-
“Caiu Babilônia, a Grande!”Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 30
“Caiu Babilônia, a Grande!”
1. O que o segundo anjo anuncia, e quem é Babilônia, a Grande?
CHEGOU a hora para o julgamento por Deus! Ouça agora a mensagem divina: “E seguiu outro anjo, um segundo, dizendo: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, aquela que fazia todas as nações beber do vinho da ira da sua fornicação!’” (Revelação 14:8) Pela primeira vez, mas não pela última, Revelação chama atenção para Babilônia, a Grande. Mais adiante, o capítulo 17 a descreverá como voluptuosa meretriz. Quem é ela? Conforme veremos, ela é um império global, é religiosa e é o sistema forjado de Satanás, que ele usa na luta contra a semente da mulher de Deus. (Revelação 12:17) Babilônia, a Grande, é o inteiro império mundial da religião falsa. Ela inclui todas as religiões que conservam os ensinos e as práticas religiosos da antiga Babilônia e manifestam o espírito dela.
2. (a) Como aconteceu que a religião babilônica se espalhou por todas as partes da Terra? (b) Qual é o segmento mais destacado de Babilônia, a Grande, e quando emergiu como poderosa organização?
2 Foi em Babilônia, há mais de 4.000 anos, que Jeová confundiu a língua dos que pretendiam construir a Torre de Babel. Os diferentes grupos linguísticos foram espalhados até os confins da Terra, levando consigo as crenças e práticas apóstatas que constituem a base da maioria das religiões até o dia de hoje. (Gênesis 11:1-9) Babilônia, a Grande, é a parte religiosa da organização de Satanás. (Veja João 8:43-47.) Seu segmento mais destacado, hoje, é a apóstata cristandade, que emergiu como poderosa organização contrária à lei, no quarto século depois de Cristo, com credos e formalismos derivados, não da Bíblia, mas na maior parte da religião babilônica. — 2 Tessalonicenses 2:3-12.
3. Como se pode dizer que Babilônia, a Grande, caiu?
3 Talvez pergunte: ‘Visto que a religião ainda exerce grande influência na Terra, por que o anjo anuncia que Babilônia, a Grande, caiu?’ Pois bem, o que ocorreu após 539 AEC, quando a antiga Babilônia caiu? Ora, Israel foi libertado para retornar à sua pátria e restabelecer ali a verdadeira adoração! Portanto, o restabelecimento do Israel espiritual, em 1919, em radiante prosperidade espiritual, a qual continua e se expande até o dia de hoje, evidencia que Babilônia, a Grande, caiu naquele ano. Ela não mais tem poder para restringir o povo de Deus. Além disso, passou a ter profundas dificuldades nas suas próprias fileiras. Desde 1919, a corrupção, a desonestidade e a imoralidade dela foram amplamente expostas. Na maior parte da Europa, poucos ainda vão à igreja. Desacreditada aos olhos de todos os que amam a Palavra de verdade de Deus, Babilônia, a Grande, aguarda agora como que no corredor da morte que Jeová execute nela Seu julgamento justo.
A Ignominiosa Queda de Babilônia
4-6. Em que sentido é que “Babilônia, a Grande, . . . fazia todas as nações beber do vinho da ira da sua fornicação”?
4 Examinemos em mais detalhes as circunstâncias que cercam a ignominiosa queda de Babilônia, a Grande. O anjo diz aqui que “Babilônia, a Grande, . . . fazia todas as nações beber do vinho da ira da sua fornicação”. O que significa isso? Refere-se a conquistas. Por exemplo, Jeová disse a Jeremias: “Toma da minha mão este copo do vinho de furor, e tens de fazer beber dele todas as nações às quais te envio. E terão de beber, e balouçar, e agir como homens endoidecidos, por causa da espada que envio entre eles.” (Jeremias 25:15, 16) No sexto e no sétimo século AEC, Jeová usou a antiga Babilônia para servir um simbólico copo de tribulação a ser bebido por muitas nações, incluindo a apóstata Judá, de modo que até mesmo Seu próprio povo foi levado ao exílio. Daí, por sua vez, Babilônia caiu, porque seu rei se enalteceu contra Jeová, “o Senhor dos céus”. — Daniel 5:23.
5 Babilônia, a Grande, também tem obtido conquistas, mas na maior parte estas têm sido mais sutis. Ela tem feito “todas as nações beber”, por se valer das astúcias duma prostituta, cometendo fornicação religiosa com elas. Tem engodado governantes políticos a entrar em alianças e amizades com ela. Por meio de atrativos religiosos, ela tem tramado opressão política, comercial e econômica. Tem fomentado perseguição religiosa, guerras e cruzadas religiosas, bem como guerras nacionais, por motivos puramente políticos e comerciais. E ela tem santificado essas guerras por dizer que são da vontade de Deus.
6 O envolvimento da religião nas guerras e na política do século 20 é de conhecimento geral — como no Japão xintoísta, na Índia hindu, no Vietnã budista, na Irlanda do Norte e na América Latina “cristãs”, bem como em outras partes — sem desconsiderar o papel desempenhado pelos capelães militares em ambos os lados das duas guerras mundiais, em exortar os jovens a se matarem uns aos outros. Um exemplo clássico dos namoricos de Babilônia, a Grande, foi a sua participação na Guerra Civil Espanhola, de 1936-39, na qual pelo menos 600.000 pessoas foram mortas. Esse derramamento de sangue foi provocado por apoiadores do clero católico e seus aliados, em parte porque a riqueza e a posição da Igreja ficaram ameaçadas pelo governo legal da Espanha.
7. Quem tem sido o alvo principal de Babilônia, a Grande, e que métodos ela tem usado contra esse alvo?
7 Visto que Babilônia, a Grande, é a parte religiosa do descendente de Satanás, ela sempre tomou por alvo principal a “mulher” de Jeová, “a Jerusalém de cima”. No primeiro século, a congregação dos cristãos ungidos foi claramente identificada como o descendente da mulher. (Gênesis 3:15; Gálatas 3:29; 4:26) Babilônia, a Grande, tentou arduamente vencer essa congregação casta por seduzi-la a cometer fornicação religiosa. Os apóstolos Paulo e Pedro advertiram que muitos sucumbiriam, e que isso resultaria numa grande apostasia. (Atos 20:29, 30; 2 Pedro 2:1-3) As mensagens de Jesus às sete congregações indicavam que, perto do fim da vida de João, Babilônia, a Grande, fazia algum progresso nos seus esforços de corromper. (Revelação 2:6, 14, 15, 20-23) Mas Jesus já indicara até que ponto se permitiria que ela chegasse.
O Trigo e o Joio
8, 9. (a) O que a parábola de Jesus, do trigo e do joio, indicava? (b) O que aconteceu “enquanto os homens dormiam”?
8 Na sua parábola do trigo e do joio, Jesus falou dum homem que lançara semente excelente num campo. Mas, “enquanto os homens dormiam”, veio um inimigo e semeou por cima joio. Assim, o trigo ficou encoberto pelo joio. Jesus explicou a sua parábola nas seguintes palavras: “O semeador da semente excelente é o Filho do homem; o campo é o mundo; quanto à semente excelente, estes são os filhos do reino; mas o joio são os filhos do iníquo, e o inimigo que o semeou é o Diabo.” Ele mostrou então que se permitiria que o trigo e o joio crescessem juntos até a “terminação do sistema de coisas”, quando os anjos ‘reuniriam’ o joio simbólico. — Mateus 13:24-30, 36-43.
9 Aquilo a respeito de que Jesus e os apóstolos Paulo e Pedro advertiram aconteceu. “Enquanto os homens dormiam”, quer depois de os apóstolos terem adormecido na morte, quer quando superintendentes cristãos ficaram sonolentos em cuidar do rebanho de Deus, a apostasia babilônica brotou bem no meio da congregação. (Atos 20:31) Em pouco tempo, o joio, em número, superava grandemente o trigo e o ocultava da vista. Por diversos séculos, talvez parecesse que o descendente da mulher havia sido completamente encoberto pelas amplas saias de Babilônia, a Grande.
10. O que já tinha acontecido na década de 1870, e como Babilônia, a Grande, reagiu a isso?
10 Na década de 1870, cristãos ungidos já tinham começado a fazer esforços decididos para se dissociar dos modos meretrícios de Babilônia, a Grande. Abandonaram doutrinas falsas do paganismo que a cristandade introduzira e usaram destemidamente a Bíblia para pregar que os tempos dos gentios iriam terminar em 1914. O principal instrumento de Babilônia, a Grande, os clérigos da cristandade, opôs-se a esta movimentação do restabelecimento da verdadeira adoração. Durante a Primeira Guerra Mundial, esses clérigos aproveitaram-se da histeria do tempo de guerra para tentar eliminar aquele pequeno grupo de cristãos fiéis. Em 1918, quando as atividades destes estavam quase que completamente suprimidas, parecia que Babilônia, a Grande, havia sido bem-sucedida. Parecia ter triunfado sobre eles.
11. O que resultou da queda da antiga Babilônia?
11 Conforme já notamos, a orgulhosa cidade de Babilônia sofreu em 539 AEC uma desastrosa queda do poder. Ouviu-se então o grito: “Ela caiu! Babilônia caiu!” A grande sede do império mundial havia caído diante dos exércitos da Medo-Pérsia sob o comando de Ciro, o Grande. Embora a própria cidade sobrevivesse à conquista, sua queda do poder foi real, e resultou na soltura dos seus cativos judeus. Estes retornaram a Jerusalém para restabelecer ali a adoração pura. — Isaías 21:9; 2 Crônicas 36:22, 23; Jeremias 51:7, 8.
12. (a) Em nossos dias, como se pode dizer que Babilônia, a Grande, caiu? (b) Que prova há de que Jeová rejeitou totalmente a cristandade?
12 Em nossos dias também se ouviu o grito de que Babilônia, a Grande, caiu! O sucesso temporário da cristandade babilônica, em 1918, foi abruptamente invertido em 1919, quando o restante dos ungidos, a classe de João, foi restabelecido por meio duma ressurreição espiritual. Babilônia, a Grande, havia caído quanto a manter cativo o povo de Deus. Os irmãos ungidos de Cristo, iguais a gafanhotos, saíram em enxame do abismo, prontos para agir. (Revelação 9:1-3; 11:11, 12) Eles eram o hodierno “escravo fiel e discreto”, e o Amo os designou sobre todos os seus bens na Terra. (Mateus 24:45-47) Serem usados assim provava que Jeová rejeitara completamente a cristandade, apesar da afirmação dela de representá-lo na Terra. Restabeleceu-se a adoração pura, e abriu-se o caminho para se completar a obra de selagem do restante dos 144.000 — os remanescentes da semente da mulher, inimiga secular de Babilônia, a Grande. Tudo isso significava uma esmagadora derrota para esta satânica organização religiosa.
Perseverança Para os Santos
13. (a) O que o terceiro anjo anuncia? (b) Qual é o julgamento de Jeová sobre os que recebem a marca da fera?
13 Fala agora o terceiro anjo. Escute! “E seguiu-lhes outro anjo, um terceiro, dizendo com voz alta: ‘Se alguém adorar a fera e a sua imagem, e receber uma marca na sua testa ou na sua mão, beberá também do vinho da ira de Deus, derramado, não diluído, no copo do seu furor.’” (Revelação 14:9, 10a) Em Revelação 13:16, 17, revelou-se que, no dia do Senhor, os que não adoram a imagem da fera sofreriam — sendo até mesmo mortos. Agora ficamos sabendo que Jeová determinou levar a julgamento aqueles que têm “a marca, o nome da fera ou o número do seu nome”. Serão obrigados a beber o amargo ‘copo do furor’ da ira de Jeová. O que significará isso para eles? Em 607 AEC, quando Jeová obrigou Jerusalém a beber “o copo do seu furor”, a cidade sofreu “assolação e desmoronamento, e fome e espada”, às mãos dos babilônios. (Isaías 51:17, 19) De maneira similar, quando aqueles que idolatram os poderes políticos da Terra e sua imagem, as Nações Unidas, beberem o copo do furor de Jeová, o resultado será uma calamidade para eles. (Jeremias 25:17, 32, 33) Serão completamente destruídos.
14. Mesmo já antes da destruição daqueles que adoram a fera e a sua imagem, o que esses têm de sofrer, e como isso é descrito por João?
14 Mesmo antes de isso acontecer, porém, os que têm a marca da fera têm de sofrer os efeitos atormentadores da desaprovação de Jeová. Falando sobre o adorador da fera e a sua imagem, o anjo informa João: “E será atormentado com fogo e enxofre, à vista dos santos anjos e à vista do Cordeiro. E a fumaça do tormento deles ascende para todo o sempre, e não têm descanso, dia e noite, os que adoram a fera e a sua imagem, e todo aquele que recebe a marca do seu nome.” — Revelação 14:10b, 11.
15, 16. Qual é o significado das palavras “fogo e enxofre” em Revelação 14:10?
15 Alguns têm considerado a menção de fogo e enxofre aqui como prova da existência dum inferno de fogo. Mas um breve exame duma profecia similar mostra o verdadeiro sentido dessas palavras neste contexto. Lá nos dias de Isaías, Jeová advertiu a nação de Edom de que ela seria punida por causa da sua inimizade com Israel. Ele disse: “As torrentes dela terão de transformar-se em piche e seu pó em enxofre; e sua terra terá de tornar-se como piche ardente. Não se apagará nem de noite nem de dia; sua fumaça continuará a ascender por tempo indefinido. De geração em geração será abrasada; nunca jamais passará alguém por ela.” — Isaías 34:9, 10.
16 Será que Edom foi lançada em algum mítico inferno de fogo, a fim de queimar para sempre? Claro que não. Antes, aquela nação desapareceu por completo do cenário do mundo, como se tivesse sido totalmente consumida por fogo e enxofre. O resultado final da punição não foi tormento eterno, mas “vácuo . . . vazio . . . nada”. (Isaías 34:11, 12) A fumaça ‘ascendendo por tempo indefinido’ ilustra isso vividamente. Quando uma casa é consumida pelo fogo, a fumaça continua a subir das cinzas por algum tempo depois de as chamas se terem apagado, dando aos espectadores a evidência de que houve um incêndio destrutivo. Até mesmo hoje, os do povo de Deus se lembram da lição a ser aprendida da destruição de Edom. Dessa maneira, ‘a fumaça do incêndio dela’ ainda ascende de modo simbólico.
17, 18. (a) Qual é o resultado para aqueles que recebem a marca da fera? (b) Em que sentido são atormentados os adoradores da fera? (c) Em que sentido é que “a fumaça do tormento deles ascende para todo o sempre”?
17 Aqueles que têm a marca da fera também serão destruídos completamente, como que por fogo. Conforme a profecia revela mais adiante, seus cadáveres ficarão sem ser enterrados, para ser consumidos por animais e aves. (Revelação 19:17, 18) De modo que é evidente que não são literalmente atormentados para sempre! Em que sentido são ‘atormentados com fogo e enxofre’? No sentido de que a proclamação da verdade os expõe e os avisa sobre o vindouro julgamento por Deus. Por isso, eles difamam os do povo de Deus e, sempre que possível, persuadem astutamente a fera política a perseguir e mesmo matar as Testemunhas de Jeová. Como clímax, esses opositores serão destruídos como que por fogo e enxofre. Então, ‘a fumaça do tormento deles ascenderá para todo o sempre’, no sentido de que o julgamento deles por Deus servirá de pedra de toque, se a legítima soberania de Jeová for alguma vez de novo desafiada. Esta questão terá sido resolvida por toda a eternidade.
18 Quem transmite hoje a mensagem atormentadora? Lembre-se de que os simbólicos gafanhotos têm autoridade para atormentar os homens que não têm o selo de Deus na testa. (Revelação 9:5) Evidentemente, os atormentadores são os que estão sob direção angélica. A persistência dos simbólicos gafanhotos é tal, que “não têm descanso, dia e noite, os que adoram a fera e a sua imagem, e todo aquele que recebe a marca do seu nome”. E, finalmente, depois da destruição deles, a evidência monumental da vindicação da soberania de Jeová, “a fumaça do tormento deles”, ascenderá para todo o sempre. Que os da classe de João perseverem até que esta vindicação se complete! Conforme o anjo conclui: “Aqui é que significa perseverança para os santos, os que observam os mandamentos de Deus e a fé que era de Jesus.” — Revelação 14:12.
19. Por que requer perseverança da parte dos santos, e o que João relata, que os fortalece?
19 Sim, a “perseverança para os santos” significa adorarem a Jeová em devoção exclusiva por meio de Jesus Cristo. Sua mensagem não é popular. Traz oposição, perseguição e até mesmo o martírio. Mas eles são fortalecidos por aquilo que João relata a seguir: “E ouvi uma voz saindo do céu dizer: ‘Escreve: Felizes os mortos que morrem em união com o Senhor, deste tempo em diante. Sim, diz o espírito, descansem eles dos seus labores, porque as coisas que fizeram os acompanham.’” — Revelação 14:13.
20. (a) Como a promessa relatada por João se harmoniza com a profecia de Paulo a respeito da presença de Jesus? (b) Aqueles dos ungidos que morrem depois da expulsão de Satanás do céu têm a promessa de que privilégio especial?
20 Esta promessa harmoniza-se bem com a profecia de Paulo a respeito da presença de Jesus: “Os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. Depois nós, os viventes, que sobrevivermos, [os ungidos que sobrevivem até o dia do Senhor,] seremos juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar.” (1 Tessalonicenses 4:15-17) Depois da expulsão de Satanás do céu, os que estavam mortos em união com Cristo se levantaram primeiro. (Veja Revelação 6:9-11.) Após isso, os ungidos que morrem durante o dia do Senhor têm a promessa de um privilégio especial. Sua ressurreição para a vida espiritual no céu é instantânea, “num piscar de olhos”. (1 Coríntios 15:52) Quão maravilhoso! E suas obras de justiça prosseguem no domínio celestial.
A Colheita da Terra
21. O que João nos diz sobre “a colheita da terra”?
21 Outros também são beneficiados nesse dia de julgamento, conforme João prossegue, dizendo-nos: “E eu vi, e eis uma nuvem branca, e sobre a nuvem sentado alguém semelhante a um filho de homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. E do santuário do templo emergiu outro anjo, [o quarto,] gritando com voz alta para o sentado na nuvem: ‘Mete a tua foice e ceifa, pois chegou a hora para ceifar, porque a colheita da terra está inteiramente madura.’ E o sentado na nuvem meteu a sua foice na terra e a terra foi ceifada.” — Revelação 14:14-16.
22. (a) Quem é aquele que usa uma coroa de ouro e está sentado numa nuvem branca? (b) Quando se dá o clímax da colheita, e como?
22 Não há dúvida sobre a identidade daquele que está sentado na nuvem branca. Sentado numa nuvem branca, sendo semelhante a um filho de homem e com uma coroa de ouro, é claramente Jesus, o Rei messiânico, também visto por Daniel numa visão. (Daniel 7:13, 14; Marcos 14:61, 62) Mas o que é a colheita aqui profetizada? Enquanto na Terra, Jesus comparou a obra de fazer discípulos à colheita do campo do mundo da humanidade. (Mateus 9:37, 38; João 4:35, 36) O clímax dessa colheita vem no dia do Senhor, quando Jesus é coroado Rei e executa julgamento a favor do seu Pai. De modo que seu tempo de governo, desde 1914, é também um tempo alegre de se recolher a colheita. — Veja Deuteronômio 16:13-15.
23. (a) De quem procede a ordem de se começar a ceifa? (b) Que colheita tem ocorrido desde 1919 até agora?
23 Embora Jesus seja Rei e Juiz, ele aguarda a ordem de Jeová, seu Deus, antes de começar a ceifar. Essa ordem vem do “santuário do templo”, por meio dum anjo. Jesus obedece imediatamente. Primeiro, a partir de 1919 ele faz com que seus anjos terminem a colheita dos 144.000. (Mateus 13:39, 43; João 15:1, 5, 16) A seguir, vem o recolhimento da grande multidão de outras ovelhas. (João 10:16; Revelação 7:9) A história mostra que entre 1931 e 1935 começou a surgir um bom número dessas outras ovelhas. Em 1935, Jeová abriu o entendimento dos da classe de João para com a verdadeira identidade da grande multidão de Revelação 7:9-17. Daí em diante deu-se muita ênfase ao recolhimento desta multidão. Em 2005, seu número já excedia o marco dos seis milhões, e ainda está aumentando. Certamente, aquele semelhante a um filho de homem tem ceifado uma colheita abundante e alegre durante este tempo do fim. — Veja Êxodo 23:16; 34:22.
Pisada a Videira da Terra
24. O que há na mão do quinto anjo, e o que o sexto anjo clama?
24 Terminada a colheita de salvação, vem o tempo de outra colheita. João relata: “E ainda outro anjo [o quinto] emergiu do santuário do templo que está no céu, tendo também uma foice afiada. E ainda outro anjo [o sexto] emergiu do altar, e ele tem autoridade sobre o fogo. E ele clamou com voz alta para aquele que tinha a foice afiada, dizendo: ‘Mete a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porque as suas uvas ficaram maduras.’” (Revelação 14:17, 18) Confia-se às hostes angélicas um grande trabalho de ceifa durante o dia do Senhor, separando os bons dos maus!
25. (a) O que indica o fato de o quinto anjo vir do santuário do templo? (b) Por que é apropriado que a ordem de iniciar a ceifa venha dum anjo que “emergiu do altar”?
25 O quinto anjo vem da presença de Jeová no santuário do templo; portanto, a colheita final também ocorre segundo a vontade de Jeová. Manda-se que o anjo comece a sua obra por meio duma mensagem transmitida por mais outro anjo, que “emergiu do altar”. Esse fato é bem significativo, visto que fiéis almas debaixo do altar haviam perguntado: “Até quando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, abster-te-ás de julgar e vingar o nosso sangue dos que moram na terra?” (Revelação 6:9, 10) Esse clamor por vingança será satisfeito com a ceifa da videira da terra.
26. O que é “a videira da terra”?
26 Mas o que é “a videira da terra”? Nas Escrituras Hebraicas, a nação judaica é chamada de videira de Jeová. (Isaías 5:7; Jeremias 2:21) De modo similar, Jesus Cristo e aqueles que servirão com ele no Reino de Deus são chamados de videira. (João 15:1-8) Em tal cenário, a característica significativa da videira é que ela produz fruto, e a verdadeira videira cristã tem produzido abundante fruto para o louvor de Jeová. (Mateus 21:43) “A videira da terra”, portanto, não deve ser esta videira genuína, mas a imitação dela feita por Satanás, seu corrupto sistema visível de governo da humanidade, com seus diversos “cachos” de frutos demoníacos produzidos no decorrer dos séculos. Babilônia, a Grande, na qual a apóstata cristandade tem tanto destaque, tem exercido grande influência sobre essa videira venenosa. — Veja Deuteronômio 32:32-35.
27. (a) O que ocorre quando o anjo com a foice ceifa a videira da terra? (b) Que profecias nas Escrituras Hebraicas indicam a extensão da colheita?
27 O julgamento tem de ser executado! “E o anjo meteu a sua foice na terra e ajuntou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar, até à altura dos freios dos cavalos, a uma distância de mil e seiscentos estádios.” (Revelação 14:19, 20) A indignação de Jeová contra esta videira tem sido anunciada já há muito tempo. (Sofonias 3:8) Uma profecia no livro de Isaías não deixa dúvida de que nações inteiras serão destruídas quando se pisar o lagar. (Isaías 63:3-6) Também Joel profetizou que enormes “massas de gente”, nações inteiras, seriam pisadas até a destruição no “lagar”, na “baixada da decisão”. (Joel 3:12-14) Realmente, uma colheita estupenda, tal como nunca mais haverá! De acordo com a visão de João, não somente são as uvas ceifadas, mas toda a videira simbólica é cortada e lançada no lagar para ser pisada. De modo que a videira da terra será exterminada e nunca mais poderá crescer.
28. Quem é que pisa a videira da terra, e o que significa o lagar ser “pisado fora da cidade”?
28 O pisoteio da visão é feito por cavalos, porque o sangue espremido da videira atinge os “freios dos cavalos”. Visto que o termo “cavalos” usualmente se refere a operações de guerra, deve tratar-se dum tempo de guerra. Os exércitos dos céus que seguem a Jesus na guerra final contra o sistema de coisas de Satanás são mencionados como pisando “o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”. (Revelação 19:11-16) É evidente que esses são os que pisam a videira da terra. O lagar é “pisado fora da cidade”, quer dizer, fora da Sião celestial. De fato, é apropriado que a videira da terra seja pisada na Terra. Mas ela será também ‘pisada fora da cidade’ no sentido de que não haverá dano para os remanescentes da semente da mulher, que representam a Sião celestial na Terra. Esses, junto com os da grande multidão, serão escondidos a salvo dentro do arranjo organizacional terrestre de Jeová. — Isaías 26:20, 21.
29. Quão fundo é o sangue procedente do lagar, até onde se estende, e o que indica tudo isso?
29 Esta vívida visão tem paralelo no esmiuçamento dos reinos da Terra pela pedra do Reino, descrito em Daniel 2:34, 44. Haverá um extermínio. O rio de sangue que sai do lagar é muito fundo, até os freios dos cavalos, e se estende por uma distância de 1.600 estádios.a Esta enorme cifra, produto da multiplicação do quadrado de quatro pelo quadrado de dez (4 x 4 x 10 x 10), transmite enfaticamente a mensagem de que a evidência da destruição envolverá toda a Terra. (Isaías 66:15, 16) A destruição será completa e irreversível. Nunca, nunca mais a videira da terra, de Satanás, criará raízes! — Salmo 83:17, 18.
30. Quais são os frutos da videira de Satanás, e qual deve ser a nossa determinação?
30 Já que vivemos tão avançados no tempo do fim, a visão dessas duas colheitas é bem significativa. Basta olharmos em volta de nós para ver os frutos da videira de Satanás. Abortos e outras formas de assassinato; homossexualismo, adultério e outras formas de imoralidade; desonestidade e a falta de afeição natural — todas estas coisas fazem com que este mundo seja vil aos olhos de Jeová. A videira de Satanás produz “o fruto duma planta venenosa e absinto”. Seu proceder ruinoso e idólatra desonra o Grandioso Criador da humanidade. (Deuteronômio 29:18; 32:5; Isaías 42:5, 8) Que privilégio é estar ativamente associado com os da classe de João na colheita de frutos sadios que Jesus está produzindo para o louvor de Jeová! (Lucas 10:2) Estejamos todos decididos a nunca nos manchar com a videira deste mundo e evitemos assim ser pisados junto com a videira da terra, quando for executado o julgamento adverso de Jeová.
[Nota(s) de rodapé]
a 1.600 estádios são cerca de 300 quilômetros. — Revelação 14:20, Tradução do Novo Mundo com Referências, nota.
[Quadro na página 208]
“O Vinho da Fornicação Dela”
Uma parte destacada de Babilônia, a Grande, é a Igreja Católica Romana. A Igreja é governada pelo papa em Roma, e afirma que todo papa é sucessor do apóstolo Pedro. Os seguintes são alguns dos fatos divulgados sobre esses chamados sucessores:
Formoso (891-96): “Nove meses após a sua morte, o cadáver de Formoso foi exumado da cripta papal para ser julgado perante um concílio ‘cadavérico’, presidido por Estêvão [o novo papa]. O papa falecido foi acusado de excessiva ambição pelo cargo papal, e todos os seus atos foram declarados nulos. . . . O cadáver foi despido das vestes pontifícias; os dedos da mão direita foram amputados.” — New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica).
Estêvão VI (896-97): “Dentro de poucos meses [depois do julgamento do cadáver de Formoso], uma reação violenta terminou o pontificado do Papa Estêvão; ele foi despojado da insígnia pontifícia, foi encarcerado e estrangulado.” — New Catholic Encyclopedia.
Sérgio III (904-11): “Seus dois predecessores imediatos . . . foram estrangulados na prisão. . . . Em Roma, ele foi apoiado pela família Teofilacto, tendo ele supostamente um filho (mais tarde o Papa João XI) por meio de uma filha desta família, Marósia.” — New Catholic Encyclopedia.
Estêvão VII (928-31): “Nos últimos anos do seu pontificado, o Papa João X . . . havia incorrido na ira de Marósia, a Donna Senatrix de Roma, e fora encarcerado e assassinado. Marósia conferiu então o papado ao Papa Leão VI, que faleceu depois de 6 1/2 meses no cargo. Foi sucedido por Estêvão VII, provavelmente pela influência de Marósia. . . . Durante os seus 2 anos como papa, estava sem poder sob o domínio de Marósia.” — New Catholic Encyclopedia.
João XI (931-35): “Com a morte de Estêvão VII . . . , Marósia, da Casa de Teofilacto, conseguiu o papado para o seu filho João, um jovem de vinte e poucos anos. . . . João, como papa, estava sob o domínio da sua mãe.” — New Catholic Encyclopedia.
João XII (955-64): “Ele mal chegara aos dezoito anos, e os relatos contemporâneos concordam sobre o desinteresse dele em coisas espirituais, sua inclinação para prazeres grosseiros e sua desinibida vida devassa.” — The Oxford Dictionary of Popes (Dicionário Oxford de Papas).
Bento IX (1032-44; 1045; 1047-48): “Ele se tornou notório por vender o papado ao seu padrinho e depois reivindicar duas vezes o cargo.” — The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica).
Assim, em vez de seguirem o exemplo do fiel Pedro, estes e outros papas exerceram uma influência má. Permitiram que a culpa de sangue, e a fornicação espiritual e física, bem como a influência de Jezabel, corrompessem a igreja que governavam. (Tiago 4:4) Em 1917, o livro O Mistério Consumado, publicado em inglês pelos Estudantes da Bíblia, expôs muitos desses fatos em plenos pormenores. Este foi um modo em que os Estudantes da Bíblia, naqueles dias, ‘golpearam a terra com toda sorte de praga’. — Revelação 11:6; 14:8; 17:1, 2, 5.
[Foto na página 206]
O entronizado Cristo executa o julgamento com apoio angélico
[Foto na página 207]
Após a queda de Babilônia em 539 AEC, seus prisioneiros foram libertados
-
-
As obras de Jeová — grandes e maravilhosasRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 31
As obras de Jeová — grandes e maravilhosas
Visão 10 — Revelação 15:1–16:21
Assunto: Jeová no seu santuário; as sete tigelas da sua ira derramadas na terra
Tempo do cumprimento: Desde 1919 até o Armagedom
1, 2. (a) Que terceiro sinal João relata? (b) Que papel desempenhado pelos anjos já é conhecido há muito tempo pelos servos de Jeová?
UMA mulher dando à luz um filho varão! Um grande dragão procurando devorar esse filho! Esses dois sinais celestiais, tão vividamente retratados em Revelação, capítulo 12, convenceram-nos de que a secular controvérsia envolvendo o descendente da mulher de Deus e Satanás com seu descendente demoníaco está chegando ao clímax. Destacando esses símbolos, João diz: “E viu-se um grande sinal no céu . . . E viu-se outro sinal.” (Revelação 12:1, 3, 7-12) João relata agora um terceiro sinal: “E eu vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com sete pragas. Estas são as últimas, porque por meio delas é levada a término a ira de Deus.” (Revelação 15:1) Esse terceiro sinal também tem um significado vital para os servos de Jeová.
2 Queira notar o papel importante que os anjos novamente desempenham no cumprimento da vontade de Deus. Esse fato já é conhecido há muito tempo pelos servos de Jeová. Ora, o antigo salmista, sob inspiração, até mesmo dirigiu-se a esses anjos, exortando-os: “Bendizei a Jeová, vós anjos seus, poderosos em poder, cumprindo a sua palavra, por escutardes a voz da sua palavra”! (Salmo 103:20) Agora, nesta nova cena, anjos são designados para derramar as últimas sete pragas.
