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  • w93 15/10 pp. 8-11
  • O problema de aprender a esperar

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  • O problema de aprender a esperar
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
w93 15/10 pp. 8-11

O problema de aprender a esperar

APRENDER a esperar pelas coisas que desejamos é provavelmente uma das mais difíceis lições para nós humanos aceitarmos. Crianças pequenas são por natureza impacientes. O que quer que atraia sua atenção, elas querem ter, e o querem na hora! Mas, como talvez saiba por experiência própria, uma realidade da vida é que nem tudo pode ser obtido na hora em que se quer. Mesmo no caso de desejos legítimos, precisamos aprender a esperar o momento oportuno para satisfazê-los. Muitos aprendem essa lição; outros nunca a aprendem.

Aqueles que desejam obter a aprovação divina têm razões específicas para aprender a esperar. Jeremias, um servo pré-cristão de Jeová, frisou isso: “É bom que se espere, mesmo silencioso, a salvação da parte de Jeová.” Mais tarde, o discípulo cristão Tiago disse: “Portanto, exercei paciência, irmãos, até a presença do Senhor.” — Lamentações 3:26; Tiago 5:7.

Jeová tem seu próprio cronograma para realizar seus propósitos divinos. Se formos incapazes de esperar até o tempo devido dele para efetuar certas coisas, ficaremos dessatisfeitos e descontentes, o que sufocará nossa alegria. Sem alegria o servo de Deus ficará espiritualmente fraco, como disse Neemias aos seus conterrâneos: “A alegria no SENHOR é a vossa força.” — Neemias 8:10, The New English Bible.

A sabedoria de aprender a esperar

É natural que os solteiros desejem casar-se ou que casais sem filhos desejem tê-los. Ademais, não há nada de errado em querermos satisfazer necessidades ou desejos materiais corretos. Não obstante, visto que cremos que os dias deste sistema de coisas estão contados e que no vindouro novo sistema Deus ‘abrirá sua mão e satisfará o desejo de toda coisa vivente’, muitos cristãos decidiram esperar realizar alguns desses desejos numa ocasião mais apropriada. — Salmo 145:16.

Entretanto, pessoas sem essa esperança cristã bem alicerçada não verão muita razão para postergar. Sem fé em Jeová, de quem procede “toda boa dádiva e todo presente perfeito”, elas questionam a sabedoria de se adiar as coisas para um futuro que duvidam que algum dia chegue. Vivem segundo o lema: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos.” — Tiago 1:17; 1 Coríntios 15:32; Isaías 22:13.

Nas nações desenvolvidas, o mundo da publicidade se aproveita da inconfundível tendência para a gratificação instantânea. As pessoas são incentivadas a realizar todas as suas vontades. O comércio quer convencer-nos de que os confortos materiais modernos são necessidades absolutas. Por que privar-se delas, é seu argumento, especialmente quando os cartões de crédito, os planos de financiamento, e as táticas de “compre agora e pague depois” possibilitam-lhe ter tudo agora mesmo? Ademais, ‘Você merece o melhor; seja bom consigo mesmo! Lembre-se, ou você aproveita agora, ou talvez nunca mais!’ Assim afirmam lemas publicitários populares.

No ínterim, dezenas de milhões de pessoas nos países em desenvolvimento sobrevivem com as necessidades básicas mínimas — ou até com menos. Poderia algo frisar mais vividamente a imperfeição e a injustiça dos sistemas políticos e econômicos do homem?

Notamos a sabedoria de aprender a esperar quando vemos que milhões de pessoas não dispostas a fazê-lo — ou ao menos não vendo razão para fazê-lo — mergulharam em grandes dívidas para satisfazer desejos imediatos. Imprevistos, tais como doença ou desemprego, podem significar um desastre. O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung explicou por que há alegadamente um milhão de pessoas sem teto na Alemanha: “Tipicamente, [essa condição] não raro é precedida de desemprego ou de dívidas excessivas.”

