Testemunhas de Jeová — relatório do Anuário de 1994
EM HARMONIA com o texto que tivemos no ano passado, nossas orações sinceras como Testemunhas de Jeová têm sido: “Instrui-me, ó Jeová . . . Unifica meu coração para temer o teu nome.” (Sal. 86:11) Nós, assim como o salmista Davi, queremos ser instruídos por Jeová. E quão maravilhosamente Jeová tem respondido às nossas orações pedindo ensino divino!
No ano que passou, em nossos Estudos de Livro de Congregação, tiramos proveito do estudo profundo sobre o maior homem que já viveu, o Filho unigênito de Deus, aquele que reflete perfeitamente seu Pai. (João 8:23; Heb. 1:3) Com a ajuda de A Sentinela, fomos também fortalecidos pelo estudo sobre a misericórdia e o perdão de Jeová, e sobre assuntos tais como proteger nossa vida familiar, ter um conceito equilibrado da educação secular, prestar ajuda amorosa a doentes e idosos, e andar sabiamente com respeito ao mundo, bem como sobre a maneira de cultivar qualidades tais como sujeição piedosa, fé, virtude e autodomínio. Por meio da Reunião de Serviço e da Escola do Ministério Teocrático fomos ajudados a nos tornarmos mais eficientes no ministério e a ter mais interesse pessoal nas pessoas. Como tudo isso tem sido proveitoso! E em muitos países o ano de serviço foi coroado com o maravilhoso Congresso de Distrito “Ensino Divino”.
Receber ensino divino não é mero exercício intelectual. Este ensino destina-se a amoldar o que somos no íntimo, para não termos apenas uma aparência superficial de cristianismo. Jeová Deus, em resposta às nossas orações, ajuda-nos a unificar nosso coração, para que não sejamos tíbios, ou pouco zelosos, na nossa adoração a ele, mas para que sejamos zelosos em fazer a vontade divina.
De todo o globo recebemos relatórios que evidenciam o tipo de zelo que provém dum coração assim unificado. No ano de serviço que passou, em resultado da bênção de Jeová sobre os nossos esforços unidos, houve um auge de 4.709.889 publicadores empenhados no serviço de Jeová, participando em falar a outros sobre o Reino de Deus. Num crescente número de países há agora mais de 100.000 proclamadores do Reino. É assim em dois países da América do Norte, em três da América Latina, em cinco da Europa, em um da África e em dois do Extremo Oriente. Ao todo, as Testemunhas de Jeová pregam em 231 terras. Na realidade, estão atualmente ativas em mais de 70 terras em que não havia Testemunhas 40 anos atrás.
Estes publicadores do Reino, em toda a parte, realmente fizeram empenho abnegado, dedicando o total geral de 1.057.341.972 horas ao ministério de campo no ano de serviço de 1993. Mesmo em regiões assoladas por guerras, nossos irmãos esforçaram-se em colocar os interesses do Reino em primeiro lugar. Assim, uma congregação na Bósnia central relata a média mensal de 34 horas por publicador, sem contar os pioneiros. Em toda a Terra, 623.006 Testemunhas, em média, participaram todo mês em alguma modalidade do serviço de pioneiro. O Japão pôde relatar que em abril houve ali 100.441 pioneiros, ou 56% do total de publicadores. Os estudos bíblicos domiciliares dirigidos aumentaram em 237.460, em todo o mundo, atingindo o novo auge de 4.515.587. A assistência à Comemoração aumentou para 11.865.765, e é animador ver que 296.004 dessas pessoas progrediram, durante o ano, para a dedicação e o batismo.
Para fornecer a necessária supervisão e as publicações para esta obra global de educação, há 13.828 voluntários cuidando de designações como membros da família de Betel no mundo inteiro. Destes, 4.922 servem na sede mundial, em Brooklyn, Nova York, e em outros lugares daquela região. Todos eles são membros duma ordem religiosa que está exclusivamente dedicada ao ministério.
Congressos “Ensino Divino”
Como se mostraram espiritualmente revigorantes e práticos os Congressos de Distrito “Ensino Divino”! Já se realizaram centenas deles; outros ainda estão em andamento. Referente à instrução fornecida, um ancião na Holanda disse: “Oramos muitas vezes a Jeová, pedindo ajuda e orientação no nosso serviço. Este congresso foi uma resposta às nossas orações. É como se Jeová dissesse: ‘Escutem e apliquem o conselho.’”
Em resultado da generosidade do povo de Jeová, 1.667 missionários e servos internacionais puderam assistir a congressos nos países onde moraram e serviram no passado. E eles expressam de coração seus agradecimentos a todos os que ajudaram a tornar isso possível. Foi realmente animador passar um tempinho com eles e ouvir algo deles em diversos dos congressos. Suas experiências fizeram-nos pensar na ocasião em que Paulo e Barnabé relataram à congregação de Antioquia “as muitas coisas que Deus tinha feito por meio deles, e que ele abrira às nações a porta da fé”. — Atos 14:27.
Em Munique, na Alemanha, um congresso apresentou todo o programa em croácio e em sérvio. Havia presentes irmãos da Croácia, da Sérvia, da Eslovênia, da Bósnia & Herzegovina, de Montenegro e da Macedônia, bem como congressistas da Albânia, da Hungria, da Romênia, da Rússia e da Ucrânia. Esteve presente um grande número de romanichéis (ciganos). Todos estes vieram para se beneficiar do ensino divino. Como eram agradáveis a paz, o amor e a união entre o povo de Jeová! Contrastavam com as lutas nas regiões de onde muitos destes congressistas vieram — alguns deles obrigados a escapar como refugiados.