3. O que são as sete pragas, e o que o derramamento delas denota?
3 O que são essas pragas? Iguais aos sete toques de trombeta, são causticantes pronunciamentos de julgamento, divulgando como Jeová encara os diversos aspectos deste mundo e avisando do resultado final de Suas decisões judiciais. (Revelação 8:1–9:21) O derramamento delas aponta para a execução desses julgamentos, quando os alvos do furor de Jeová forem destruídos no dia da sua ira ardente. (Isaías 13:9-13; Revelação 6:16, 17) Assim, por meio delas, “é levada a término a ira de Deus”. Mas, antes de descrever o derramamento das pragas, João nos informa sobre alguns humanos que não serão adversamente afetados por elas. Esses leais, tendo recusado a marca da fera, cantam louvores a Jeová, ao proclamarem Seu dia de vingança. — Revelação 13:15-17.
O Cântico de Moisés e do Cordeiro
4. O que João passa a observar agora?
4 João passa a observar agora um notável panorama: “E eu vi o que parecia ser um mar vítreo misturado com fogo, e os que se saem vitoriosos em face da fera, e da sua imagem, e do número do seu nome, estar em pé junto ao mar vítreo, tendo harpas de Deus.” — Revelação 15:2.
5. O que é representado pelo “mar vítreo misturado com fogo”?
5 O “mar vítreo” é o mesmo visto por João anteriormente, situado diante do trono de Deus. (Revelação 4:6) É similar ao “mar de fundição” (reservatório de água) do templo de Salomão, do qual os sacerdotes tiravam água para lavar-se. (1 Reis 7:23) É assim uma bela representação do “banho de água” — isto é, a Palavra de Deus — pelo qual Jesus purifica a congregação sacerdotal dos cristãos ungidos. (Efésios 5:25, 26; Hebreus 10:22) Esse mar vítreo está “misturado com fogo”, indicando que esses ungidos são testados e expurgados ao obedecerem às elevadas normas fixadas para eles. Além disso, lembra-nos que a Palavra de Deus também contém expressões de julgamentos ardentes contra os inimigos dele. (Deuteronômio 9:3; Sofonias 3:8) Alguns desses julgamentos ardentes se manifestam nas sete últimas pragas prestes a serem derramadas.
6. (a) Quem são os cantores em pé diante do mar vítreo celestial, e como sabemos isso? (b) De que modo “se saem vitoriosos”?
6 Destinar-se o mar de fundição no templo de Salomão ao uso dos sacerdotes indica que os cantores que estão em pé diante do mar vítreo celestial são uma classe sacerdotal. Eles têm “harpas de Deus”, e por isso os associamos com os 24 anciãos e os 144.000, visto que esses grupos também cantam com acompanhamento de harpas. (Revelação 5:8; 14:2) Os cantores vistos por João “se saem vitoriosos em face da fera, e da sua imagem, e do número do seu nome”. Portanto, devem ser aqueles dos 144.000 que vivem na Terra durante os últimos dias. Como grupo, deveras saem-se vitoriosos. Já por quase 90 anos desde 1919, recusam-se a aceitar a marca da fera ou a considerar a imagem dela como a única esperança de paz do homem. Muitos deles já perseveraram fiéis até a morte, e estes, agora já no céu, sem dúvida acompanham com prazer especial o cantar de seus irmãos ainda na Terra. — Revelação 14:11-13.
7. Como se usava a harpa no Israel antigo, e como a presença de harpas de Deus na visão de João devia nos afetar?
7 Esses vencedores leais têm harpas de Deus. Nesse respeito, são similares aos levitas do templo, na antiguidade, os quais adoravam a Jeová com cântico ao acompanhamento de harpas. Alguns também profetizavam ao acompanhamento duma harpa. (1 Crônicas 15:16; 25:1-3) Os belos acordes da harpa embelezavam os cânticos de alegria de Israel, e suas orações de louvor e de agradecimento a Jeová. (1 Crônicas 13:8; Salmo 33:2; 43:4; 57:7, 8) Em épocas de depressão emocional ou de cativeiro não se ouviam harpas. (Salmo 137:2) A presença de harpas de Deus, nesta visão, deveria aumentar nossa expectativa de um exultante e triunfante cântico de louvor e de agradecimento ao nosso Deus.a
8. Que cântico está sendo cantado, e quais são as palavras dele?
8 É isto que João relata: “E estão cantando o cântico de Moisés, o escravo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: ‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade. Quem realmente não te temerá, Jeová, e glorificará o teu nome, porque só tu és leal? Pois virão todas as nações e adorarão perante ti, porque os teus justos decretos foram manifestos.’” — Revelação 15:3, 4.
9. Por que o cântico, em parte, é chamado de “o cântico de Moisés”?
9 Esses vitoriosos cantam “o cântico de Moisés”, quer dizer, um cântico similar àquele que Moisés cantou em circunstâncias similares. Depois que os israelitas testemunharam as dez pragas no Egito e a destruição dos exércitos egípcios no Mar Vermelho, Moisés os liderou em tal cântico de triunfante louvor a Jeová, proclamando: “Jeová reinará por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Êxodo 15:1-19) Quão apropriado é que os cantores na visão de João, saindo-se vitoriosos em face da fera e estando envolvidos na proclamação das sete últimas pragas, também cantem ao “Rei da eternidade”! — 1 Timóteo 1:17.
10. Que outro cântico foi composto por Moisés, e como a última estrofe dele se relaciona com a atual grande multidão?
10 Em outro cântico, composto quando Israel se preparava para a conquista de Canaã, o idoso Moisés disse àquela nação: “Declararei o nome de Jeová. Atribuí deveras grandeza ao nosso Deus!” A última estrofe desse cântico encorajava também os não israelitas, e as palavras inspiradas de Moisés se estendem até à grande multidão de hoje: “Alegrai-vos, ó nações, com o seu povo.” E por que devem alegrar-se? Porque Jeová, agora, “vingará o sangue dos seus servos, e pagará de volta vingança aos seus adversários”. Tal execução de julgamento justo fará jubilar todos os que esperam em Jeová. — Deuteronômio 32:3, 43; Romanos 15:10-13; Revelação 7:9.
11. Como o cântico ouvido por João continua a ter cumprimento?
11 Como o próprio Moisés se teria alegrado de estar agora no dia do Senhor, cantando junto com o coro celestial: “Virão todas as nações e adorarão perante ti”! Esse transcendente cântico continua a ter hoje um cumprimento maravilhoso, conforme vemos não apenas em visão, mas em realidade viva, nos milhões dentre “as nações” que afluem agora alegremente à organização terrestre de Jeová.
12. Por que o cântico dos vitoriosos também é chamado “o cântico do Cordeiro”?
12 No entanto, esse cântico não é apenas o de Moisés, mas também o “do Cordeiro”. Em que sentido? Moisés era profeta de Jeová para Israel, mas o próprio Moisés profetizou que Jeová suscitaria um profeta semelhante a ele. Este mostrou ser o Cordeiro, Jesus Cristo. Ao passo que Moisés era “o escravo de Deus”, Jesus era Filho de Deus, na realidade, o Moisés Maior. (Deuteronômio 18:15-19; Atos 3:22, 23; Hebreus 3:5, 6) Portanto, os cantores cantam também “o cântico do Cordeiro”.
13. (a) Como se dá que Jesus, embora maior do que Moisés, é semelhante a ele? (b) Como podemos estar unidos com os cantores?
13 Jesus, igual a Moisés, cantava publicamente os louvores de Deus e profetizava a respeito da vitória Dele sobre todos os inimigos. (Mateus 24:21, 22; 26:30; Lucas 19:41-44) Também Jesus aguardava o tempo em que as nações entrariam para louvar a Jeová, e, como abnegado “Cordeiro de Deus”, ele depôs a sua vida humana para tornar isso possível. (João 1:29; Revelação 7:9; compare isso com Isaías 2:2-4; Zacarias 8:23.) E assim como Moisés chegou a apreciar o nome de Deus, Jeová, e a exaltar esse nome, assim Jesus tornou manifesto o nome de Deus. (Êxodo 6:2, 3; Salmo 90:1, 17; João 17:6) Visto que Jeová é leal, o cumprimento das suas gloriosas promessas é certo. Portanto, certamente estamos unidos com esses cantores leais, com o Cordeiro e com Moisés, em secundar as palavras do cântico: “Quem realmente não te temerá, Jeová, e glorificará o teu nome?”
Os Anjos com as Tigelas
14. Quem João vê emergir do santuário, e o que lhes é dado?
14 É apropriado que ouçamos o cântico desses vencedores ungidos. Por quê? Porque têm divulgado na Terra os julgamentos contidos nas tigelas cheias da ira de Deus. Mas o derramamento dessas tigelas envolve mais do que meros humanos, conforme João prossegue mostrando: “E depois destas coisas eu vi, e foi aberto no céu o santuário da tenda do testemunho, e do santuário emergiram os sete anjos com as sete pragas, trajados de linho puro, resplandecente, e cingidos pelo peito com cintos de ouro. E uma das quatro criaturas viventes deu aos sete anjos sete tigelas de ouro, cheias da ira de Deus, o qual vive para todo o sempre.” — Revelação 15:5-7.
15. Por que não surpreende que se possam ver os sete anjos emergir do santuário?
15 No que se refere ao templo israelita, que continha representações de coisas celestiais, apenas o sumo sacerdote podia entrar no Santíssimo, aqui chamado de “o santuário”. (Hebreus 9:3, 7) Ele representa o lugar da presença de Jeová no céu. No próprio céu, porém, não somente o Sumo Sacerdote Jesus Cristo tem o privilégio de entrar perante Jeová, mas também os anjos o têm. (Mateus 18:10; Hebreus 9:24-26) Não surpreende, portanto, que se possam ver sete anjos emergir do santuário no céu. Eles têm uma comissão da parte do próprio Jeová Deus: derramar as tigelas cheias da ira de Deus. — Revelação 16:1.
16. (a) O que mostra que os sete anjos estão bem qualificados para a sua obra? (b) O que indica que há outros envolvidos na grande tarefa de derramar as tigelas simbólicas?
16 Esses anjos estão bem qualificados para esta obra. Estão trajados de linho puro, resplandecente, mostrando que são espiritualmente puros e santos, justos aos olhos de Jeová. Usam também cintos de ouro. Cintos costumam ser usados quando alguém se cinge para realizar uma tarefa. (Levítico 8:7, 13; 1 Samuel 2:18; Lucas 12:37; João 13:4, 5) Portanto, os anjos estão cingidos para cumprir uma tarefa. Além disso, seus cintos são de ouro. No antigo tabernáculo usava-se ouro para representar coisas divinas, celestiais. (Hebreus 9:4, 11, 12) Isto significa que esses anjos têm uma preciosa comissão divina de serviço a cumprir. Há também outros envolvidos nesta grande tarefa. Uma das quatro criaturas viventes entrega-lhes as próprias tigelas. Sem dúvida, foi a primeira criatura vivente, parecida a um leão, simbolizando o destemor e a indomável coragem necessários para se proclamar os julgamentos de Jeová. — Revelação 4:7.
Jeová no Seu Santuário
17. O que João nos diz sobre o santuário, e como isso nos lembra o santuário no Israel antigo?
17 Finalmente, completando esta parte da visão, João nos diz: “E o santuário ficou cheio de fumaça, por causa da glória de Deus e por causa do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário até que terminaram as sete pragas dos sete anjos.” (Revelação 15:8) Houve ocasiões na história de Israel em que uma nuvem cobria o santuário literal, e esta manifestação da glória de Jeová impedia que os sacerdotes entrassem ali. (1 Reis 8:10, 11; 2 Crônicas 5:13, 14; compare isso com Isaías 6:4, 5.) Estas eram ocasiões em que Jeová estava ativamente envolvido nos acontecimentos na Terra.
18. Quando os sete anjos voltarão para apresentar a Jeová um relatório?
18 Jeová também está profundamente interessado nas coisas que agora acontecem na Terra. Ele quer que os sete anjos completem sua tarefa. É uma época culminante de julgamento, conforme descrito no Salmo 11:4-6: “Jeová está no seu santo templo. Jeová — nos céus está o seu trono. Seus próprios olhos observam, seus próprios olhos radiantes examinam os filhos dos homens. O próprio Jeová examina tanto o justo como o iníquo, e sua alma certamente odeia a quem ama a violência. Fará chover armadilhas, fogo e enxofre sobre os iníquos, bem como um vento tórrido, como porção do seu copo.” Os sete anjos não voltarão à elevada presença de Jeová sem ter derramado estas sete pragas sobre os iníquos.
19. (a) Que ordem se emite, e quem a dá? (b) Quando deve ter começado o derramamento das tigelas simbólicas?
19 Troveja a aterradora ordem: “E ouvi uma voz alta saindo do santuário dizer aos sete anjos: ‘Ide e derramai na terra as sete tigelas da ira de Deus.’” (Revelação 16:1) Quem emite esta ordem? Deve ser o próprio Jeová, visto que o resplendor da sua glória e do seu poder impede que alguém mais entre no santuário. Jeová veio em 1918 ao seu templo espiritual para julgamento. (Malaquias 3:1-5) Portanto, deve ter sido pouco depois daquela data que ele deu a ordem de derramar as tigelas da ira de Deus. De fato, os julgamentos contidos nas tigelas simbólicas começaram a ser proclamados com intensidade em 1922. E sua proclamação está aumentando muito hoje.
As Tigelas e os Toques de Trombeta
20. O que as tigelas da ira de Jeová revelam e avisam, e como são derramadas?
20 As tigelas da ira de Jeová revelam aspectos do cenário mundial conforme Jeová os vê, e avisam dos julgamentos que Jeová executará. Os anjos derramam as tigelas por meio da congregação dos cristãos ungidos na Terra, aqueles que cantam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro. Ao proclamarem o Reino como boas novas, os da classe de João têm revelado destemidamente o conteúdo dessas tigelas de ira. (Mateus 24:14; Revelação 14:6, 7) Assim, sua mensagem dupla tem sido pacífica na proclamação de liberdade à humanidade, mas tem sido guerreira em avisar do “dia de vingança da parte de nosso Deus”. — Isaías 61:1, 2.
21. Em que sentido os alvos das primeiras quatro tigelas da ira de Deus correspondem aos dos primeiros quatro toques de trombeta, e em que diferem?
21 Os alvos das primeiras quatro tigelas da ira de Deus correspondem àqueles dos primeiros quatro toques de trombeta, quer dizer, a terra, o mar, os rios e as fontes de água, e as fontes celestiais de iluminação. (Revelação 8:1-12) Mas os toques de trombeta anunciaram pragas sobre “um terço”, ao passo que o derramamento das tigelas da ira de Deus atinge a totalidade. Assim, ao passo que primeiramente a cristandade, como “um terço”, tem recebido atenção no dia do Senhor, nenhuma parte do sistema de Satanás deixou de ser afligida pelas mensagens vexatórias de julgamento por Jeová e pelos pesares que causam.
22. Em que sentido os últimos três toques de trombeta eram diferentes, e como se relacionam com as últimas três tigelas da ira de Jeová?
22 Os últimos três toques de trombeta eram diferentes, porque eram chamados de ais. (Revelação 8:13; 9:12) Os primeiros dois deles consistiam especialmente em gafanhotos e em exércitos de cavalaria, ao passo que o terceiro introduzia o nascimento do Reino de Jeová. (Revelação 9:1-21; 11:15-19) Conforme veremos, as últimas três tigelas da ira dele também abrangem alguns desses aspectos, mas são um pouco diferentes dos três ais. Prestemos agora detida atenção às exposições dramáticas que resultam do derramamento das tigelas da ira de Jeová.
[Nota(s) de rodapé]
a É interessante notar que os da classe de João, em 1921, lançaram o compêndio de estudo bíblico A Harpa de Deus, que teve uma tiragem de mais de cinco milhões de exemplares em mais de 20 idiomas. Ajudou a reunir mais cantores ungidos.
-
-
Levada a término a ira de DeusRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 32
Levada a término a ira de Deus
1. O que terá acontecido quando as sete tigelas tiverem sido derramadas completamente, e que perguntas surgem agora a respeito das tigelas?
JOÃO já apresentou os anjos comissionados para derramar as sete tigelas. Ele nos diz que “estas são as últimas, porque por meio delas é levada a término a ira de Deus”. (Revelação 15:1; 16:1) Essas pragas, revelando as sanções de Jeová contra a iniquidade na Terra, têm de ser derramadas completamente. Quando tiverem terminado, terão sido executados os julgamentos de Deus. O mundo de Satanás não mais existirá! O que pressagiam essas pragas para a humanidade e para os governantes do atual sistema iníquo? Como podem os cristãos evitar ser afligidos junto com este mundo condenado? Essas são perguntas vitais, e elas estão agora para ser respondidas. Todos os que anseiam o triunfo da justiça têm vivo interesse no que João vê a seguir.
O Furor de Jeová Contra a “Terra”
2. O que resulta de o primeiro anjo derramar a sua tigela na terra, e o que é simbolizado pela “terra”?
2 O primeiro anjo entra em ação! “E o primeiro foi e derramou a sua tigela na terra. E veio a haver uma úlcera nociva e maligna nos homens que tinham a marca da fera e que adoravam a sua imagem.” (Revelação 16:2) Como no caso do primeiro toque de trombeta, a “terra” simboliza aqui o sistema político de aparência estável, que Satanás começou a desenvolver aqui na Terra lá no tempo de Ninrode, há mais de 4.000 anos. — Revelação 8:7.
3. (a) Como muitos governos têm exigido dos seus súditos o equivalente a uma adoração? (b) O que as nações têm produzido em substituição do Reino de Deus, e com que efeito sobre os que o adoram?
3 Nestes últimos dias, muitos governos têm exigido dos seus súditos o equivalente a uma adoração, insistindo em que o Estado tem de ser exaltado acima de Deus ou de qualquer outra lealdade. (2 Timóteo 3:1; veja Lucas 20:25; João 19:15.) Desde 1914, tem passado a ser comum que as nações recrutem seus jovens para lutar, ou para estar prontos para lutar, na espécie de guerra total que tem ensanguentado tanto as páginas da história moderna. Durante o dia do Senhor, as nações têm também produzido, em substituição do Reino de Deus, a imagem da fera — a Liga das Nações e a organização que lhe sucedeu, as Nações Unidas. Quanta blasfêmia é proclamar, como fizeram papas recentes, que esse organismo constituído pelos homens seja a única esperança de paz das nações! Ele está em firme oposição ao Reino de Deus. Os que o adoram tornam-se espiritualmente impuros, ulcerosos, assim como os egípcios, que nos dias de Moisés se opuseram a Jeová, foram afligidos por feridas e úlceras literais. — Êxodo 9:10, 11.
4. (a) O que o conteúdo da primeira tigela da ira de Deus enfatiza fortemente? (b) Como Jeová considera aqueles que aceitam a marca da fera?
4 O conteúdo desta tigela enfatiza fortemente a escolha que se apresenta aos humanos. Eles terão de sofrer ou a desaprovação do mundo ou a indignação de Jeová. A humanidade foi posta sob compulsão de aceitar a marca da fera, na intenção de que “ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver a marca, o nome da fera ou o número do seu nome”. (Revelação 13:16, 17) Mas é preciso pagar um preço por isso! Jeová considera aqueles que aceitam a marca como atingidos por “uma úlcera nociva e maligna”. Desde 1922, eles têm sido marcados em público como tendo rejeitado o Deus vivente. Os planos políticos deles não têm sucesso, e eles sofrem angústia. Em sentido espiritual, são impuros. A menos que se arrependam, esse mal “nocivo” será fatal, porque agora é o dia de julgamento da parte de Jeová. Não há campo neutro entre fazer parte do sistema de coisas do mundo e servir a Jeová ao lado do Seu Cristo. — Lucas 11:23; veja Tiago 4:4.
O Mar Torna-se Sangue
5. (a) O que ocorre quando a segunda tigela é derramada? (b) Como Jeová encara aqueles que habitam o mar simbólico?
5 A segunda tigela da ira de Deus tem de ser derramada agora. O que significará isso para a humanidade? João nos diz: “E o segundo derramou a sua tigela no mar. E este se tornou em sangue como de um morto, e morreu toda alma vivente, sim, as coisas no mar.” (Revelação 16:3) Assim como o segundo toque de trombeta, esta tigela é dirigida contra o “mar” — a agitada e rebelde massa da humanidade apartada de Jeová. (Isaías 57:20, 21; Revelação 8:8, 9) Aos olhos de Jeová, esse “mar” é como sangue, impróprio para criaturas viverem nele. Esse é o motivo pelo qual os cristãos não devem fazer parte do mundo. (João 17:14) O derramamento da segunda tigela da ira de Deus revela que toda a humanidade que habita nesse mar está morta aos olhos de Jeová. Por motivo de responsabilidade comunal, a humanidade é culpada de flagrante derramamento de sangue inocente. Quando chegar o dia da ira de Jeová, tais pessoas morrerão literalmente às mãos das forças executoras dele. — Revelação 19:17, 18; compare isso com Efésios 2:1; Colossenses 2:13.
Dá-se-lhes Sangue Para Beber
6. O que ocorre quando se derrama a terceira tigela, e que palavras se ouvem do anjo e do altar?
6 A terceira tigela da ira de Deus, assim como o terceiro toque de trombeta, tem efeito sobre as fontes de água doce. “E o terceiro derramou a sua tigela nos rios e nas fontes de águas. E eles se tornaram em sangue. E ouvi o anjo sobre as águas dizer: ‘Tu, Aquele que é e que era, Aquele que é leal, és justo, porque fizeste estas decisões, pois derramaram o sangue dos santos e dos profetas, e tu lhes deste sangue para beber. Merecem isso.’ E ouvi o altar dizer: ‘Sim, Jeová Deus, o Todo-poderoso, verdadeiras e justas são as tuas decisões judiciais.’” — Revelação 16:4-7.
7. O que é retratado pelos ‘rios e fontes de águas’?
7 Esses ‘rios e fontes de águas’ retratam as chamadas fontes frescas de orientação e sabedoria aceitas por este mundo, tais como as filosofias políticas, econômicas, científicas, educativas, sociais e religiosas que orientam as ações e as decisões humanas. Em vez de recorrer a Jeová, a Fonte da vida, em busca da verdade vitalizadora, os homens ‘escavaram para si cisternas rotas’, e beberam intensamente da “sabedoria deste mundo [que] é tolice perante Deus”. — Jeremias 2:13; 1 Coríntios 1:19; 2:6; 3:19; Salmo 36:9.
8. De que maneiras incorreu a humanidade em culpa de sangue?
8 Tais “águas” poluídas têm levado os homens a se tornarem culpados de derramar sangue, por exemplo, por incentivá-los a derramar sangue em escala monumental nas guerras, que no século passado ceifaram mais de cem milhões de vidas. Especialmente na cristandade, na qual irromperam as duas guerras mundiais, os homens ‘se têm apressado a derramar sangue inocente’, e este tem incluído o sangue das próprias testemunhas de Deus. (Isaías 59:7; Jeremias 2:34) A humanidade também tem incorrido em culpa de sangue por usar indevidamente enormes quantidades de sangue para transfusões, em violação das leis justas de Jeová. (Gênesis 9:3-5; Levítico 17:14; Atos 15:28, 29) Por causa disso, ela já tem ceifado sofrimento pela proliferação de aids, hepatite e outras doenças através das transfusões de sangue. A plena retribuição por toda a culpa de sangue virá em breve, quando os transgressores pagarem a pena máxima, por serem pisados “no grande lagar da ira de Deus”. — Revelação 14:19, 20.
9. O que está envolvido no derramamento da terceira tigela?
9 Nos dias de Moisés, quando o rio Nilo foi transformado em sangue, os egípcios puderam manter-se vivos por procurar outras fontes de água. (Êxodo 7:24) No entanto, hoje, durante a praga espiritual, não há lugar nenhum no mundo de Satanás em que as pessoas possam encontrar águas vitalizadoras. O derramamento desta terceira tigela envolve a proclamação de que ‘os rios e as fontes de águas’ do mundo são como sangue, causando a morte espiritual a todos os que beberem deles. A menos que as pessoas se voltem para Jeová, receberão o julgamento adverso dele. — Veja Ezequiel 33:11.
10. O que “o anjo sobre as águas” divulga, e que testemunho “o altar” acrescenta?
10 “O anjo sobre as águas”, quer dizer, o anjo que derrama esta tigela nas águas, magnifica a Jeová como o Juiz Universal, cujas decisões justas são absolutas. Portanto, ele diz a respeito desse julgamento: “Merecem isso.” Sem dúvida, o anjo presenciou pessoalmente grande parte do derramamento de sangue e da crueldade fomentados no decorrer de milhares de anos pelos falsos ensinos e filosofias deste mundo iníquo. Por isso, ele sabe que a decisão judicial de Jeová é justa. Até mesmo “o altar” de Deus fala. Em Revelação 6:9, 10, diz-se que as almas dos martirizados estão junto à base desse altar. De modo que “o altar” acrescenta forte testemunho quanto à justeza e à justiça das decisões de Jeová.a Certamente é bem apropriado que aqueles que derramaram e usaram indevidamente tanto sangue sejam eles mesmos obrigados a ingerir sangue, em símbolo de que Jeová os sentenciou à morte.
Abrasar os Homens com Fogo
11. Qual é o alvo da quarta tigela da ira de Deus, e o que ocorre quando é derramada?
11 A quarta tigela da ira de Deus tem por alvo o sol. João nos diz: “E o quarto derramou a sua tigela sobre o sol; e concedeu-se ao sol abrasar os homens com fogo. E os homens foram abrasados por um grande calor, mas eles blasfemaram o nome de Deus, que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram de modo a lhe darem glória.” — Revelação 16:8, 9.
12. O que é o “sol” deste mundo, e o que se concede a esse sol simbólico?
12 Hoje, na terminação do sistema de coisas, os irmãos espirituais de Jesus ‘brilham tão claramente como o sol no reino de seu Pai’. (Mateus 13:40, 43) O próprio Jesus é “o sol da justiça”. (Malaquias 4:2) A humanidade, porém, tem seu próprio “sol”, seus próprios governantes que procuram brilhar em oposição ao Reino de Deus. O quarto toque de trombeta proclamava que ‘o sol, a lua e as estrelas’ nos céus da cristandade são realmente fontes de escuridão, não de luz. (Revelação 8:12) A quarta tigela da ira de Deus mostra agora que o “sol” do mundo se tornaria insuportavelmente quente. Aqueles que são considerados líderes, como sol, ‘abrasariam’ a humanidade. Isto seria concedido ao simbólico sol. Em outras palavras, Jeová permitiria isso como parte de seu julgamento ardente da humanidade. De que maneira se tem dado esse abrasar?
13. De que modo os governantes deste mundo, como sol, têm ‘abrasado’ a humanidade?
13 Depois da Primeira Guerra Mundial, os governantes deste mundo constituíram a Liga das Nações, no empenho de solucionar o problema da segurança mundial, mas isto fracassou. Tentaram-se então outros tipos experimentais de governo, tais como o fascismo e o nazismo. O comunismo continuou a expandir-se. Em vez de melhorar a sorte da humanidade, os governantes, como sol, nesses sistemas, começaram a ‘abrasar a humanidade com grande calor’. Guerras locais na Espanha, na Etiópia e na Manchúria levaram à Segunda Guerra Mundial. A história moderna registra que Mussolini, Hitler e Stalin, como ditadores, tornaram-se direta e indiretamente responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas, incluindo a de muitos de seus próprios compatriotas. Mais recentemente, conflitos internacionais ou civis têm ‘abrasado’ o povo de países tais como o Vietnã, Camboja, Irã, Líbano e Irlanda, bem como em países da América Latina e da África. Acrescente a isso a constante luta entre as superpotências, cujas horrendas armas nucleares têm a capacidade de incinerar toda a humanidade. Nestes últimos dias, a humanidade certamente tem ficado exposta a um “sol” abrasador, seus governantes injustos. O derramamento da quarta tigela da ira de Deus tem enfocado esses fatos históricos, e o povo de Deus os tem proclamado em toda a Terra.
14. O que as Testemunhas de Jeová têm consistentemente ensinado como única solução para os problemas da humanidade, com que reação da humanidade como um todo?
14 As Testemunhas de Jeová têm consistentemente ensinado que a única solução para os problemas desconcertantes da humanidade é o Reino de Deus, por meio do qual Jeová se propõe santificar seu nome. (Salmo 83:4, 17, 18; Mateus 6:9, 10) A humanidade como um todo, porém, tem feito ouvidos surdos a esta solução. Muitos daqueles que rejeitam o Reino também blasfemam o nome de Deus, assim como Faraó fez quando se negou a reconhecer a soberania de Jeová. (Êxodo 1:8-10; 5:2) Esses opositores, sem interesse pelo Reino messiânico, preferem sofrer sob o seu próprio “sol” escaldante de governo humano opressivo.
O Trono da Fera
15. (a) Sobre o que se derrama a quinta tigela? (b) O que é “o trono da fera”, e o que está envolvido no derramamento da tigela sobre ele?
15 Sobre o que derrama o próximo anjo a sua tigela? “E o quinto derramou a sua tigela sobre o trono da fera.” (Revelação 16:10a) A “fera” é o sistema governamental de Satanás. Ela não tem um trono literal, assim como tampouco a própria fera é literal. A menção de um trono, porém, mostra que a fera tem exercido autoridade régia sobre a humanidade. Isto está em harmonia com o fato de que cada um dos chifres da fera leva um diadema régio. De fato, “o trono da fera” é a base, ou fonte, desta autoridade.b A Bíblia revela a verdadeira situação da autoridade régia da fera ao dizer que “o dragão deu à fera seu poder e seu trono, e grande autoridade”. (Revelação 13:1, 2; 1 João 5:19) Assim, o derramamento da tigela sobre o trono da fera envolve a proclamação que revela o verdadeiro papel que Satanás tem desempenhado e ainda desempenha em apoiar e promover a fera.
16. (a) A quem as nações servem, quer se apercebam disso, quer não? Queira explicar isso. (b) Como o mundo reflete a personalidade de Satanás? (c) Quando o trono da fera será derrubado?
16 Como é mantida esta relação entre Satanás e as nações? Quando Satanás tentou Jesus, mostrou-lhe numa visão todos os reinos do mundo e ofereceu-lhe “toda esta autoridade e a glória deles”. Mas havia uma condição — primeiro Jesus teria de realizar um ato de adoração perante Satanás. (Lucas 4:5-7) Podemos imaginar que os governos do mundo recebam sua autoridade por um preço menor? De modo algum. Segundo a Bíblia, Satanás é o deus deste sistema de coisas, de modo que, quer as nações se apercebam disso, quer não, elas o servem. (2 Coríntios 4:3, 4)c Esta situação é revelada na constituição do atual sistema mundial, que se baseia em tacanho nacionalismo, em ódio e em interesses próprios. É organizado do modo como Satanás quer — para manter a humanidade sob o seu controle. A corrupção em governos, a ânsia de poder, a diplomacia mentirosa, a corrida armamentista — estas refletem a degradada personalidade de Satanás. O mundo adota as normas injustas de Satanás, tornando-o assim seu deus. O trono da fera será derrubado quando essa fera for extinta e o Descendente da mulher de Deus finalmente lançar o próprio Satanás no abismo. — Gênesis 3:15; Revelação 19:20, 21; 20:1-3.
Escuridão e Atormentadora Dor
17. (a) Como o derramamento da quinta tigela se relaciona com a escuridão espiritual que sempre tem envolvido o reino da fera? (b) Como as pessoas reagem ao derramamento da quinta tigela da ira de Deus?
17 O reino dessa fera tem estado em escuridão espiritual desde o seu começo. (Veja Mateus 8:12; Efésios 6:11, 12.) A quinta tigela traz um anúncio público intensificado dessa escuridão. Até mesmo a dramatiza, por ser esta tigela da ira de Deus derramada sobre o próprio trono da fera simbólica. “E o seu reino ficou obscurecido, e começaram a morder as suas línguas de dor, mas blasfemaram o Deus do céu por causa das suas dores e das suas úlceras, e não se arrependeram das suas obras.” — Revelação 16:10b, 11.
