus agradou-me. Após alguns meses de palestras e estudo sérios da Bíblia, estava convencida de que Jeová é o verdadeiro Deus e de que Jesus Cristo é o Salvador da humanidade, designado por Deus. (Salmo 83:18; Atos 4:12) Portanto, muito contra a vontade de minha família e apesar do franco desagrado do meu marido, tornei-me testemunha cristã de Jeová e fui batizada.

Na comunidade hindu, o cristianismo leva um imperdoável estigma, que meu marido não podia tolerar. Ele se opôs à minha adoração cristã até o dia de sua morte. Tanto o meu filho mais velho como o mais novo fizeram a vontade do pai e seguiram o modo de vida hindu. Aproveitaram a morte do pai como oportunidade para sair de casa e assim livrar-se do estigma de terem uma mãe cristã. No entanto, consegui convencer meu segundo filho, Jayasimman, da veracidade e da razoabilidade da Bíblia, e de sua essência vitalizadora. Agora eu me achava sozinha com Jayasimman. Como enfrentaríamos a pobreza em que nos encontrávamos?

SER PRÁTICA E ECONÔMICA

Recuperando-me dos primeiros estágios do profundo choque e dando-me conta de que o sustentador da casa já se havia ido, tive de sentar-me e fazer um balanço de minha situação. Não havia subvenções estatais ou provisões governamentais de previdência social ao meu dispor. Tinha de me arranjar sozinha. De fato, até pouco tempo, em minha comunidade, a viúva ocupava o mais baixo grau na escala social. Sua sorte era tão ruim, que às vezes a viúva preferia lançar-se na pira funerária do marido para morrer.

Mas, temos aqui em Madras, na Índia, uma modesta casa própria de três cômodos. Assim, pelo menos temos um teto sobre nossa cabeça. Decidi alugar um dos cômodos, e logo tinha uma renda mensal pequena, porém regular, de 60 rúpias (cerca de Cr$ 5.500,00). Tenho também uma máquina de costura movida a pedal; portanto, comecei a fazer trajes para senhoras, especialmente anáguas, que são usadas pelas senhoras sob os seus saris. Com o tempo, consegui algumas freguesas regulares e aumentei o total de minha renda mensal para 144 rúpias (cerca de Cr$ 12.500,00).

Mesmo assim, temos de levar uma vida simples. Minha casa tem eletricidade e água corrente, contudo, quase não temos mobília. Mas, isso não apresenta dificuldades; milhões dos do meu povo vivem sem mobília. Estamos acostumados a dormir sobre um fino colchão estendido no chão. Contanto que o chão esteja limpo, achamos confortável sentar-nos nele com as pernas cruzadas para tomar nossas refeições. Uso um fogareiro a querosene para cozinhar, e isso também não representa problema, visto que é mais conveniente do que usar lenha numa fogueira. O que comemos?

Eu e Jayasimman temos refeições muito boas. Para a refeição matinal, um de nossos alimentos favoritos é o que chamamos de idli. Trata-se dum pequeno bolo de farinha de arroz misturada com leguminosas moídas, cozido no vapor e servido com molho picante, que é uma mistura de coco ralado, ervas e condimentos. Aqui na Índia, dois ou três idlis, uma banana e uma xícara de café são considerados uma refeição matinal bem substancial.

Nosso almoço e nosso jantar consistem em arroz e caril, nossa alimentação básica. Por motivos econômicos, preparo com freqüência caril com verduras, criando uma variedade por usar tipos diferentes de verduras cada dia.

Certa ocasião, para enfrentar nossas dificuldades financeiras, converti um dos cômodos da casa num pequeno restaurante. Acordando às 4 horas da madrugada todas as manhãs, preparava idlis, molho picante e café, e fornecia refeições matinais para fregueses regulares. Com um pouco de costura para fora e cozinha caseira, mais a renda proveniente do cômodo alugado, ganhávamos o suficiente para as nossas necessidades diárias. Entretanto, algo mais, além de ser prática e econômica, me tem sido de grande ajuda para enfrentar a pobreza.