De interesse especial para as Testemunhas de Jeová em toda a parte foram os congressos internacionais em Moscou, na Rússia, e em Kiev, na Ucrânia. Embora fosse necessário limitar o tamanho do congresso em Moscou, congressistas vindos de 30 países acharam ser um privilégio especial estar entre os 23.743 reunidos ali. Aproveitaram as oportunidades entre as sessões para se reunir com os diversos grupos lingüísticos. Que experiências alegres, animadoras e fortalecedoras da fé tiveram por fazer isso! Os congressistas tiraram também tempo para participar no ministério de campo. Alguns se levantaram cedo para isso; outros combinaram o testemunho informal com seus passeios turísticos. Ficaram impressionados quando viram os russos não somente aceitar prontamente um tratado na sua própria língua, mas amiúde parar o que estavam fazendo para ler todo ele.
Apesar de alguma oposição, o congresso em Moscou foi um grande sucesso. Quando o último orador no programa expressou gratidão a Jeová por tudo o que Ele fez para tornar esse congresso possível, a assistência se levantou e irrompeu em estrondosos e prolongados aplausos.
Duas semanas mais tarde, realizou-se um congresso bem maior em Kiev. Entre os 64.714 presentes estavam quase 53.000 que vieram da Armênia, da Geórgia, do Casaquistão, do Quirguistão, da Moldova e da Rússia, bem como da Ucrânia.
Quando os irmãos construíram sanitários para uso no estádio, alguns moradores locais perguntaram se podiam ajudar. Por quê? Responderam: “Nós também queremos fazer algo para servir a Jeová.” Muitas pessoas em Kiev, observando as Testemunhas e o espírito que demonstravam, acenavam para elas saudando-as. Um policial, apontando para o estádio, exclamou: “Nunca vi nada igual. Que gente! Seu rosto tem uma expressão tão franca. Eu já estou no novo mundo. A gente simplesmente tem de se admirar de tudo isso . . . Não entendo por que vocês foram perseguidos.” Durante o congresso, mais de 2.000 pessoas interessadas entregaram seu nome e endereço, pedindo que as Testemunhas de Jeová as visitassem o mais breve possível.
O ponto alto do congresso foi atingido quando 7.402 pessoas se apresentaram para o batismo em água, em símbolo da sua dedicação a Jeová Deus. Este foi o maior de tais batismos na história cristã, ultrapassando o de Nova York, em 1958, quando numa assistência quatro vezes maior foi imerso um número um pouco menor. Sim, Jeová tem suscitado milhares mais como suas Testemunhas, a fim de participarem na grande obra que ele manda fazer nesta parte da Terra durante esses últimos dias do velho sistema!
Instruções fornecidas em seminários em filiais e congêneres
No ano passado, um aspecto notável do programa de instrução divina envolveu seminários, de uma semana de duração, com o pessoal de filiais e congêneres da Sociedade. Realizaram-se oito desses seminários, de janeiro a abril.
Representantes de 17 filiais e congêneres na América Central e do Sul reuniram-se em janeiro na recém-dedicada congênere na Colômbia. Em fevereiro, realizou-se um seminário na Austrália, envolvendo oito filiais e congêneres que na maior parte recebem seus suprimentos de publicações da Austrália. Seguiram-se reuniões nas Filipinas para 12 filiais e congêneres do sudeste asiático e do Pacífico. Em março, 24 filiais e congêneres — incluindo a maioria das principais impressoras — estavam representadas num seminário nos Estados Unidos. Houve um seminário em abril, em Porto Rico, para cuidar das necessidades dos países no Caribe, ou vizinhos. Na mesma semana, uma reunião na Nigéria cuidou da parte ocidental e central da África. Ao mesmo tempo, em outro seminário, na Áustria, esteve presente pessoal de 16 filiais e congêneres daquela parte do mundo, e, mais adiante no mês, numa reunião no novo prédio da Sociedade, na Zâmbia, deu-se atenção especial às demais filiais e congêneres africanas.
O programa deu destaque a informações fornecidas pelas Comissões do Corpo Governante: Pessoal, Redação, Ensino, Serviço e Editora. Destinou-se a aumentar a união entre as filiais e congêneres da Sociedade, e entre todas as congregações, ao passo que se empenham vigorosamente em realizar a pregação das boas novas.
Operações de ajuda, uma expressão de nosso amor
Tempestades violentas, graves secas, inundações e guerras, que viraram notícia nos últimos meses, influem profundamente na vida de milhões de pessoas, inclusive das Testemunhas de Jeová. Não é possível simplesmente desejarmos tudo de bom aos nossos irmãos sem compartilhar com eles as necessidades da vida, nem queremos ser assim. O amor nos induz a compartilhar com eles aquilo que possuímos. (Tia. 2:15-17; 1 João 3:17) As Testemunhas de Jeová certamente fazem isso, e conforme as suas possibilidades, esforçam-se em ajudar também outros. — Gál. 6:10.