18. Que correspondência há entre o quinto toque de trombeta e a quinta tigela da ira de Deus?
18 O quinto toque de trombeta não é exatamente igual à quinta tigela da ira de Deus, visto que o toque de trombeta anunciava uma praga de gafanhotos. Mas queira notar que na soltura daquela praga de gafanhotos ocorreu um escurecimento do sol e do ar. (Revelação 9:2-5) E em Êxodo 10:14, 15, lemos a respeito dos gafanhotos com que Jeová afligiu o Egito: “Foram muito molestos. Antes deles nunca houve deste modo gafanhotos semelhantes a eles e nunca os haverá deste modo após eles. E cobriam a superfície visível do país inteiro, e a terra ficou escura.” Sim, escuridão! Hoje, a escuridão espiritual do mundo tem-se tornado bem evidente, em resultado do toque da quinta trombeta e do derramamento da quinta tigela da ira de Deus. A mensagem pungente proclamada pelo hodierno enxame de gafanhotos causa tormento e dor aos iníquos que “amaram mais a escuridão do que a luz”. — João 3:19.
19. Em harmonia com Revelação 16:10, 11, o que a exposição pública de Satanás como o deus deste sistema de coisas tem causado?
19 Satanás, como governante mundial, tem causado muita infelicidade e muito sofrimento. Fome, guerras, violência, crime, vício de drogas, imoralidade, doenças sexualmente transmissíveis, desonestidade, hipocrisia religiosa — estas e outras coisas são a marca distintiva do sistema de coisas de Satanás. (Veja Gálatas 5:19-21.) Mesmo assim, a exposição pública de Satanás como o deus deste sistema de coisas tem causado dor e embaraço aos que vivem segundo as normas dele. “Começaram a morder as suas línguas de dor”, especialmente na cristandade. Muitos se ressentem de que a verdade expõe o seu estilo de vida. Alguns acham isso ameaçador, e perseguem aqueles que a publicam. Rejeitam o Reino de Deus e ultrajam o santo nome de Jeová. A condição religiosa doentia, ulcerosa, deles fica exposta, e por isso blasfemam o Deus do céu. Não, eles ‘não se arrependem das suas obras’. De modo que não podemos esperar uma conversão em massa antes de chegar o fim deste sistema de coisas. — Isaías 32:6.
O Rio Eufrates se Secou
20. Como é que tanto o sexto toque de trombeta como o derramamento da sexta tigela envolvem o rio Eufrates?
20 O sexto toque de trombeta proclamava a soltura dos “quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates”. (Revelação 9:14) Historicamente, Babilônia era a grande cidade atravessada pelo rio Eufrates. E em 1919, a soltura dos quatro anjos simbólicos acompanhava uma queda significativa de Babilônia, a Grande. (Revelação 14:8) Portanto, é digno de nota que a sexta tigela da ira de Deus também envolve o rio Eufrates: “E o sexto derramou a sua tigela sobre o grande rio Eufrates, e a sua água se secou, para que se preparasse o caminho para os reis do nascente do sol.” (Revelação 16:12) Isto também é má notícia para Babilônia, a Grande!
21, 22. (a) Como se secaram as águas protetoras do rio Eufrates para Babilônia em 539 AEC? (b) O que são as “águas” sobre as quais Babilônia, a Grande, está sentada, e como se secam desde já essas águas simbólicas?
21 No apogeu da antiga Babilônia, as águas abundantes do Eufrates constituíam parte importante do sistema defensivo dela. Em 539 AEC, essas águas se secaram quando seu curso foi desviado pelo líder persa Ciro. Assim se abriu o caminho para Ciro, o persa, e Dario, o medo, os reis “do nascente do sol” (quer dizer, do leste), entrarem em Babilônia e a conquistarem. Na hora da crise, o rio Eufrates deixou de defender aquela grande cidade. (Isaías 44:27–45:7; Jeremias 51:36) Algo similar há de acontecer à moderna Babilônia, o sistema mundial da religião falsa.
22 Babilônia, a Grande, “está sentada sobre muitas águas”. De acordo com Revelação 17:1, 15, estas simbolizam “povos, e multidões, e nações, e línguas” — massas de adeptos que ela tem considerado como proteção. Mas as “águas” estão-se secando! Na Europa ocidental, onde antigamente ela exercia grande influência, centenas de milhões de pessoas têm desconsiderado abertamente a religião. Em alguns países, durante muitos anos houve uma política declarada de tentar destruir a influência da religião. As massas naqueles países não se têm erguido em defesa dela. De modo similar, quando chegar o tempo de Babilônia, a Grande, ser destruída, o minguante número de seus adeptos de modo algum mostrará servir de proteção. (Revelação 17:16) Embora ela afirme ter bilhões de membros, Babilônia, a Grande, se verá indefesa contra “os reis do nascente do sol”.
23. (a) Quem eram “os reis do nascente do sol” em 539 AEC? (b) Quem são “os reis do nascente do sol” durante o dia do Senhor, e como destruirão Babilônia, a Grande?
23 Quem são esses reis? Em 539 AEC eram Dario, o medo, e Ciro, o persa, que foram usados por Jeová para conquistar a antiga cidade de Babilônia. Neste dia do Senhor, o sistema religioso falso de Babilônia, a Grande, também será destruído por governantes humanos. Mas, novamente, tratar-se-á dum julgamento divino. Jeová Deus e Jesus Cristo, “os reis do nascente do sol”, terão posto no coração de governantes humanos o “pensamento” de se voltar contra Babilônia, a Grande, e de destruí-la completamente. (Revelação 17:16, 17) O derramamento da sexta tigela proclama publicamente que esse julgamento está prestes a ser executado!
24. (a) Como o conteúdo das primeiras seis tigelas da ira de Jeová tem sido divulgado, e com que resultado? (b) Antes de nos falar sobre a remanescente tigela da ira de Deus, o que Revelação mostra?
24 Estas primeiras seis tigelas da ira de Jeová contêm uma mensagem séria. Os servos terrestres de Deus, apoiados pelos anjos, têm-se atarefado em divulgar seu conteúdo em escala global. Assim se tem dado o devido aviso a todos os setores do sistema mundial de Satanás, e Jeová tem dado às pessoas individuais a oportunidade de se voltar para a justiça e continuar vivendo. (Ezequiel 33:14-16) Todavia, resta ainda mais uma tigela da ira de Deus. Mas antes de tratar dela, Revelação mostra como Satanás e seus agentes terrestres estão tentando neutralizar a divulgação dos julgamentos de Jeová.
O Ajuntamento ao Armagedom
25. (a) O que João nos diz sobre impuras “expressões inspiradas”, semelhantes a rãs? (b) Como tem havido uma repulsiva aflição, como que por rãs, de “impuras expressões inspiradas” no dia do Senhor, e com que resultado?
25 João nos diz: “E eu vi três impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs, sair da boca do dragão, e da boca da fera, e da boca do falso profeta. São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso.” (Revelação 16:13, 14) Nos dias de Moisés, Jeová lançou uma repugnante praga de rãs sobre o Egito de Faraó, de modo que “a terra começou a cheirar mal”. (Êxodo 8:5-15) Durante o dia do Senhor também tem havido uma repulsiva aflição como que por rãs, embora de origem diferente. Ela consiste em “impuras expressões inspiradas” da parte de Satanás, claramente simbolizando a propaganda que se destina a manobrar todos os governantes humanos, os “reis”, para ficarem em oposição a Jeová Deus. Satanás assegura-se assim de que eles não sejam demovidos pelo derramamento das tigelas da ira de Deus, mas que estejam firmemente ao lado de Satanás quando começar “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”.
26. (a) De que três fontes procede a propaganda satânica? (b) O que é o “falso profeta”, e como sabemos isso?
26 A propaganda procede do “dragão” (Satanás) e da “fera” (o arranjo político terrestre de Satanás), criaturas que já ficamos conhecendo em Revelação. O que, porém, é o “falso profeta”? Este é novato apenas de nome. Anteriormente, vimos uma fera de dois chifres, como um cordeiro, que realizava grandes sinais perante a fera de sete cabeças. Essa criatura enganosa atuava como profeta para esta fera. Promovia a adoração da fera, até mesmo causando a construção duma imagem dela. (Revelação 13:11-14) Esta fera de dois chifres, como um cordeiro, deve ser o mesmo que o “falso profeta” mencionado aqui. Em confirmação disso, lemos mais adiante que o falso profeta, igual à simbólica fera de dois chifres, “realizava na frente [da fera de sete cabeças] os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem”. — Revelação 19:20.
27. (a) Que aviso oportuno o próprio Jesus Cristo dá? (b) Que aviso Jesus deu quando esteve na Terra? (c) Como o apóstolo Paulo ecoou o aviso de Jesus?
27 Com tanta propaganda satânica circulando, as próximas palavras que João registra são deveras oportunas: “Eis que venho como ladrão. Feliz aquele que ficar desperto e guardar as suas roupas exteriores, para que não ande nu e olhem para a sua vergonha.” (Revelação 16:15) Quem é que vem “como ladrão”? O próprio Jesus, vindo como Executor da parte de Jeová numa ocasião não anunciada. (Revelação 3:3; 2 Pedro 3:10) Enquanto ainda na Terra, Jesus também comparou a sua vinda à dum ladrão, dizendo: “Portanto, mantende-vos vigilantes, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Por esta razão, vós também mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” (Mateus 24:42, 44; Lucas 12:37, 40) Ecoando esse aviso, o apóstolo Paulo disse: “O dia de Jeová vem exatamente como ladrão, de noite. Quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição.” Satanás está por trás de qualquer falsa proclamação de “paz e segurança” como essa. — 1 Tessalonicenses 5:2, 3.
28. Que advertência Jesus deu sobre resistir às pressões do mundo, e o que é “aquele dia” que os cristãos não desejam que lhes sobrevenha “como um laço”?
28 Jesus advertiu também sobre a espécie de pressões que este mundo, saturado de propaganda, exerceria sobre os cristãos. Ele disse: “Prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. . . . Portanto, mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo súplica para que sejais bem-sucedidos em escapar de todas estas coisas que estão destinadas a ocorrer, e em ficar em pé diante do Filho do homem.” (Lucas 21:34-36) “Aquele dia” é “o grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Revelação 16:14) Ao passo que “aquele dia” da vindicação da soberania de Jeová se aproxima, torna-se cada vez mais difícil lidar com as ansiedades da vida. Os cristãos precisam estar atentos e vigilantes, mantendo-se despertos até chegar aquele dia.
29, 30. (a) O que a advertência de Jesus, de que os que fossem encontrados dormindo seriam envergonhados por perder suas “roupas exteriores”, dá a entender? (b) As roupas exteriores identificam aquele que as usa como sendo o quê? (c) Como poderia alguém perder suas simbólicas roupas exteriores, e com que resultado?
29 No entanto, o que dá a entender o aviso de que os que fossem encontrados dormindo seriam envergonhados por perderem suas “roupas exteriores”? No Israel antigo, qualquer sacerdote ou levita em serviço de vigilância no templo tinha uma pesada responsabilidade. Comentadores judaicos nos informam que, quando alguém era apanhado dormindo em tal serviço, podia-se tirar-lhe a roupa e queimá-la, sendo ele assim publicamente envergonhado.
30 Jesus adverte aqui que algo similar pode acontecer hoje. Os sacerdotes e os levitas prefiguravam os irmãos ungidos de Jesus. (1 Pedro 2:9) Mas o aviso de Jesus aplica-se por extensão também aos da grande multidão. As roupas exteriores mencionadas aqui identificam aquele que as usa como uma cristã Testemunha de Jeová. (Veja Revelação 3:18; 7:14.) Se alguém permitir que as pressões do mundo de Satanás o induzam a dormir ou a cair na inatividade, ele provavelmente perderá essas roupas exteriores — em outras palavras, perderá a sua identificação limpa qual cristão. Tal situação seria vergonhosa. Ela o colocaria em perigo de perder tudo.
31. (a) Como enfatiza Revelação 16:16 a necessidade de os cristãos se manterem despertos? (b) Que especulação têm feito alguns líderes religiosos a respeito do Armagedom?
31 A necessidade de os cristãos se manterem despertos torna-se ainda mais premente ao passo que o próximo versículo de Revelação se aproxima do cumprimento: “E [as expressões inspiradas por demônios] ajuntaram-nos [os reis ou governantes terrestres] ao lugar que em hebraico se chama Har-Magedon.” (Revelação 16:16) Esse nome, mais comumente vertido Armagedom, ocorre apenas uma vez na Bíblia. Mas tem estimulado a imaginação da humanidade. Líderes mundiais têm avisado sobre um possível Armagedom nuclear. O Armagedom também tem sido relacionado com a antiga cidade de Megido, local de muitas batalhas decisivas nos tempos bíblicos, e alguns líderes religiosos, portanto, têm especulado que a derradeira guerra na Terra ocorrerá naquela região limitada. Nesse respeito estão muito longe da verdade.
32, 33. (a) Em vez de se tratar dum lugar literal, o que o nome Har-Magedon, ou Armagedom, representa? (b) Que outros termos bíblicos são similares a “Armagedom” ou estão relacionados com ele? (c) Quando chegará o tempo de o sétimo anjo derramar a última tigela da ira de Deus?
32 O nome Har-Magedon significa “Monte de Megido”. Mas, em vez de tratar-se dum lugar literal, representa a situação mundial na qual todas as nações estão ajuntadas em oposição a Jeová Deus e na qual ele finalmente as destruirá. Seu alcance é global. (Jeremias 25:31-33; Daniel 2:44) É similar ao “grande lagar da ira de Deus” e à “baixada da decisão” ou “baixada de Jeosafá”, onde as nações são ajuntadas para ser executadas por Jeová. (Revelação 14:19; Joel 3:12, 14) Relaciona-se também com o “solo de Israel”, onde os exércitos satânicos de Gogue de Magogue são destruídos, e com a região “entre o grande mar e o monte santo do Ornato”, onde o rei do norte chega “até o seu fim” às mãos de Miguel, o grande príncipe. — Ezequiel 38:16-18, 22, 23; Daniel 11:45–12:1.
33 Quando as nações tiverem sido manobradas para esta situação pela propaganda coaxante que se origina de Satanás e de seus agentes terrestres, terá chegado o tempo para o sétimo anjo derramar a derradeira tigela da ira de Deus.
“Está Feito!”
34. Em que o sétimo anjo derrama a sua tigela, e que proclamação procede “do santuário, desde o trono”?
34 “E o sétimo derramou a sua tigela no ar. Saiu então uma voz alta do santuário, desde o trono, dizendo: ‘Está feito!’” — Revelação 16:17.
35. (a) O que é o “ar” de Revelação 16:17? (b) O que o sétimo anjo expressa por derramar a sua tigela no ar?
35 O “ar” é o último meio sustentador de vida a ser afligido. Mas não se trata do ar literal. Não há nada a respeito do ar literal que lhe mereça julgamentos adversos de Jeová, assim como tampouco os literais terra, mar, fontes de água doce ou o sol merecem sofrer julgamentos da mão de Jeová. Antes, trata-se do “ar” de que Paulo falava ao chamar Satanás de “governante da autoridade do ar”. (Efésios 2:2) É o “ar” satânico respirado hoje pelo mundo, o espírito ou a inclinação mental geral que caracteriza todo o seu sistema iníquo de coisas, a maneira satânica de pensar que permeia todos os aspectos da vida fora da organização de Jeová. Portanto, ao derramar o sétimo anjo a sua tigela no ar, ele expressa a ira de Deus contra Satanás, a organização dele e tudo o que motiva a humanidade a apoiar Satanás em desafiar a soberania de Jeová.
36. (a) O que as sete pragas constituem? (b) O que é indicado pela proclamação de Jeová: “Está feito!”?
36 Esta e as seis pragas anteriores constituem a soma total dos julgamentos de Jeová contra Satanás e o sistema deste. Constituem uma declaração de condenação para Satanás e seu descendente. Quando esta derradeira tigela é derramada, o próprio Jeová proclama: “Está feito!” Não há nada mais a dizer. Quando o conteúdo das tigelas da ira de Deus tiver sido divulgado para a satisfação de Jeová, não haverá demora em ele executar os julgamentos proclamados por essas mensagens.
37. Como João descreve o que acontece depois do derramamento da sétima tigela da ira de Deus?
37 João prossegue: “E houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e houve um grande terremoto, tal como nunca tinha havido desde que os homens vieram a estar na terra, tão extensivo era o terremoto, tão grande. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e caíram as cidades das nações; e Babilônia, a Grande, foi lembrada à vista de Deus, para dar-lhe o copo do vinho da ira do seu furor. Também toda ilha fugiu e não se acharam montes. E uma grande saraivada, cada pedra tendo aproximadamente o peso de um talento, caiu do céu sobre os homens, e os homens blasfemaram a Deus devido à praga da saraiva, porque a praga dela era extraordinariamente grande.” — Revelação 16:18-21.
38. O que simboliza (a) o “grande terremoto”, (b) o fato de “a grande cidade”, Babilônia, a Grande, fender-se em “três partes”, (c) o fato de que “toda ilha fugiu, e não se acharam montes”, e (d) a “praga da saraiva”?
38 Novamente, Jeová age inconfundivelmente para com a humanidade, o que é indicado por “relâmpagos, e vozes, e trovões”. (Compare isso com Revelação 4:5; 8:5.) A humanidade será abalada dum modo como nunca ocorreu antes, como que por um devastador terremoto. (Veja Isaías 13:13; Joel 3:16.) Esse tremendo abalo destroçará “a grande cidade”, Babilônia, a Grande, de modo que ela se fende “em três partes” — o que é simbólico de seu colapso em irreparável ruína. Também cairão “as cidades das nações”. Desaparecerão “toda ilha” e “montes” — instituições e organizações que parecem tão permanentes neste sistema. “Uma grande saraivada”, muito maior do que aquela que afligiu o Egito durante a sétima praga, com pedras de saraiva pesando cada uma cerca de um talento, se abaterá dolorosamente sobre a humanidade.d (Êxodo 9:22-26) Esta precipitação punitiva de água congelada provavelmente retrata expressões verbais incomumente pesadas dos julgamentos de Jeová, indicando que finalmente chegou o fim deste sistema de coisas! Jeová poderá muito bem usar também saraiva literal na sua obra destrutiva. — Jó 38:22, 23.
39. Apesar do derramamento das sete pragas, que proceder a maioria da humanidade adotará?
39 O mundo de Satanás sofrerá assim o julgamento justo de Jeová. A maioria da humanidade continuará a desafiar e a blasfemar a Deus até o fim. Como no caso de Faraó da antiguidade, seu coração não se abrandará com as repetidas pragas, nem com a culminação mortífera, final, destas pragas. (Êxodo 11:9, 10) Não haverá mudança de atitude em grande escala, de última hora. Com seu último suspiro vituperarão o Deus que declara: “Terão de saber que eu sou Jeová.” (Ezequiel 38:23) No entanto, a soberania de Jeová Deus, o Todo-Poderoso, terá sido vindicada.
[Nota(s) de rodapé]
a Como exemplos de coisas inanimadas servirem de testemunhas ou darem testemunho veja Gênesis 4:10; 31:44-53; Hebreus 12:24.
b Um uso similar de “trono” aparece nas palavras dirigidas profeticamente a Jesus: “Deus é teu trono por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Salmo 45:6) Jeová é a fonte, ou base, da autoridade régia de Jesus.
c Veja também Jó 1:6, 12; 2:1, 2; Mateus 4:8-10; 13:19; Lucas 8:12; João 8:44; 12:31; 14:30; Hebreus 2:14; 1 Pedro 5:8.
d Se João tinha em mente o talento grego, então cada pedra de saraiva pesaria cerca de 20 quilos. Seria uma saraivada devastadora.
[Quadro na página 221]
“Na Terra”
Os da classe de João têm divulgado o furor de Jeová contra a “terra” com declarações tais como as seguintes:
“Depois de séculos de esforço, os partidos políticos provaram sua incapacidade para enfrentar as presentes condições e resolver os problemas difíceis. Os economistas e os estadistas estudando atentamente a questão, acham-se incapazes de fazer coisa alguma.” — Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão, 1923, página 76.
“Não existe um governo na terra atualmente que satisfaça a uma proporção razoável do mundo. Muitas nações são dominadas por ditadores. O mundo inteiro está praticamente falido.” — Um Governo Desejável, 1924, página 5 (em inglês).
“[Terminar] . . . este sistema de coisas é o único meio de livrar a terra do mal e fazer lugar para que a paz e a justiça floresçam.” — “Estas Boas Novas do Reino”, 1955, página 25.
“O atual arranjo mundial distingue-se pelo aumento do pecado, da injustiça e da rebelião contra Deus e Sua vontade. . . . É incorrigível. Por isso precisa desaparecer!” — A Sentinela, 15 de julho de 1982, página 6.
[Quadro na página 223]
“No Mar”
As seguintes são apenas algumas das declarações publicadas no decorrer dos anos pelos da classe de João, proclamando o furor de Deus contra o “mar” desassossegado e rebelde da humanidade ímpia, apartada de Jeová:
“A história de toda nação mostra que tem havido uma luta entre as classes. Tem sido o caso de os poucos contra os muitos. . . . Estas lutas têm resultado em muitas revoluções, grandes sofrimentos e muito derramamento de sangue.” — Governo, 1928, página 244 (em inglês).
No novo mundo, “o ‘mar’ simbólico dos povos inquietos, rebeldes e ímpios, do qual ascendeu a simbólica besta-fera para ser usada pelo Diabo, já terá desaparecido”. — A Sentinela, 1.º de março de 1968, página 151.
“A atual sociedade humana está espiritualmente doente e enferma. Nenhum de nós pode salvá-la, porque a Palavra de Deus mostra que sua doença a levará à morte.” — Verdadeira Paz e Segurança — De Que Fonte?, 1973, página 131.
[Quadro na página 224]
“Nos Rios e Nas Fontes”
A terceira praga tem exposto ‘os rios e as fontes de águas’ por declarações tais como as seguintes:
“Os clérigos, que afirmam ser instrutores das doutrinas [de Cristo], têm santificado a guerra e a transformado em algo santo. Deleitaram-se em ter seus retratos e suas estátuas exibidas lado a lado daqueles de guerreiros sanguinários.” — A Sentinela, 15 de setembro de 1924, página 275 (em inglês).
“O espiritismo se funda numa grande inveridicidade, na mentira da sobrevivência após a morte e da imortalidade da alma humana.” — Que Dizem as Escrituras Acerca da “Sobrevivência Após a Morte”?, 1957, página 51.
“As águas . . . dos filósofos humanos, dos teoristas políticos, dos organizadores sociais, dos conselheiros em economia e partidários das tradições religiosas, não têm resultado em nenhum revigoramento vital . . . Tais águas até têm levado os que bebem a violarem a lei do Criador referente à santidade do sangue e a se empenharem em perseguição religiosa.” — Resolução adotada no Congresso Internacional “Boas Novas Eternas”, 1963.
“O que se pode esperar do homem não é a salvação científica, mas a destruição da raça humana. . . . Não podemos esperar que os psicólogos e psiquiatras do mundo transformem o modo de pensar da humanidade . . . Não podemos depender de nenhuma força policial internacional . . . para . . . tornar esta terra um lugar seguro em que viver.” — A Salvação da Raça Humana — ao Modo do Reino, 1970, página 5.
[Quadro na página 225]
“Sobre o Sol”
Ao passo que o “sol” do governo humano ‘abrasa’ a humanidade no dia do Senhor, os da classe de João, com declarações tais como as seguintes, têm trazido à atenção o que está acontecendo:
“Hoje em dia Hitler e Mussolini, os ditadores arbitrários, ameaçam a paz do mundo todo, e estão inteiramente apoiados em sua destruição da liberdade pela Hierarquia Católica-Romana.” — Fascismo ou Liberdade, 1939, página 12.
“A norma seguida pelos ditadores humanos através das eras tem sido: Dominar ou arruinar! Mas o regulamento a ser aplicado agora em toda a terra pelo Rei entronizado de Deus, Jesus Cristo, é: Seja dominado ou arruinado.” — Quando Todas as Nações se Unirem sob o Reino de Deus, 1962, página 23.
“Desde 1945, mais de 25 milhões de pessoas foram mortas nas cerca de 150 guerras travadas em todo o globo.” — A Sentinela, 15 de julho de 1980, página 7.
“As nações em todo o mundo . . . pouco se importam com a responsabilidade ou com as regras de conduta internacionais. Para alcançar seus objetivos, algumas nações se sentem plenamente justificadas a usar quaisquer meios que considerem necessários — massacres, assassinatos, sequestros, bombardeios, e assim por diante . . . Por quanto tempo suportarão as nações umas às outras com tal conduta insensata e irresponsável?” — A Sentinela, 15 de fevereiro de 1985, página 4.
[Quadro na página 227]
“Sobre o Trono da Fera”
As Testemunhas de Jeová têm exposto o trono da fera e divulgado a condenação dela por Jeová com declarações tais como estas:
“Os chefes e guias políticos das nações são influenciados por forças sobre-humanas, maliciosas, que os impelem irresistivelmente em marcha suicida ao conflito decisivo do Armagedom.” — Após o Armagedom — O Novo Mundo de Deus, 1955, página 8.
“A ‘besta-fera’ de governo humano antiteocrático recebeu seu poder, autoridade e trono do Dragão. Tem de se amoldar, portanto, às diretrizes do partido, às diretrizes do Dragão.” — Após o Armagedom — O Novo Mundo de Deus, 1955, página 15.
“As nações gentias só podem encontrar-se . . . do lado do Principal Adversário de Deus, Satanás, o Diabo.” — Resolução adotada no Congresso Internacional “Vitória Divina”, 1973.
[Foto na página 229]
“A Sua Água se Secou”
Mesmo já agora, o apoio dado à religião babilônica está secando em muitos lugares, indicando o que acontecerá quando “os reis do nascente do sol” atacarem.
“Uma pesquisa em escala nacional verificou que 75 por cento das pessoas que moram em zonas municipais [da Tailândia] nunca vão a templos budistas para ouvir sermões, ao passo que o número das que vão aos templos nas zonas rurais declina constantemente até em cerca de cinquenta por cento.” — Bangkok Post, 7 de setembro de 1987, página 4.
“O taoismo perdeu a mágica no país [China] onde foi fundado há uns dois milênios. . . . Privados dos expedientes mágicos com os quais eles e seus predecessores costumavam conseguir muitos adeptos, os membros do sacerdócio se veem sem sucessores, confrontando-se com a virtual extinção do taoismo como crença organizada, no continente.” — The Atlanta Journal and Constitution, 12 de setembro de 1982, página 36-A.
“O Japão . . . tem uma das maiores concentrações de missionários estrangeiros no mundo, quase 5.200, no entanto . . . menos de 1% da população é cristã. . . . Um sacerdote franciscano trabalhando ali desde os anos 50 . . . acredita que ‘se acabaram os dias dos missionários estrangeiros no Japão’.” — The Wall Street Journal, 9 de julho de 1986, página 1.
Na Inglaterra, nas últimas três décadas, “quase 2.000 das 16.000 igrejas anglicanas foram fechadas por falta de uso. A assistência caiu ao nível mais baixo de países professamente cristãos. . . . ‘Não é o caso de a Inglaterra ser agora um país cristão’, disse [o Bispo de Durham]”. — The New York Times, 11 de maio de 1987, página A4.
“Depois de horas de acesos debates, o Parlamento [da Grécia] aprovou hoje uma legislação que habilita o Governo Socialista a assumir o controle sobre enormes latifúndios possuídos pela Igreja Ortodoxa Grega . . . Além disso, a lei dá a pessoas não clericais o controle sobre conselhos e comissões da igreja, responsáveis pela administração de valiosos investimentos da igreja, incluindo hotéis, marmoreiras e prédios de escritórios.” — The New York Times, 4 de abril de 1987, página 3.
[Foto na página 222]
As primeiras quatro tigelas da ira de Deus causam pragas similares às resultantes dos primeiros quatro toques de trombeta
[Foto na página 226]
A quinta tigela expõe o trono da fera como representando a autoridade que Satanás deu à fera
[Foto na página 231]
A propaganda demoníaca está ajuntando os governantes da Terra para a situação focal, Har-Magedon, onde se derramarão sobre eles os julgamentos de Jeová
[Foto na página 233]
Os que são motivados pelo “ar” poluído de Satanás terão de sofrer a execução dos julgamentos justos de Jeová
-
-
O julgamento da infame meretrizRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 33
O julgamento da infame meretriz
Visão 11 — Revelação 17:1-18
Assunto: Babilônia, a Grande, monta uma fera cor de escarlate, a qual finalmente se volta contra ela e a devasta
Tempo do cumprimento: De 1919 até a grande tribulação
1. O que um dos sete anjos revela a João?
A IRA justa de Jeová tem de ser derramada totalmente, sete tigelas dela! Quando o sexto anjo derramou a sua tigela no local da antiga Babilônia, isso simbolizava apropriadamente a praga que Babilônia, a Grande, está sofrendo ao passo que os eventos avançam rapidamente em direção à guerra final do Armagedom. (Revelação 16:1, 12, 16) Provavelmente, é esse mesmo anjo que agora revela por que e como Jeová executa seus justos julgamentos. João fica cheio de admiração diante do que ouve e vê a seguir: “E um dos sete anjos, que tinham as sete tigelas, veio e falou comigo, dizendo: ‘Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas, com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.’” — Revelação 17:1, 2.
2. Que evidência há de que a “grande meretriz” (a) não é a Roma antiga, (b) não é o alto comércio e (c) é uma entidade religiosa?
2 A “grande meretriz”! Por que tal apelido chocante? Quem é ela? Alguns identificaram essa meretriz simbólica com a Roma antiga. Mas Roma era uma potência política. Essa meretriz comete fornicação com os reis da Terra, evidentemente incluindo os reis de Roma. Além disso, depois da destruição dela, “os reis da terra” são mencionados como lamentando o desaparecimento dela. Portanto, ela não pode ser uma potência política. (Revelação 18:9, 10) Além disso, visto que também é lamentada pelos comerciantes do mundo, ela não pode representar o alto comércio. (Revelação 18:15, 16) Lemos, porém, que ‘todas as nações foram desencaminhadas pelas práticas espíritas dela’. (Revelação 18:23) Isso torna claro que a grande meretriz deve ser uma entidade religiosa, mundial.
3. (a) Por que a grande meretriz deve simbolizar mais do que apenas a Igreja Católica Romana ou mesmo toda a cristandade? (b) Que doutrinas babilônicas podem ser encontradas na maioria das religiões orientais, bem como nas seitas da cristandade? (c) O que o cardeal católico romano John Henry Newman admitiu a respeito da origem de muitas das doutrinas, cerimônias e práticas da cristandade? (Veja a nota na página 236.)
3 Que entidade religiosa? É ela a Igreja Católica Romana, como alguns têm afirmado? Ou é ela toda a cristandade? Não, ela deve ser ainda maior do que essas, para poder desencaminhar todas as nações. Ela, de fato, é o inteiro império mundial da religião falsa. Sua origem nos mistérios de Babilônia é evidenciada por terem as religiões em toda a Terra muitas doutrinas e práticas babilônicas em comum. Por exemplo, a crença na inerente imortalidade da alma humana, num inferno de tormento e numa trindade de deuses é encontrada na maioria das religiões orientais, bem como nas seitas da cristandade. A religião falsa, produzida há mais de 4.000 anos na antiga cidade de Babilônia, desenvolveu-se na hodierna monstruosidade, apropriadamente chamada Babilônia, a Grande.a No entanto, por que é descrita pelo repugnante termo de “grande meretriz”?
4. (a) De que maneiras o Israel antigo cometeu fornicação? (b) De que modo destacado Babilônia, a Grande, tem cometido fornicação?