FONTE SUPERIOR DE AJUDA

Trata-se da ajuda que recebi da Palavra de Deus, a Bíblia. De que modo a Bíblia me tem ajudado a enfrentar a pobreza? Bem, em primeiro lugar, há o excelente exemplo de homens e mulheres fiéis dos tempos bíblicos, tais como o patriarca Jó, que, durante algum tempo, suportou uma vida de pobreza acompanhada de humilhações e molestamentos. Refletir em tais exemplos me tem ajudado a suportar as provações. — Jó 1:13-19; 2:7-9; 21:7.

Depois, também, a fé que obtive da Bíblia me incentivou muito. Embora viva à beira da pobreza, não estou ressentida ou amargurada. A verdade da Bíblia enche-me com uma perspectiva positiva. Aprendi que se eu colocar os interesses do Reino de Deus em primeiro lugar em minha vida e estiver disposta a trabalhar e ganhar dinheiro honestamente, Jeová Deus me proverá as necessidades da vida, assim como Jesus Cristo assegurou: “Portanto, nunca estejais ansiosos, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ou: ‘Que havemos de beber?’ ou: ‘Que havemos de vestir?’ Porque todas estas são as coisas pelas quais se empenham avidamente as nações. Pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:31-33) Quão grata sou de que isso tem acontecido no meu caso!

A fé que tenho em tais promessas bíblicas me tem ajudado a estar contente com minha sorte na vida, e reflito freqüentemente no texto de 1 Timóteo 6:8, que diz: “Assim, tendo sustento e com que nos cobrir, estaremos contentes com estas coisas.”

A verdade da Bíblia me tem sido de ajuda também em outros sentidos. Quando era hindu, vivendo numa sociedade hindu, estava acostumada a uma vida cercada de grande medida de proteção e defesa da parte de meu marido. Assim, assumi uma atitude retraída e nervosa quanto a ficar no meio de outras pessoas em público. Agora, porém, aquilo que tenho aprendido da Bíblia me tem induzido a visitar e encontrar pessoas em seus lares e falar-lhes sobre os propósitos de Deus, inclusive sua promessa de estabelecer uma Nova Ordem justa em que a pobreza será coisa do passado. (Salmo 72:12-14) Atribuo essa maravilhosa mudança de disposição a sabedoria divina contida na Bíblia. Conforme diz o Salmo 19:7: “A lei de Jeová é perfeita, fazendo retornar a alma. A advertência de Jeová é fidedigna, tornando sábio o inexperiente.”

Em apreço por isso, ajustei minha vida a ponto de ser hoje uma evangelizadora por tempo integral da mensagem do Reino de Deus. Isso significa que não mais tenho tempo para dirigir meu pequeno restaurante. Mas, agora, estou alugando dois dos meus cômodos por uma renda mensal total de 120 rúpias (cerca de Cr$ 10.000,00), e continuo a fazer costuras para fora, conforme o tempo permite. Jayasimman também ganha um pouco de dinheiro todo mês, fazendo diversos biscates, e contribui com 75 por cento dos seus rendimentos para as despesas da casa. Ajustamos nossas necessidades e despesas da vida de acordo com a nossa renda mensal total. Isso me permite gastar tempo todos os dias em visitar as pessoas nos lares, consolando aquelas que sentem pesar, assim como tenho sido consolada pela Palavra de Deus, a Bíblia. — Mateus 5:4; 2 Coríntios 1:3, 4.

Houve, é claro, ocasiões em que me deparei com dificuldades financeiras — gastos repentinos e inesperados — e me perguntei quanto a que iria fazer. Contudo, senti que de algum modo Jeová proveu a saída. Sempre houve uma ocorrência oportuna que me ajudou a superar o problema. Talvez algum dinheiro chegava pelo correio, da parte de um dos meus outros filhos, que não se esqueceram inteiramente de mim. Ou, recebia uma encomenda inesperada dum traje para senhora. Portanto, embora no decorrer dos anos eu tenha passado às vezes necessidades, com minha disposição de trabalhar arduamente e com engenhosidade em fazer uso de quaisquer recursos ao meu alcance, nunca fiquei ao abandono. — Contribuído

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