Em 1991-92, grandes partes da África, inclusive Moçambique, sofreram uma das piores secas de que há lembrança. Algumas pessoas perderam as colheitas, primeiro devido à seca, depois por enchentes e por roubo. A congênere da Sociedade em Maputo constituiu uma comissão de ajuda para coordenar os esforços de fornecer alimentos e roupa essenciais a irmãos e irmãs em necessidade. Isto envolveu a distribuição de 25 toneladas de farinha de milho, 6 toneladas de feijão, 2,7 toneladas de arroz, 1.700 litros de óleo de cozinha e 6,5 toneladas de roupas usadas. Às vezes, esses suprimentos eram distribuídos por ocasião de assembléias, e esta ajuda foi muito apreciada. Mas os missionários observaram que os irmãos estavam mais ansiosos de receber as provisões espirituais nas assembléias a que planejavam assistir. Um grupo de irmãos de Ile, sem recursos para condução, andou 112 quilômetros, só de ida, para não perder seu dia de assembléia especial.
Grande parte da Zâmbia foi similarmente afetada pela seca. A fim de ajudar os irmãos que não podiam beneficiar-se do programa de ajuda do governo, a congênere da Sociedade comprou e distribuiu 14 toneladas de cereais no início do ano. Os irmãos compartilhavam também entre si o que possuíam. Conforme os caminhões da Sociedade faziam entregas de publicações, levavam também cereais para deixar nas regiões em necessidade ao longo do caminho.
Durante uma época de luta civil em Ruanda, as pessoas das regiões afetadas escapavam para campos de refugiados, onde as condições eram extremamente difíceis. Nossos irmãos refugiados, porém — 381 deles — foram cuidados amorosamente pelas congregações. Para que a responsabilidade fosse repartida, os refugiados foram divididos em grupos entre várias congregações. A Sociedade ajudou com os recursos necessários, e irmãos habilitados fizeram visitas regulares para dar encorajamento espiritual. Muitos destes publicadores refugiados, embora tivessem perdido quase tudo em sentido material, serviram como pioneiros auxiliares durante esses meses difíceis. Outros iniciaram o serviço de pioneiro.
Cerca de mil irmãos no Zaire ficaram privados de tudo em resultado duma guerra tribal. Alguns comiam apenas uma vez em três dias. Quando a congênere da Sociedade na África do Sul soube disso, os irmãos se compadeceram muito dos seus irmãos no Zaire. A congênere relatou prontamente esta situação ao Corpo Governante, e então despachou 24 toneladas de alimentos, sabão e remédios para aliviar esta situação. Do mesmo modo, quando um grupo de 70 Testemunhas adultas e seus filhos, de Angola, se viram obrigados a fugir para a Namíbia, por causa da guerra civil, os irmãos locais cuidaram deles prontamente. Quando se descobriu que o campo ao qual as Testemunhas refugiadas haviam sido levadas não estava em condições de cuidar delas, os irmãos na Namíbia forneceram tendas, alimentos, roupa, cobertores e materiais de construção para um Salão do Reino temporário.
Nossos irmãos na Alemanha, na Áustria, na Itália e na Suíça foram muito generosos em contribuir com os seus recursos para ajudar Testemunhas na região dilacerada pela guerra, anteriormente conhecida como Iugoslávia. Cento e cinqüenta e três toneladas de alimentos e 23 toneladas de roupas, materiais de limpeza e remédios, bem como provisões espirituais, foram levados a elas neste ano que passou. Irmãos se ofereceram para levar os caminhões, apesar do perigo que isso constituía para eles. A respeito de uma das viagens a Sarajevo, um irmão contou que, depois das formalidades alfandegárias, ainda havia uns 15 pontos de controle policial e militar no caminho. Mas os irmãos estavam preparados, e em cada ponto deixaram revistas com os soldados. Estradas haviam sido destruídas, a neve derretida transformara estradas de terra em lamaçais, e às vezes havia explosões tão perto, que os irmãos pensavam ter sido atingidos. Mas os nossos irmãos consideravam um privilégio realizar esse serviço. E os que receberam a ajuda ficaram profundamente gratos e sentiram mais do que nunca que fazem realmente parte duma família internacional.
No outro lado do globo, o furacão Iniki atacou as ilhas Havaianas no noroeste, em setembro de 1992. Foi a pior catástrofe na história do Havaí. Mesmo já antes de o furacão atingir a ilha de Kauai, os anciãos ali organizaram a ajuda a ser dada aos seus irmãos. A espiritualidade foi mantida em primeiro plano. Nas semanas seguintes, fizeram-se consertos e reconstruções em 400 casas de irmãos. Sempre, antes de iniciar o trabalho em determinada casa, a turma de trabalho e a família envolvida consideravam o texto do dia e oravam juntos. Durante um período de seis meses, anciãos experientes de outras ilhas, acompanhados pela esposa, também foram à região atingida para fazer pastoreio, dirigir reuniões, tomar a dianteira no serviço de campo e ajudar no preenchimento de complexos formulários governamentais e/ou de seguro solicitando indenização.
Sabe onde fica a ilha de Niutao? Poucos sabem. Apenas cerca de 800 pessoas vivem neste atol de coral no Pacífico Sul. Entre elas há um publicador não-batizado que perdeu a casa e todos os seus bens em resultado duma gigantesca onda de maré, em janeiro de 1993. Assim que os irmãos em outra ilha do grupo Tuvalu souberam dos danos causados, forneceram alimentos e outra ajuda. Levou mais tempo para ajuntar os necessários materiais de construção e enviá-los a Niutao. Depois reconstruíram a casa dele. O amor assim demonstrado pelas Testemunhas tem sido assunto de muita conversa na ilha.