4 Babilônia (ou Babel, significando “Confusão”) atingiu seu apogeu de grandeza no tempo de Nabucodonosor. Era um estado político-religioso com mais de mil templos e capelas. Seu sacerdócio exercia grande poder. Embora Babilônia há muito tenha deixado de existir como potência mundial, a religiosa Babilônia, a Grande, existe e, seguindo o modelo antigo, ela ainda procura influenciar e amoldar os assuntos políticos. Mas será que Deus aprova o envolvimento da religião na política? Nas Escrituras Hebraicas, diz-se que Israel se prostituía quando se envolvia com a adoração falsa, e quando, em vez de confiar em Jeová, se aliava com as nações. (Jeremias 3:6, 8, 9; Ezequiel 16:28-30) Babilônia, a Grande, também comete fornicação. Notavelmente, ela tem feito tudo o que lhe parece conveniente para obter influência e poder sobre os reis governantes da Terra. — 1 Timóteo 4:1.
5. (a) De que destaque os clérigos religiosos gostam? (b) Por que o desejo de ter destaque no mundo está em contradição direta com as palavras de Jesus Cristo?
5 Hoje em dia, líderes religiosos frequentemente se candidatam a altos cargos governamentais, e, em alguns países, participam no governo, até mesmo ocupando cargos ministeriais. Em 1988, dois bem conhecidos clérigos protestantes candidataram-se à presidência dos Estados Unidos. Líderes de Babilônia, a Grande, gostam de estar em destaque; suas fotos muitas vezes são publicadas pela imprensa, em associação com destacados políticos. Em contraste com isso, Jesus evitou o envolvimento político e disse a respeito de seus discípulos: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” — João 6:15; 17:16; Mateus 4:8-10; veja também Tiago 4:4.
‘Meretrício’ Hodierno
6, 7. (a) Como é que o Partido Nazista de Hitler assumiu o poder na Alemanha? (b) Como a concordata feita entre o Vaticano e a Alemanha nazista ajudou Hitler no seu empenho pela dominação do mundo?
6 A grande meretriz, por sua intromissão na política, tem causado indizíveis dores à humanidade. Tome, por exemplo, os fatos por detrás da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha — fatos repulsivos, que alguns gostariam de eliminar dos livros de história. Em maio de 1924, o Partido Nazista ocupava 32 cadeiras no Reichstag (parlamento) alemão. Até maio de 1928, essas haviam diminuído para 12 cadeiras. No entanto, em 1930 sobreveio ao mundo a Grande Depressão; aproveitando a sua onda, os nazistas se recuperaram notavelmente, obtendo 230 dentre 608 cadeiras nas eleições alemãs de julho de 1932. Pouco depois, o ex-chanceler Franz von Papen, Cavaleiro Papal, veio em ajuda dos nazistas. Segundo historiadores, Von Papen visionava um novo Sacro Império Romano. Seu próprio curto período como chanceler havia sido um fracasso, de modo que agora esperava obter poder por meio dos nazistas. Até janeiro de 1933, ele granjeara dos barões industriais apoio para Hitler, e, por meio de intrigas astutas, assegurou que Hitler se tornasse chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933. Ele mesmo tornou-se vice-chanceler e foi usado por Hitler para obter o apoio dos setores católicos da Alemanha. Dois meses depois de ascender ao poder, Hitler dissolveu o parlamento, mandou milhares de líderes oposicionistas para campos de concentração e iniciou uma campanha aberta de opressão dos judeus.
7 Em 20 de julho de 1933, o interesse do Vaticano no crescente poder do nazismo se demonstrou quando o Cardeal Pacelli (que mais tarde se tornou o Papa Pio XII) assinou em Roma uma concordata entre o Vaticano e a Alemanha nazista. Von Papen assinou o documento como representante de Hitler, e Pacelli conferiu ali a Von Papen a alta condecoração papal da Grã-Cruz da Ordem de Pio.b Tibor Koeves, no seu livro Satan in Top Hat (Satanás de Cartola), escreve sobre isso, declarando: “A Concordata foi uma grande vitória para Hitler. Deu-lhe o primeiro apoio moral recebido do mundo exterior, e isto da fonte mais elevada.” A concordata exigia que o Vaticano retirasse seu apoio do Partido do Centro, católico, da Alemanha, aprovando assim o “estado total” de Hitler, de um só partido.c Além disso, o Artigo 14 declarava: “As nomeações de arcebispos, bispos e semelhantes só serão efetivadas depois de o governador, empossado pelo Reich, ter devidamente verificado que não haja dúvida com respeito a considerações políticas gerais.” Até o fim de 1933 (proclamado “Ano Santo” pelo Papa Pio XI), o apoio do Vaticano havia-se tornado um dos grandes fatores no empenho de Hitler pela dominação do mundo.
8, 9. (a) Como o Vaticano, bem como a Igreja Católica e seu clero, reagiram à tirania nazista? (b) Que declaração os bispos católicos alemães fizeram no começo da Segunda Guerra Mundial? (c) Em que resultaram os relacionamentos político-religiosos?
8 Embora uns poucos sacerdotes e freiras protestassem contra as atrocidades de Hitler — e sofressem por isso — o Vaticano, bem como a Igreja Católica e seu exército de clérigos, deram apoio quer ativo quer tácito à tirania nazista, que eles consideravam como um baluarte contra o avanço do comunismo mundial. Na sua situação privilegiada no Vaticano, o Papa Pio XII, sem críticas, deixou prosseguir o Holocausto contra os judeus e as cruéis perseguições movidas às Testemunhas de Jeová e a outros. É irônico que o Papa João Paulo II, em visita à Alemanha, em maio de 1987, glorificasse a posição antinazista de um único sacerdote sincero. O que faziam os outros milhares de sacerdotes alemães durante o reinado de terror de Hitler? Uma pastoral emitida pelos bispos católicos alemães, em setembro de 1939, no começo da Segunda Guerra Mundial, esclarece esse ponto. Rezava em parte: “Nesta hora decisiva, admoestamos nossos soldados católicos a cumprir com seu dever em obediência ao Führer e a estar prontos para sacrificar toda a sua individualidade. Apelamos para os fiéis, para se juntarem em orações fervorosas, a fim de que a Providência Divina leve esta guerra a um bendito êxito.”
9 Essa diplomacia católica ilustra a espécie de meretrício em que a religião se tem empenhado no decorrer dos últimos 4.000 anos, ao cortejar o Estado político, a fim de conseguir poder e vantagens. Tais relacionamentos político-religiosos têm fomentado guerras, perseguições e miséria humana em vasta escala. Quão feliz se pode sentir a humanidade de que o julgamento de Jeová contra a grande meretriz é iminente. Que seja logo executado!
Sentada Sobre Muitas Águas
10. Quais são as “muitas águas” das quais Babilônia, a Grande, espera proteção, e o que está acontecendo com elas?
10 A antiga Babilônia estava localizada sobre muitas águas — o rio Eufrates e numerosos canais. Estes eram uma proteção para ela, bem como uma fonte de comércio que produzia riquezas, até que se secaram numa única noite. (Jeremias 50:38; 51:9, 12, 13) Babilônia, a Grande, também espera que “muitas águas” a protejam e enriqueçam. Essas águas simbólicas são “povos, e multidões, e nações, e línguas”, quer dizer, todos os bilhões de humanos sobre os quais ela tem dominado e dos quais obtém o seu sustento material. Mas essas águas também se estão secando, ou seja, estão retirando seu apoio. — Revelação 17:15; compare isso com Salmo 18:4; Isaías 8:7.
11. (a) Como é que a antiga Babilônia ‘embriagava toda a terra’? (b) Como é que Babilônia, a Grande, tem ‘embriagado toda a terra’?
11 Além disso, a antiga Babilônia foi descrita como “um copo de ouro na mão de Jeová, embriagando toda a terra”. (Jeremias 51:7) A antiga Babilônia obrigou nações vizinhas a engolir expressões da ira de Jeová quando ela as conquistou militarmente, tornando-as tão fracas como bêbedos. Nesse respeito, ela era instrumento de Jeová. Babilônia, a Grande, também tem feito conquistas a ponto de se tornar um império mundial. Mas ela certamente não é instrumento de Deus. Antes, ela tem servido “os reis da terra” com os quais comete fornicação religiosa. Ela tem satisfeito esses reis por usar as doutrinas mentirosas e práticas escravizadoras dela para manter as massas do povo, “os que habitam na terra”, fracas como homens bêbedos, passivamente subservientes aos seus governantes.
12. (a) De que modo um segmento de Babilônia, a Grande, no Japão, foi responsável por grande parte do derramamento de sangue na Segunda Guerra Mundial? (b) Como as “águas” que apoiavam Babilônia, a Grande, no Japão se retiraram, e com que resultado?
12 O Japão xintoísta é um notável exemplo disso. O soldado japonês doutrinado achava ser a maior honra dar a sua vida pelo imperador — a suprema deidade xintoísta. Durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 1.500.000 soldados japoneses morreram em batalha; quase todos eles achando desonroso render-se. Mas, em consequência da derrota do Japão, o Imperador Hirohito se viu compelido a renunciar à pretensão de ser uma divindade. Isso resultou numa notável retirada das “águas” que apoiavam o segmento xintoísta de Babilônia, a Grande — lamentavelmente só depois de o xintoísmo ter aprovado o derramamento de rios de sangue na guerra no Pacífico! Esse enfraquecimento da influência xintoísta também abriu caminho, nos últimos anos, para mais de 200.000 japoneses, que na grande maioria antes eram xintoístas e budistas, se tornarem ministros dedicados e batizados do Soberano Senhor Jeová.
A Meretriz Monta Uma Fera
13. Que espantoso espetáculo João observa quando o anjo o leva no poder do espírito a um ermo?
13 Que mais revela a profecia sobre a grande meretriz e sua sorte? Conforme João narra a seguir, surge outra cena vívida: “E ele [o anjo] me levou no poder do espírito para um ermo. E avistei uma mulher sentada numa fera cor de escarlate, que estava cheia de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres.” — Revelação 17:3.
14. Por que é apropriado que João seja levado para um ermo?
14 Por que é João levado a um ermo? Uma anterior pronúncia de ruína contra a antiga Babilônia foi descrita como “contra o ermo do mar”. (Isaías 21:1, 9) Esta deu o devido aviso de que, apesar de todas as defesas aquosas dela, a antiga Babilônia se tornaria uma desolação sem vida. Portanto, é apropriado que João seja levado na sua visão a um ermo, para ver a sorte de Babilônia, a Grande. Ela também tem de ficar desolada e erma. (Revelação 18:19, 22, 23) João fica espantado, porém, com o que vê ali. A grande meretriz não está sozinha! Está sentada numa monstruosa fera!
15. Que diferenças há entre a fera de Revelação 13:1 e a de Revelação 17:3?
15 Esta fera tem sete cabeças e dez chifres. Trata-se, assim, da mesma fera que João vira anteriormente, que também tem sete cabeças e dez chifres? (Revelação 13:1) Não, pois há diferenças. Esta fera é de cor de escarlate, e, dessemelhantemente da fera anterior, não se diz que tem diademas. Em vez de ter nomes blasfemos apenas nas suas sete cabeças, ela está “cheia de nomes blasfemos”. Todavia, tem de haver uma relação entre esta nova fera e a anterior; as similaridades entre elas são demasiadamente evidentes para serem coincidência.
16. Qual é a identidade da fera cor de escarlate, e o que se declarou sobre o objetivo dela?
16 Então, o que é esta nova fera cor de escarlate? Ela deve ser a imagem da fera que fora produzida às instâncias da fera anglo-americana, a qual tem dois chifres, igual a um cordeiro. Depois de feita a imagem, concedeu-se a essa fera de dois chifres dar fôlego à imagem da fera. (Revelação 13:14, 15) João vê agora a imagem viva e respirando. Ela retrata a organização da Liga das Nações a que a fera de dois chifres deu existência em 1920. O Presidente Wilson, dos Estados Unidos, tinha a visão de que a Liga “fosse um foro de dispensação de justiça para todos os homens, e que extirpasse para sempre a ameaça de guerra”. Quando ela foi ressuscitada após a Segunda Guerra Mundial como Nações Unidas, seu objetivo, segundo os estatutos, era “manter a paz e a segurança internacionais”.
17. (a) Em que sentido a simbólica fera cor de escarlate está cheia de nomes blasfemos? (b) Quem monta a fera cor de escarlate? (c) Como a religião babilônica se vinculou à Liga das Nações e sua organização sucessora desde o começo?
17 Em que sentido está a fera simbólica cheia de nomes blasfemos? No sentido de que os homens estabeleceram esse ídolo multinacional como substituto do Reino de Deus — para realizar o que Deus diz que somente o seu Reino pode realizar. (Daniel 2:44; Mateus 12:18, 21) O notável da visão de João, porém, é que Babilônia, a Grande, monta a fera cor de escarlate. Fiel à profecia, a religião babilônica, especialmente na cristandade, vinculou-se à Liga das Nações e sua organização sucessora. Já em 18 de dezembro de 1918, a entidade agora conhecida como Conselho Nacional das Igrejas de Cristo na América adotou uma declaração que dizia em parte: “Tal Liga não é apenas uma conveniência política; é antes a expressão política do Reino de Deus na Terra. . . . A Igreja pode contribuir o espírito de boa vontade, sem o qual nenhuma Liga das Nações pode perdurar. . . . A Liga das Nações está arraigada no Evangelho. Igual ao Evangelho, seu objetivo é ‘paz na terra, boa vontade para com os homens’.”
18. Como os clérigos da cristandade mostraram seu apoio à Liga das Nações?
18 Em 2 de janeiro de 1919, o jornal San Francisco Chronicle saiu com a manchete de primeira página: “Papa Pede Adoção da Liga das Nações de Wilson.” Em 16 de outubro de 1919, apresentou-se ao Senado dos Estados Unidos uma petição assinada por 14.450 clérigos das principais denominações religiosas, instando com aquele organismo a “ratificar o tratado de paz de Paris, englobando o pacto da liga das nações”. Embora o Senado dos Estados Unidos deixasse de ratificar o tratado, os clérigos da cristandade continuaram a fazer campanha em prol da Liga. E como a Liga foi inaugurada? Um despacho noticioso procedente da Suíça, com data de 15 de novembro de 1920, rezava: “A abertura da primeira sessão da Liga das Nações foi anunciada esta manhã às onze horas pelo toque dos sinos de todas as igrejas em Genebra.”
19. Quando a fera cor de escarlate surgiu, que proceder os da classe de João adotaram?
19 Será que os da classe de João, aquele único grupo na Terra que entusiasticamente aceitava o recente Reino messiânico, participaram com a cristandade em prestar homenagem à fera cor de escarlate? Longe disso! No domingo, 7 de setembro de 1919, o congresso do povo de Jeová em Cedar Point, Ohio, EUA, destacava o discurso público “A Esperança Para a Humanidade Angustiada”. No dia seguinte, o Star-Journal de Sandusky noticiou que J. F. Rutherford, falando a quase 7.000 pessoas, havia afirmado que “é certo . . . que o desagrado do Senhor recairá sobre a Liga, porque os clérigos — católicos e protestantes — que afirmam ser representantes de Deus, abandonaram o plano Dele e endossaram a Liga das Nações, aclamando-a como a expressão política do reino de Cristo na Terra”.
20. Por que era blasfêmia que os clérigos aclamassem a Liga das Nações como “a expressão política do Reino de Deus na Terra”?
20 O triste fracasso da Liga das Nações deveria ter indicado aos clérigos que tais organismos feitos pelo homem não fazem parte do Reino de Deus na Terra. Quanta blasfêmia é afirmar que são! Faz parecer como se Deus fosse partícipe no colossal fracasso que a Liga veio a ser. Quanto a Deus, “perfeita é a sua atuação”. O Reino celestial de Jeová, sob Cristo — e não um conjunto de políticos altercantes, muitos deles ateus — é o meio pelo qual ele trará paz e fará com que se realize a sua vontade na Terra, assim como no céu. — Deuteronômio 32:4; Mateus 6:10.
21. O que mostra que a grande meretriz apoia e admira a organização sucessora da Liga, as Nações Unidas?
21 Que dizer da organização sucessora da Liga, as Nações Unidas? Desde que foi concebido, esse organismo também tem a grande meretriz montada nas costas, visivelmente associada com ela e tentando dirigir o seu destino. Por exemplo, no seu 20.º aniversário, em junho de 1965, representantes da Igreja Católica Romana e da Igreja Ortodoxa Oriental, junto com protestantes, judeus, hindus, budistas e muçulmanos — reputadamente representando dois bilhões da população da Terra — reuniram-se em San Francisco (Califórnia) para solenizar seu apoio e sua admiração à ONU. Em visita à ONU, em outubro de 1965, o Papa Paulo VI descreveu-a como a “maior de todas as organizações mundiais”, e acrescentou: “Os povos da Terra voltam-se para as Nações Unidas como sendo a última esperança de concórdia e paz.” Outro visitante papal, o Papa João Paulo II, dirigiu-se à ONU em outubro de 1979, dizendo: “Faço votos que as Nações Unidas permaneçam sempre o supremo foro da paz e da justiça.” Significativamente, no seu discurso o papa falou muito pouco sobre Jesus Cristo e o Reino de Deus. Durante a sua visita aos Estados Unidos, em setembro de 1987, conforme noticiado pelo jornal The New York Times, “João Paulo falou extensivamente sobre o papel positivo das Nações Unidas na promoção . . . duma ‘nova solidariedade mundial’”.
Um Nome, Um Mistério
22. (a) Em que espécie de animal a grande meretriz escolheu montar? (b) Como João descreve a meretriz simbólica, Babilônia, a Grande?
22 O apóstolo João há de saber logo que a grande meretriz escolhera um animal perigoso para montar. Primeiro, porém, sua atenção se volta para a própria Babilônia, a Grande. Ela está ricamente adornada, mas como é repulsiva! “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e estava adornada de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas, e tinha na sua mão um copo de ouro cheio de coisas repugnantes e das coisas impuras da sua fornicação. E na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’ E eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” — Revelação 17:4-6a.
23. Qual é o nome inteiro de Babilônia, a Grande, e qual é o significado dele?
23 Conforme era costume na Roma antiga, essa prostituta é identificada pelo nome na testa.d É um longo nome: “Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.” Esse nome é “um mistério”, algo com sentido oculto. Mas, no tempo devido de Deus, o mistério havia de ser explicado. De fato, o anjo dá a João informações suficientes que permitem aos servos de Jeová hoje discernir o pleno significado desse nome descritivo. Reconhecemos Babilônia, a Grande, como a totalidade da religião falsa. Ela é “a mãe das meretrizes”, porque todas as individuais religiões falsas do mundo, incluindo as muitas seitas da cristandade, são como filhas dela, imitando-a em cometer meretrício espiritual. Ela é também a mãe de “coisas repugnantes” no sentido de que deu à luz uma prole revoltante tal como a idolatria, o espiritismo, a adivinhação, a astrologia, a quiromancia, sacrifícios humanos, prostituição em templos, embriaguez em honra de falsos deuses, e outras práticas obscenas.
24. Por que é apropriado que se veja Babilônia, a Grande, vestida “de púrpura e de escarlate” e “adornada de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas”?
24 Babilônia, a Grande, está vestida “de púrpura e de escarlate”, as cores de realeza, e está “adornada de ouro, de pedra preciosa, e de pérolas”. Quão apropriado! Basta refletir em todos os suntuosos prédios, nas estátuas e nas pinturas raras, nos ícones de valor inestimável, e em outra parafernália religiosa, bem como na astronômica quantidade de propriedades e de dinheiro, que as religiões deste mundo têm acumulado. Quer no Vaticano, quer no império do televangelismo, sediado nos Estados Unidos, quer nos exóticos wats e templos do Oriente, Babilônia, a Grande, tem acumulado — e às vezes perdido — uma fabulosa fortuna.
25. (a) O que é simbolizado pelo conteúdo do “copo de ouro cheio de coisas repugnantes”? (b) Em que sentido a meretriz simbólica está embriagada?
25 Note agora o que a meretriz tem na mão. João deve ter-se espantado diante do que viu — um copo de ouro “cheio de coisas repugnantes e das coisas impuras da sua fornicação”! Trata-se do copo do “vinho da ira da sua fornicação”, com que ela tem embriagado todas as nações. (Revelação 14:8; 17:4) Por fora parece precioso, mas o seu conteúdo é repugnante, impuro. (Veja Mateus 23:25, 26.) Contém todas as práticas e mentiras imundas que a grande meretriz tem usado para seduzir as nações e trazê-las sob a sua influência. Ainda mais revoltante, João vê que a própria meretriz está embriagada, bêbeda do sangue dos servos de Deus! De fato, lemos mais tarde que “nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra”. (Revelação 18:24) Que maciça culpa pelo derramamento de sangue!
26. Que evidência há de culpa pelo derramamento de sangue, por parte de Babilônia, a Grande?
26 No decorrer dos séculos, o império mundial da religião falsa tem derramado oceanos de sangue. Por exemplo, no Japão medieval, templos em Kyoto foram transformados em fortalezas, e monges-guerreiros, invocando “o santo nome de Buda”, combatiam-se uns aos outros até as ruas estarem cheias de sangue. No século 20, os clérigos da cristandade marcharam junto com os exércitos de seus respectivos países, e estes massacraram uns aos outros, com a perda de pelo menos cem milhões de vidas. Em outubro de 1987, o ex-presidente Nixon, dos Estados Unidos, disse: “O século 20 tem sido o mais sangrento da história. Mais pessoas foram mortas nas guerras deste século do que em todas as guerras travadas antes do início do século.” As religiões do mundo são julgadas adversamente por Deus por causa da sua participação em tudo isso; Jeová detesta “mãos que derramam sangue inocente”. (Provérbios 6:16, 17) Anteriormente, João ouvira um clamor do altar: “Até quando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, abster-te-ás de julgar e vingar o nosso sangue dos que moram na terra?” (Revelação 6:10) Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da Terra, estará profundamente envolvida quando chegar o tempo para se responder a essa pergunta.
[Nota(s) de rodapé]
a Indicando a origem não cristã de muitas das doutrinas, das cerimônias e das práticas da cristandade apóstata, o cardeal católico romano John Henry Newman, do século 19, escreveu no seu Essay on the Development of Christian Doctrine (Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã): “O emprego de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em ocasiões com ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; ofertas votivas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias santos e estações, uso de calendários, procissões, bênçãos dos campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, a aliança nos casamentos, o virar-se para o Oriente, imagens numa data ulterior, talvez o cantochão e o Kyrie Eleison [o canto “Senhor, Tende Piedade”], são todos de origem pagã e santificados pela sua adoção na Igreja.”
b “Jeová, o Todo-poderoso”, em vez de santificar tal idolatria, admoesta os cristãos: “Saí do meio deles e separai-vos, . . . e cessai de tocar em coisa impura.” — 2 Coríntios 6:14-18.
c A obra histórica de William L. Shirer, Ascensão e Queda do Terceiro Reich, declara que Von Papen foi “mais responsável que qualquer outro indivíduo na Alemanha pela ascensão de Hitler ao poder”. Em janeiro de 1933, o ex-chanceler alemão Von Schleicher dissera a respeito de Von Papen: “Ele mostrou ser a espécie de traidor em comparação com o qual Judas Iscariotes é um santo.”
d Dirigindo-se à Universidade de Mondragone, em 14 de maio de 1929, o Papa Pio XI disse que negociaria com o próprio Diabo, se fosse para o bem de almas.
Compare isso com as palavras do autor romano Sêneca, dirigidas a uma sacerdotisa errante (conforme citadas por Swete, em inglês): “Tu, moça, estavas na casa de má reputação . . . teu nome estava pendurado na tua testa; aceitaste dinheiro para a tua desonra.” — Controv. i, 2.
[Quadro na página 237]
Churchill Expõe o ‘Meretrício’
No seu livro The Gathering Storm (A Tempestade se Aproxima; 1948) Winston Churchill relata que Hitler nomeou Franz von Papen como ministro alemão em Viena, para “minar personalidades de destaque na política austríaca ou granjear o apoio delas”. Churchill cita o embaixador dos EUA em Viena como dizendo a respeito de Von Papen: “Da maneira mais atrevida e cínica . . . Papen passou a dizer-me que . . . ele pretendia usar a sua reputação de bom católico para ganhar influência junto a austríacos tais como o Cardeal Innitzer.”
Depois de a Áustria ter capitulado e as tropas de ataque de Hitler terem entrado a passo de ganso em Viena, o cardeal católico, Innitzer, ordenou que todas as igrejas austríacas ostentassem a bandeira suástica, tocassem os sinos e orassem por Adolf Hitler em homenagem ao seu aniversário natalício.
[Quadro/Foto na página 238]
Sob esta manchete, a primeira edição do The New York Times de 7 de dezembro de 1941 publicou o seguinte artigo:
‘ORAÇÃO DE GUERRA’ PELO REICH
“Bispos católicos em Fulda pedem bênção e vitória . . .
A Conferência dos Bispos Católicos Alemães reunida em Fulda recomendou a introdução duma ‘oração de guerra’ especial a ser lida no começo e no fim de todos os ofícios sacros.
A oração implora à Providência que abençoe as armas germânicas com a vitória e conceda proteção à vida e à saúde de todos os soldados. Os bispos também orientaram os clérigos católicos a realizar um sermão dominical especial pelo menos uma vez por mês para incluir nele os soldados alemães ‘na terra, no mar e no ar’ e para lembrar deles.”
Esse artigo foi retirado das edições posteriores do jornal. Foi em 7 de dezembro de 1941 que o Japão, aliado da Alemanha nazista, atacou a frota dos Estados Unidos em Pearl Harbor.
[Quadro na página 244]
“Nomes Blasfemos”
Quando a fera de dois chifres promoveu a Liga das Nações, após a Primeira Guerra Mundial, os muitos amantes religiosos dela procuraram imediatamente dar um apoio religioso a esse gesto. Em resultado disso, a nova organização de paz ficou “cheia de nomes blasfemos”.
“O cristianismo pode contribuir para a boa vontade, a dinâmica por trás da liga [das nações], e assim transformar o tratado de um pedaço de papel em um instrumento do Reino de Deus.” — The Christian Century, EUA, 19 de junho de 1919, página 15.
“A ideia da Liga das Nações é a extensão às relações internacionais da ideia do Reino de Deus como ordem mundial de boa vontade. . . . É aquilo pelo qual todos os cristãos rezam quando dizem: ‘Venha o teu Reino.’” — The Christian Century, EUA, 25 de setembro de 1919, página 7.
“A argamassa da Liga das Nações é o Sangue de Cristo.” — Dr. Frank Crane, ministro protestante, EUA.
“O Conselho [Nacional das Igrejas Congregacionais] apoia o Pacto [da Liga das Nações] como o único instrumento político agora disponível, pelo qual o Espírito de Jesus Cristo pode encontrar um alcance maior na sua aplicação prática aos assuntos das nações.” — The Congregationalist and Advance, EUA, 6 de novembro de 1919, página 642.
“A conferência exorta todos os metodistas a apoiarem e promoverem grandemente os ideais [da Liga das Nações] como expressos pela ideia de Deus, o Pai, e dos filhos terrestres de Deus.” — Igreja Metodista Wesleyana, Grã-Bretanha.
“Quando consideramos as aspirações, as possibilidades e as resoluções deste acordo, vemos que ele contém o âmago dos ensinos de Jesus Cristo: O Reino de Deus e sua justiça . . . Não é nada menos do que isso.” — Sermão do Arcebispo de Cantuária, na abertura da Assembleia da Liga das Nações em Genebra, 3 de dezembro de 1922.
“A Associação da Liga das Nações neste país tem o mesmo santo direito que qualquer das sociedades missionárias humanitárias, porque ela é atualmente a agência mais eficiente do governo de Cristo como o Príncipe da paz entre as nações.” — Dr. Garvie, ministro congregacionalista, Grã-Bretanha.
[Mapa na página 236]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
Doutrinas falsas cridas em todo o mundo têm sua origem em Babilônia
Babilônia
Trindades ou tríades de deuses
A alma humana sobrevive à morte
Espiritismo — falar com os “mortos”
O uso de imagens na adoração
O uso de encantamentos para apaziguar demônios
Domínio exercido por um poderoso sacerdócio
[Foto na página 239]
A antiga Babilônia estava situada sobre muitas águas
[Foto na página 239]
A grande meretriz hoje também está situada “sobre muitas águas”
[Foto na página 241]
Babilônia, a Grande, montada numa perigosa fera
[Fotos na página 242]
A meretriz religiosa tem cometido fornicação com os reis da Terra
[Fotos na página 245]
A mulher está “embriagada com o sangue dos santos”
-
-
Solucionado um espantoso mistérioRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 34
Solucionado um espantoso mistério
1. (a) Como João reage ao ver a grande meretriz e sua pavorosa cavalgadura, e por quê? (b) Como os da classe de João hoje reagem diante dos acontecimentos que se desenrolam em cumprimento da visão profética?
QUAL é a reação de João ao ver a grande meretriz e sua pavorosa cavalgadura? Ele mesmo responde: “Pois bem, ao avistá-la, fiquei admirado com grande espanto.” (Revelação 17:6b) A mera imaginação humana nunca poderia inventar tal espetáculo. Mas ali está — lá fora num ermo — uma devassa prostituta sentada numa horripilante fera! (Revelação 17:3) Os da classe de João hoje também se admiram com grande espanto ao passo que os eventos se desenrolam em cumprimento da visão profética. Se as pessoas do mundo pudessem vê-la, exclamariam: ‘Incrível!’ e os governantes do mundo repetiriam isso: ‘Inconcebível!’ Mas a visão torna-se uma assustadora realidade em nossos dias. Os do povo de Deus já tiveram uma notável participação no cumprimento da visão, e isso lhes assegura que a profecia prosseguirá até o seu assombroso clímax.
2. (a) Em resposta ao espanto de João, o que o anjo lhe diz? (b) O que se revelou aos da classe de João, e como se tem feito isso?
2 O anjo nota o espanto de João: “E o anjo disse-me, assim”, prossegue João: “Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da fera que a carrega, que tem as sete cabeças e os dez chifres.” (Revelação 17:7) Ah! o anjo vai agora desvendar o mistério! Ele explica ao espantado João as diversas facetas da visão e os eventos dramáticos que estão para desenrolar-se. Do mesmo modo, tem-se dado entendimento da profecia aos da vigilante classe de João, ao passo que hoje servem sob direção angélica. “Não pertencem a Deus as interpretações?” Iguais ao fiel José, acreditamos que pertencem a Ele. (Gênesis 40:8; veja Daniel 2:29, 30.) Os do povo de Deus se acham como que colocados no centro do palco, ao passo que Jeová lhes interpreta o sentido da visão e o impacto dela nas suas vidas. (Salmo 25:14) Bem na hora certa, abriu ao entendimento deles o mistério da mulher e da fera. — Salmo 32:8.
3, 4. (a) Que discurso público foi proferido por N. H. Knorr em 1942, e como esse discurso identificou a fera cor de escarlate? (b) Que palavras proferidas pelo anjo a João foram consideradas por N. H. Knorr?
3 De 18 a 20 de setembro de 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial, as Testemunhas de Jeová, nos Estados Unidos, realizaram sua Assembleia Teocrática do Novo Mundo. A cidade-chave, Cleveland, Ohio, foi interligada por telefone com outras 50 cidades de congresso, tendo um auge de assistência de 129.699. Onde as condições do tempo de guerra o permitiam, outros congressos repetiram o programa, em todo o mundo. Naquela época, muitos do povo de Jeová esperavam que a guerra avançasse progressivamente até a guerra do Armagedom, de Deus; por isso, o título do discurso público: “Paz — Pode Durar?”, suscitou muita curiosidade. Como podia o novo presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), N. H. Knorr, ousar falar sobre paz, quando parecia que o extremo oposto estava reservado para as nações?a O motivo era que os da classe de João prestavam “mais do que a costumeira atenção” à Palavra profética de Deus. — Hebreus 2:1; 2 Pedro 1:19.
