A Bíblia — é prática para você
“ELE te informou, ó homem terreno, sobre o que é bom”, escreveu um homem piedoso mais de 2.700 anos atrás. (Miquéias 6:8) Mas, será que aquilo é “bom” ou prático para nós hoje?
“A Bíblia foi escrita muito antes de alguém saber algo sobre a moderna psicologia e o processo de desenvolvimento psicossexual”, diz o Dr. Chesen. “Mesmo se as intenções de seus escritores fossem as melhores, não poderiam ter considerado esses importantes fatores. Todavia, em matéria de moral e/ou mandamentos, a Bíblia e seus interpretadores têm muito a dizer.”
Tal argumento poderia valer se a Bíblia fosse produto de raciocínio humano. Mas, como mostra nossa edição de 1.º de abril de 1986, a Bíblia não é a palavra de homem, mas sim de Deus. Não se pode desconsiderar este fato importante. Por quê? Porque o conhecimento de Deus, contrário ao do homem, não é restringido nem pelo tempo nem pelas circunstâncias, e tampouco está sujeito a mudar. Como Criador da humanidade, Deus sabe perfeitamente como somos constituídos e o que é melhor para nós. Assim, o apóstolo disse acertadamente: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra.” — 2 Timóteo 3:16, 17.
Que dizer, então, das monumentais mudanças ocorridas nos tempos modernos? Não existe o consenso de que vivemos numa era mais livre e esclarecida? Não tem a sociedade em geral se livrado de muitos grilhões tradicionais? Sim, mas apesar do aumentado conhecimento e da recém-assumida “liberdade”, as necessidades básicas e a constituição humana não mudaram. Interiormente, ainda somos iguais. Como nossos antepassados, ainda sentimos impulsos para comer, beber, dormir, procriar e adorar. Ainda necessitamos de amor e afeição, e almejamos ser felizes. Ainda necessitamos que a nossa vida seja significativa.
Os princípios bíblicos preenchem essas necessidades. Ademais, os ensinos da Bíblia operam para o nosso bem, mesmo nestes dias modernos. E além disso, os resultados de se seguir os conselhos da Bíblia são superiores a quaisquer outros obtidos por meios diferentes. Examinemos brevemente como isso se dá nas áreas da moralidade, economia e saúde.
A Bíblia e a Moralidade
Uma das maiores mudanças ocorridas nos tempos modernos foi com relação aos conceitos sobre moralidade. Práticas antes consideradas execráveis tornaram-se aceitáveis. Mulheres que têm filhos fora do casamento não mais são desprezadas pela sociedade. Homossexuais fazem abertamente campanhas pelos seus “direitos”. Um conceito muito em voga é que ninguém tem o direito de protestar ou interferir no que diz respeito a qualquer coisa praticada de comum acordo entre adultos. E as normas bíblicas, taxadas de vitorianas, são rejeitadas.
Mas, as normas bíblicas foram estabelecidas por Deus muito antes do século 19, a era da Rainha Vitória, da Inglaterra. E elas continuam a se revelar boas para a humanidade. Certamente vê-se isso ao se considerar que, junto com a “nova moralidade” vieram aumentos vertiginosos nos índices de divórcio, incontáveis abortos, uma epidemia de gravidez em adolescentes e uma ampla gama de doenças sexualmente transmissíveis. São problemas caros, debilitantes e até mesmo mortíferos. Não seria mais prático seguir os conselhos da Bíblia em questões de sexo, castidade e fidelidade marital? — Provérbios 5:3-11, 15-20; Malaquias 2:13-16; Hebreus 13:4; 1 Coríntios 6:9, 10.
Note em especial como isso é veraz no caso de apenas uma doença, segundo esta nota no The New York Times: “‘A AIDS continua a disseminar-se desenfreadamente entre os dos grupos de risco, mas não entre os fora deles’, disse o Dr. David J. Sencer, Diretor de Saúde da Cidade de Nova Iorque. . . . Os que correm risco incluem varões homossexuais e bissexuais; usuários de drogas intravenosas; . . . os recebedores de transfusões de doadores infectados, e os parceiros sexuais ou os filhos dos que têm AIDS.”
Realmente, o que vale mais — alguns minutos de prazer ilícito, não raro acompanhado de temor e ansiedade, ou uma consciência limpa e amor-próprio? O que produz felicidade e satisfação duradouras — um breve caso amoroso com o risco de conseqüências trágicas, ou o solidamente baseado compromisso de um casamento limpo que a Bíblia advoga?
A Bíblia e os Aspectos Econômicos
Poucos acham que a Bíblia tenha a solução para problemas econômicos. Todavia, seguir as normas da Bíblia pode realmente aumentar a sua disponibilidade de recursos. Como assim?
Em muitos casos, boa parte do que a pessoa ganha é esbanjado. Aderir aos conselhos bíblicos poupará esses fundos para objetivos úteis. Por exemplo, algo que freqüentemente leva à pobreza é beber demais. Milhões de indivíduos, de posse do salário, vão a um bar ou a uma casa de bebidas. Muitas vezes, saem dali sem dinheiro para pagar outras contas ou prover alimento adequado para a família. Às vezes precisam tomar dinheiro emprestado para obter as necessidades da vida. A Bíblia sabiamente condena o beber em excesso; ela advoga a moderação. — Provérbios 23:20, 21, 29, 30; 1 Timóteo 3:2, 3, 8.