A vizinha de uma das nossas irmãs, quando observou o que o povo de Jeová fazia para ajudar uns aos outros na Libéria dilacerada por uma guerra, disse: “Seu Deus Jeová realmente ama vocês, por lhes providenciar tal ajuda.” Sim, ele nos ama mesmo!
Construções para atender o crescente aumento
Em vista do batismo de 296.004 pessoas num ano e da formação de 3.512 congregações num só ano (2.528.524 batizados e 26.835 congregações formadas nos últimos dez anos), há muito a fazer para cuidar de todas elas. Entre outras coisas, envolve construções. E quanta construção se fez neste ano que passou!
Nos Estados Unidos, 73 Comissões Regionais de Construção ajudaram na construção de Salões do Reino. Durante o ano de serviço de 1993, com a cooperação de dezenas de milhares de voluntários bem dispostos, ajudaram a construir uns 200 Salões do Reino novos e a reformar outros 200.
No Japão, onde também se usam métodos de construção rápida, foram completados 108 Salões do Reino, mas estes tiveram de ser projetados para resistir a terremotos e a tufões. Os que se ofereceram para ajudar no trabalho contribuíram não só com perícia e mão-de-obra, mas também com outros recursos.
Os irmãos na Argentina tomaram por objetivo providenciar que cada uma das mais de 1.500 congregações ali tivesse um lugar adequado para a adoração. No ano passado, completaram-se 57 salões novos. Mas há necessidade de muitos outros. Ali, novos Salões do Reino usualmente são construídos em cerca de três a quatro semanas.
Mais de 800 novos Salões do Reino foram construídos nas Filipinas, nos últimos seis anos. Mas há 3.332 congregações, e muitas delas ainda precisam de um lugar mais adequado em que se reunir.
No Brasil, onde houve um aumento de 120.687 Testemunhas nos últimos cinco anos, foi impossível ficar em dia com a necessidade de novos Salões do Reino. Mas no ano que passou, foram completados 93 salões novos, e iniciou-se a construção de mais 1.383.
Há também necessidade de mais Salões do Reino para cuidar do rápido aumento na Colômbia. A congênere ali se empenha em elaborar um arranjo para simplificar o método de construção e para fornecer a ajuda de equipes especializadas em construção, treinadas na sede da Sociedade ali.
Nas zonas rurais da África do Sul, algumas congregações fabricam seus próprios blocos de concreto, e, com a ajuda de voluntários providenciados através da Comissão Regional de Construção, conseguem completar um salão bonito, e dentro dos recursos, em três a seis fins de semana. O trabalho de grupos de construção multirraciais em regiões afligidas por lutas, tais como Soweto, exige muita cautela, mas demonstra também de forma bem vívida o amor e a união entre os do povo de Jeová.
Na Noruega há 21 Salões do Reino acima do Círculo Ártico. Um deles se encontra agora em Hammerfest, a cidade mais setentrional da Europa.
Os irmãos na Hungria, refletindo o espírito de Isaías 2:3, 4, construíram dois dos seus novos Salões do Reino em terrenos que antes eram usados para grandes bases militares russas.
O espírito abnegado demonstrado pelos irmãos que vieram do estrangeiro para ajudar a construir a filial e o Salão de Assembléias nas ilhas Salomão influiu muito nas Testemunhas ali. Isto se tornou evidente quando o governo indicou um excelente terreno em Munda, em que os irmãos podiam construir um Salão do Reino. Mas a congregação era pequena. Quem faria o trabalho? Os irmãos em Honiara disseram: “Se nossos irmãos do além-mar puderam usar seu dinheiro e seu tempo para nos ajudar a construir um Salão de Assembléias e uma filial, por que não podemos usar nossas férias e ir a Munda para construir o Salão do Reino?” Foi exatamente o que fizeram. Irmãos e irmãs de 13 ilhas e tribos estavam envolvidos nisso, e o salão foi construído em apenas 10 dias.
Na Eslováquia, uma congregação em que metade dos publicadores é de pioneiros mostrou grande engenhosidade. Famílias inteiras colheram frutinhas silvestres a fim conseguir dinheiro para a construção. Para reduzir as despesas, tiraram também areia e pedras do leito dum riacho próximo.
Seis chefes de família, na Coréia, fizeram empréstimos bancários e doaram o dinheiro à sua congregação para o seu novo Salão do Reino. Como contribuição para a construção, esses irmãos assumiram a responsabilidade de saldar os empréstimos.
Na Nigéria, quatro irmãos duma pequena congregação dirigiram-se ao Onojie, o tradicional governante regional, para pedir um terreno que pudessem comprar para um novo Salão do Reino. Mas não podiam pagar a quantia que ele pediu. Alguns meses mais tarde, um dos anciãos emprestou ao Onojie o vídeo Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome. Ele ficou profundamente impressionado. Depois de vê-lo cinco vezes, colocou o terreno necessário à disposição dos irmãos para seu novo Salão do Reino.