Impossibilitadas de pagar as contas, muitas de tais pessoas infelizes sofrem a trágica perda tanto de sua casa como de seus bens. Com muita freqüência, o estresse aumentado resulta em tensão na família. Casamentos abalados começam a ruir. Crises de depressão e outros problemas de saúde tornam-se comuns. No caso dos que são cristãos, a espiritualidade talvez sofra, levando por sua vez a um modo de pensar errado e a conduta imprópria. Pessoas que insensatamente começaram desejando tudo, acabam não tendo quase nada.

Para muitos, um novo desafio

Jesus tornou claro que devemos ter cautela para que não aconteça que ‘as ansiedades deste sistema de coisas e o poder enganoso das riquezas, e os desejos do resto das coisas, intervenham e sufoquem a palavra’. (Marcos 4:19) Devemos lembrar-nos de que nenhum sistema político conseguiu eliminar as ansiedades, incluindo as de ordem econômica, sobre as quais Jesus falou.

O comunismo, que os países da Europa Oriental rejeitaram agora, tentava igualar as coisas por meio duma economia controlada pelo Estado. Em contraste com o sistema de livre iniciativa, o sistema anterior dava aos habitantes daqueles países certa medida de segurança econômica que o capitalismo muitas vezes deixa de dar. Ainda assim, as ansiedades sobre as quais Jesus falou existiam na forma de escassez de bens de consumo e do cerceamento da liberdade individual.

No momento, muitos desses países estão introduzindo economias de mercado, apresentando assim aos seus cidadãos um novo desafio. Recente reportagem noticiou: “A ingenuidade é mesclada com o desejo de atingir rapidamente o padrão ocidental de consumo.” Para conseguir isso, “crescente número de pessoas na nova Länder da Alemanha oriental estão entrando no redemoinho da dívida”. A reportagem continua: “Após a euforia inicial devido à nova liberdade econômica, espalham-se agora o medo e o desespero.” As ansiedades permanecem, só que agora vestidas duma roupa capitalista.

Maiores liberdades políticas e econômicas abriram novas possibilidades para a melhora econômica. Assim, muitos talvez se sintam tentados a considerar seriamente a idéia de iniciar seu próprio negócio ou de mudar-se para outro país com melhores oportunidades de emprego.

Decisões como essas são assunto pessoal. Não é errado o cristão desejar melhorar sua situação econômica. Talvez seja motivado pelo desejo de cuidar bem de sua família, ciente de que “se alguém não fizer provisões para os seus próprios, e especialmente para os membros de sua família, tem repudiado a fé e é pior do que alguém sem fé”. — 1 Timóteo 5:8.

É, portanto, impróprio criticar a decisão tomada por outros. Ao mesmo tempo, os cristãos devem lembrar-se de que é imprudente buscar alívio de problemas econômicos incorrendo em dívidas excessivas que poderiam enlaçá-los. Seria igualmente errado se, para buscar alívio de problemas econômicos, negligenciassem obrigações e interesses espirituais.

Aprendamos de outros

Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, milhares de alemães emigraram da Europa, então devastada pela guerra, para outros países, especialmente para a Austrália e o Canadá. Muitos puderam melhorar assim sua situação econômica, mas nenhum deles conseguiu escapar totalmente das ansiedades econômicas sobre as quais Jesus falou. A solução de problemas econômicos criou em alguns casos novos problemas — saudades de casa, um idioma estranho, adaptar-se a uma alimentação diferente, a costumes diferentes e a novos amigos, ou lidar com atitudes diferentes.

Alguns desses emigrantes eram Testemunhas de Jeová. É elogiável que a maioria deles se negou a deixar que os problemas peculiares à emigração sufocassem sua espiritualidade. Mas houve exceções. Alguns caíram vítimas do poder enganoso das riquezas. O progresso teocrático deles não acompanhou o progresso do seu bem-estar econômico.

Isso certamente ilustra a sabedoria de analisarmos com cuidado nossa situação antes de fazermos decisões que talvez sejam insensatas. Tendências materialistas nos farão diminuir o passo na obra de fazer discípulos, de que os cristãos foram incumbidos e que nunca mais se repetirá. Isso é veraz, não importa onde moremos, visto que não há país cujos cidadãos estejam livres de ansiedades econômicas.