4 Quanta luz lançou o discurso “Paz — Pode Durar?” sobre a profecia? Identificando claramente a fera cor de escarlate de Revelação 17:3 como a Liga das Nações, N. H. Knorr passou a considerar a carreira tormentosa dela à base das seguintes palavras do anjo a João: “A fera que viste era, mas não é, contudo, está para ascender do abismo, e há de ir para a destruição.” — Revelação 17:8a.
5. (a) Como se deu que “a fera . . . era” e depois “não é”? (b) Como N. H. Knorr respondeu à pergunta: “Permanecerá a Liga na cova?”
5 “A fera . . . era.” Sim, havia existido como Liga das Nações de 10 de janeiro de 1920 em diante, tendo numa ou noutra ocasião 63 nações participantes. Mas, um atrás do outro, o Japão, a Alemanha e a Itália se retiraram dela, e a ex-União Soviética foi excluída da Liga. Em setembro de 1939, o ditador nazista da Alemanha desencadeou a Segunda Guerra Mundial.b A Liga das Nações, tendo fracassado em manter a paz no mundo, virtualmente mergulhou num abismo de inatividade. Por volta de 1942, já ficara extinta. Nem antes disso, nem numa data posterior — mas bem naquele tempo crítico — Jeová interpretou ao seu povo a plena profundidade do significado da visão! Na Assembleia Teocrática do Novo Mundo, N. H. Knorr podia declarar, em harmonia com a profecia, que “a fera . . . não é”. Ele fez então a pergunta: “Permanecerá a Liga na cova?” Citando Revelação 17:8, ele respondeu: “A associação das nações mundiais se tornará a levantar.” E assim veio a ser — em vindicação da Palavra profética de Jeová!
Ascendendo do Abismo
6. (a) Quando foi que a fera cor de escarlate ascendeu do abismo, e com que novo nome? (b) Por que as Nações Unidas são realmente uma revivificação da fera cor de escarlate?
6 A fera cor de escarlate de fato ascendeu do abismo. Em 26 de junho de 1945, com grande estardalhaço, em San Francisco, EUA, 50 nações votaram aceitar a Carta da organização das Nações Unidas. Esse organismo devia “manter a paz e a segurança internacionais”. Havia muitas similaridades entre a Liga e a ONU. A Enciclopédia Delta Universal observa: “Sob certos aspectos, a ONU se parece com a Liga das Nações, que se organizou depois da Primeira Guerra Mundial . . . Muitas das nações que fundaram a ONU haviam fundado também a Liga das Nações. Do mesmo modo que a liga, a ONU foi instituída para ajudar a manter a paz entre as nações. Os principais órgãos da ONU são parecidos com os da liga.” A ONU, portanto, é realmente uma revivificação da fera cor de escarlate. Seu rol de membros, de umas 190 nações, ultrapassa em muito o das 63 da Liga; também assumiu responsabilidades mais amplas do que sua predecessora.
7. (a) Em que sentido é que os que moram na Terra se admiraram grandemente da revivificada fera cor de escarlate? (b) Que objetivo tem eludido a ONU, e o que o secretário-geral dela disse nesse respeito?
7 No começo, expressaram-se grandes esperanças com respeito à ONU. Isso se deu em cumprimento das palavras do anjo: “E quando virem que a fera era, mas não é, contudo estará presente, os que moram na terra se admirarão grandemente, mas os nomes deles não foram inscritos no rolo da vida desde a fundação do mundo.” (Revelação 17:8b) Os que moram na Terra têm admirado esse novo colosso, que opera desde a sua imponente sede junto ao Rio East, em Nova York. Mas a verdadeira paz e segurança eludiram a ONU. Durante grande parte do século 20, manteve-se a paz mundial apenas com a ameaça duma “destruição mútua assegurada” — em inglês com a sigla de MAD (“Mutual Assured Destruction”) — e a corrida armamentista tem continuado a aumentar astronomicamente. Depois de quase 40 anos de esforços das Nações Unidas, seu secretário-geral na época, Javier Pérez de Cuéllar, lamentou em 1985: “Vivemos em mais uma era de fanáticos, e não sabemos o que fazer a respeito disso.”
8, 9. (a) Por que a ONU não possui as soluções para os problemas do mundo, e o que ocorrerá em breve a ela, segundo o decreto de Deus? (b) Por que é que os fundadores e os admiradores da ONU não terão seus nomes registrados no “rolo da vida” de Deus? (c) O que o Reino de Jeová realizará com bom êxito?
8 A ONU não possui as soluções. E por que não? Porque o Dador da vida de toda a humanidade não é o dador da vida da ONU. A duração da vida desta será curta, porque, segundo o decreto de Deus, ela “há de ir para a destruição”. Os fundadores e os admiradores da ONU não têm seus nomes registrados no rolo da vida de Deus. Como poderiam homens pecaminosos, mortais, muitos deles zombando do nome de Deus, realizar por meio da ONU aquilo que Jeová Deus declarou que está prestes a realizar, não por meios humanos, mas por meio do Reino de seu Cristo? — Daniel 7:27; Revelação 11:15.
9 A ONU, na realidade, é uma imitação blasfema do Reino messiânico de Deus, o qual é regido pelo Seu Príncipe da Paz, Jesus Cristo — de cujo domínio principesco não haverá fim. (Isaías 9:6, 7) Mesmo que a ONU conseguisse arranjar uma paz temporária, logo irromperiam de novo algumas guerras. Essa é a natureza de homens pecaminosos. “Os nomes deles não foram inscritos no rolo da vida desde a fundação do mundo.” O Reino de Jeová por Cristo não somente estabelecerá paz eterna na Terra, mas, à base do sacrifício resgatador de Jesus, ressuscitará os mortos, os justos e os injustos que estão na memória de Deus. (João 5:28, 29; Atos 24:15) Isso inclui todos os que permaneceram firmes apesar dos ataques de Satanás e seu descendente, e outros que ainda terão de mostrar-se obedientes. É óbvio que o rolo da vida de Deus nunca conterá os nomes de empedernidos adeptos de Babilônia, a Grande, nem de quaisquer que continuarem a adorar a fera. — Êxodo 32:33; Salmo 86:8-10; João 17:3; Revelação 16:2; 17:5.
Paz e Segurança — Esperança Vã
10, 11. (a) O que a ONU proclamou em 1986, e qual foi o resultado? (b) Quantas “famílias religiosas” se reuniram em Assis, Itália, para orar pela paz, e Deus responde a tais orações? Queira explicar isso.
10 Num empenho de reforçar as esperanças da humanidade, as Nações Unidas proclamaram 1986 o “Ano Internacional da Paz”, com o tema de “Salvaguardar a Paz e o Futuro da Humanidade”. As nações em guerra foram exortadas a depor as armas pelo menos por um ano. Qual foi a reação delas? Segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa sobre a Paz, cinco milhões de pessoas foram mortas em resultado de guerras só no ano de 1986! Embora se emitissem algumas moedas especiais e selos comemorativos, a maioria das nações pouco fez para seguir o ideal da paz naquele ano. Não obstante, as religiões do mundo — sempre ansiosas de boa afinidade com a ONU — empreenderam a divulgação daquele ano de diversas maneiras. Em 1.º de janeiro de 1986, o Papa João Paulo II elogiou o trabalho da ONU e dedicou o novo ano à paz. E em 27 de outubro ele reuniu os líderes de muitas das religiões do mundo em Assis, na Itália, para orarem pela paz.
11 Deus responde a tais orações pela paz? Ora, a que Deus oravam aqueles líderes religiosos? Se perguntasse a eles, cada grupo daria uma resposta diferente. Existe algum panteão de milhões de deuses que possam ouvir e atender petições feitas de muitas maneiras diferentes? Muitos dos participantes adoravam a Trindade da cristandade.c Budistas, hindus e outros entoavam orações a inúmeros deuses. Ao todo, estavam reunidas 12 “famílias religiosas”, representadas por notabilidades tais como o arcebispo anglicano de Cantuária, o Dalai Lama do budismo, um metropolitano ortodoxo russo, o presidente da Associação dos Santuários Xintoístas de Tóquio, animistas africanos e dois índios americanos, usando cocares. Era um grupo pelo menos bem colorido, ótimo para uma cobertura pela TV. Um grupo orou incessantemente por 12 horas seguidas. (Veja Lucas 20:45-47.) Mas será que essas orações ascenderam acima das nuvens de chuva que pairavam sobre a reunião? Não, pelos seguintes motivos:
12. Por que motivos Deus não respondeu às orações pela paz, feitas pelos líderes religiosos do mundo?
12 Em contraste com os que ‘andam no nome de Jeová’, nenhum desses religiosos estava orando a Jeová, o Deus vivente, cujo nome aparece umas 7.000 vezes no texto original da Bíblia. (Miqueias 4:5; Isaías 42:8, 12)d Como grupo, eles não se dirigiram a Deus em nome de Jesus, visto que a maioria deles nem mesmo crê em Jesus Cristo. (João 14:13; 15:16) Nenhum deles faz a vontade de Deus para os nossos dias, que é proclamar mundialmente o entrante Reino de Deus — não a ONU — como verdadeira esperança da humanidade. (Mateus 7:21-23; 24:14; Marcos 13:10) Na maior parte, suas organizações religiosas se envolveram nas guerras sangrentas da história, incluindo as duas guerras mundiais do século 20. Deus diz a tais: “Embora façais muitas orações, não escuto; as vossas próprias mãos se encheram de derramamento de sangue.” — Isaías 1:15; 59:1-3.
13. (a) Por que é significativo que os líderes das religiões do mundo se aliassem à ONU em clamar por paz? (b) Os clamores por paz culminarão em que clímax divinamente predito?
13 Além disso, é profundamente significativo que os líderes religiosos do mundo se aliem às Nações Unidas em clamar pela paz neste tempo. Eles gostariam de influenciar a ONU para obter algumas vantagens, especialmente nesta era moderna, quando tantos do seu povo estão abandonando a religião. Iguais aos líderes infiéis no antigo Israel, clamam: “‘Há paz! Há paz!’ quando não há paz.” (Jeremias 6:14) Sem dúvida, seus clamores por paz continuarão, aumentando em apoio do clímax sobre o qual o apóstolo Paulo profetizou: “O dia de Jeová vem exatamente como ladrão, de noite. Quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição, assim como as dores de aflição vêm sobre a mulher grávida, e de modo algum escaparão.” — 1 Tessalonicenses 5:2, 3.
14. Em que forma o clamor por “paz e segurança” pode ser dado, e como se pode evitar ser enganado por ele?
14 Em anos recentes políticos têm usado a frase “paz e segurança” para descrever vários planos humanos. Será que esses esforços da parte de líderes do mundo constituem o início do cumprimento de 1 Tessalonicenses 5:3? Ou Paulo se referia a um evento específico de dimensões tão dramáticas que atrairia a atenção do mundo todo? Em geral, só se consegue entender plenamente profecias da Bíblia depois que elas se cumprem ou quando estão em vias de se cumprir. Assim, teremos de esperar para ver. Enquanto isso, os cristãos sabem que, mesmo que pareça que as nações tenham alcançado certa medida de paz e segurança, basicamente nada vai mudar. Ainda haverá egoísmo, ódio, crime, colapso da família, imoralidade, doença, tristeza e morte. Esse é o motivo pelo qual nenhum clamor por “paz e segurança” vai desencaminhar você se continuar atento ao significado dos acontecimentos mundiais e acatar os avisos proféticos da Palavra de Deus. — Marcos 13:32-37; Lucas 21:34-36.
[Nota(s) de rodapé]
a J. F. Rutherford faleceu em 8 de janeiro de 1942, e N. H. Knorr o sucedeu na presidência da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA).
b Em 20 de novembro de 1940, a Alemanha, a Itália, o Japão e a Hungria candidataram-se a uma “nova Liga das Nações”, seguindo-se quatro dias depois a irradiação, desde o Vaticano, duma Missa e duma oração em prol duma paz religiosa e de uma nova ordem de coisas. Essa “nova Liga” nunca se concretizou.
c O conceito da Trindade provém da antiga Babilônia, onde o deus-sol Xamaxe, o deus-lua Sin e a deusa-estrela Istar eram adorados como tríade. O Egito seguiu o mesmo padrão, adorando Osíris, Ísis e Hórus. O principal deus da Assíria, Assur, é retratado com três cabeças. Seguindo o mesmo modelo, há igrejas católicas em que podem ser encontradas imagens que apresentam Deus com três cabeças.
d O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster de 1993, em inglês, define Jeová Deus como “uma suprema deidade reconhecida e a única deidade adorada pelas Testemunhas de Jeová”.
[Quadro na página 250]
O Paradoxo de “Paz”
Embora 1986 tenha sido proclamado pela ONU o Ano Internacional da Paz, aumentou a suicida corrida armamentista. A publicação World Military and Social Expenditures 1986 (Gastos Militares e Sociais do Mundo 1986) fornece os seguintes pormenores que fazem pensar:
Em 1986, os gastos militares globais atingiram 900 bilhões de dólares.
Os gastos militares globais de uma só hora teriam sido suficientes para imunizar os 3,5 milhões de pessoas que anualmente morriam de doenças infecciosas evitáveis.
Em escala mundial, uma pessoa em cinco vivia em esmagadora pobreza. Todas essas pessoas famintas poderiam ter sido alimentadas durante um ano com o dinheiro que o mundo gastava com armamentos em dois dias.
A energia explosiva nos depósitos mundiais de armas nucleares era 160.000.000 de vezes maior do que a da explosão de Chernobyl.
Havia possibilidade de se lançar uma bomba nuclear com potência explosiva mais de 500 vezes maior do que a da bomba lançada sobre Hiroshima, em 1945.
Arsenais nucleares continham o equivalente a mais de um milhão de Hiroshimas. Representavam 2.700 vezes a energia explosiva liberada na Segunda Guerra Mundial, na qual morreram 38 milhões de pessoas.
As guerras tornaram-se mais frequentes e mais mortíferas. As mortes causadas pelas guerras ascenderam a 4,4 milhões no século 18, a 8,3 milhões no século 19, a 98,8 milhões nos primeiros 86 anos do século 20. Desde o século 18, as mortes causadas por guerras aumentaram mais de seis vezes mais rápido do que a população do mundo. Houve dez vezes mais mortes por guerra no século 20 do que no século 19.
[Fotos na página 247]
Conforme se profetizou a respeito da fera cor de escarlate, a Liga das Nações foi para o abismo durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi revivificada como Nações Unidas
[Fotos na página 249]
Em apoio do ‘Ano da Paz’ da ONU, representantes das religiões do mundo ofereceram uma babel de orações em Assis, Itália, mas nem um único deles orou ao Deus vivente, Jeová
-
-
A execução de Babilônia, a GrandeRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 35
A execução de Babilônia, a Grande
1. Como o anjo descreve a fera cor de escarlate, e que espécie de sabedoria é necessária para entender os símbolos de Revelação?
DESCREVENDO adicionalmente a fera cor de escarlate de Revelação 17:3, o anjo diz a João: “Aqui é que está a inteligência que tem sabedoria: As sete cabeças significam sete montes, onde a mulher está sentada no cume. E há sete reis: cinco já caíram, um é, o outro ainda não chegou, mas, quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo.” (Revelação 17:9, 10) Aqui, o anjo está transmitindo sabedoria de cima, a única sabedoria que pode elucidar os símbolos de Revelação. (Tiago 3:17) Essa sabedoria esclarece os da classe de João e seus companheiros sobre a seriedade dos tempos em que vivemos. Edifica em corações dedicados um apreço pelos julgamentos de Jeová, agora prestes a serem executados, e inculca um salutar temor de Jeová. Conforme diz Provérbios 9:10: “O temor de Jeová é o início da sabedoria, e o conhecimento do Santíssimo é o que é entendimento.” O que nos revela a sabedoria divina sobre a fera?
2. Qual é o significado das sete cabeças da fera cor de escarlate, e em que sentido é que “cinco já caíram, um é”?
2 As sete cabeças daquela fera representam sete “montes”, ou sete “reis”. Ambas as expressões são usadas na Bíblia para referir-se a poderes governamentais. (Jeremias 51:24, 25; Daniel 2:34, 35, 44, 45) Na Bíblia mencionam-se seis potências mundiais como tendo impacto nos assuntos do povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Dessas, cinco já haviam surgido e desaparecido no tempo em que João recebeu Revelação, ao passo que Roma ainda era uma potência mundial bem presente. Isso corresponde bem às palavras, “cinco [reis] já caíram, um é”. Mas que dizer do “outro” que ainda havia de chegar?
3. (a) Como ocorreu a divisão do Império Romano? (b) Que acontecimentos ocorreram no Ocidente? (c) Como o Sacro Império Romano deve ser encarado?
3 O Império Romano durou centenas de anos, e até mesmo se expandiu, após os dias de João. Em 330 EC, o Imperador Constantino mudou a capital, de Roma para Bizâncio, cidade à qual deu o novo nome de Constantinopla. Em 395 EC, o Império Romano foi dividido em parte oriental e parte ocidental. Em 410 EC, a própria Roma caiu diante de Alarico, rei dos visigodos (tribo germânica que se havia convertido para o tipo ariano de “cristianismo”). Tribos germânicas (também “cristãs”) conquistaram a Espanha e grande parte do território de Roma no Norte da África. Durante séculos houve convulsões, desassossego e reajustes na Europa. No Ocidente surgiram imperadores de fama, tais como Carlos Magno, que no nono século formou uma aliança com o Papa Leão III, e Frederico II, que reinou no século 13. Mas o domínio deles, embora chamado Sacro Império Romano, era muito menor do que o anterior Império Romano no seu apogeu. Era mais uma restauração ou uma continuação dessa antiga potência, do que um novo império.
4. Que êxitos o Império Oriental teve, mas o que aconteceu com grande parte dos anteriores territórios da Roma antiga na África do Norte, na Espanha e na Síria?
4 O Império oriental de Roma, com sede em Constantinopla, continuou numa relação um pouco estremecida com o Império ocidental. No sexto século, o imperador oriental Justiniano I conseguiu reconquistar grande parte da África do Norte, e ele interveio também na Espanha e na Itália. No sétimo século, Justiniano II recuperou para o Império regiões da Macedônia que haviam sido conquistadas por tribos eslavas. Por volta do oitavo século, porém, grande parte dos anteriores territórios da Roma antiga na África do Norte, na Espanha e na Síria vieram a estar sob o novo império islâmico e assim saíram do controle tanto de Constantinopla como de Roma.
5. Embora a cidade de Roma caísse em 410 EC, como se deu que se passaram muitos séculos até todos os traços do Império Romano político desaparecerem do cenário do mundo?
5 A própria cidade de Constantinopla resistiu por mais algum tempo. Sobreviveu a frequentes ataques de persas, árabes, búlgaros e russos, até que finalmente caiu em 1203 — não diante de muçulmanos, mas diante dos cruzados vindos do oeste. Em 1453, porém, veio sob o poder do governante otomano, muçulmano, Maomé II, e logo se tornou a capital do Império Otomano, ou Turco. Assim, embora a cidade de Roma tivesse caído em 410 EC, levou muitos séculos para desaparecerem do cenário do mundo todos os traços do Império Romano político. E, mesmo assim, sua influência ainda era discernível nos impérios religiosos baseados no papado de Roma e nas igrejas ortodoxas orientais.
6. Que impérios inteiramente novos se desenvolveram, e qual deles tornou-se o mais bem-sucedido?
6 Por volta do século 15, porém, alguns países desenvolviam impérios inteiramente novos. Embora algumas dessas novas potências imperiais fossem situadas no território de antigas colônias de Roma, seus impérios não eram simples continuações do Império Romano. Portugal, Espanha, França e Holanda tornaram-se todos sedes de domínios bem extensos. Mas a mais bem-sucedida era a Britânia (Grã-Bretanha), que passou a presidir a um enorme império, no qual ‘o sol nunca se punha’. Esse império, em épocas diferentes, estendeu-se sobre grande parte da América do Norte, da África, da Índia e do Sudeste da Ásia, bem como do vasto Pacífico Sul.
7. Como uma espécie de potência mundial dupla veio à existência e, segundo João disse, por quanto tempo continuaria a sétima ‘cabeça’, ou potência mundial?
7 Por volta do século 19, algumas das colônias na América do Norte já se haviam separado da Grã-Bretanha para formar os independentes Estados Unidos da América. Politicamente, continuaram alguns conflitos entre a nova nação e o país de origem. Não obstante, a Primeira Guerra Mundial obrigou ambos os países a reconhecer seus interesses comuns e cimentou uma relação especial entre eles. Assim veio à existência uma espécie de potência mundial dupla, composta dos Estados Unidos da América, agora a nação mais rica do mundo, e a Grã-Bretanha, sede do maior império do mundo. Essa, então, é a sétima ‘cabeça’, ou potência mundial, que continua no tempo do fim e nos territórios em que as atuais Testemunhas de Jeová se estabeleceram primeiro. Em comparação com o longo reinado da sexta cabeça, a sétima permanece apenas “por pouco tempo”, até que o Reino de Deus destrua todas as entidades nacionalistas.
Por Que É Chamada de Oitavo Rei?
8, 9. Do que o anjo chamou a simbólica fera cor de escarlate, e de que modo ela procedeu das sete?
8 O anjo explica mais a João: “E a fera que era, mas não é, é ela mesma também um oitavo rei, mas procede dos sete, e vai para a destruição.” (Revelação 17:11) A simbólica fera cor de escarlate “procede” das sete cabeças; isto é, nasce, ou deve sua existência a essas cabeças da original ‘fera do mar’, da qual a fera cor de escarlate é uma imagem. Em que sentido? Pois bem, em 1919, a potência anglo-americana era a cabeça em ascensão. As anteriores seis cabeças haviam caído, e a posição de potência mundial dominante passara para essa cabeça dupla e se centralizava então nela. Essa sétima cabeça, como representante atual da série de potências mundiais, foi a força motivadora no estabelecimento da Liga das Nações, e ainda é a maior promotora e sustentadora financeira das Nações Unidas. Assim, em símbolo, a fera cor de escarlate — o oitavo rei — “procede” das originais sete cabeças. Encarada assim, a declaração de que procedia das sete harmoniza-se com a anterior revelação de que a fera de dois chifres, semelhante a um cordeiro (a Potência Mundial Anglo-Americana, a sétima cabeça daquela fera original), instou em que se fizesse a imagem e deu-lhe vida. — Revelação 13:1, 11, 14, 15.
9 Adicionalmente, os membros originais da Liga das Nações incluíam, junto com a Grã-Bretanha, governos que dominavam nas sedes de algumas das anteriores cabeças, a saber, a Grécia, o Irã (Pérsia) e a Itália (Roma). Por fim, governos que dominavam o território controlado pelas anteriores seis potências mundiais passaram a ser membros apoiadores da imagem da fera. Nesse sentido, também, se pode dizer que essa fera cor de escarlate procedia das sete potências mundiais.
10. (a) Como se pode dizer que a fera cor de escarlate “é ela mesma também um oitavo rei”? (b) Como um líder da ex-União Soviética expressou apoio às Nações Unidas?
10 Note que a fera cor de escarlate “é ela mesma também um oitavo rei”. De modo que as Nações Unidas, hoje, estão projetadas para se parecerem a um governo mundial. Ocasionalmente até mesmo têm agido como tal, enviando exércitos ao campo para resolver disputas internacionais, como na Coreia, na península do Sinai, em alguns países africanos e no Líbano. Mas elas são apenas a imagem dum rei. Iguais a uma imagem religiosa, não exercem nenhuma influência ou poder reais à parte daqueles de que foram investidas por aqueles que lhes deram existência e que as adoram. Ocasionalmente, essa fera simbólica parece fraca; mas nunca sentiu a espécie de abandono geral por parte de membros orientados por ditadores, que lançou a Liga das Nações cambaleante no abismo. (Revelação 17:8) Embora tivesse opiniões radicalmente diferentes em outros campos, um destacado líder da ex-União Soviética, em 1987, juntou-se aos papas de Roma em expressar apoio à ONU. Exortou até mesmo a que houvesse “um compreensivo sistema de segurança internacional” baseado na ONU. Conforme João logo fica sabendo, virá o tempo em que a ONU agirá com considerável autoridade. Daí, por sua vez, esta “vai para a destruição”.
Dez Reis por Uma Hora
11. O que o anjo de Jeová diz sobre os dez chifres da simbólica fera cor de escarlate?
11 No capítulo precedente de Revelação, o sexto e o sétimo anjo derramaram tigelas da ira de Deus. Fomos assim avisados de que os reis da Terra estão sendo ajuntados para a guerra de Deus no Armagedom e que ‘Babilônia, a Grande, há de ser lembrada à vista de Deus’. (Revelação 16:1, 14, 19) Agora ficaremos sabendo em mais pormenores como os julgamentos de Deus serão executados neles. Ouça novamente o anjo de Jeová falar a João. “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais ainda não receberam um reino, mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:12-14.
12. (a) O que os dez chifres retratam? (b) Em que sentido é que os simbólicos dez chifres ‘ainda não haviam recebido um reino’? (c) Em que sentido os simbólicos dez chifres têm agora “um reino”, e por quanto tempo?
12 Os dez chifres retratam todos os poderes políticos que atualmente dominam no cenário do mundo e que apoiam a imagem da fera. Muito poucos dos países agora existentes eram conhecidos nos dias de João. E aqueles que eram, tais como o Egito e a Pérsia (Irã), têm hoje uma estrutura política totalmente diferente. Por isso, no primeiro século, os ‘dez chifres ainda não haviam recebido um reino’. Mas agora, no dia do Senhor, eles têm “um reino”, ou autoridade política. Com o colapso dos grandes impérios coloniais, especialmente desde a Segunda Guerra Mundial, nasceram muitas novas nações. Estas, bem como as potências há mais tempo estabelecidas, têm de governar junto com a fera por pouco tempo — apenas “por uma hora” — antes de Jeová dar fim a toda autoridade política do mundo no Armagedom.
13. De que modo os dez chifres têm “um só pensamento”, e que atitude para com o Cordeiro isso assegura?
13 Hoje, o nacionalismo é uma das maiores forças motivadoras desses dez chifres. Eles têm “um só pensamento” no sentido de quererem preservar sua soberania nacional, em vez de aceitar o Reino de Deus. Este foi seu objetivo ao apoiarem a Liga das Nações e a organização das Nações Unidas — preservar a paz mundial e assim resguardar sua própria existência. Essa atitude assegura que os chifres se oporão ao Cordeiro, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis”, porque é do propósito de Jeová que Seu Reino sob Jesus Cristo em breve substitua todos esses reinos. — Daniel 7:13, 14; Mateus 24:30; 25:31-33, 46.
14. Como é possível que os governantes do mundo batalhem contra o Cordeiro, e qual será o resultado?
14 Naturalmente, não há nada que os governantes deste mundo possam fazer contra o próprio Jesus. Ele está no céu, bem fora do alcance deles. Mas os irmãos de Jesus, os remanescentes da semente da mulher, ainda estão na Terra e são aparentemente vulneráveis. (Revelação 12:17) Muitos dos chifres já lhes têm demonstrado amarga hostilidade, e assim têm batalhado contra o Cordeiro. (Mateus 25:40, 45) Em breve, porém, virá o tempo em que o Reino de Deus “esmiuçará e porá termo a todos estes reinos”. (Daniel 2:44) Nessa ocasião, os reis da Terra lutarão até o fim contra o Cordeiro, conforme logo veremos. (Revelação 19:11-21) Mas aprendemos aqui o bastante para dar-nos conta de que as nações não serão bem-sucedidas. Embora elas e a fera cor de escarlate, a ONU, tenham “um só pensamento”, não podem derrotar o grande “Senhor dos senhores e Rei dos reis”, nem podem derrotar ‘os chamados, e escolhidos, e fiéis com ele’, os quais incluem os seguidores ungidos dele ainda na Terra. Estes também terão vencido por manterem a integridade em resposta às acusações vis de Satanás. — Romanos 8:37-39; Revelação 12:10, 11.
A Devastação da Meretriz
15. O que o anjo diz a respeito da meretriz e sobre a atitude e a ação dos dez chifres e da fera para com ela?
15 Os do povo de Deus não são os únicos alvos da inimizade dos dez chifres. O anjo chama agora de novo a atenção de João para a meretriz: “E ele me diz: ‘As águas que viste, onde a meretriz está sentada, significam povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.’” — Revelação 17:15, 16.
16. Por que Babilônia, a Grande, não poderá confiar nas suas águas para ter apoio protetor quando os governos políticos se voltarem contra ela?
16 Assim como a antiga Babilônia confiava nas suas defesas de água, Babilônia, a Grande, confia hoje no seu enorme rol de membros, de “povos, e multidões, e nações, e línguas”. O anjo apropriadamente traz estes à nossa atenção antes de falar sobre um acontecimento chocante: os governos políticos desta Terra se voltarão violentamente contra Babilônia, a Grande. O que todos esses “povos, e multidões, e nações, e línguas” farão então? O povo de Deus já está avisando Babilônia, a Grande, de que as águas do rio Eufrates se secarão. (Revelação 16:12) Essas águas finalmente se esgotarão completamente. Não poderão dar nenhum apoio eficaz à repugnante velha meretriz, na sua hora de maior necessidade. — Isaías 44:27; Jeremias 50:38; 51:36, 37.
17. (a) Por que é que a riqueza de Babilônia, a Grande, não a salvará? (b) Como o fim de Babilônia, a Grande, não será nada dignificante? (c) Além dos dez chifres, ou nações individuais, quem mais se juntará à devastação de Babilônia, a Grande?
17 A imensa riqueza material de Babilônia, a Grande, certamente não a salvará. Pode até mesmo apressar a destruição dela, porque a visão mostra que, quando a fera e os dez chifres expressarem seu ódio a ela, eles a despojarão de suas vestes régias e de todas as suas joias. Saquearão a riqueza dela. Eles “a farão . . . nua”, expondo à vergonha o verdadeiro caráter dela. Que devastação! O fim dela também não será nada dignificante. Eles a destruirão, “comerão as suas carnes”, reduzindo-a a um esqueleto sem vida. Por fim “a queimarão completamente no fogo”. Ela será queimada como se fosse portadora duma praga, sem mesmo um enterro decente! Não serão apenas as nações, conforme representadas pelos dez chifres, que destruirão a grande meretriz, mas “a fera”, significando a própria ONU, juntar-se-á a elas nessa devastação. Ela dará sua sanção à destruição da religião falsa. Muitas das mais de 190 nações da ONU, pelo seu modo de votar, já demonstraram certa hostilidade à religião, especialmente à da cristandade.
18. (a) Que potencial para as nações se voltarem contra a religião babilônica já tem sido observado? (b) Qual será o motivo básico do ataque total contra a grande meretriz?
18 Por que é que as nações tratarão sua anterior amante de modo tão ultrajante? Já vimos na história recente o potencial de tal virada contra a religião babilônica. A oposição do governo oficial já reduziu tremendamente a influência da religião em países tais como a ex-União Soviética e a China. Em setores protestantes da Europa, apatia e dúvida generalizadas têm esvaziado as igrejas, a ponto de a religião estar praticamente morta. O vasto império católico está sendo dilacerado por rebeliões e desacordos, que seus líderes não conseguiram acalmar. No entanto, não devemos perder de vista o fato de que esse ataque final, total, contra Babilônia, a Grande, vem como expressão do inalterável julgamento de Deus contra a grande meretriz.
Execução do Pensamento de Deus
19. (a) Como pode a execução do julgamento de Jeová contra a grande meretriz ser ilustrada pelo julgamento dele executado na Jerusalém apóstata em 607 AEC? (b) O que a condição desolada e desabitada de Jerusalém depois de 607 AEC prefigurou para os nossos dias?