Em muitos lugares mostrou-se também prático termos nossos próprios Salões de Assembléias. Salões assim foram construídos na Colômbia e nos Estados Unidos, no ano que passou. Mais dois foram dedicados no Brasil, dois na Costa Rica e um na Jamaica. No Peru, foi dedicado em fevereiro de 1993 um Salão de Assembléias para a realização de congressos de distrito de 10.000 pessoas. As extremidades, bem como as laterais que são abertas até a altura de uns 3 metros, oferecem boa ventilação. O piso de concreto ligeiramente inclinado possibilita que toda a assistência tenha uma boa visão do palco. Os irmãos na França construíram seu quinto e maior Salão de Assembléias este ano que passou. Muitos trabalhadores e sua família usaram de bom grado suas férias para terminar a construção — em apenas quatro meses! Na Itália, completou-se um novo Salão de Assembléias na província de Catanzaro, e os irmãos na Espanha dedicaram seu quarto Salão de Assembléias.
Naturalmente, o aumento no número de Testemunhas também exige a ampliação dos prédios das filiais e congêneres da Sociedade, para poder fornecer as publicações e a supervisão necessárias. Grandes prédios novos estiveram em construção, no ano passado, na Polônia, em Porto Rico, na Zâmbia, no Equador, na França, no México, na República Dominicana e em Taiwan (Formosa). Nos Estados Unidos, têm continuado as grandes ampliações dos prédios em Brooklyn, e houve excelente progresso no Centro Educacional da Torre de Vigia, em Patterson. Muita expansão também está em progresso na Grã-Bretanha, no Canadá, bem como na África do Sul, na Alemanha, na Austrália, no Brasil, na Coréia, na Espanha e na Nova Zelândia. Novos prédios da Sociedade em tamanho menor foram construídos na Hungria, na Jamaica, em Moçambique, no Paraguai, em Sri Lanka, em Suriname, em Samoa Ocidental e em Taiti. Muitos milhares de irmãos e de irmãs se colocaram à disposição para participar neste trabalho. Que ano maravilhoso!
Dedicações de filiais e congêneres da sociedade
Após a dedicação do templo de Jeová em Jerusalém, nos dias de Salomão, as pessoas voltaram para casa, “alegrando-se e sentindo-se contentes de coração por toda a bondade que Jeová havia feito” para com seu povo. (1 Reis 8:66) Assim também nos tempos atuais, há muita alegria por ocasião da dedicação de prédios de filiais e congêneres da Sociedade Torre de Vigia, também usados para promover a adoração verdadeira. Onde foram dedicados esses prédios durante o ano de serviço que passou?
Colômbia
A cerca de 2.700 metros de altitude na cordilheira dos Andes da América do Sul, em Facatativá, na Colômbia, La Torre del Vigía tem um novo escritório e uma nova gráfica, bem como residências para os trabalhadores voluntários. Estes prédios foram dedicados em 1.º de novembro de 1992. A paisagem é bela, a 42 quilômetros ao noroeste de Bogotá, à beira do planalto em que se encontra a capital colombiana. Ali se imprimem em espanhol, a quatro cores, as edições de A Sentinela e Despertai! para a Colômbia, a Venezuela, o Panamá, o Equador e o Peru.
Na época em que começou a construção dos novos prédios da Sociedade, havia 34.261 Testemunhas de Jeová na Colômbia. Durante os cinco anos de construção, o número de Testemunhas no país aumentou em 63%, para 55.693. Agora se dirigem estudos bíblicos domiciliares com 100.927 pessoas e famílias. Em 1993, houve 249.271 presentes na Comemoração da morte de Cristo. A época atual realmente é de alegria com a colheita espiritual na Colômbia.
Quatrocentas Testemunhas da Colômbia, além de cem servos internacionais, constituíram a base da equipe de construção que transformou o que antes fora uma granja em um centro de educação teocrática. Outros 3.000 voluntários de congregações vizinhas ajudaram em feriados e nos fins de semana e uns 1.500 vieram do exterior — por algumas semanas ou por alguns meses — às suas próprias custas. Os comerciantes locais mal podiam acreditar nisso, e um deles interrogou pessoalmente tanto Testemunhas colombianas como estrangeiras para se certificar da veracidade disso. Outro comerciante, profundamente impressionado com o que via e ouvia, aceitou um estudo bíblico. Agora, ele e sua esposa são Testemunhas batizadas.
Para o programa de dedicação vieram 1.500 convidados, de 14 países. Entre eles estavam Milton Henschel e Daniel Sydlik, do Corpo Governante. Que reuniões alegres! E quanta felicidade deu ver a prosperidade espiritual que Jeová deu aos seus servos na Colômbia!
Polônia
No mesmo mês, em 28 de novembro, foi dedicada outra congênere, esta vez em Nadarzyn, perto de Varsóvia, na Polônia. Theodore Jaracz, do Corpo Governante, que estava presente, declarou: “Esta dedicação é realmente histórica. . . . É a primeira congênere nova construída e agora dedicada no território anteriormente conhecido como ‘atrás da Cortina de Ferro’. Mas esta chamada Cortina de Ferro não conseguiu impedir o progresso da organização de Jeová! E a evidência disso está aqui mesmo!”
Alguns dos convidados haviam esperado décadas por esta ocasião. Entre eles havia Testemunhas que já serviam fielmente a Jeová por 45, 50 ou mais anos, apesar de severas provações. Vários deles fizeram trabalho de Betel às ocultas por mais de 40 anos. Ficaram profundamente comovidos quando Zygfryd Adach, coordenador da Comissão de Filial, disse: “Queridos irmãos, vocês fizeram tremendos esforços para participar na obra da organização de Deus a fim de distribuir alimento espiritual em tempos difíceis, sim, excepcionalmente difíceis. Depois de passarem anos na prisão, freqüentemente se ofereceram para continuar com o trabalho. Este encarceramento às vezes foi repetido quatro, cinco ou mais vezes. Todos nós nos lembramos daquele tempo, de modo que citamos com absoluta convicção as palavras do Salmo 124: ‘Se não fosse que Jeová mostrou ser por nós, quando homens se levantaram contra nós, então nos teriam tragado até mesmo vivos . . . Bendito seja Jeová, que não nos entregou como presa aos dentes deles. Nossa alma é como o pássaro que escapou da armadilha dos enlaçadores. A armadilha está destroçada e nós mesmos escapamos.’” — Sal. 124:2-7.