Travemos a luta excelente

Paulo admoestou Timóteo: “Empenha-te pela justiça, pela devoção piedosa, pela fé, pelo amor, pela perseverança, pela brandura de temperamento. Trava a luta excelente da fé, apega-te firmemente à vida eterna para a qual foste chamado.” Aos cristãos coríntios ele disse: “Tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor.” — 1 Timóteo 6:11, 12; 1 Coríntios 15:58.

Seguir esse excelente conselho é a melhor forma de combater o materialismo, e certamente há bastante para o cristão fazer! Em certos países onde não há muitos pregadores do Reino, multidões só têm tido limitado acesso à verdade. Jesus predisse com exatidão: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.” — Mateus 9:37.

Em vez de permitirem que as ansiedades econômicas nesses países as desviem da obra espiritual que têm para fazer, as Testemunhas de Jeová tiram proveito da situação, usando plenamente todas as oportunidades de que dispõem. Quando temporariamente desempregados, muitos ampliam sua atividade de pregação. Este serviço, além de contribuir para o aumento do brado de louvor a Jeová, dá-lhes a alegria necessária para lidarem com seus próprios problemas econômicos.

Essas Testemunhas dão prioridade à obra de pregação e relegam os problemas econômicos a segundo plano, o que demonstra à fraternidade mundial que confiam implicitamente em Jeová para cuidar delas. A promessa dele é: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” — Mateus 6:33.

Desde o restabelecimento da adoração verdadeira em 1919, Jeová não deixou seu povo fraquejar. Ele o protegeu durante severa perseguição e em alguns lugares durante décadas de atividades às ocultas. As Testemunhas de Jeová estão decididas: o que o Diabo não conseguiu por meio de perseguição, ele não conseguirá por meio do laço mais sutil do materialismo!

Aprender a esperar em todos os sentidos

Salões do Reino espaçosos, equipamentos de som custosos, Salões de Assembléias e atraentes lares de Betel glorificam a Deus e freqüentemente são um testemunho silencioso de que ele está abençoando seu povo. As Testemunhas de Jeová em países onde a obra há muito estava proscrita talvez achem que estão muito atrasadas nesse respeito. Mas o mais importante é que continuem mantendo o passo em sentido espiritual. Os indícios exteriores da bênção de Deus, em sentido material, se seguirão no tempo devido.

Os servos dedicados de Jeová precisam ficar atentos para que não aconteça que, na busca de interesses pessoais, comecem a achar que já ficaram privados de certas coisas materiais por tempo suficiente. É compreensível que ansiemos o alívio de desigualdades econômicas e sociais, mas o povo de Jeová não despercebe o fato de que todos os servos de Deus anseiam um alívio. Os cegos anseiam enxergar novamente, os que padecem de doenças crônicas anseiam ter a saúde restabelecida, os deprimidos anseiam ter uma perspectiva alegre, e os que perderam entes queridos na morte anseiam revê-los.

Devido às circunstâncias, todo cristão, de algum modo, se vê obrigado a aguardar o novo mundo de Jeová para ver seus problemas resolvidos. Isso deve fazer-nos perguntar: ‘Se tenho o sustento e com que me cobrir, não deveria estar contente com tais coisas e estar disposto a esperar o alívio dos problemas econômicos?’ — 1 Timóteo 6:8.

Os cristãos que confiam plenamente em Jeová podem estar certos de que, se tão-somente estiverem dispostos a esperar, todos os seus desejos e necessidades corretos em breve serão satisfeitos. Ninguém terá esperado em vão. Voltamos a repetir as palavras de Paulo: “Tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o vosso labor não é em vão em conexão com o Senhor.” — 1 Coríntios 15:58.

Então, será que aprender a esperar deveria constituir um problema tão grande assim?

[Foto na página 10]

Aprender a esperar pode salvar-lhe a vida

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