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  • Esperança — proteção vital num mundo desolador

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  • Esperança — proteção vital num mundo desolador
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
w93 15/4 pp. 10-13

Esperança — proteção vital num mundo desolador

Um rapaz coreano queria ajudar a mãe a convencer uma estudante universitária de quão importante é ter uma esperança relativa ao futuro. Lembrando-se duma ilustração que ouvira numa reunião cristã, perguntou à estudante se ela o ajudaria a resolver um enigma. Ela concordou. Ele disse: “Havia duas famílias. Ambas eram muito pobres. Estava chovendo muito, e havia goteiras em ambas as casas. Uma família estava bem triste, e queixava-se muito das goteiras. Mas a outra família estava alegre e contente enquanto remendava o telhado. Por que tanta diferença entre essas duas famílias?” Intrigada, a moça respondeu que não sabia. “Bem”, disse o rapaz, “a segunda família estava alegre porque soube que a prefeitura ia dar-lhe uma nova casa. De modo que tinha esperança. Esta era a diferença!”

O ENIGMA do rapaz ilustra uma verdade simples: a esperança muda o modo de encararmos a vida, muitas vezes apesar da nossa situação. Assim como as duas famílias que descreveu, a maioria de nós temos de suportar provações na vida — problemas de saúde, preocupações financeiras, tensões familiares, crimes, e inúmeras outras provações e abusos. Freqüentemente, não podemos eliminar esses problemas assim como tampouco podemos ordenar a um temporal que se afaste da nossa vizinhança. De modo que talvez nos sintamos frustrados, solitários — em suma, desamparados. Para piorar a situação, talvez nos tenham ensinado na igreja que o futuro é triste para a maioria dos pecadores, pois pode envolver uma punição eterna.

Houve quem dissesse que a receita para ficar deprimido é a falta de amparo, mais o desespero. Mas podemos decididamente eliminar um desses ingredientes; nenhum de nós precisa estar sem esperança. E a própria esperança talvez seja a melhor arma para eliminar o outro ingrediente, a sensação de incapacidade. Se tivermos esperança, poderemos suportar as provações da vida com certa medida de calma e contentamento, em vez de continuar a debater-nos em total abatimento. Sim, a esperança é uma proteção vital.

Será que essa afirmação suscita cepticismo em você? É a esperança realmente tão forte, que ela faz tanta diferença? E está uma esperança fidedigna realmente ao nosso alcance?

Igual a um capacete

O campo da medicina passou a reconhecer o poder notável da esperança. Um sobrevivente do Holocausto nazista, o especialista em estresse, Dr. Shlomo Breznitz, declarou que, no caso da maioria dos problemas da vida, “o estresse resulta da nossa interpretação da dificuldade que representam, não dos problemas em si. A esperança reduz o seu peso”. Um artigo na revista médica The Journal of the American Medical Association afirmou que a esperança é “um forte remédio”. A revista American Health relatou: “Há muitos exemplos de pacientes, especialmente de pacientes com câncer, que de repente pioram quando algo os faz perder a esperança — ou que de repente melhoram quando acham um motivo novo para viver.” — Veja Provérbios 17:22.

Os estudantes da Bíblia já sabem por muito tempo da importância da esperança. O apóstolo Paulo, em 1 Tessalonicenses 5:8, instou com os cristãos: “Mantenhamos os nossos sentidos, . . . tendo por capacete a esperança da salvação.” De que modo é “a esperança da salvação” como um capacete?

Considere a utilidade do capacete. O soldado, nos tempos bíblicos, usava um capacete de cobre ou de ferro sobre um gorro de feltro, lã ou couro. Este capacete protegia a cabeça contra tiros de flecha, golpes de clava e cortantes espadas de guerra. Assim, é provável que poucos soldados hesitassem em usar um capacete quando possuíam um. No entanto, o uso do capacete não significava que o soldado era invencível ou que não sentia nada quando golpeado na cabeça; antes, o capacete apenas assegurava que a maioria dos golpes resvalassem em vez de causar um dano fatal.

Assim como o capacete protege a cabeça, assim a esperança protege a mente. A esperança talvez não nos habilite a não ligar a crises ou reveses, como se fossem algo sem importância. Mas a esperança amortece esses golpes e ajuda-nos a nos certificar de que não se mostrem fatais para a nossa saúde mental, emocional ou espiritual.