Quando se anunciou que se iriam construir prédios da Sociedade, a reação foi espontânea. Congregações trouxeram carvão e lenha, refrigeradores, alimentos e ferramentas. Irmãos e irmãs especializados em diversos ofícios e profissões ofereceram prontamente seus serviços. Havia entre eles alguns mais idosos que tinham passado anos na prisão. Muitos jovens também se ofereceram. Servos internacionais vieram de dez países. Vez após vez, os trabalhadores se emocionaram ao ver a evidência da direção e da bênção de Jeová. Uma ordem de “parar com a obra”, emitida pelo Conselho Comunitário, foi revogada. Suprimentos aparentemente impossíveis de conseguir foram providenciados. Em apenas dois anos e seis meses após o recebimento do alvará de construção, o lugar onde tinha havido um hotel saqueado foi transformado num atraente conjunto de prédios para a congênere da Sociedade na Polônia.
Nova Zelândia
Durante os seis anos desde a dedicação dos novos prédios da Sociedade na Nova Zelândia, o número dos proclamadores do Reino aumentou em mais de 30 por cento. Para cuidar das suas necessidades, era necessário ampliar as instalações. Mas havia mais envolvido. Conforme se explicou no programa de dedicação, mais da metade dos novos escritórios seria usada para trabalhos de tradução, porque se traduzem ali publicações em samoano, maori, rarotonganês e niueano, em benefício das pessoas em diversas ilhas do Pacífico Sul. Assim, em 27 de fevereiro de 1993, foram dedicados os anexos dos escritórios e dos prédios de serviço, bem como das residências adicionais.
Nesta ocasião estava presente Lloyd Barry, membro do Corpo Governante que se criara na Nova Zelândia e iniciara ali seu serviço a Jeová. Estavam presentes todos os membros da família de Betel e de construção, bem como superintendentes viajantes e esposas. Havia também convidados de países vizinhos do Pacífico Sul. A maioria, porém, eram habitantes da Nova Zelândia, que foram batizados antes de 1955. Conforme um dos oradores salientou, foram estes mais antigos que lançaram o alicerce para o que estava acontecendo naquele programa de dedicação. Mas quanto apreço eles têm pelo excelente apoio e o trabalho árduo dos mais novos, que se juntaram a eles em louvar a Jeová!
Porto Rico
Os prédios da filial erigidos há 24 anos em Porto Rico há muito já estavam superlotados. O número de publicadores na ilha havia aumentado de 5.400, em 1969, para mais de 25.000 na época em que se dedicou a nova filial, em 17 de abril de 1993. Quatro anos de trabalho árduo de milhares de irmãos e de irmãs resultaram num belo conjunto de prédios num ambiente paradísico.
Os presentes ao programa sentiram-se especialmente privilegiados de ter como oradores da ocasião Karl Klein e Albert Schroeder, do Corpo Governante, bem como outros representantes vindos de Brooklyn. Na semana antes da dedicação, as novas dependências já tinham sido usadas para um seminário que teve a presença de representantes de 14 filiais e congêneres. Daí, após a dedicação, o Departamento de Tradução em espanhol, com sua equipe internacional de trabalhadores, foi mudado de Brooklyn para estas novas dependências.
Zâmbia
Uma semana depois da dedicação em Porto Rico, foi dedicado um novo conjunto de 13 prédios da congênere da Sociedade nos arrabaldes de Lusaca, em Zâmbia. Por que ali?
Já em 1911 foram lançadas sementes da verdade neste país. Por volta de 1924, já se haviam formado pequenos grupos de estudo. Agora há em Zâmbia 80.488 publicadores associados com 1.933 congregações, e a assistência na Comemoração em 1993 foi de 362.204 pessoas. Este é um campo frutífero para maior expansão do Reino.
A construção dos novos prédios da congênere em Zâmbia foi possível por causa da cooperação internacional típica da organização de Jeová. Os projetos e as plantas foram feitos nos escritórios da Sociedade nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Guindastes foram doados por irmãos na América. Equipamento de rádio, que tornou possível fazer instalações telefônicas, foi uma doação procedente da Nova Zelândia. Os únicos materiais de construção prontamente disponíveis ali mesmo eram areia, cimento, pedras e madeira. Mas, em média, enviaram-se toda semana dois grandes caminhões de outros suprimentos procedentes da África do Sul — uma viagem de ida e volta de 3.500 quilômetros. E as Testemunhas zambianas empenharam-se de todo o coração, deram de si e dos seus recursos para que a obra fosse realizada. Por ocasião do programa de dedicação, estiveram presentes tanto Milton Henschel como Theodore Jaracz, do Corpo Governante, compartilhando o evento feliz com seus irmãos zambianos.