19 Como executará Jeová tal julgamento? Isso pode ser ilustrado pela ação de Jeová contra o seu povo apóstata, na antiguidade, a respeito do qual ele disse: “Nos profetas de Jerusalém vi coisas horríveis, cometendo eles adultério e andando em falsidade; e eles fortaleceram as mãos dos malfeitores para que não recuassem cada um da sua própria maldade. Para mim, todos eles se tornaram como Sodoma, e os habitantes dela, como Gomorra.” (Jeremias 23:14) Em 607 AEC, Jeová usou Nabucodonosor para ‘despir de suas vestes, tirar os seus objetos de beleza e deixar nua e despida’ aquela cidade espiritualmente adúltera. (Ezequiel 23:4, 26, 29) A Jerusalém daquele tempo era modelo da cristandade atual e, conforme João viu em visões anteriores, Jeová aplicará uma punição similar à cristandade e ao restante da religião falsa. A condição desolada e desabitada de Jerusalém após 607 AEC mostra como se parecerá a cristandade religiosa depois de ter sido despojada da sua riqueza e de ter sido exposta à vergonha. E ao restante de Babilônia, a Grande, não irá melhor.
20. (a) Como João mostra que Jeová novamente usará governantes humanos para executar julgamento? (b) Qual é o “pensamento” de Deus? (c) De que modo as nações executarão o ‘um só pensamento’ delas, mas o pensamento de quem será realmente executado?
20 Jeová usará novamente governantes humanos para executar o julgamento. “Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus.” (Revelação 17:17) Qual é o “pensamento” de Deus? Providenciar que os executores de Babilônia, a Grande, se juntem, a fim de destruí-la por completo. Naturalmente, o motivo de os governantes a atacarem será o de executar seu próprio “um só pensamento”. Acharão ser do interesse nacionalista deles voltar-se contra a grande meretriz. Eles talvez venham a encarar a continuada existência da religião organizada dentro das suas fronteiras como ameaça à sua soberania. Mas será Jeová quem realmente manobrará a questão; eles executarão o pensamento dele por destruir com um só golpe a Sua secular inimiga adúltera! — Veja Jeremias 7:8-11, 34.
21. Visto que a fera cor de escarlate será usada para destruir Babilônia, a Grande, o que evidentemente farão as nações com respeito às Nações Unidas?
21 Sim, as nações usarão a fera cor de escarlate, as Nações Unidas, para destruir Babilônia, a Grande. Não agirão por iniciativa própria, porque Jeová porá no coração delas, ‘sim, executarem um só pensamento delas por darem o seu reino à fera’. Quando chegar o tempo, as nações evidentemente verão a necessidade de fortalecer as Nações Unidas. Dar-lhes-ão como que dentes, concedendo-lhes toda autoridade e poder que possuem para que elas possam voltar-se contra a religião falsa e combatê-la com bom êxito “até que se tenham efetuado as palavras de Deus”. A antiga meretriz chegará assim ao seu fim completo. Que bom é ficar livre dela!
22. (a) Em Revelação 17:18, o que é indicado pelo modo em que o anjo conclui seu testemunho? (b) Como as Testemunhas de Jeová reagem ao desvendamento do mistério?
22 Como que para salientar a certeza da execução do julgamento de Jeová no império mundial da religião falsa, o anjo conclui seu testemunho por dizer: “E a mulher que viste significa a grande cidade que tem um reino sobre os reis da terra.” (Revelação 17:18) Igual à Babilônia do tempo de Belsazar, Babilônia, a Grande, foi ‘pesada na balança e achada em falta’. (Daniel 5:27, Almeida, atualizada) A execução dela será rápida e terminante. E como as Testemunhas de Jeová reagem ao desvendamento do mistério da grande meretriz e da fera cor de escarlate? Mostram ter zelo em proclamar o dia do julgamento de Jeová, respondendo “com graça” aos que sinceramente buscam a verdade. (Colossenses 4:5, 6; Revelação 17:3, 7) Conforme mostrará o nosso próximo capítulo, todos os desejosos de sobreviver quando a grande meretriz for executada terão de agir, e agir depressa!
[Fotos na página 252]
A Sucessão de Sete Potências Mundiais
EGITO
ASSÍRIA
BABILÔNIA
MEDO-PÉRSIA
GRÉCIA
ROMA
ANGLO-AMÉRICA
[Foto na página 254]
“É ela mesma também um oitavo rei”
[Foto na página 255]
Virando as costas para o Cordeiro, “dão o seu poder e autoridade à fera”
[Foto na página 257]
A cristandade, como parte principal de Babilônia, a Grande, se parecerá à Jerusalém antiga em total ruína
-
-
Devastada a grande cidadeRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 36
Devastada a grande cidade
Visão 12 — Revelação 18:1–19:10
Assunto: A queda e a destruição de Babilônia, a Grande; o anúncio do casamento do Cordeiro
Tempo do cumprimento: Desde 1919 até depois da grande tribulação
1. O que marcará o início da grande tribulação?
REPENTINA, chocante, devastadora — assim será a extinção de Babilônia, a Grande! Será um dos mais catastróficos acontecimentos de toda a história, marcando o início da “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. — Mateus 24:21.
2. Embora impérios políticos tenham ascendido e caído, que espécie de império tem perdurado?
2 A religião falsa já existe por muito tempo. Existe sem interrupção desde os dias do sanguinário Ninrode, que se opôs a Jeová e fez os homens construir a Torre de Babel. Quando Jeová confundiu a língua daqueles rebeldes e os espalhou pela Terra, eles levaram consigo a religião falsa de Babilônia. (Gênesis 10:8-10; 11:4-9) Desde então, ascenderam e caíram impérios políticos, mas a religião babilônica tem perdurado. Ela tem assumido muitos aspectos e formas, tornando-se um império mundial de religião falsa, a profetizada Babilônia, a Grande. Sua parte mais destacada é a cristandade, que se desenvolveu duma fusão de anteriores ensinos babilônicos com doutrinas “cristãs” apóstatas. Por causa da muito longa história de Babilônia, a Grande, muitos acham difícil de crer que ela seja alguma vez destruída.
3. Como Revelação confirma a condenação da religião falsa?
3 Portanto, é apropriado que Revelação confirme a condenação da religião falsa por oferecer-nos duas descrições detalhadas da queda desta e dos eventos subsequentes que levam à sua desolação total. Nós já a vimos como a “grande meretriz” que por fim é devastada por seus anteriores amantes do domínio político. (Revelação 17:1, 15, 16) Agora, em mais outra visão, devemos encará-la como cidade, como o antítipo religioso da antiga Babilônia.
Babilônia, a Grande, Sofre Uma Queda
4. (a) Que visão João vê a seguir? (b) Como podemos identificar o anjo, e por que é apropriado que ele anuncie a queda de Babilônia, a Grande?
4 João prossegue com o relato, dizendo-nos: “Depois destas coisas vi outro anjo descer do céu, com grande autoridade; e a terra ficou iluminada com a sua glória. E ele clamou com forte voz, dizendo: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a Grande.’” (Revelação 18:1, 2a) É a segunda vez que João ouve esse anúncio angélico. (Veja Revelação 14:8.) Desta vez, porém, seu significado é enfatizado pela magnificência do anjo celestial, porque a glória dele ilumina toda a Terra! Quem é ele? Séculos antes, o profeta Ezequiel, relatando uma visão celestial, declarou que “a própria terra brilhava por causa da sua glória [a de Jeová]”. (Ezequiel 43:2) O único anjo a brilhar com glória comparável à de Jeová seria o Senhor Jesus, que “é o reflexo da sua glória [a de Deus] e a representação exata do seu próprio ser”. (Hebreus 1:3) Em 1914, Jesus tornou-se Rei nos céus, e desde aquele tempo exerce autoridade sobre a Terra como Rei e Juiz associado de Jeová. Portanto, é apropriado que ele anuncie a queda de Babilônia, a Grande.
5. (a) A quem o anjo usa na proclamação da queda de Babilônia, a Grande? (b) O que aconteceu com a cristandade ao começar o julgamento dos que professavam ser “a casa de Deus”?
5 A quem esse anjo com grande autoridade usa na proclamação de tal espantosa notícia perante a humanidade? Ora, o próprio povo que é solto em resultado daquela queda, os remanescentes dos ungidos na Terra, a classe de João. De 1914 a 1918, eles sofreram muito às mãos de Babilônia, a Grande, mas, em 1918, o Senhor Jeová e seu “mensageiro do pacto [abraâmico]”, Jesus Cristo, começaram o julgamento com “a casa de Deus”, os que professavam ser cristãos. De modo que a cristandade apóstata foi levada a julgamento. (Malaquias 3:1; 1 Pedro 4:17) A enorme culpa de sangue em que ela incorreu durante a Primeira Guerra Mundial, sua cumplicidade na perseguição das testemunhas fiéis de Jeová e seus credos babilônicos não a ajudaram neste tempo de julgamento; tampouco qualquer outra parte de Babilônia, a Grande, mereceu a aprovação de Deus. — Veja Isaías 13:1-9.
6. Por que se pode dizer que Babilônia, a Grande, já havia caído por volta de 1919?
6 De modo que por volta de 1919 Babilônia, a Grande, já havia caído, o que abriu o caminho para os do povo de Deus serem soltos e restabelecidos, como que num só dia, na sua terra de prosperidade espiritual. (Isaías 66:8) Por volta daquele ano, Jeová Deus e Jesus Cristo, o Dario Maior e o Ciro Maior, já haviam manobrado os assuntos para que a religião falsa não mais exercesse domínio sobre os do povo de Jeová. Ela não mais podia impedi-los de servir a Jeová, e de divulgar a todos os que ouvissem, que a meretrícia Babilônia, a Grande, está condenada e que é iminente a vindicação da soberania de Jeová! — Isaías 45:1-4; Daniel 5:30, 31.
7. (a) Embora Babilônia, a Grande, não fosse destruída em 1919, como Jeová a encarava? (b) Quando Babilônia, a Grande, caiu em 1919, que resultou disso para o povo de Jeová?
7 É verdade que Babilônia, a Grande, não foi destruída em 1919 — assim como tampouco a antiga cidade de Babilônia foi destruída em 539 AEC, quando caiu diante dos exércitos de Ciro, o persa. Mas, do ponto de vista de Jeová, essa organização havia caído. Ela foi judicialmente condenada, à espera da execução; portanto, a religião falsa não mais podia manter cativos os do povo de Jeová. (Veja Lucas 9:59, 60.) Estes foram soltos para servir como o escravo fiel e discreto do Amo para prover alimento espiritual no tempo apropriado. Haviam recebido o julgamento de ter agido “muito bem” e foram comissionados para se atarefar de novo na obra de Jeová. — Mateus 24:45-47; 25:21, 23; Atos 1:8.
8. Que acontecimento o vigia de Isaías 21:8, 9 proclama, e quem é hoje prefigurado por aquele vigia?
8 Milênios atrás, Jeová usara outros profetas para predizer esse evento momentoso. Isaías falou sobre um vigia que “passou a clamar como leão: ‘Ó Jeová, sobre a torre de vigia estou de pé continuamente, de dia, e no meu posto de vigilância estou postado todas as noites’”. E que evento esse vigia discerniu e proclamou com coragem leonina? O seguinte: “Ela caiu! Babilônia caiu, e todas as imagens entalhadas dos seus deuses ele [Jeová] destroçou no chão!” (Isaías 21:8, 9) Esse vigia prefigura mui apropriadamente a atual bem desperta classe de João, ao passo que esta usa a revista A Sentinela e outras publicações teocráticas para divulgar a notícia de que Babilônia caiu.
Declínio de Babilônia, a Grande
9, 10. (a) Que declínio a influência da religião babilônica tem sofrido desde a Primeira Guerra Mundial? (b) Como o poderoso anjo descreve a condição decaída de Babilônia, a Grande?
9 A queda da antiga Babilônia, em 539 AEC, foi o começo dum longo declínio, que terminou com a desolação dela. De modo similar, desde a Primeira Guerra Mundial, a influência da religião babilônica declinou notavelmente em escala global. No Japão, a adoração xintoísta do imperador foi proscrita depois da Segunda Guerra Mundial. Na China, o governo comunista controla todas as nomeações e atividades religiosas. No protestante norte da Europa, a maioria das pessoas tornou-se indiferente à religião. E a Igreja Católica Romana recentemente tem sido enfraquecida por cismas e dissensões internas no seu domínio global. — Veja Marcos 3:24-26.
10 Todas essas tendências, sem dúvida, fazem parte da ‘secagem do rio Eufrates’ em preparação para o vindouro ataque militarista contra Babilônia, a Grande. Essa ‘secagem’ reflete-se também no anúncio feito pelo papa em outubro de 1986, de que a igreja ‘novamente tem de tornar-se mendicante’ — por causa de enormes déficits. (Revelação 16:12) Especialmente desde 1919, Babilônia, a Grande, tem ficado exposta ao olhar público como baldio espiritual, assim como o poderoso anjo aqui anuncia: “E ela se tornou moradia de demônios, e guarida de toda exalação impura, e guarida de toda ave impura e odiada!” (Revelação 18:2b) Dentro em pouco, ela será literalmente tal baldio, tão desolada como as ruínas de Babilônia no Iraque da atualidade. — Veja também Jeremias 50:25-28.
11. Em que sentido Babilônia, a Grande, tornou-se “moradia de demônios” e ‘guarida de toda exalação impura e de todas as aves impuras’?
11 A palavra “demônios”, aqui, é provavelmente um reflexo da palavra para “demônios caprinos” (se‘i·rím), encontrada na descrição que Isaías fez da Babilônia caída: “E ali se hão de deitar os frequentadores de regiões áridas, e suas casas terão de encher-se de corujões. E ali terão de residir avestruzes, e os próprios demônios caprinos saltitarão por ali.” (Isaías 13:21) Isso talvez não se refira a demônios literais, mas sim a animais peludos, habitantes do deserto, cuja aparência talvez fizesse os espectadores pensar em demônios. Nas ruínas de Babilônia, a Grande, a existência figurativa de tais animais, junto com o ar estagnado, viciado (“exalação impura”), e as aves impuras, indica a sua condição espiritualmente morta. Ela não oferece nenhuma perspectiva de vida à humanidade. — Veja Efésios 2:1, 2.
12. Como a situação de Babilônia, a Grande, se enquadra na profecia do capítulo 50 de Jeremias?
12 A situação dela enquadra-se também na profecia de Jeremias: “‘Há uma espada contra os caldeus’, é a pronunciação de Jeová, ‘e contra os habitantes de Babilônia, e contra os seus príncipes, e contra os seus sábios. . . . Há uma devastação sobre as suas águas e elas terão de secar-se. Pois é uma terra de imagens entalhadas, e por causa das suas visões aterradoras continuam a agir como doidos. Por isso morarão os frequentadores de regiões áridas com os animais uivantes, e terão de morar nela avestruzes, e nunca mais se morará nela, nem residirá ela de geração em geração.’” A idolatria e as ladainhas não podem salvar Babilônia, a Grande, da retribuição semelhante à derrubada de Sodoma e Gomorra por Deus. — Jeremias 50:35-40.
Vinho Apaixonante
13. (a) Como é que o poderoso anjo traz à atenção a ampla extensão do meretrício de Babilônia, a Grande? (b) Que imoralidade prevalecente na antiga Babilônia é também encontrada em Babilônia, a Grande?
13 A seguir, o poderoso anjo traz à atenção a ampla extensão do meretrício de Babilônia, a Grande, proclamando: “Pois todas as nações caíram vítimas por causa do vinho apaixonante de sua fornicação,a e os reis da terra cometeram fornicação com ela, e os comerciantes viajantes da terra ficaram ricos devido ao poder de sua impudente luxúria.” (Revelação 18:3) Ela tem doutrinado todas as nações da humanidade nos seus modos religiosos impuros. Na antiga Babilônia, segundo o historiador grego Heródoto, toda mulher tinha de se oferecer pelo menos uma vez na vida como prostituta em adoração no templo. Repugnante corrupção sexual é retratada até hoje nas esculturas danificadas na guerra, em Angkor Wat, em Kampuchea, e nos templos em Khajuraho, na Índia, que mostram o deus hindu Vixenu (Visnu) rodeado por cenas eróticas repugnantes. Nos Estados Unidos, a revelação de imoralidade que abalou o mundo dos televangelistas em 1987, e novamente em 1988, bem como a revelação de ampla prática de homossexualismo por ministros religiosos, ilustram que mesmo a cristandade tolera chocantes excessos de fornicação literal. No entanto, todas as nações se tornaram vítimas duma espécie ainda mais grave de fornicação.
14-16. (a) Que relacionamento político-religioso, espiritualmente ilícito, desenvolveu-se na Itália fascista? (b) Quando a Itália invadiu a Abissínia, que declarações os bispos da Igreja Católica Romana fizeram?
14 Já examinamos o ilícito relacionamento político-religioso que projetou Hitler no poder na Alemanha nazista. Outras nações também sofreram por causa da intromissão da religião em assuntos seculares. Por exemplo, na Itália fascista, em 11 de fevereiro de 1929, o Tratado de Latrão foi assinado por Mussolini e pelo Cardeal Gasparri, tornando a Cidade do Vaticano um estado soberano. O Papa Pio XI afirmou que ele havia “devolvido a Itália a Deus, e Deus à Itália”. Era isso verdade? Considere o que aconteceu seis anos mais tarde. Em 3 de outubro de 1935, a Itália invadiu a Abissínia (Etiópia), alegando que esta era ‘uma terra bárbara que ainda praticava a escravatura’. Na realidade, quem estava sendo bárbaro? Condenou a Igreja Católica as barbaridades de Mussolini? Ao passo que o papa emitia declarações ambíguas, seus bispos eram bastante expressivos em abençoar as forças armadas da sua “pátria” italiana. No livro The Vatican in the Age of the Dictators (O Vaticano na Era dos Ditadores), Anthony Rhodes conta:
15 “Na sua Pastoral de 19 de outubro [de 1935], o Bispo de Udine [Itália] escreveu: ‘Não é nem oportuno, nem apropriado expressar-nos sobre o certo e o errado do caso. Nosso dever como italianos, e ainda mais, como cristãos, é contribuir para o sucesso das nossas armas.’ O Bispo de Pádua escreveu em 21 de outubro: ‘Nas horas difíceis que atravessamos, pedimos-lhes ter fé nos nossos estadistas e nas nossas forças armadas.’ Em 24 de outubro, o Bispo de Cremona consagrou diversas bandeiras regimentais e disse: ‘A bênção de Deus esteja sobre estes soldados que, em solo africano, conquistarão terras novas e férteis para o gênio italiano, levando-lhes assim a cultura romana e cristã. Que a Itália mais uma vez se destaque como mentor cristão do mundo inteiro.’”
16 A Abissínia foi estuprada, com a bênção dos clérigos católicos romanos. Podia algum deles, em qualquer sentido, afirmar que eles eram iguais ao apóstolo Paulo em estar ‘limpos do sangue de todos os homens’? — Atos 20:26.
17. Como a Espanha sofreu porque seus clérigos deixaram de ‘forjar das suas espadas relhas de arado’?
17 Acrescente à Alemanha, à Itália e à Abissínia outra nação que foi vítima da fornicação de Babilônia, a Grande — a Espanha. A Guerra Civil de 1936-39, naquele país, em parte teve início porque o governo democrático estava adotando medidas para reduzir o enorme poder da Igreja Católica Romana. Quando a guerra começou, o líder fascista católico das forças revolucionárias, Franco, descreveu-se como “o Generalíssimo cristão da Santa Cruzada”, título que mais tarde abandonou. Várias centenas de milhares de espanhóis morreram na luta. À parte disso, segundo cálculos conservadores, os nacionalistas de Franco haviam assassinado 40.000 membros da Frente Popular, ao passo que estes últimos haviam assassinado 8.000 clérigos — frades, sacerdotes, freiras e noviças. Tal é o horror e a tragédia duma guerra civil, ilustrando a sabedoria de se acatar as palavras de Jesus: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” (Mateus 26:52) Quão repugnante é que a cristandade se envolva em tal maciço derramamento de sangue! Seus clérigos deveras fracassaram completamente quanto a “forjar das suas espadas relhas de arado”! — Isaías 2:4.
Os Comerciantes Viajantes
18. Quem são “os comerciantes viajantes da terra”?
18 Quem são “os comerciantes viajantes da terra”? Sem dúvida, nós os chamaríamos hoje de negociantes, gigantes comerciais e manipuladores do alto comércio. Isto não quer dizer que seja errado empenhar-se em negócios legítimos. A Bíblia provê conselho sábio para homens de negócios, advertindo contra a desonestidade, a ganância e coisas assim. (Provérbios 11:1; Zacarias 7:9, 10; Tiago 5:1-5) O lucro maior é a “devoção piedosa junto com a autossuficiência”. (1 Timóteo 6:6, 17-19) Entretanto, o mundo de Satanás não adota princípios justos. Prevalece a corrupção. Ela pode ser encontrada na religião, na política — e no alto comércio. De vez em quando, os veículos noticiosos expõem escândalos, tais como o peculato por parte de altas autoridades governamentais e o tráfico ilegal de armas.
19. Que fato sobre a economia do mundo ajuda a explicar o motivo de os comerciantes da Terra merecerem menção desfavorável em Revelação?
19 O comércio internacional de armas ascende a mais de 1.000.000.000.000 de dólares por ano, enquanto centenas de milhões de humanos ficam privados das necessidades da vida. Isto já é bastante ruim. Mas os armamentos parecem ser um dos sustentáculos básicos da economia do mundo. Em 11 de abril de 1987, um artigo publicado na revista Spectator de Londres noticiou: “Contando apenas as indústrias diretamente relacionadas, estão envolvidos uns 400.000 empregos nos EUA e 750.000 na Europa. Mas, o que é bastante curioso, ao passo que aumenta o papel socioeconômico da fabricação de armas, a questão real, de se os fabricantes estão bem protegidos, passou para o segundo plano.” Obtêm-se enormes lucros ao se negociarem bombas e outros armamentos em toda a Terra, mesmo com inimigos em potencial. Algum dia, essas bombas talvez voltem num ardente holocausto para destruir os que as venderam. Que paradoxo! Acrescente a isso os subornos que cercam a indústria de armamentos. Só nos Estados Unidos, segundo a revista Spectator: “Todo ano, o Pentágono inexplicavelmente perde armas e equipamentos no valor de 900 milhões de dólares.” Não é de admirar que os comerciantes da Terra sejam mencionados desfavoravelmente em Revelação!
20. Que exemplo mostra o envolvimento da religião em práticas comerciais corruptas?
20 Conforme predito pelo glorioso anjo, a religião se tem envolvido profundamente em tais práticas comerciais corruptas. Por exemplo, houve o envolvimento do Vaticano no colapso do Banco Ambrosiano, da Itália, em 1982. O caso se tem arrastado pelos anos 80, deixando por responder a pergunta: para onde foi o dinheiro? Em fevereiro de 1987, magistrados milaneses emitiram ordens de prisão contra três clérigos do Vaticano, incluindo um arcebispo norte-americano, sob acusações de serem cúmplices numa falência fraudulenta, mas o Vaticano rejeitou o pedido de extradição. Em julho de 1987, no meio duma avalanche de protestos, as ordens de prisão foram revogadas pela mais elevada Corte de Apelação da Itália, à base dum antigo tratado entre o Vaticano e o governo italiano.
21. Como sabemos que Jesus não tinha nenhuma ligação com as práticas comerciais questionáveis dos seus dias, mas o que observamos hoje na religião babilônica?
21 Será que Jesus tinha alguma ligação com as práticas comerciais questionáveis dos seus dias? Não. Ele nem mesmo possuía bens, já que ‘não tinha nem onde deitar a cabeça’. Um jovem governante rico foi aconselhado por Jesus: “Vende todas as coisas que tens e distribui aos pobres, e terás um tesouro nos céus; e vem ser meu seguidor.” Essa era uma excelente admoestação, porque poderia ter resultado em ele se livrar de todas as ansiedades com assuntos comerciais. (Lucas 9:58; 18:22) Em contraste, a religião babilônica frequentemente tem ligações condenáveis com o alto comércio. Por exemplo, em 1987, o Albany Times Union noticiou que o administrador financeiro da arquidiocese católica de Miami, Flórida, EUA, admitiu que a igreja possuía ações de empresas que produzem armas nucleares, filmes classificados como impróprios para menores e cigarros.
“Saí Dela, Povo Meu”
22. (a) O que uma voz saída do céu diz? (b) O que motivou o regozijo por parte do povo de Deus em 537 AEC e em 1919 EC?
22 As próximas palavras de João apontam para um cumprimento adicional do modelo profético: “E ouvi outra voz saída do céu dizer: ‘Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.’” (Revelação 18:4) Profecias sobre a queda da antiga Babilônia, nas Escrituras Hebraicas, também incluem a ordem de Jeová ao seu povo: “Ponde-vos em fuga do meio de Babilônia.” (Jeremias 50:8, 13) De modo similar, em vista da vindoura desolação de Babilônia, a Grande, insta-se agora com o povo de Deus para que fuja. Em 537 AEC, a oportunidade de fugir de Babilônia foi motivo de grande regozijo por parte dos israelitas fiéis. Do mesmo modo, a soltura dos do povo de Deus do cativeiro babilônico em 1919 levou a um regozijo por parte deles. (Revelação 11:11, 12) E desde aquele tempo, milhões de outros têm obedecido à ordem de fugir.
23. Como a voz saída do céu enfatiza a urgência em fugir de Babilônia, a Grande?
23 É realmente tão urgente fugir de Babilônia, a Grande, e retirar-se da associação qual membro das religiões do mundo e fazer uma separação total? Sim, porque temos de adotar o conceito que Deus forma dessa antiquíssima monstruosidade religiosa, Babilônia, a Grande. Ele não mediu palavras ao chamá-la de grande meretriz. De modo que agora a voz saída do céu informa João adicionalmente sobre essa prostituta: “Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela. Fazei-lhe assim como ela mesma fez, e fazei-lhe duas vezes tanto, sim, duas vezes o número de coisas que ela fez; no copo em que ela pôs a mistura, ponde duas vezes tanto da mistura para ela. Ao ponto que ela se glorificou e viveu em impudente luxúria, a tal ponto dai-lhe tormento e pranto. Porque ela está dizendo no seu coração: ‘Estou sentada como rainha, e não sou viúva, e nunca verei pranto.’ É por isso que as pragas dela virão num só dia, morte, e pranto, e fome, e ela será completamente queimada em fogo, porque Jeová Deus, quem a julga, é forte.” — Revelação 18:5-8.
24. (a) O povo de Deus tem de fugir de Babilônia, a Grande, para evitar o quê? (b) Aqueles que deixam de fugir de Babilônia, a Grande, compartilham com ela em que pecados?
24 Essas são palavras fortes! De modo que se exige ação. Jeremias, nos seus dias, instou com os israelitas para que agissem, dizendo: “Fugi do meio de Babilônia . . . pois é o tempo de vingança de Jeová. Há um tratamento que ele lhe retribui. Saí do meio dela, ó meu povo, e ponde cada um a sua alma a salvo da ira ardente de Jeová.” (Jeremias 51:6, 45) De modo similar, a voz saída do céu avisa o povo de Deus hoje em dia para que fuja de Babilônia, a Grande, a fim de não receber parte das pragas dela. Os julgamentos de Jeová, semelhantes a pragas, sobre este mundo, incluindo sobre Babilônia, a Grande, estão sendo proclamados agora. (Revelação 8:1–9:21; 16:1-21) Os do povo de Deus precisam separar-se da religião falsa, se eles mesmos não quiserem sofrer essas pragas e por fim morrer junto com ela. Além disso, permanecerem naquela organização os tornaria compartilhadores nos pecados dela. Seriam tão culpados como ela de adultério espiritual e de derramar o sangue “de todos os que foram mortos na terra”. — Revelação 18:24; veja Efésios 5:11; 1 Timóteo 5:22.
25. De que maneira o povo de Deus saiu da antiga Babilônia?
25 No entanto, como é que o povo de Deus sai de Babilônia, a Grande? No caso da antiga Babilônia, os judeus tiveram de fazer a viagem literal desde a cidade de Babilônia de volta até a Terra Prometida. Mas havia mais envolvido. Isaías disse profeticamente aos israelitas: “Desviai-vos, desviai-vos, saí de lá, não toqueis em nada impuro; saí do meio dela, mantende-vos puros, vós os que carregais os utensílios de Jeová.” (Isaías 52:11) Sim, tinham de abandonar todas as práticas religiosas, impuras, da religião babilônica, que pudessem macular sua adoração de Jeová.
26. Como os cristãos coríntios obedeceram às palavras: ‘Saí do meio deles e cessai de tocar em coisa impura’?
26 O apóstolo Paulo citou as palavras de Isaías na carta aos coríntios, dizendo: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? . . . ‘Portanto, saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura’.” Os cristãos coríntios não precisavam sair de Corinto para obedecer a essa ordem. Todavia, tinham de evitar literalmente os templos impuros da religião falsa, bem como separar-se espiritualmente dos atos impuros daqueles idólatras. Em 1919, os do povo de Deus começaram a fugir dessa maneira de Babilônia, a Grande, purificando-se de todos os resíduos de ensinos e práticas impuros. Assim podiam servir a Ele como o Seu purificado povo. — 2 Coríntios 6:14-17; 1 João 3:3.
27. Que paralelos existem entre os julgamentos expressos contra a antiga Babilônia e os contra Babilônia, a Grande?
27 A queda e a subsequente desolação da antiga Babilônia foram a punição pelos seus pecados. “Porque o julgamento dela atingiu até os céus.” (Jeremias 51:9) De modo similar, os pecados de Babilônia, a Grande, “acumularam-se até o céu”, de modo a chegar à atenção do próprio Jeová. Ela é culpada de injustiça, idolatria, imoralidade, opressão, roubo e assassinato. A queda da antiga Babilônia foi em parte vingança por aquilo que ela havia feito ao templo de Jeová e aos Seus verdadeiros adoradores. (Jeremias 50:8, 14; 51:11, 35, 36) A queda de Babilônia, a Grande, e sua consequente destruição são igualmente expressões de vingança por aquilo que ela tem feito aos verdadeiros adoradores no decorrer dos séculos. De fato, sua derradeira destruição é o começo do “dia de vingança da parte de nosso Deus”. — Isaías 34:8-10; 61:2; Jeremias 50:28.
28. Que norma de justiça Jeová aplica a Babilônia, a Grande, e por quê?
28 Sob a Lei mosaica, quando um israelita furtava algo de seu conterrâneo, ele tinha de pagar pelo menos o dobro em compensação. (Êxodo 22:1, 4, 7, 9) Na vindoura destruição de Babilônia, a Grande, Jeová aplicará uma comparável norma de justiça. Ela há de receber em dobro aquilo que fez. Não se terá nenhuma misericórdia, porque Babilônia, a Grande, não teve nenhuma misericórdia com as suas vítimas. Ela se nutria como parasita dos povos da Terra, a fim de manter-se em “impudente luxúria”. Agora ela é que sofrerá e pranteará. A antiga Babilônia achava que se encontrava numa situação absolutamente segura, gabando-se: “Não estarei sentada como viúva e não conhecerei a perda de filhos.” (Isaías 47:8, 9, 11) Babilônia, a Grande, também se sente segura. Mas a destruição dela, decretada por Jeová, que “é forte”, ocorrerá depressa, como que “num só dia”!
[Nota(s) de rodapé]
a Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
[Quadro na página 263]
“Os Reis . . . Cometeram Fornicação com Ela”
No começo do século 19, comerciantes europeus contrabandeavam grandes quantidades de ópio para a China. Em março de 1839, autoridades chinesas tentaram impedir esse tráfico ilegal por confiscar de comerciantes britânicos 20.000 caixotes da droga. Isto levou a uma tensão entre a Grã-Bretanha e a China. Ao passo que as relações entre os dois países se deterioravam, alguns missionários protestantes incitavam a Grã-Bretanha a recorrer à guerra, com declarações tais como a seguinte:
“Como essas dificuldades alegram meu coração, porque eu acho que o governo inglês talvez se enfureça, e Deus, no Seu poder, talvez rompa as barreiras que impedem que o evangelho de Cristo entre na China.” — Henrietta Shuck, missionária dos Batistas do Sul.
