“Tesouros da terra santa”
A FERVILHANTE Manhattan é um cenário insólito para uma coleção de arte que corrobora a história da Bíblia. Contudo, no Central Park de Nova Iorque situa-se o Museu Metropolitano de Arte, que recentemente exibiu “Tesouros da Terra Santa: Arte Antiga do Museu de Israel”. Essa exposição consistia em quase 200 objetos emprestados do Museu de Israel em Jerusalém.
Os antigos habitantes da terra da Bíblia contam sua história mediante essas obras de arte. Uns poucos exemplos:
O Comentário de Habacuque — um rolo de pergaminho de quase 1,5 metro de comprimento, no qual o nome divino aparece várias vezes. Este rolo é um dos primeiros descobertos e melhor preservados dos Rolos do Mar Morto, que têm sido chamados de “a maior descoberta arqueológica deste século”. (Os rolos contêm partes de todos os livros das Escrituras Hebraicas, exceto Ester, e datam do segundo século AEC. Assim, excetuando-se os fragmentos de manuscritos, eles precedem em cerca de um milênio aos mais antigos conhecidos exemplares da Bíblia.) O Comentário de Habacuque contém quase dois terços do livro de Habacuque (1:4-2:20), é uma cópia em caracteres quadrados aramaicos do fim do primeiro século AEC, e é permeado de comentários. “Mas o nome de Jeová constituído de quatro letras, o tetragrama, está escrito em toda parte com caracteres hebraicos arcaicos”, declara a ficha de dados do museu. Sim, o tetragrama é claramente distinguível!
Óstraco “Casa de Deus” — um caco de cerâmica em que aparece duas vezes o nome divino na forma de tetragrama. Este fragmento, achado no sul de Israel, era uma carta dirigida a um homem chamado Eliasibe e data da segunda metade do sétimo século AEC. “Ao meu senhor Eliasibe: Que Jeová peça a tua paz”, começa a carta. E termina: “Ele mora na casa de Jeová.”
Inscrição de Pôncio Pilatos — um documento histórico ímpar do primeiro século, descoberto em Cesaréia. Antes de 1961, a única menção de Pôncio Pilatos encontrava-se nas páginas da Bíblia e nos escritos de historiadores romanos e judeus do primeiro século. Agora, porém, pode-se ver escrito em latim fragmentado, numa pedra calcária, as palavras: “Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia.” Isto comprova a existência do homem que autorizou a execução de Jesus Cristo.
A exposição “Tesouros da Terra Santa”, e outras semelhantes a esta, aumentam o nosso entendimento sobre as pessoas, a política e a arte da terra da Bíblia.
[Fotos na página 32]
O Comentário de Habacuque
[Crédito da foto]
Santuário do Livro, Museu de Israel, Jerusalém
[Foto]
Óstraco “Casa de Deus”
[Crédito da foto]
Museu de Israel, Jerusalém
[Foto]
Inscrição de Pôncio Pilatos
[Crédito da foto]
Museu de Israel, Jerusalém