Hungria
O dia 31 de julho foi especialmente feliz para nossos irmãos na Hungria, quando Lyman Swingle, do Corpo Governante, dedicou o novo prédio com residências adicionais e um departamento de tradução. Foi construído em apenas cinco meses, com a ajuda de congregações locais e também de Testemunhas de mais oito países, e o término foi anunciado pela Agência Nacional de Notícias da Hungria.
Depois de décadas de dura perseguição, as Testemunhas de Jeová na Hungria receberam reconhecimento legal em 1989. Naquele ano, o auge de 9.990 publicadores relatou participação no ministério de campo. Desde então, as Testemunhas de Jeová devotaram mais de 8.300.000 horas ao ministério de campo na Hungria, e o número dos proclamadores do Reino aumentou para 14.347.
Grã-Bretanha
A primeira filial da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) foi estabelecida em Londres, em 1900. Suas instalações tiveram de ser ampliadas muitas vezes. O último anexo, de 18.600 metros quadrados num conjunto de gráfica e de administração, foi dedicado em 7 de agosto de 1993.
Os prédios da gráfica, nos fundos do terreno, foram construídos em apenas 17 meses, com o método de painéis pré-moldados de concreto. Cerca de 5.000 voluntários participaram na obra. O bloco administrativo é um prédio de tijolos. Usaram-se cerca de 133.000 tijolos. Quantos pedreiros foram necessários para fazer este trabalho? Apenas sete irmãs, com dois irmãos para supervisionar o trabalho. Um empreiteiro que visitou o canteiro de obras meneou a cabeça em descrença quando informado sobre quem fazia o trabalho.
Albert Schroeder, do Corpo Governante, esteve presente para participar no programa de dedicação. Ele deleitou a assistência por contar pormenores do crescimento da obra do Reino na Grã-Bretanha desde 1937, quando ele fora enviado às Ilhas Britânicas para supervisionar a obra e incentivar pelo menos 1.000 para se alistarem como pioneiros. Quanta alegria dá ver agora 127.395 proclamadores do Reino na Grã-Bretanha, e que, em média, 12.803 deles estão todo mês no serviço de pioneiro.
Serviços de tradução
O Corpo Governante está vivamente interessado em fazer todo o necessário para que a grande multidão realmente seja tirada de “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, conforme a Bíblia declara. (Rev. [Apo.] 7:9) Conseguir isso tem sido assunto de oração na sede mundial e entre os servos de Jeová em todo o mundo. Contatar pessoas de todos esses grupos é uma enorme tarefa, que só pode ser bem-sucedida com o espírito de Jeová.
Traduzir a Bíblia e publicações bíblicas desempenha um papel importante. Podem as pessoas ser contatadas sem publicações na sua própria língua? Sim; mas a eficácia da obra de pregação e de fazer discípulos aumenta em muito quando existem publicações na língua materna dessas pessoas.
No momento, temos pelo menos algumas publicações correntes em 236 línguas. A Sentinela é regularmente impressa em 116 línguas. No ano passado, muitas equipes de tradução que cuidam das línguas em que as revistas são publicadas foram reforçadas, e os que trabalham com outras 70 línguas foram treinados. Entre elas estão as usadas na Europa Oriental, no sul da Ásia, e na África, bem como entre tribos indígenas da América do Sul, e por povos nas ilhas do Pacífico. Criar essas equipes envolve achar, treinar e equipar tradutores, conferentes e revisores. Todos estes têm de ser cristãos dedicados, voluntários que também podem colocar-se à disposição para este trabalho.
Naturalmente, há outras línguas que requerem atenção, muitas delas faladas por mais de um milhão de pessoas. Há irmãos de responsabilidade constantemente trabalhando para achar e treinar tradutores e para fornecer o equipamento necessário — se for preciso, desenhar novas fontes de tipo e programas de computador para cuidar dessas línguas. Quando examinamos o que Jeová já fez, confiamos em que ele fornecerá o que for necessário para realizar a obra durante o tempo que ainda resta. É um privilégio ser Seu colaborador. — 1 Cor. 3:9.
Escola de Treinamento Ministerial realizada em seis continentes
A Escola de Gileade já está funcionando há 50 anos, e os que se formaram nela têm participado em promover os interesses do Reino em mais de 200 terras. Que grande “montão de testemunho” tem resultado da obra desses servos abnegados de Jeová!
Providenciou-se mais ajuda urgente em resultado da Escola de Treinamento Ministerial, que fornece treinamento especializado num curso intensivo de dois meses. No ano de serviço que passou, 29 cursos desta escola deram treinamento valioso a mais de 684 anciãos e servos ministeriais. As aulas foram dadas no Japão, na Nigéria, nos Estados Unidos e no território de congêneres da América Latina, onde se matricularam estudantes de língua espanhola procedentes de 16 países diferentes. A escola na Austrália beneficiou irmãos que vieram de Fiji, de Papua Nova Guiné, da Nova Zelândia, das ilhas Salomão e de Samoa Ocidental. Irmãos de 12 países diferentes foram treinados em cinco lugares na Europa.
Em muitas congregações faltam irmãos para tomar a dianteira. Isto se dá especialmente na América Latina, onde, numa congregação grande, talvez haja apenas um ou dois anciãos, e mais ou menos o mesmo número de servos ministeriais. Quando formados na Escola de Treinamento Ministerial foram designados para servir nessas regiões de necessidades especiais, na sua terra natal, a atividade de campo aumentou, o serviço de pioneiro foi eficientemente incentivado, especialmente entre os jovens, e tem-se dado mais atenção pessoal aos muitos novos que agora se associam conosco.