Por fim, irrompeu a guerra — a guerra que hoje é conhecida como a Guerra do Ópio. Missionários incentivavam a Grã-Bretanha de todo o coração com comentários tais como estes:
“Sinto-me impelido a encarar o atual estado de coisas não tanto como um assunto de ópio ou um assunto inglês, quanto o grande desígnio da Providência, de tornar a iniquidade do homem subserviente aos Seus propósitos de misericórdia para com a China, em romper através da sua muralha de exclusão.” — Peter Parker, missionário congregacionalista.
Outro missionário congregacionalista, Samuel W. Williams, acrescentou: “A mão de Deus é evidente em tudo o que transpirou de maneira notável, e não duvidamos de que Aquele que disse que Ele veio trazer a espada à terra, chegou aqui, e isso para a destruição veloz dos Seus inimigos e para o estabelecimento do Seu próprio reino. Ele derrubará e derrubará até que estabeleça o Príncipe da Paz.”
A respeito da horrenda matança dos naturais da China, o missionário J. Lewis Shuck escreveu: “Considero tais cenas . . . como os instrumentos diretos do Senhor na eliminação do lixo que impede o avanço da Verdade Divina.”
O missionário congregacionalista Elijah C. Bridgman acrescentou: “Deus frequentemente fez uso do braço forte do poder civil com o fim de preparar o caminho para o Seu reino . . . O instrumento usado nestes grandes momentos é humano; o poder orientador é divino. O sublime governador de todas as nações tem empregado a Inglaterra para punir e humilhar a China.” — Citações tiradas de “Fins e Meios”, 1974, um ensaio de Stuart Creighton Miller publicado em The Missionary Enterprise in China and America (O Empreendimento Missionário na China e na América; um Estudo de Harvard, editado por John K. Fairbank).
[Quadro na página 264]
“Os Comerciantes Viajantes . . . Ficaram Ricos”
“Entre 1929 e o irrompimento da Segunda Guerra Mundial, [Bernadino] Nogara [administrador financeiro do Vaticano] destinou algum capital do Vaticano e agentes do Vaticano para trabalharem em campos diversificados da economia da Itália — em especial na energia elétrica, nas comunicações telefônicas, em instituições de crédito e em bancos, em pequenas estradas de ferro e na produção de implementos agrícolas, de cimento e de fibras têxteis sintéticas. Muitas dessas especulações comerciais deram bom resultado.
“Nogara assumiu o controle de várias empresas, incluindo La Società Italiana della Viscosa, La Supertessile, La Società Meridionale Industrie Tessili e La Cisaraion. Fundindo-as numa só empresa, que ele chamou de CISA-Viscosa e colocou sob o comando do Barão Francesco Maria Oddasso, um dos leigos de maior confiança do Vaticano, Nogara manobrou então a absorção da nova empresa pela maior manufatureira têxtil da Itália, a SNIA-Viscosa. Por fim, a participação do Vaticano na SNIA-Viscosa aumentou cada vez mais e, com o tempo, o Vaticano assumiu o controle dela — como atesta o fato de que o Barão Oddasso subsequentemente tornou-se vice-presidente dela.
“Assim penetrou Nogara na indústria têxtil. Ele penetrou em outras indústrias de maneiras diversas, pois Nogara tinha muitos truques escondidos. Este desprendido homem . . . provavelmente fez mais para infundir vida na economia da Itália do que qualquer outro empresário por si só na história da Itália . . . Benito Mussolini nunca conseguiu realmente estabelecer o império com que sonhava, mas possibilitou ao Vaticano e a Bernadino Nogara criar um domínio de outra espécie.” — The Vatican Empire (O Império do Vaticano), de Nino Lo Bello, páginas 71-73.
Este é apenas um exemplo da íntima cooperação entre os comerciantes da Terra e Babilônia, a Grande. Não é de admirar que esses comerciantes prantearão quando seu sócio comercial deixar de existir!
[Foto na página 259]
Ao passo que os humanos se espalhavam por toda a Terra, levavam consigo a religião babilônica
[Foto na página 261]
A classe de João, qual vigia, proclama que Babilônia caiu
[Foto na página 266]
As ruínas da antiga Babilônia pressagiam a vindoura ruína de Babilônia, a Grande
-
-
Pranto e regozijo pelo fim de BabilôniaRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 37
Pranto e regozijo pelo fim de Babilônia
1. Como “os reis da terra” reagirão à repentina destruição de Babilônia, a Grande?
O FIM de Babilônia é uma boa notícia para o povo de Jeová, mas como é encarado pelas nações? João nos informa: “E os reis da terra, que cometeram fornicação com ela e viveram em impudente luxúria, chorarão e baterão em si mesmos de pesar por causa dela, ao olharem para a fumaça do incêndio dela, enquanto estão parados à distância, por causa do seu temor do tormento dela,dizendo: ‘Ai, ai, ó grande cidade, Babilônia, forte cidade, porque numa só hora chegou o teu julgamento!’” — Revelação 18:9, 10.
2. (a) Visto que os simbólicos dez chifres da fera cor de escarlate destroem Babilônia, a Grande, por que é que “os reis da terra” lamentam o fim dela? (b) Por que é que os reis pesarosos param à distância da cidade condenada?
2 A reação das nações talvez pareça surpreendente em vista do fato de Babilônia ser destruída pelos simbólicos dez chifres da fera cor de escarlate. (Revelação 17:16) Porém, quando Babilônia tiver desaparecido, “os reis da terra” evidentemente se darão conta de quão útil ela fora para eles em manter o povo apaziguado e em sujeição. Os clérigos têm proclamado as guerras como sagradas, têm atuado como agentes de recrutamento e, na pregação, têm exortado os jovens a ir para as frentes de batalha. A religião tem provido uma fachada de santidade, atrás da qual governantes corruptos oprimem o povo comum. (Veja Jeremias 5:30, 31; Mateus 23:27, 28.) Note, porém, que esses reis pesarosos estão agora parados a certa distância daquela cidade condenada. Não se aproximam o suficiente para ajudá-la. Lamentam vê-la desaparecer, mas não o bastante para se arriscar a agir em favor dela.
Comerciantes Choram e Pranteiam
3. Quem mais lamenta o desaparecimento de Babilônia, a Grande, e que motivos João apresenta para isso?
3 Os reis da Terra não são os únicos a lamentar o desaparecimento de Babilônia, a Grande. “Também os comerciantes viajantes da terra estão chorando e pranteando por causa dela, porque não há mais ninguém para comprar todo o seu estoque, todo um estoque de ouro, e de prata, e de pedra preciosa, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlate; e tudo em matéria de madeira fragrante, e toda sorte de objeto de marfim, e toda sorte de objeto feito da madeira mais preciosa, e de cobre, e de ferro, e de mármore; também canela, e especiaria indiana, e incenso, e óleo perfumado, e olíbano, e vinho, e azeite de oliveira, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas, e cavalos, e carros, e escravos, e almas humanas. Sim, o fruto excelente que a tua alma desejou afastou-se de ti [Babilônia, a Grande], e todas as coisas delicadas e as coisas suntuosas pereceram de ti, e nunca mais as acharão.” — Revelação 18:11-14.
4. Por que “os comerciantes viajantes” choram e pranteiam o fim de Babilônia, a Grande?
4 Sim, Babilônia, a Grande, era amiga íntima e boa freguesa dos comerciantes ricos. Por exemplo, os mosteiros, os conventos e as igrejas da cristandade, no decorrer dos séculos, têm adquirido enormes quantidades de ouro, prata, pedras preciosas, madeiras valiosas e outras formas de riqueza material. Além disso, a religião tem concedido sua bênção às ondas de compras e às bebedeiras associadas com a celebração do Natal, que desonra a Cristo, e de outros chamados dias santificados. Os missionários da cristandade têm penetrado em terras distantes, abrindo novos mercados para “os comerciantes viajantes” deste mundo. No Japão do século 17, o catolicismo, que viera junto com os comerciantes, até mesmo se envolveu em guerras feudais. Narrando uma batalha decisiva sob as muralhas do castelo de Osaka, The Encyclopædia Britannica declara: “As tropas de Tokugawa viram-se lutando contra um adversário cujas bandeiras ostentavam a cruz e imagens do Salvador e de São Tiago, santo padroeiro da Espanha.” A facção vitoriosa perseguiu e praticamente acabou com o catolicismo naquele país. A participação da igreja nos atuais assuntos do mundo tampouco lhe trará bênção.
5. (a) Como a voz saída do céu descreve adicionalmente o pranto dos “comerciantes viajantes”? (b) Por que é que os comerciantes também estão “parados à distância”?
5 A voz saída do céu diz adicionalmente: “Os comerciantes viajantes destas coisas, que se tornaram ricos por meio dela, estarão parados à distância por causa do seu temor do tormento dela, e chorarão e prantearão, dizendo: ‘Ai, ai — a grande cidade, trajada de linho fino, e de púrpura, e de escarlate, e ricamente adornada de enfeite de ouro, e pedra preciosa, e pérola, porque tais grandes riquezas foram devastadas numa só hora!’” (Revelação 18:15-17a) Com a destruição de Babilônia, a Grande, os “comerciantes” pranteiam a perda desta sócia comercial. Deveras, para eles é “ai, ai”. Note, porém, que o motivo de prantearem é inteiramente egoísta e que eles — iguais aos reis — estão “parados à distância”. Não se chegam perto o bastante para ser de ajuda para Babilônia, a Grande.
6. Como a voz saída do céu descreve o pranto de capitães de navios e de marujos, e por que eles choram?
6 O relato prossegue: “E todo capitão de navio e todo homem que viaja para alguma parte, e os marujos, e todos os que vivem do mar, estavam parados à distância e clamavam ao olharem para a fumaça do incêndio dela, dizendo: ‘Que cidade é semelhante à grande cidade?’ E lançavam pó sobre as suas cabeças e clamavam, chorando e pranteando, e dizendo: ‘Ai, ai — a grande cidade, na qual todos os que têm barcos no mar ficaram ricos em razão da sua preciosidade, porque ela foi devastada numa só hora!’” (Revelação 18:17b-19) A antiga Babilônia era uma cidade comercial e tinha uma grande frota de navios. De modo similar, Babilônia, a Grande, faz volumosos negócios por meio das “muitas águas” do seu povo. Isso provê emprego a muitos dos seus súditos religiosos. Que golpe econômico será para estes a destruição de Babilônia, a Grande! Nunca mais haverá um meio de vida semelhante ao provido por ela.
Regozijo Pelo Aniquilamento Dela
7, 8. Como a voz saída do céu culmina a sua mensagem a respeito de Babilônia, a Grande, e quem agirá segundo estas palavras?
7 Quando a antiga Babilônia foi derrubada pelos medos e pelos persas, Jeremias disse profeticamente: “E os céus e a terra, e tudo o que neles há, hão de gritar de júbilo sobre Babilônia.” (Jeremias 51:48) Ao ser destruída Babilônia, a Grande, a voz do céu culmina sua mensagem, dizendo a respeito de Babilônia, a Grande: “Alegra-te por causa dela, ó céu, e também vós, santos, e vós, apóstolos, e vós, profetas, porque por vós Deus exigiu dela judicialmente a punição!” (Revelação 18:20) Jeová e os anjos se deleitarão de ver o aniquilamento da antiga inimiga de Deus, como o farão também os apóstolos e os primitivos profetas cristãos, que então já terão sido ressuscitados e estarão ocupando sua posição no arranjo dos 24 anciãos. — Veja Salmo 97:8-12.
8 De fato, todos os “santos” — quer ressuscitados para o céu, quer ainda sobrevivendo na Terra — clamarão de alegria, assim como fará também a grande multidão associada de outras ovelhas. Com o tempo serão ressuscitados todos os fiéis homens da antiguidade para o novo sistema de coisas, e eles também participarão no regozijo. Os do povo de Deus não se têm tentado vingar dos seus perseguidores religiosos falsos. Têm-se lembrado das palavras de Jeová: “A vingança é minha; eu pagarei de volta, diz Jeová.” (Romanos 12:19; Deuteronômio 32:35, 41-43) Pois bem, Jeová já fez agora a retribuição. Todo o sangue derramado por Babilônia, a Grande, terá sido vingado.
Lançada Uma Grande Mó
9, 10. (a) O que um anjo forte faz e diz agora? (b) Que ato similar ao realizado pelo anjo forte de Revelação 18:21 ocorreu no tempo de Jeremias, e o que isso garantiu? (c) O que a ação tomada pelo anjo forte visto por João garante?
9 O que João vê a seguir confirma que o julgamento de Jeová contra Babilônia, a Grande, é terminante: “E um anjo forte levantou uma pedra semelhante a uma grande mó e lançou-a no mar, dizendo: ‘Assim, com um lance rápido, Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada.’” (Revelação 18:21) No tempo de Jeremias, realizou-se um ato similar, de forte sentido profético. Jeremias foi inspirado a escrever num livro “toda a calamidade que viria sobre Babilônia”. Ele entregou o livro a Seraías e mandou-o viajar para Babilônia. Ali, seguindo as instruções de Jeremias, Seraías leu uma declaração contra aquela cidade: “Ó Jeová, tu mesmo falaste contra este lugar, a fim de decepá-lo para que não venha a haver nele nenhum habitante, nem homem nem mesmo animal doméstico, mas para que ela se torne meros baldios desolados por tempo indefinido.” Seraías atou então uma pedra ao livro e o lançou no rio Eufrates, dizendo: “Assim afundará Babilônia e nunca mais se levantará por causa da calamidade que trago sobre ela.” — Jeremias 51:59-64.
10 Lançar-se o livro com a pedra presa nele dentro do rio era garantia de que Babilônia mergulharia no esquecimento, para nunca mais se restabelecer. Ver o apóstolo João um anjo forte realizar um ato similar é igualmente uma forte garantia de que o propósito de Jeová para com Babilônia, a Grande, será executado. A atual condição completamente arruinada da antiga Babilônia atesta fortemente o que sobrevirá à religião falsa no futuro próximo.
11, 12. (a) Como o anjo forte se dirige agora a Babilônia, a Grande? (b) Como Jeremias profetizou a respeito da Jerusalém apóstata, e o que isso indicava para os nossos dias?
11 O anjo forte dirige-se agora a Babilônia, a Grande, dizendo: “E nunca mais se ouvirá em ti o som de cantores ao acompanhamento de harpas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e jamais se achará de novo em ti artífice algum de qualquer profissão, e jamais se ouvirá de novo em ti o som da mó, e jamais brilhará de novo em ti a luz de lâmpada, e jamais se ouvirá de novo em ti a voz de noivo e de noiva; porque os teus comerciantes viajantes eram os dignitários da terra, pois todas as nações foram desencaminhadas pelas tuas práticas espíritas.” — Revelação 18:22, 23.
12 Jeremias profetizou em termos comparáveis a respeito da Jerusalém apóstata: “Eu vou destruir dentre eles o som de exultação e o som de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva, o som do moinho manual e a luz da lâmpada. E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro.” (Jeremias 25:10, 11) A cristandade, como parte principal de Babilônia, a Grande, tornar-se-á uma ruína sem vida, conforme foi tão vividamente retratado pela condição desolada de Jerusalém depois de 607 AEC. A cristandade, que antes se alegrava animadamente e estava cheia do barulho cotidiano, encontrar-se-á vencida e abandonada.
13. Que repentina mudança sobrevém a Babilônia, a Grande, e que efeito tem sobre os seus “comerciantes viajantes”?
13 De fato, conforme o anjo aqui diz a João, toda a Babilônia, a Grande, se transformará dum poderoso império internacional num baldio árido e deserto. Seus “comerciantes viajantes”, incluindo milionários de alta categoria, usaram a religião dela para fins pessoais ou como fachada, e os clérigos acharam lucrativo compartilhar o destaque com eles. Mas, esses comerciantes não mais terão Babilônia, a Grande, por cúmplice. Ela não mais enganará as nações da Terra com as suas práticas religiosas, místicas.
Uma Pavorosa Culpa de Sangue
14. Que motivos o anjo forte apresenta para a severidade do julgamento de Jeová, e o que Jesus disse similarmente quando esteve na Terra?
14 Em conclusão, o anjo forte diz por que Jeová julga tão severamente a Babilônia, a Grande: “Sim”, diz o anjo, “nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra”. (Revelação 18:24) Quando Jesus esteve na Terra, ele disse aos líderes religiosos em Jerusalém que eles eram responsáveis por “todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel” em diante. Concordemente, aquela geração pervertida foi destruída em 70 EC. (Mateus 23:35-38) Hoje, outra geração de sectários religiosos tem culpa de derramar sangue pela perseguição que tem movido aos servos de Deus.
15. De que duas maneiras a Igreja Católica na Alemanha nazista foi responsável de derramar sangue?
15 Guenter Lewy, no seu livro The Catholic Church and Nazi Germany (A Igreja Católica e a Alemanha Nazista), escreve: “Quando as Testemunhas de Jeová, em 13 de abril [de 1933], foram suprimidas na Baviera, a Igreja até mesmo aceitou a tarefa de que foi incumbida pelo Ministério de Educação e Religião de denunciar qualquer membro da seita que ainda praticasse a religião proibida.” A Igreja Católica, portanto, tem parte na responsabilidade de milhares de Testemunhas de Jeová terem sido mandadas para campos de concentração; suas mãos estão manchadas pelo sangue vital de centenas de Testemunhas de Jeová executadas. Quando jovens Testemunhas de Jeová, tais como Wilhelm Kusserow, mostraram que podiam morrer corajosamente quando executados por um pelotão de fuzilamento, Hitler decidiu que o pelotão de fuzilamento era bom demais para objetores por motivo de consciência; de modo que o irmão de Wilhelm, Wolfgang, à idade de 20 anos, morreu executado por guilhotina. Ao mesmo tempo, a Igreja Católica incentivava jovens católicos alemães a morrer no exército pela pátria. A culpa que a Igreja tem por sangue derramado é bem evidente!
16, 17. (a) Que culpa de sangue tem de ser atribuída a Babilônia, a Grande, e como o Vaticano se tornou culpado de derramar o sangue dos judeus que morreram nos pogrons nazistas? (b) Qual é uma das maneiras em que a religião falsa é culpada de matar milhões de pessoas em centenas de guerras na atualidade?
16 Entretanto, a profecia diz que Babilônia, a Grande, deve ser responsabilizada pelo sangue de “todos os que foram mortos na terra”. Certamente tem sido assim em tempos modernos. Por exemplo, visto que a intriga católica ajudou Hitler a ascender ao poder na Alemanha, o Vaticano compartilha a terrível culpa de sangue com respeito aos seis milhões de judeus que morreram nos pogrons nazistas. Além disso, em nossos dias bem mais de cem milhões de pessoas já foram mortas em centenas de guerras. Cabe a responsabilidade disso à religião falsa? Sim, de duas maneiras.
17 Uma maneira é que muitas guerras se relacionam com disputas religiosas. Por exemplo, a violência na Índia, entre muçulmanos e hindus, em 1946-48, tinha motivação religiosa. Perderam-se centenas de milhares de vidas. O conflito entre Iraque e Irã, nos anos 80, relacionava-se com disputas sectárias, causando a morte de centenas de milhares. A violência entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte tem ceifado milhares de vidas. Pesquisando este campo, o colunista C. L. Sulzberger disse em 1976: “É uma verdade funesta de que provavelmente metade ou mais das guerras travadas atualmente ao redor do mundo ou são claramente conflitos religiosos ou estão envolvidas em disputas religiosas.” De fato, tem sido assim durante toda a história turbulenta de Babilônia, a Grande.
18. Qual é a segunda maneira em que as religiões do mundo são culpadas de derramar sangue?
18 Qual é a segunda maneira? Do ponto de vista de Jeová, as religiões do mundo são culpadas de derramar sangue porque não ensinaram convincentemente aos seus seguidores a verdade do que Jeová requer dos seus servos. Não ensinaram convincentemente às pessoas que os verdadeiros adoradores de Deus têm de imitar a Jesus Cristo e têm de mostrar amor aos outros, não importa qual a nacionalidade deles. (Miqueias 4:3, 5; João 13:34, 35; Atos 10:34, 35; 1 João 3:10-12) Visto que as religiões que compõem Babilônia, a Grande, não têm ensinado estas coisas, seus adeptos têm sido tragados pelo redemoinho das guerras internacionais. Isso ficou bem evidente nas duas guerras mundiais da primeira metade do século 20, que tiveram começo na cristandade e resultaram em pessoas da mesma religião se matarem umas às outras! Se todos os que afirmavam ser cristãos tivessem aderido aos princípios bíblicos, essas guerras nunca teriam acontecido.
19. Que pavorosa culpa de sangue Babilônia, a Grande, leva?
19 Jeová deita a culpa por todo este derramamento de sangue em Babilônia, a Grande. Se os líderes religiosos, e especialmente os da cristandade, tivessem ensinado à sua gente a verdade bíblica, esse derramamento de sangue em massa nunca teria ocorrido. Deveras, pois, direta ou indiretamente, Babilônia, a Grande — a grande meretriz e império mundial da religião falsa — tem de prestar contas a Jeová não só pelo “sangue dos profetas, e dos santos”, que ela perseguiu e matou, mas também pelo sangue “de todos os que foram mortos na terra”. Babilônia, a Grande, de fato, tem uma pavorosa culpa de sangue. Já vai tarde, na destruição final dela!
[Quadro na página 270]
O Preço da Transigência
Guenter Lewy escreve no seu livro The Catholic Church and Nazi Germany (A Igreja Católica e a Alemanha Nazista): “Se o catolicismo alemão, desde o início, tivesse aderido a uma orientação de resoluta oposição ao regime nazista, é bem possível que a história do mundo tivesse seguido um rumo diferente. Mesmo que esta luta por fim tivesse deixado de derrotar Hitler e de impedir todos os seus muitos crimes, teria neste respeito elevado imensuravelmente o prestígio moral da Igreja. O custo humano de tal resistência inegavelmente teria sido grande, mas tais sacrifícios teriam sido feitos pela maior de todas as causas. Com uma frente doméstica inafiançável, Hitler talvez não se atrevesse a ir à guerra, e assim teriam sido salvos literalmente milhões de vidas. . . . Quando milhares de antinazistas alemães foram torturados até a morte, nos campos de concentração de Hitler, quando os intelectuais poloneses foram massacrados, quando centenas de milhares de russos morreram por serem tratados como Untermenschen [subumanos] eslavos, e quando 6.000.000 de humanos foram assassinados por serem ‘não arianos’, autoridades da Igreja Católica na Alemanha apoiaram o regime na perpetração desses crimes. O Papa em Roma, cabeça espiritual e supremo instrutor moral da Igreja Católica Romana, permaneceu calado.” — Páginas 320, 341.
[Foto na página 268]
“Ai, ai”, dizem os governantes
[Foto na página 268]
“Ai, ai”, dizem os comerciantes
-
-
Louve a Jah pelos seus julgamentos!Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 38
Louve a Jah pelos seus julgamentos!
1. Que palavras João ouve “como a voz alta duma grande multidão no céu”?
BABILÔNIA, A GRANDE, não mais existe! Essa notícia realmente dá alegria. Não é de admirar que João ouça exclamações alegres de louvor no céu! “Depois destas coisas ouvi o que era como a voz alta duma grande multidão no céu. Disseram: ‘Aleluia!a A salvação, e a glória, e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.’ E disseram imediatamente, pela segunda vez: ‘Aleluia!* E a fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.’” — Revelação 19:1-3.
2. (a) O que significa a palavra “aleluia”, e o que é demonstrado neste ponto por João ouvi-la duas vezes? (b) Quem recebe a glória pela destruição de Babilônia, a Grande? Queira explicar isso.
2 Deveras, aleluia! Essa palavra significa “louvai a Jah”, sendo “Jah” a forma abreviada do nome divino, Jeová. Somos aqui lembrados da exortação do salmista: “Toda coisa que respira — louve ela a Jah. Louvai a Jah!” (Salmo 150:6) Ouvir João neste ponto de Revelação o exultante coro celestial cantar duas vezes “aleluia!” demonstra a continuidade da revelação divina da verdade. O Deus das Escrituras Gregas Cristãs é o mesmo Deus das anteriores Escrituras Hebraicas, e seu nome é Jeová. O Deus que causou a queda da antiga Babilônia agora já havia julgado e destruído Babilônia, a Grande. Atribua-se-lhe toda a glória por essa façanha! O poder que manobrou a queda dela pertence a ele, em vez de às nações que ele usou como instrumentos para desolá-la. Temos de atribuir a salvação exclusivamente a Jeová. — Isaías 12:2; Revelação 4:11; 7:10, 12.
3. Por que é que a grande meretriz merece tanto seu julgamento?
3 Por que é que a grande meretriz merecia tanto esse julgamento? Segundo a lei que Jeová dera a Noé — e por meio deste a toda a humanidade — o derramamento impiedoso de sangue requer a sentença de morte. Isso foi novamente declarado na Lei de Deus para Israel. (Gênesis 9:6; Números 35:20, 21) Além disso, sob aquela Lei mosaica, tanto o adultério físico como o espiritual mereciam a morte. (Levítico 20:10; Deuteronômio 13:1-5) Durante milhares de anos, Babilônia, a Grande, tem sido culpada de derramar sangue, e ela é uma flagrante fornicadora. Por exemplo, a orientação da Igreja Católica Romana, de proibir o casamento de seus sacerdotes, tem resultado em flagrante imoralidade por parte de muitos desses, e muitos deles contraíram aids. (1 Coríntios 6:9, 10; 1 Timóteo 4:1-3) Mas os grandes pecados dela, ‘que se acumularam até os céus’, são os seus chocantes atos de fornicação espiritual — que consistem em ela ensinar falsidades e em se aliar a políticos corruptos. (Revelação 18:5) Visto que ela finalmente foi atingida pela punição, a multidão celestial ecoa agora um segundo aleluia.
4. O que é simbolizado pelo fato de que a fumaça de Babilônia, a Grande, “está ascendendo para todo o sempre”?
4 Babilônia, a Grande, foi incendiada como uma cidade conquistada, e a fumaça dela “está ascendendo para todo o sempre”. Quando exércitos conquistadores incendeiam uma cidade literal, a fumaça dela continua subindo enquanto as cinzas estão quentes. Quem tentasse reconstruí-la enquanto ainda fumegava simplesmente se queimaria com as ruínas em brasas. Visto que a fumaça de Babilônia, a Grande, ascenderá “para todo o sempre”, em símbolo do caráter definitivo do seu julgamento, ninguém jamais conseguirá reconstruir essa cidade iníqua. A religião falsa terá desaparecido para sempre. Deveras, aleluia! — Veja Isaías 34:5, 9, 10.
5. (a) O que os 24 anciãos e as quatro criaturas viventes fazem e dizem? (b) Por que o refrão de aleluia é muito mais melodioso do que os coros de aleluia cantados nas igrejas da cristandade?
5 Numa visão anterior, João observou ao redor do trono quatro criaturas viventes, junto com os 24 anciãos que representam os herdeiros do Reino na sua gloriosa posição celestial. (Revelação 4:8-11) Agora, ele os vê de novo, ao passo que trovejam um terceiro aleluia por causa da destruição de Babilônia, a Grande: “E os vinte e quatro anciãos e as quatro criaturas viventes prostraram-se e adoraram a Deus sentado no trono, dizendo: ‘Amém! Aleluia!’”b (Revelação 19:4) Esse grandioso coro de aleluia, portanto, é adicional ao “novo cântico” de louvor ao Cordeiro. (Revelação 5:8, 9) Eles entoam agora o magnífico refrão de vitória, atribuindo toda a glória ao Soberano Senhor Jeová, por causa da decisiva vitória dele sobre a grande meretriz, Babilônia, a Grande. Esses aleluias ressoam de modo muito mais melodioso do que qualquer coro de aleluia cantado nas igrejas da cristandade, nas quais Jeová, ou Jah, tem sido desonrado e desprezado. Tais cantos hipócritas, que vituperam o nome de Jeová, ficam agora silenciados para sempre!
6. A “voz” de quem se ouve, a que ela insta e quem participa na resposta?
6 Foi em 1918 que Jeová começou a recompensar ‘os que temiam o seu nome, os pequenos e os grandes’ — os primeiros destes foram os cristãos ungidos que haviam morrido fiéis, aos quais ele ressuscitou e posicionou nas fileiras celestiais dos 24 anciãos. (Revelação 11:18) Outros se juntam a eles em cantar os aleluias, porque João relata: “Saiu também uma voz do trono, dizendo: ‘Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.’” (Revelação 19:5) Essa é a “voz” do Porta-Voz de Jeová, seu próprio Filho, Jesus Cristo, que está posicionado “no meio do trono”. (Revelação 5:6) Não somente no céu, mas também aqui na Terra, “todos vós os seus escravos” participam em cantar, tomando a classe ungida de João a dianteira aqui na Terra. Como esses exultam em participar em obedecer à ordem: “Dai louvores ao nosso Deus”!
7. Depois de Babilônia, a Grande, estar destruída, quem louvará a Jeová?
7 Sim, aqueles que são da grande multidão também são contados entre esses escravos. Desde 1935, esses têm saído de Babilônia, a Grande, e têm sentido o cumprimento da promessa de Deus: “Abençoará os que temem a Jeová, tanto aos pequenos como aos grandes.” (Salmo 115:13) Quando a meretrícia Babilônia estiver destruída, milhões deles se juntarão em dar “louvores ao nosso Deus” — junto com os da classe de João e toda a hoste celestial. Mais tarde, os que forem ressuscitados na Terra, quer anteriormente tivessem destaque, quer não, sem dúvida entoarão outros aleluias ao saber que Babilônia, a Grande, desapareceu para sempre. (Revelação 20:12, 15) Todo louvor cabe a Jeová pela sua retumbante vitória sobre a secular meretriz!
8. Que incentivo os coros celestiais de louvor presenciados por João devem dar-nos agora, antes de Babilônia, a Grande, ser destruída?
8 Quanto incentivo tudo isso nos dá para participarmos plenamente na obra de Deus para hoje! Que todos os servos de Jah se devotem de coração e alma à proclamação dos julgamentos de Deus, junto com a grandiosa esperança do Reino, agora, antes de Babilônia, a Grande, ser destronada e destruída. — Isaías 61:1-3; 1 Coríntios 15:58.
‘Aleluia — Jeová É Rei!’
9. Por que o último aleluia tem um som tão pleno e sonoro?
9 Há motivos adicionais para regozijo, conforme João prossegue a dizer-nos: “E ouvi o que era como a voz duma grande multidão, e como o som de muitas águas, e como o som de fortes trovões. Disseram: ‘Aleluia,c porque Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar.’” (Revelação 19:6) Esse último aleluia é o que torna a proclamação quadrangular, ou simétrica. É um poderoso som celestial, mais magnificente do que qualquer coro humano, mais majestoso do que qualquer catarata terrena, e mais atemorizante do que qualquer temporal terrestre. As miríades de vozes celestiais celebram o fato de que “Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar”.
10. Em que sentido se pode dizer que Jeová começa a reinar depois da devastação de Babilônia, a Grande?
10 Como se dá, então, que Jeová começa a reinar? Passaram-se milênios desde que o salmista declarou: “Deus é meu Rei desde outrora.” (Salmo 74:12) O reinado de Jeová mesmo então já era antigo, portanto, como é que o coro universal pode cantar que “Jeová . . . tem começado a reinar”? É no sentido de que, quando Babilônia, a Grande, for destruída, Jeová não mais terá essa presunçosa rival para ameaçar a obediência a ele como Soberano Universal. A religião falsa não mais instigará os governantes da Terra a se oporem a Ele. Quando a antiga Babilônia caiu do domínio mundial, Sião ouviu a proclamação vitoriosa: “Teu Deus tornou-se rei!” (Isaías 52:7) Após o nascimento do Reino em 1914, os 24 anciãos proclamaram: “Agradecemos-te, Jeová Deus, . . . porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.” (Revelação 11:17) Agora, depois da devastação de Babilônia, a Grande, clama-se novamente: “Jeová . . . tem começado a reinar.” Não resta mais nenhum deus criado pelo homem para contestar a soberania do verdadeiro Deus, Jeová!
