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  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2002
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2002
w02 15/8 pp. 30-31

Perguntas dos Leitores

Que orientação dão as Escrituras para a educação de filhos quando um dos pais não é Testemunha de Jeová?

Dois princípios bíblicos básicos dão orientações sobre a criação de filhos ao pai ou à mãe que é Testemunha de Jeová, cujo cônjuge é descrente. Um dos princípios é: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” (Atos 5:29) O outro é: “O marido é cabeça de sua esposa, assim como também o Cristo é cabeça da congregação.” (Efésios 5:23) Este último não se aplica apenas às mulheres cujo marido também é Testemunha de Jeová, mas aplica-se igualmente às mulheres cujo marido não compartilha a mesma fé. (1 Pedro 3:1) Como pode o pai ou a mãe conciliar esses princípios quando instrui seus filhos?

Se o marido for Testemunha de Jeová, ele tem a responsabilidade de fazer provisões tanto espirituais como materiais para a família. (1 Timóteo 5:8) Embora a mãe descrente possa passar mais tempo com os filhos, o pai Testemunha de Jeová deve instruir os filhos por dar-lhes treinamento espiritual em casa e por levá-los às reuniões cristãs, onde tirarão proveito da instrução moral e da associação salutar.

O que fazer quando a esposa incrédula insiste em levar os filhos ao seu local de adoração ou em ensinar-lhes as crenças dela? A lei vigente no país talvez lhe dê o direito de fazer isso. Se os filhos ficarão atraídos a praticar atos de adoração em tais locais dependerá muito da qualidade do ensino espiritual do pai. Ao passo que os filhos ficam mais velhos, a educação bíblica dada pelo pai deve ajudá-los a seguir a verdade da Palavra de Deus. Quão feliz o pai crente se sentirá se os filhos tomarem posição a favor da verdade!

Se a mãe for Testemunha de Jeová, ela terá de respeitar o princípio da chefia embora se preocupe com o bem-estar eterno dos seus filhos. (1 Coríntios 11:3) Em muitos casos, o marido incrédulo não se importa com que a esposa, Testemunha, dê educação moral e espiritual aos filhos, e para isso as reuniões do povo de Jeová são de ajuda. A mãe pode ajudar seu marido incrédulo a ver os benefícios da instrução edificante que os filhos recebem por meio da organização de Jeová. Ela pode enfatizar com tato o valor de se inculcar nos filhos os princípios de moral da Bíblia, visto que vivem num mundo moralmente deteriorado.

Todavia, o marido descrente talvez insista em que os filhos sigam a religião dele, levando-os ao seu local de adoração e dando-lhes instrução religiosa segundo a sua crença. Ou ele pode ser contra todas as religiões e insistir que seus filhos não recebam instrução religiosa. Sendo o chefe da família, a ele cabe a principal responsabilidade de tomar a decisão.a

Ao passo que a esposa crente, como cristã dedicada, respeita a chefia do marido, ela deve ter em mente a atitude dos apóstolos Pedro e João, que disseram: “Quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” (Atos 4:19, 20) Preocupada com o bem-estar espiritual dos filhos, a mãe que é Testemunha de Jeová encontrará oportunidades para dar-lhes orientação moral. Ela tem a responsabilidade perante Jeová de ensinar a outros o que ela sabe ser verdadeiro, e seus filhos não devem ser uma exceção a isso. (Provérbios 1:8; Mateus 28:19, 20) Como pode a mãe, Testemunha, resolver esse dilema?

Por exemplo, considere a questão da crença em Deus. A esposa que é Testemunha talvez não consiga ter um estudo bíblico formal com os filhos por causa das restrições do marido. Será que por isso ela deve esquivar-se de falar aos filhos algo sobre Jeová? Não. As palavras e as ações dela naturalmente refletem sua crença no Criador. Seus filhos, sem dúvida, farão perguntas sobre o assunto. Ela deve sentir-se à vontade para usar sua liberdade de religião e expressar a outros sua crença no Criador, inclusive aos filhos. Mesmo que ela não possa dirigir um estudo bíblico com os filhos, ou levá-los regularmente às reuniões, pode transmitir-lhes conhecimento sobre Jeová Deus. — Deuteronômio 6:7.

Referente à relação entre uma Testemunha de Jeová e seu cônjuge incrédulo, o apóstolo Paulo escreveu: “O marido incrédulo está santificado em relação à sua esposa, e a esposa incrédula está santificada em relação ao irmão; de outro modo, os vossos filhos seriam realmente impuros, mas agora são santos.” (1 Coríntios 7:14) Jeová considera a relação matrimonial sagrada por causa do cônjuge crente, e os filhos são considerados santos aos olhos de Jeová. A esposa que é Testemunha deve fazer o melhor que pode para ajudar os filhos a compreender a verdade, deixando o resultado final nas mãos de Jeová.

À medida que os filhos ficarem mais velhos, terão de decidir que posição adotarão, com base nas informações que receberam dos pais. Podem decidir agir segundo as palavras de Jesus: “Quem tiver maior afeição pelo pai ou pela mãe do que por mim, não é digno de mim.” (Mateus 10:37) Ordena-se-lhes também: “Filhos, sede obedientes aos vossos pais em união com o Senhor.” (Efésios 6:1) Muitos jovens têm decidido “obedecer a Deus como governante”, em vez de ao pai ou à mãe que não é Testemunha, apesar de sofrerem dificuldades da parte dele ou dela. Quão recompensador será para o pai ou a mãe que é Testemunha ver os filhos decidir servir a Jeová apesar de oposição!

[Nota(s) de rodapé]

a O direito legal da esposa à livre prática de religião inclui o de assistir a reuniões cristãs. Em alguns casos, o marido não se dispõe a cuidar dos filhos nessas ocasiões, de modo que a mãe amorosa tem a obrigação de levá-los consigo às reuniões.

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