Um número bastante grande dos que cursam a escola sabe falar outras línguas. Por conseguinte, em especial na Europa e nos Estados Unidos, estes irmãos têm sido designados a grupos e congregações que falam árabe, chinês, coreano, croácio, espanhol, francês, italiano, japonês, russo, turco e vietnamita. Isto tem sido de muita ajuda.
Diversos dos que se formaram na escola e que estavam em condições de aceitar designações no estrangeiro foram enviados à Europa Oriental, a países da África e ao Extremo Oriente, para servirem em filiais e como missionários, como pioneiros especiais e como superintendentes viajantes. Deste modo, também, a escola tem contribuído para a promoção da obra do Reino.
Deveras, pode-se dizer a respeito destes anciãos e servos ministeriais solteiros, que se ofereceram tão voluntariamente, que seus esforços estão produzindo frutos. Fazem parte da “companhia de homens jovens assim como gotas de orvalho”, descritos no Salmo 110:3.
Contatam-se pessoas de todas as nacionalidades
Em alguns países, há muito território em que não se prega regularmente. Parte deste território se encontra em países que não aceitam missionários. No entanto, nos últimos anos, milhões de pessoas destes países têm emigrado para outros, onde as Testemunhas de Jeová fazem regularmente uma pregação intensa. Os publicadores descobriram que os campos missionários estrangeiros estão chegando a eles. E quando as pessoas estão longe das fortes pressões comunitárias da sua pátria, há os que de bom grado estudam a Bíblia. Em diversos lugares, o campo dos imigrantes tem-se mostrado o mais produtivo.
Neste respeito, o relatório de Chipre diz: ‘Aqui em Chipre abre-se um novo território. Estamos encontrando pessoas interessadas procedentes do Líbano, da Síria, da Pérsia, da Bulgária, da Romênia, da Rússia, da anterior Iugoslávia, das Filipinas e de outras partes. Estas pessoas, que vieram para trabalhar e para iniciar uma vida nova, muitas vezes estão mais inclinadas a escutar do que as outras.’
Uma moça da Mongólia, enquanto cursava uma universidade na Alemanha Oriental, conheceu e se casou com um jovem procedente da Guiana. Mais tarde, na Guiana, eles começaram a ler algumas das publicações da Torre de Vigia, pediram um estudo bíblico domiciliar e foram batizados em 1993. Seus filhos também são publicadores das boas novas. E quanto à mãe, ela está ansiosa de transmitir a mensagem do Reino aos da sua família e a outros na Mongólia.
Na Inglaterra, os irmãos estão aprendendo a ampliar suas atividades para ajudar a cuidar das necessidades espirituais das pessoas de outras terras. Em Londres, realizam-se agora regularmente reuniões em 8 idiomas. No Canadá, há congregações que servem 11 grupos lingüísticos, e algumas das reuniões são realizadas em mais 4 línguas. Há um campo fértil entre os imigrantes de língua russa, bem como entre os milhares de orientais que nos últimos anos passaram a morar no Canadá.
Muitos dos que procuraram refúgio para escapar das condições difíceis na sua pátria têm viajado à Noruega, bem como a outros países. Os irmãos na Noruega começaram agora a fazer visitas especiais a todos os lugares em que se abrigam refugiados.
Também em Israel, a imigração abriu um novo campo para se dar testemunho. Muitos têm vindo da ex-União Soviética, e um bom número deles mostra interesse na verdade.
Há no seu território pessoas que não falam a língua local? O que está fazendo para transmitir a mensagem do Reino a tais? A vontade de Jeová é que “toda sorte de homens sejam salvos e venham a ter um conhecimento exato da verdade”. — 1 Tim. 2:3, 4.
[Foto na página 3]
O Estádio Locomotiva em Moscou, onde 23.743 pessoas assistiram a um congresso internacional das Testemunhas de Jeová
[Fotos na página 5]
O público aceitava prontamente tratados bíblicos, e muitos paravam para lê-los logo
[Fotos na página 6]
Uma senhora que, ainda jovem, aprendeu a verdade de Testemunhas alemãs, em 1944, no campo de concentração de mulheres em Ravensbrück
Ele aprendeu a verdade em 1942 na Bessarábia (agora Moldova); foi repetidas vezes preso por causa da sua fé; agora é superintendente de circuito
O estádio em Kiev, onde 64.714 estiveram presentes e 7.402 foram batizados
[Foto na página 9]
Membros do Corpo Governante com pessoal das filiais e congêneres no seminário realizado em Wallkill, nos Estados Unidos
[Foto na página 12]
Caminhão de ajuda da Torre de Vigia, Monróvia, Libéria
[Foto na página 15]
Salão do Reino recentemente construído em Igieduma, Nigéria
[Fotos na página 17]
Novo Salão de Assembléias das Testemunhas de Jeová no Rio de Janeiro, Brasil
[Foto na página 19]
Novos escritórios e gráfica em Facatativá, na Colômbia
[Foto na página 20]
Congênere ampliada na Nova Zelândia
[Fotos na página 21]
No alto, Zâmbia; no centro, acima, Porto Rico; à direita, Hungria
[Foto na página 22]
Congênere da Polônia, em Nadarzyn, perto de Varsóvia
[Foto na página 27]
Novo anexo aos prédios da Sociedade em Londres, na Inglaterra