Abraão, o homem fiel, evidentemente usava tal capacete figurativo. Jeová pediu-lhe que sacrificasse seu amado filho Isaque. (Gênesis 22:1, 2) Quão fácil teria sido para Abraão cair em desespero, um sentimento que o poderia ter levado a desobedecer a Deus. O que lhe protegia a mente contra tais sentimentos? A esperança desempenhou um papel-chave nisso. Segundo Hebreus 11:19, “ele achava que Deus era capaz de levantá-lo [Isaque] até mesmo dentre os mortos”. De modo similar, a esperança que Jó tinha na ressurreição ajudou a proteger a mente contra a amargura, que o poderia ter levado a amaldiçoar a Deus. (Jó 2:9, 10; 14:13-15) Jesus Cristo, em face duma morte agonizante, encontrou força e consolo em sua alegre esperança relativa ao futuro. (Hebreus 12:2) A base para a verdadeira esperança é a confiança em que Deus nunca fará algo de errado, que nunca deixará de cumprir sua palavra. — Hebreus 11:1.

A base da genuína esperança

Igual à fé, a genuína esperança baseia-se em fatos, realidades e verdade. Isto talvez surpreenda a alguns. Conforme certo escritor o expressou, “a maioria das pessoas acha que a esperança é apenas uma forma estúpida de se negar a verdade”. No entanto, a verdadeira esperança não é mero otimismo utópico, a crença insípida de que podemos obter o que quisermos ou de que mesmo as mínimas coisas se resolverão bem. A vida tem um modo de apagar tais ilusões fulgurantes com frias realidades. — Eclesiastes 9:11.

A verdadeira esperança é diferente. Ela resulta de conhecimento, não de desejos. Considere a segunda família do enigma mencionado no início. Que esperança teria se a prefeitura tivesse sido notória por não cumprir promessas? Em vez disso, a promessa, em adição à evidência da sua fidedignidade, podia dar à família uma base sólida de esperança.

As Testemunhas de Jeová, do mesmo modo, têm hoje uma esperança intimamente relacionada com um governo — o Reino de Deus. Este Reino é o próprio âmago da mensagem da Bíblia. Durante milênios tem sido a fonte de esperança para mulheres e para homens tais como Abraão. (Hebreus 11:10) Deus promete que, por meio do seu Reino, ele acabará com este corrupto velho sistema mundial e introduzirá um novo. (Romanos 8:20-22; 2 Pedro 3:13) A esperança deste Reino é real, não um sonho. Sua fonte — Jeová Deus, o Soberano Senhor do Universo — sem exagero, é irrepreensível. Nós só precisamos examinar a criação física feita por Deus para ver que ele existe e que tem amplos poderes para cumprir todas as suas promessas. (Romanos 1:20) Basta esquadrinharmos o registro dos seus tratos com a humanidade para ver que sua palavra nunca deixa de ser cumprida. — Isaías 55:11.

Lamentavelmente, porém, a maioria daqueles que professam ser cristãos perdeu de vista a verdadeira esperança. O teólogo Paul Tillich dissera num sermão, recentemente publicado: “Os [primitivos] cristãos aprenderam a esperar o fim. Mas aos poucos deixaram de esperar. . . . A expectativa duma nova condição das coisas na Terra enfraqueceu, embora se orasse por ela em todo Pai-Nosso — Seja feita a tua vontade na Terra como no céu!”

Que tragédia! Milhões, sim, bilhões de pessoas em grande necessidade duma esperança não têm nenhuma, apesar de ela lhes estar prontamente disponível na sua própria Bíblia. Veja os horríveis frutos disso! Sem uma esperança sólida para proteger-lhes a mente, é de admirar que um desesperador “estado mental reprovado” tenha levado tantos a poluir o mundo com desenfreada imoralidade e violência? (Romanos 1:28) É vital que nunca caiamos nesta mesma armadilha. Em vez de deixarmos de lado o capacete da esperança, precisamos sempre reforçá-lo.

Como pode desenvolver a sua esperança

O melhor modo de desenvolver a esperança é reconhecer sua fonte, Jeová Deus. Estude diligentemente a Sua Palavra, a Bíblia. Romanos 15:4 diz: “Todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras, tivéssemos esperança.”

Além disso, devemos certificar-nos de que a nossa esperança quanto ao futuro não seja apenas uma vaga abstração. Precisamos fazer com que seja real na nossa mente. Espera você viver para sempre no Paraíso na Terra? Gostaria de encontrar-se com os seus entes queridos quando ressuscitarem na Terra? Em caso afirmativo, consegue ver-se lá naquele tempo? Por exemplo, Isaías 65:21, 22, fala a respeito de cada um construir a sua própria casa e depois ocupá-la. Pode fechar os olhos e imaginar que está trabalhando no telhado da sua nova casa, assentando a última telha? Imagine olhar em volta para o resultado de todo o seu planejamento e trabalho. Os sons animadores da construção diminuem; você observa a paisagem, ao passo que as sombras da tarde se estendem sobre ela. Uma brisa faz as árvores balouçar suavemente e refresca você do calor do seu trabalho. Os risos de crianças, misturados com o canto de pássaros, atingem seus ouvidos. Ouve da casa embaixo a conversa de seus entes queridos.