Dá-se o mesmo com os que se viciam no fumar ou em tóxicos. Quão dispendiosos são tais vícios! E quão difíceis de largar! É típica a seguinte carta à psicóloga Joyce Brothers, no New York Post: “Comecei a usar cocaína porque era agradável e porque a maioria dos meus amigos costumavam inalá-la nos fins-de-semana. Bem, ela realmente interfere em tudo o que é bom na minha vida e estou achando terrivelmente difícil largar. Sou mãe de dois filhos e aterroriza-me a possibilidade de que, se eu não largar logo, eles sofrerão. Fumo cocaína duas vezes por dia. Estou endividada até o pescoço, sou infeliz.”
Outra usuária de drogas escreveu: “Tanto eu como meu marido somos profissionalmente bem-sucedidos, e usamos cocaína há três anos. Era sensacional de início, mas está-se tornando cada vez mais importante. De fato, está tomando conta de nossa vida. Estamos endividados porque o vício nos custa uma fortuna. Ambos já tivemos experiências realmente desagradáveis e depressivas, ao usar as drogas. Certos dias as alucinações nunca terminam.”
Os fumantes também sofrem financeiramente devido ao vício, embora talvez não num grau tão elevado. Um artigo atualizado na revista Modern Office Technology diz: “Não-fumantes à procura de emprego têm chances bem maiores de serem contratados do que os candidatos de igual qualificação que fumam, segundo pesquisa nacional recentemente divulgada. O estudo, baseado em entrevistas com vice-presidentes e diretores de pessoal das maiores empresas dos Estados Unidos . . . revelou que a sobrepujante maioria dos empregadores atuais prefere candidatos que não fumam.” Por quê? Porque, como mostra certo estudo do Congresso, o fumar eleva os custos de saúde do país, incluindo despesas médicas e perda de produtividade, uns 65 bilhões de dólares por ano — equivalente a dois dólares e dezessete centavos para cada maço de cigarros vendido!
Sim, a pessoa lucra em sentido financeiro simplesmente por seguir o conselho bíblico: “Purifiquemo-nos de toda imundície da carne e do espírito.” (2 Coríntios 7:1) E o mesmo se aplica aos que, por seguirem os princípios bíblicos, evitam toda sorte de jogatina. (Isaías 65:11, 12; Lucas 12:15) Além disso, os que aderem a princípios bíblicos são altamente prezados por empregadores devido a sua honestidade, integridade e diligência, e provavelmente serão os primeiros admitidos e os últimos despedidos. — Colossenses 3:22, 23; Efésios 4:28.
A Bíblia e a Saúde
Visto que a medicina moderna está tão avançada, estarão superados os conselhos da Bíblia? Ora, um fato que tem maravilhado os pesquisadores é a exatidão e a atualidade da Bíblia em assuntos de medicina e saúde, embora fosse escrita numa época em que as superstições eram muitas e pouco ou nada se conhecia sobre modernos procedimentos médicos ou mesmo sobre germes e vírus.
Apesar da moderna ciência médica, naturalmente, os problemas de saúde são muitos. Contudo, o conselho da Bíblia promove o que realmente há de melhor em questões de saúde. Como já mencionado, seguir os princípios bíblicos nos resguarda de práticas mui danosas à saúde. Também contribui para o aprimoramento de nossa saúde mental. A Bíblia reconhece o efeito que o comportamento e as emoções têm sobre o organismo. (Provérbios 14:30) Assim, ela nos afasta de comportamento e emoções prejudiciais e nos ajuda a substituí-los por qualidades positivas e edificantes.
Note o conselho em Efésios 4:31, 32: “Sejam tirados dentre vós toda a amargura maldosa, e ira, e furor, e brado, e linguagem ultrajante, junto com toda a maldade. Mas, tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros.” Sim, a Bíblia dá ênfase a que se mude duma personalidade destrutiva e prejudicial para a nova e saudável personalidade cristã. (Efésios 4:20-24; Colossenses 3:5-14) Ajuda-nos a manifestar os frutos do espírito de Deus: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. (Gálatas 5:22, 23) A Bíblia provê nutrição sadia que a mente e o coração podem absorver e se sentir em paz. — Provérbios 3:7, 8; 4:20-22; Filipenses 4:6-8.
Também, os que seguem as normas bíblicas não se envolvem em crimes, tumultos, levantes, ou outras coisas que resultam em ferimentos corporais. Têm boa consciência, o que muito contribui para se manter uma disposição feliz e boa saúde física. (1 Pedro 3:16-18) Além do mais, os que aplicam o conselho da Bíblia usufruem uma vida doméstica calorosa, recompensadora e feliz, além de relações pacíficas com outros.
Sim, a Bíblia é prática para os nossos dias. Isto é evidente na vida de milhões que aplicam os seus princípios. E ela pode ajudar a você. Está convidado a testar os ensinos dela na sua vida. As Testemunhas de Jeová terão prazer em mostrar-lhe como fazer isso.