Visualizar tal momento feliz não é mera especulação; antes, é meditação numa profecia que tem cumprimento certo. (2 Coríntios 4:18) Quanto mais real esta perspectiva for para você, tanto mais forte será a sua esperança de estar lá. Uma esperança tão firme e palpável o protegerá contra ‘envergonhar-se das boas novas’, o que poderia induzi-lo a se esquivar da tarefa de transmiti-las a outros. (Romanos 1:16) Ao contrário, você desejará ‘jactar-se da esperança’, assim como o apóstolo Paulo fez, por transmiti-la confiantemente a outros. — Hebreus 3:6.

Há mais do que o futuro eterno que dá esperança. Há também fontes de esperança na atualidade. De que modo? Um estadista romano do quinto século EC, chamado Cassiodoro, disse: “Aquele que deriva esperança de benefícios futuros é quem reconhece um benefício já recebido.” Palavras sábias essas! Quanto consolo nos dariam as promessas de bênçãos futuras se não soubéssemos avaliar as bênçãos atuais?

A oração também desenvolve a esperança agora mesmo. Além de orarmos pelo futuro a longo prazo, devemos também orar pelas nossas necessidades presentes. Podemos ter esperança e orar por um relacionamento melhor com membros da família e com outros cristãos, por nossa próxima refeição espiritual, e até mesmo para que se satisfaçam nossas necessidades materiais. (Salmo 25:4; Mateus 6:11) Depositarmos tais esperanças nas mãos de Jeová nos ajudará a perseverar dia após dia. (Salmo 55:22) Ao passo que perseveramos, esta mesma perseverança também reforça o capacete da esperança. — Romanos 5:3-5.

Adotar um conceito esperançoso sobre as pessoas

O pensamento negativo é como ferrugem no capacete da esperança. É corrosivo, e aos poucos poderá inutilizar o capacete. Já aprendeu a reconhecer pensamentos negativos e a combatê-los? Não se deixe enganar pela idéia errônea de que uma atitude cínica, crítica e pessimista é sinônimo de inteligência. Na realidade, o pensamento negativo exige pouco intelecto.

É demasiado fácil adotar uma atitude desesperançosa a respeito de nossos semelhantes. Alguns, por causa de dolorosas experiências no passado, desesperam-se de receber alguma vez ajuda ou consolo de outros. “Gato escaldado, da água fria tem medo”, é o lema deles. Talvez até mesmo hesitem em dirigir-se a anciãos cristãos em busca de ajuda para os seus problemas.

A Bíblia ajuda-nos a adotar um conceito mais equilibrado sobre as pessoas. É verdade que não é sábio depositarmos todas as nossas esperanças em homens. (Salmo 146:3, 4) Mas, na congregação cristã, os anciãos servem como “dádivas em homens” da parte de Jeová. (Efésios 4:8, 11) São cristãos conscienciosos, experientes, que desejam sinceramente ser “como abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal”. — Isaías 32:2.

Muitos outros na congregação cristã também se preocupam muito em ser fonte de esperança. Pense só em quantas centenas de milhares deles agem agora mesmo como mães, pais, irmãs, irmãos e filhos para com os que perderam sua própria família; pense em quantos outros agem como amigos ‘que se apegam mais do que um irmão’ aos aflitos. — Provérbios 18:24; Marcos 10:30.

Se você tiver orado a Jeová por ajuda, não perca a esperança. Ele talvez já lhe tenha respondido; talvez haja agora mesmo um ancião ou outro cristão maduro pronto para ajudá-lo, desde que o deixe saber sua necessidade. Termos uma esperança equilibrada em pessoas protege-nos contra nos retirarmos de todos e nos isolarmos, o que pode levar a uma conduta egoísta e nada prática. — Provérbios 18:1.

Além disso, se tivermos um problema com um concristão, não precisamos encarar isso com uma atitude negativa, desesperançosa. Afinal, “o amor . . . espera todas as coisas”. (1 Coríntios 13:4-7) Procure encarar os irmãos e irmãs cristãos assim como Jeová os vê — com esperança. Enfoque as boas qualidades deles, presuma deles o melhor e procure solucionar os problemas. Uma esperança assim protege-nos contra rixas e altercações, que não são de proveito para ninguém.

Nunca caia no desespero deste velho mundo moribundo. A esperança existe — tanto quanto ao nosso futuro eterno como quanto à solução de muitos dos nossos problemas atuais. Adotará esta esperança? Por usar a esperança como capacete protetor, nenhum servo de Jeová estará realmente desamparado — não importa quão terrível a situação. Se nós mesmos não desistirmos dela, nada no céu ou na Terra pode arrancar-nos a esperança que Jeová nos tem dado. — Veja Romanos 8:38, 39.

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