É Iminente o Casamento do Cordeiro!
11, 12. (a) Como é que a Jerusalém antiga se dirigiu à antiga Babilônia, estabelecendo que modelo com respeito à Nova Jerusalém e Babilônia, a Grande? (b) Em vista da vitória sobre Babilônia, a Grande, o que as hostes celestiais cantam e anunciam?
11 “Ó inimiga minha”! Foi assim que Jerusalém, lugar do templo da adoração de Jeová, se dirigiu à idólatra Babilônia. (Miqueias 7:8) Do mesmo modo, “a cidade santa, Nova Jerusalém”, composta da noiva de 144.000 membros, tem tido todos os motivos para chamar Babilônia, a Grande, de sua inimiga. (Revelação 21:2) Mas, por fim, a grande meretriz sofreu adversidade, calamidade e ruína. As práticas espíritas e os astrólogos dela não conseguiram salvá-la. (Veja Isaías 47:1, 11-13.) Trata-se, de fato, de uma grande vitória para a verdadeira adoração!
12 Desaparecida para sempre a repugnante meretriz, Babilônia, a Grande, pode-se agora focalizar a atenção na virginal noiva do Cordeiro! Por isso, as multidões celestiais cantam exultantemente em louvor a Jeová: “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria, e demos-lhe a glória, porque chegou o casamento do Cordeiro e a sua esposa já se preparou. Sim, foi-lhe concedido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos.” — Revelação 19:7, 8.
13. Que preparativos para o casamento do Cordeiro têm sido feitos no decorrer dos séculos?
13 No decorrer dos séculos, Jesus tem feito amorosos preparativos para esse casamento celestial. (Mateus 28:20; 2 Coríntios 11:2) Ele tem purificado os 144.000 do Israel espiritual, a fim de “que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fosse santa e sem mácula”. (Efésios 5:25-27) Para poder obter o “prêmio da chamada para cima”, cada cristão ungido teve de despir-se da velha personalidade com as suas práticas, revestir-se da nova personalidade cristã e realizar atos “de toda a alma como para Jeová”. — Filipenses 3:8, 13, 14; Colossenses 3:9, 10, 23.
14. Como Satanás tem tentado contaminar os prospectivos membros da esposa do Cordeiro?
14 A partir de Pentecostes de 33 EC, Satanás tem usado Babilônia, a Grande, como seu instrumento na tentativa de contaminar os prospectivos membros da esposa do Cordeiro. Lá pelo fim do primeiro século, ele havia lançado na congregação as sementes da religião babilônica. (1 Coríntios 15:12; 2 Timóteo 2:18; Revelação 2:6, 14, 20) O apóstolo Paulo descreve aqueles que subvertiam a fé, nas seguintes palavras: “Porque tais homens são falsos apóstolos, trabalhadores fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, pois o próprio Satanás persiste em transformar-se em anjo de luz.” (2 Coríntios 11:13, 14) Nos séculos seguintes, a cristandade apóstata, assim como o restante de Babilônia, a Grande, revestiu-se das roupas de riqueza e de privilégios, “de púrpura e de escarlate, . . . de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas”. (Revelação 17:4) Seus clérigos e seus papas juntaram-se a imperadores sanguinários, tais como Constantino e Carlos Magno. Ela nunca se revestiu dos “atos justos dos santos”. Como noiva de imitação, ela era realmente uma obra-prima de fraude satânica. Finalmente, ela já se foi para sempre!
A Esposa do Cordeiro Já Se Preparou
15. Como se faz a selagem, e o que se requer dum cristão ungido?
15 Portanto, agora, depois de quase 2.000 anos, todos os 144.000 da classe da noiva já se aprontaram. Mas em que ponto do tempo pode-se dizer que ‘a esposa do Cordeiro já se preparou’? Progressivamente, a partir de Pentecostes de 33 EC, os ungidos crentes têm sido “selados com o prometido espírito santo”, visando o vindouro “dia de livramento por meio de resgate”. Conforme o apóstolo Paulo o expressou, Deus “pôs também o seu selo sobre nós e nos deu o penhor daquilo que há de vir, isto é, o espírito, em nossos corações”. (Efésios 1:13; 4:30; 2 Coríntios 1:22) Cada cristão ungido é ‘chamado e escolhido’, e se tem mostrado ‘fiel’. — Revelação 17:14.
16. (a) Quando se completou a selagem do apóstolo Paulo, e como sabemos isso? (b) Quando a esposa do Cordeiro ‘se terá preparado’ plenamente?
16 Depois de passar por décadas de provas, o próprio Paulo podia declarar: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” (2 Timóteo 4:7, 8) A selagem do apóstolo parece ter sido completada, embora ele ainda estivesse na carne e ainda enfrentaria o martírio. De maneira similar, tem de vir o tempo em que todos os remanescentes dos 144.000 na Terra terão sido individualmente selados como pertencentes a Jeová. (2 Timóteo 2:19) Isso acontecerá quando a esposa do Cordeiro se tiver plenamente preparado — a grande maioria dos 144.000 então já terá recebido sua recompensa celestial e aqueles que ainda estiverem na Terra já terão sido finalmente aprovados e selados como fiéis.
17. Quando poderá realizar-se o casamento do Cordeiro?
17 Nesse ponto no cronograma de Jeová, quando a selagem dos 144.000 tiver sido completada, os anjos soltarão os quatro ventos da grande tribulação. (Revelação 7:1-3) Primeiro se executa o julgamento na meretrícia Babilônia, a Grande. A seguir, o vitorioso Cristo passa rapidamente para o Armagedom, a fim de destruir o restante da organização de Satanás na Terra e, finalmente, lançar Satanás e seus demônios no abismo. (Revelação 19:11–20:3) Se alguns dos ungidos ainda estiverem na Terra, sem dúvida terão sua recompensa celestial logo depois de Cristo concluir a sua vitória e se juntarão aos seus companheiros, membros da classe da noiva. Daí, no tempo devido de Deus, o casamento do Cordeiro poderá ser realizado!
18. Como o Salmo 45 confirma a sequência dos eventos com respeito ao casamento do Cordeiro?
18 O relato profético no Salmo 45 descreve a sequência dos acontecimentos. Primeiro, o Rei entronizado sai cavalgando para vencer seus inimigos. (Versículos 1-7) Daí se realiza o casamento, sendo a noiva celestial assistida na Terra pelas suas companheiras virgens, a grande multidão. (Versículos 8-15) A seguir, o casamento se torna frutífero, sendo os humanos ressuscitados levados à perfeição sob a supervisão de “príncipes em toda a terra”. (Versículos 16, 17) Quão gloriosas são as bênçãos que acompanham o casamento do Cordeiro!
Felizes os Convidados
19. Qual é a quarta das sete felicidades em Revelação, e quem participa dessa felicidade específica?
19 João registra agora a quarta das sete felicidades em Revelação: “E ele [o anjo que vem revelando essas coisas a João] me diz: ‘Escreve: Felizes os convidados à refeição noturna do casamento do Cordeiro.’ Ele me diz também: ‘Estas são as palavras verazes de Deus.’” (Revelação 19:9)d Os convidados para “a refeição noturna do casamento do Cordeiro” são os membros da classe da noiva. (Veja Mateus 22:1-14.) Todo o grupo nupcial de ungidos participa na felicidade de receber esse convite. A maioria dos convidados já foram para o céu, o lugar da refeição noturna nupcial. Aqueles que ainda estão na Terra também são felizes de receberem o convite. Seu lugar na refeição noturna nupcial está assegurado. (João 14:1-3; 1 Pedro 1:3-9) Quando forem ressuscitados para o céu, então a noiva toda, unida, passará a participar com o Cordeiro naquele supremamente feliz casamento.
20. (a) Qual é a implicação das palavras: “Estas são as palavras verazes de Deus”? (b) Que efeito as palavras do anjo tiveram sobre João, e qual foi a reação do anjo?
20 O anjo acrescenta então que “estas são as palavras verazes de Deus”. Esta palavra, “verazes”, traduz a palavra grega a·le·thi·nós e significa “genuíno” ou “fidedigno”. Visto que essas palavras são realmente da parte de Jeová, elas são fiéis e fidedignas. (Veja 1 João 4:1-3; Revelação 21:5; 22:6.) João, como convidado para essa festa de casamento, deve ter ficado cheio de alegria ao ouvir isso e ao contemplar as bênçãos que aguardam os da classe da noiva. De fato, ele ficou tão profundamente comovido que o anjo teve de dar-lhe conselho, conforme João relata: “Prostrei-me então diante dos seus pés para adorá-lo. Mas ele me diz: ‘Toma cuidado! Não faças isso! Sou apenas coescravo teu e dos teus irmãos, que têm a obra de dar testemunho de Jesus. Adora a Deus.’” — Revelação 19:10a.
21. (a) O que Revelação desvenda com respeito aos anjos? (b) Que atitude os cristãos devem ter para com os anjos?
21 Em toda a Revelação dá-se um notável testemunho da fidelidade e diligência dos anjos. Eles estão envolvidos na transmissão da verdade revelada. (Revelação 1:1) Atuam ao lado de humanos na pregação das boas novas e no derramamento das pragas simbólicas. (Revelação 14:6, 7; 16:1) Lutaram ao lado de Jesus para lançar do céu a Satanás e seus anjos, e lutarão de novo ao lado dele no Armagedom. (Revelação 12:7; 19:11-14) De fato, eles têm acesso à própria pessoa de Jeová. (Mateus 18:10; Revelação 15:6) Não obstante, não são mais do que humildes escravos de Deus. Não há lugar na adoração pura para se adorar anjos, ou mesmo para uma adoração relativa, na qual se dirija a adoração a Deus mediante algum “santo” ou anjo. (Colossenses 2:18) Os cristãos adoram apenas a Jeová, apresentando suas petições a ele em nome de Jesus. — João 14:12, 13.
O Papel de Jesus na Profecia
22. O que o anjo diz a João, e o que essas palavras significam?
22 O anjo diz então: “Pois, dar-se testemunho de Jesus é o que inspira o profetizar.” (Revelação 19:10b) Em que sentido? Isso significa que todas as profecias inspiradas vieram a existir por causa de Jesus e do papel que desempenha nos propósitos de Jeová. A primeira profecia na Bíblia prometeu a vinda dum descendente. (Gênesis 3:15) Jesus tornou-se esse Descendente. Revelações subsequentes edificaram sobre essa promessa básica uma enorme estrutura de verdade profética. O apóstolo Pedro disse ao crente gentio Cornélio: “Dele [Jesus] é que todos os profetas dão testemunho.” (Atos 10:43) Uns 20 anos mais tarde, o apóstolo Paulo disse: “Não importa quantas sejam as promessas de Deus, elas se tornaram Sim por meio dele [Jesus].” (2 Coríntios 1:20) Depois de mais 43 anos, o próprio João nos lembra: “A verdade [veio] à existência por intermédio de Jesus Cristo.” — João 1:17.
23. Por que a elevada posição e autoridade de Jesus não detrai da adoração que prestamos a Jeová?
23 Detrai isso de algum modo da adoração que prestamos a Jeová? Não. Lembre-se do conselho acautelador do anjo: “Adora a Deus.” Jesus nunca tenta rivalizar com Jeová. (Filipenses 2:6) É verdade que se manda que ‘todos os anjos prestem homenagem a Jesus’, e toda a criação precisa reconhecer a elevada posição dele, para que, “no nome de Jesus, se dobre todo joelho”. Mas note que isso é “para a glória de Deus, o Pai”, e por Sua ordem. (Hebreus 1:6; Filipenses 2:9-11) Jeová deu a Jesus a grande autoridade que este tem, e, por reconhecermos essa autoridade, damos glória a Deus. Recusar sujeitar-nos ao domínio de Jesus é equivalente a rejeitar o próprio Jeová Deus. — Salmo 2:11, 12.
24. Que dois espantosos eventos contemplamos, e que palavras devemos portanto expressar?
24 Portanto, expressemos unidos as palavras iniciais dos Salmos 146 a 150: “Louvai a Jah!” Que os coros de aleluia trovejem na expectativa do triunfo de Jeová sobre o babilônico império mundial da religião falsa! E haja abundante alegria ao se aproximar o casamento do Cordeiro!
[Nota(s) de rodapé]
a Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
b Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
c Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
d Veja também Revelação 1:3; 14:13; 16:15.
[Quadro na página 273]
“Epístola a Sodoma e Gomorra”
Sob esse tópico, o jornal The Daily Telegraph de Londres, de 12 de novembro de 1987, noticiou uma moção apresentada ao Sínodo Geral da Igreja Anglicana. Requeria a expulsão da igreja de “cristãos” homossexuais. O colunista Godfrey Barker declarou: “O Arcebispo de Cantuária ontem opinou lugubremente: ‘Se S. Paulo fosse escrever uma epístola à Igreja Anglicana, poderíamos muito bem perguntar-nos que tipo de carta seria.’” O próprio Sr. Barker comentou: “A resposta é uma epístola a Sodoma e Gomorra”, e acrescentou: “O Dr. Runcie [o arcebispo] imaginou que ela seria como Romanos, Cap. 1.”
O escritor citou as palavras de Paulo em Romanos 1:26-32: “Deus os entregou na lascívia dos seus corações a impurezas. . . . Homens cometendo atos vergonhosos com homens . . . embora conheçam o decreto de Deus, de que aqueles que fazem tais coisas merecem morrer, eles não somente as fazem, mas aprovam aqueles que as praticam.” Ele concluiu: “S. Paulo estava apenas preocupado com os que ocupavam os bancos das igrejas. O problema do Dr. Runcie são os que estão nos púlpitos.”
Por que tem o arcebispo tal problema? Grandes manchetes no jornal Daily Mail de Londres, de 22 de outubro de 1987, haviam declarado: “‘Um vigário em três é homossexual’ . . . Campanha para expulsar homossexuais ‘fecharia Igreja Anglicana’.” A reportagem citou o “reverendo” secretário-geral do Movimento Cristão Lésbico e Gay como dizendo: “Se esta moção fosse aprovada, arruinaria a Igreja, e o Arcebispo de Cantuária sabe disso. Como cifra geral, achamos que entre 30 e 40 por cento dos clérigos da Igreja Anglicana são homossexuais. E eles são os contribuintes mais ativos para o ministério da Igreja.” O número minguante de frequentadores da igreja, sem dúvida, reflete parcialmente a repugnância por esse vicejante ministério homossexual.
O que decidiu o sínodo da igreja? Uma grande maioria de 388 membros (95 por cento dos clérigos) votou a favor duma moção atenuante. Sobre isso, The Economist de 14 de novembro de 1987 noticiou: “A Igreja Anglicana é contra práticas homossexuais, mas não muito. O sínodo geral, o parlamento da Igreja, pensando nos clérigos homossexuais, decidiu esta semana que atos homossexuais, dessemelhantemente da fornicação e do adultério, não constituem pecado: eles apenas ‘não atingem o ideal’ de que ‘as relações sexuais constituem um ato de compromisso total, próprio duma relação marital permanente’.” Contrastando a posição do Arcebispo de Cantuária com a declaração franca do apóstolo Paulo em Romanos 1:26, 27, The Economist apresentou uma citação das palavras de Paulo acima da legenda: “S. Paulo sabia do que estava falando.”
Jesus Cristo também sabia do que estava falando, e o expressou em termos explícitos. Ele disse que “no Dia do Juízo será mais suportável para a terra de Sodoma” do que para os religiosos que desprezaram a mensagem dele. (Mateus 11:23, 24) Jesus usou aqui uma hipérbole para mostrar que aqueles líderes religiosos, que rejeitavam o Filho de Deus e seus ensinos, eram ainda mais repreensíveis do que os sodomitas. Judas 7 declara que aqueles sodomitas ‘sofreram a punição judicial do fogo eterno’, significando a destruição eterna. (Mateus 25:41, 46) Quão severo, então, será o julgamento dos chamados líderes cristãos que cegamente desviam seus rebanhos cegados das elevadas normas de moral do Reino de Deus para os modos permissivos e depravados deste mundo! (Mateus 15:14) A respeito da religião falsa, Babilônia, a Grande, a voz saída do céu clama com urgência: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” — Revelação 18:2, 4.
[Fotos na página 275]
O céu ressoa com quatro aleluias, louvando a Jah pela sua derradeira vitória sobre Babilônia, a Grande
-
-
O Rei Guerreiro triunfa no ArmagedomRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 39
O Rei Guerreiro triunfa no Armagedom
Visão 13 — Revelação 19:11-21
Assunto: Jesus conduz os exércitos do céu para destruir o sistema de Satanás
Tempo do cumprimento: Após a destruição de Babilônia, a Grande
1. O que é o Armagedom, e o que levará a ele?
ARMAGEDOM — uma palavra temida por muitos! Mas, para os que amam a justiça, indica o há muito aguardado dia em que Jeová executará o julgamento final nas nações. Não se trata duma guerra de homens, mas ela é “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” — seu dia de vingança contra os governantes da Terra. (Revelação 16:14, 16; Ezequiel 25:17) Com a desolação de Babilônia, a Grande, a grande tribulação já terá começado. Daí, instigada por Satanás, a fera cor de escarlate e seus dez chifres concentrarão seu ataque no povo de Jeová. O Diabo, mais irado do que nunca com a organização-esposa de Deus, está decidido a usar seus joguetes em travar guerra até o fim com os remanescentes da semente dela. (Revelação 12:17) Essa é a última oportunidade de Satanás!
2. Quem é Gogue de Magogue, e como Jeová o manobra para que ataque o próprio povo Dele?
2 O ataque feroz do Diabo é vividamente descrito no capítulo 38 de Ezequiel. Ali, o rebaixado Satanás é chamado de “Gogue da terra de Magogue”. Jeová põe ganchos figurativos nas maxilas de Gogue, puxando a ele e suas numerosas forças militares ao ataque. Como faz isso? Por fazer Gogue encarar Suas Testemunhas como povo indefeso, “reunido dentre as nações, que está acumulando riqueza e bens, morando no meio da terra”. Esse povo ocupa o centro do cenário na Terra, como o único que se nega a adorar a fera e sua imagem. Sua força e prosperidade espirituais enfurecem a Gogue. De modo que Gogue e sua numerosa força militar, incluindo a fera que ascendeu do mar com seus dez chifres, afluirão todos para aplicar o golpe final. O povo limpo de Deus, porém, dessemelhantemente de Babilônia, a Grande, tem proteção divina! — Ezequiel 38:1, 2, 4, 11, 12, 15; Revelação 13:1.
3. Como Jeová elimina as forças militarizadas de Gogue?
3 Como Jeová elimina Gogue e toda a sua multidão? Escute! “‘Vou chamar contra ele uma espada em toda a minha região montanhosa’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová. ‘A espada de cada um virá a ser contra o seu próprio irmão.’” Mas nem as armas nucleares, nem as convencionais, adiantarão alguma coisa naquela luta, porque Jeová declara: “Vou pôr-me em julgamento contra ele, com peste e com sangue; e farei cair um aguaceiro inundante e pedras de saraiva, fogo e enxofre sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos com ele. E eu hei de magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a conhecer aos olhos de muitas nações; e terão de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 38:21-23; 39:11; compare isso com Josué 10:8-14; Juízes 7:19-22; 2 Crônicas 20:15, 22-24; Jó 38:22, 23.
O Chamado “Fiel e Verdadeiro”
4. Como João descreve a Jesus Cristo trajado para a batalha?
4 Jeová convoca uma espada. Quem é aquele que brande essa espada? Voltando a Revelação, encontramos a resposta em mais outra emocionante visão. Os céus se abrem perante os olhos de João para revelar algo realmente espantoso — o próprio Jesus Cristo trajado para a batalha! João informa-nos: “E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça. Seus olhos são chama ardente e na sua cabeça há muitos diademas.” — Revelação 19:11, 12a.
5, 6. O que é indicado (a) pelo “cavalo branco”, (b) pelo nome “Fiel e Verdadeiro”, (c) pelos olhos semelhantes a uma “chama ardente” e (d) pelos “muitos diademas”?
5 Como na anterior visão sobre os quatro cavaleiros, esse “cavalo branco” é símbolo apropriado de guerra justa. (Revelação 6:2) E qual dos filhos de Deus seria mais justo do que esse Guerreiro poderoso? Visto que ele é chamado de “Fiel e Verdadeiro”, deve tratar-se da “testemunha fiel e verdadeira”, Jesus Cristo. (Revelação 3:14) Ele guerreia para executar os julgamentos justos de Jeová. De modo que age na sua qualidade de Juiz designado por Jeová, de “Deus Poderoso”. (Isaías 9:6) Seus olhos são atemorizantes, como uma “chama ardente”, à espera da iminente destruição ardente dos seus adversários.
6 A cabeça desse Rei Guerreiro está coroada com diademas. A fera que João viu sair do mar tinha dez diademas, representando seu domínio temporário do cenário terrestre. (Revelação 13:1) Jesus, no entanto, tem “muitos diademas”. Seu glorioso domínio não tem igual, visto que ele é “o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam”. — 1 Timóteo 6:15.
7. O que é o nome escrito que Jesus tem?
7 A descrição feita por João prossegue: “Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, exceto ele mesmo.” (Revelação 19:12b) A Bíblia já chama o Filho de Deus por nomes tais como Jesus, Emanuel e Miguel. Mas esse “nome” não especificado parece representar a posição e os privilégios que Jesus usufrui durante o dia do Senhor. (Veja Revelação 2:17.) Isaías, descrevendo a Jesus na situação desde 1914, diz: “Será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6) O apóstolo Paulo associou o nome de Jesus com os Seus bem elevados privilégios de serviço, ao escrever: “Deus o enalteceu [a Jesus] a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho.” — Filipenses 2:9, 10.
8. Por que apenas Jesus pode conhecer o nome escrito, e com quem compartilha alguns dos seus elevados privilégios?
8 Os privilégios de Jesus são inigualáveis. À parte do próprio Jeová, somente Jesus pode compreender o que significa ocupar uma posição tão elevada. (Veja Mateus 11:27.) Portanto, dentre todas as criaturas de Deus, apenas Jesus pode avaliar plenamente esse nome. Não obstante, Jesus deveras inclui sua noiva em alguns desses privilégios. De modo que ele faz a seguinte promessa: “Aquele que vencer . . . escreverei sobre ele . . . aquele meu novo nome.” — Revelação 3:12.
9. O que é indicado por (a) Jesus estar “vestido duma roupa exterior manchada de sangue” e (b) Jesus ser chamado de “A Palavra de Deus”?
9 João acrescenta: “E está vestido duma roupa exterior manchada de sangue, e o nome pelo qual é chamado é A Palavra de Deus.” (Revelação 19:13) De quem é esse “sangue”? Poderia ser o sangue vital de Jesus, derramado a favor da humanidade. (Revelação 1:5) Mas, neste contexto, é mais provável que se refira ao sangue dos seus inimigos, que é derramado quando se executam neles os julgamentos de Jeová. Somos lembrados da visão anterior, na qual se ceifa e pisa a videira da terra no grande lagar da ira de Deus, até o sangue atingir a “altura dos freios dos cavalos” — significando uma grande vitória sobre os inimigos de Deus. (Revelação 14:18-20) Do mesmo modo, o sangue que mancha a roupa exterior de Jesus confirma que sua vitória é decisiva e completa. (Veja Isaías 63:1-6.) Agora, João fala novamente de Jesus ser chamado por um nome. Dessa vez é um nome amplamente conhecido — “A Palavra de Deus” — identificando esse Rei Guerreiro como Principal Porta-Voz e Defensor da verdade, de Jeová. — João 1:1; Revelação 1:1.
Companheiros Guerreiros de Jesus
10, 11. (a) Como João mostra que Jesus não está sozinho na batalha? (b) O que denota o fato de os cavalos serem brancos e os cavaleiros trajarem “linho fino, branco e puro”? (c) Quem compõe os “exércitos” celestiais?
10 Jesus não trava sozinho essa batalha. João informa-nos: “Seguiam-no também os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro.” (Revelação 19:14) O fato de os cavalos serem “brancos” denota uma guerra justa. “Linho fino” é apropriado para os cavaleiros do Rei, e a brancura cintilante e limpa dele indica uma posição pura e justa diante de Jeová. Então de quem se compõem esses “exércitos”? Sem dúvida, incluem os santos anjos. Foi logo cedo no dia do Senhor que Miguel e seus anjos lançaram Satanás e seus demônios para fora do céu. (Revelação 12:7-9) Além disso, “todos os anjos” estarão com Jesus quando ele sentar no seu trono glorioso e passar a julgar as nações e as pessoas da Terra. (Mateus 25:31, 32) Com certeza, na guerra decisiva, quando se executarem terminantemente os julgamentos de Deus, Jesus será de novo acompanhado pelos seus anjos.
11 Outros também estarão envolvidos. Quando Jesus enviou sua mensagem à congregação em Tiatira, ele prometeu: “Àquele que vencer e observar as minhas ações até o fim, eu darei autoridade sobre as nações, e ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu Pai.” (Revelação 2:26, 27) Sem dúvida, quando chegar o tempo, aqueles dos irmãos de Cristo que já estiverem no céu terão parte em pastorear as pessoas e as nações com essa vara de ferro.
12. (a) Os servos de Deus na Terra participarão na luta no Armagedom? (b) Como o povo de Jeová na Terra está envolvido no Armagedom?
12 No entanto, que dizer dos servos de Deus aqui na Terra? Os da classe de João não terão parte ativa na luta no Armagedom; tampouco terão seus leais companheiros, aquelas pessoas de todas as nações que têm afluído à espiritual casa de adoração de Jeová. Esses humanos pacíficos já forjaram das espadas relhas de arado. (Isaías 2:2-4) Todavia, estão bem envolvidos nisso! Conforme já notamos, é o aparentemente indefeso povo de Jeová que está sendo ferozmente atacado por Gogue e toda a sua multidão. Esse é o sinal para o Rei Guerreiro de Jeová, apoiado pelos exércitos no céu, começar a travar a guerra de extermínio contra essas nações. (Ezequiel 39:6, 7, 11; veja Daniel 11:44–12:1.) Os do povo de Deus, quais espectadores na Terra, estarão muito interessados nisso. O Armagedom significará sua salvação, e eles viverão por toda a eternidade como tendo sido testemunhas oculares da grande guerra de vindicação de Jeová.
13. Como sabemos que as Testemunhas de Jeová não são contra todo governo?
13 Significa isso que as Testemunhas de Jeová são contra todo governo? Longe disso! Obedecem ao conselho do apóstolo Paulo: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores.” Reconhecem que, enquanto o atual sistema durar, essas “autoridades superiores” existem pela permissão de Deus para manter certa medida de ordem na sociedade humana. De modo que as Testemunhas de Jeová pagam seus impostos, obedecem às leis, respeitam as regras de trânsito, acatam ordens de cadastramento, e assim por diante. (Romanos 13:1, 6, 7) Além disso, seguem os princípios bíblicos por serem verazes e honestas; mostram amor ao próximo; constituem unidades familiares fortes e de boa moral; e educam os filhos para ser cidadãos exemplares. Assim retribuem não só “a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus”. (Lucas 20:25; 1 Pedro 2:13-17) Visto que a Palavra de Deus mostra que os poderes governamentais deste mundo são temporários, as Testemunhas de Jeová preparam-se agora para a vida mais plena, a vida real, a ser em breve usufruída sob o Reinado de Cristo. (1 Timóteo 6:17-19) Embora não tenham nenhuma participação na derrubada dos poderes deste mundo, as Testemunhas têm espanto reverente diante do que a Palavra inspirada de Deus, a Bíblia Sagrada, diz a respeito do julgamento que Jeová está prestes a executar no Armagedom. — Isaías 26:20, 21; Hebreus 12:28, 29.
Para a Batalha Final!
14. O que é simbolizado pela “longa espada afiada” que se estende da boca de Jesus?
14 Com que autoridade Jesus completa a sua vitória? João informa-nos: “E da sua boca se estende uma longa espada afiada, para que golpeie com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro.” (Revelação 19:15a) Essa “longa espada afiada” representa a autoridade que Deus concedeu a Jesus para emitir ordens para a execução de todos os que se negam a apoiar o Reino de Deus. (Revelação 1:16; 2:16) Esse vívido simbolismo é paralelo às palavras de Isaías: “[Jeová] passou a fazer a minha boca igual a uma espada afiada. Escondeu-me na sombra da sua mão. E aos poucos fez de mim uma flecha polida.” (Isaías 49:2) Isaías prefigura aqui a Jesus, que proclama os julgamentos de Deus e os executa, como que com uma flecha certeira.
15. A essa altura, quem já terá sido exposto e julgado, marcando assim o início de quê?
15 A essa altura, Jesus já terá agido em cumprimento das palavras de Paulo: “Então, deveras, será revelado aquele que é contra a lei, a quem o Senhor Jesus eliminará com o espírito de sua boca e reduzirá a nada pela manifestação de sua presença.” Sim, a presença (em grego: pa·rou·sí·a) de Jesus tem sido demonstrada a partir de 1914 pela exposição e pelo julgamento do homem que é contra a lei, o clero da cristandade. Essa presença se manifestará notavelmente quando os dez chifres da fera cor de escarlate executarem esse julgamento e devastarem a cristandade, junto com o restante de Babilônia, a Grande. (2 Tessalonicenses 2:1-3, 8) Esse será o começo da grande tribulação! Depois disso, Jesus voltará a sua atenção para o que resta da organização de Satanás, em harmonia com a profecia: “Terá de golpear a terra com a vara da sua boca; e ao iníquo entregará à morte com o espírito de seus lábios.” — Isaías 11:4.
16. Como os Salmos e Jeremias descrevem o papel desempenhado pelo Rei Guerreiro designado por Jeová?
16 O Rei Guerreiro, como designado por Jeová, diferenciará aqueles que hão de sobreviver daqueles que hão de morrer. Jeová, falando profeticamente a esse Filho de Deus, diz: ‘Tu quebrantarás os governantes da terra com um cetro de ferro, espatifá-los-ás como se fossem um vaso de oleiro.’ E Jeremias dirige-se a tais corruptos líderes governamentais e seus lacaios, dizendo: “Uivai, pastores, e clamai! E revolvei-vos, majestosos do rebanho, porque se cumpriram os dias para serdes abatidos e serdes espalhados, e tereis de cair como um vaso desejável!” Não importa quão desejáveis esses governantes possam ter parecido ao mundo iníquo, um só golpe com o cetro de ferro do Rei os despedaçará, como que destroçando um vaso atraente. Será assim como Davi profetizou a respeito do Senhor Jesus: “Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.’ O próprio Jeová, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da sua ira. Executará julgamento entre as nações; causará uma plenitude de corpos mortos.” — Salmo 2:9, 12; 83:17, 18; 110:1, 2, 5, 6; Jeremias 25:34.
17. (a) Como João descreve a ação executora do Rei Guerreiro? (b) Relate algumas profecias que mostram quão calamitoso o dia da ira de Deus será para as nações.
17 Esse poderoso Rei Guerreiro aparece novamente na próxima cena da visão: “Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso.” (Revelação 19:15b) Numa visão anterior, João já havia visto o pisar do “lagar da ira de Deus”. (Revelação 14:18-20) Também Isaías descreve um lagar de execução, e outros profetas contam quão calamitoso será o dia da ira de Deus para todas as nações. — Isaías 24:1-6; 63:1-4; Jeremias 25:30-33; Daniel 2:44; Sofonias 3:8; Zacarias 14:3, 12, 13; Revelação 6:15-17.
18. O que o profeta Joel revela sobre Jeová julgar todas as nações?
18 O profeta Joel associa um lagar com a vinda de Jeová para “julgar todas as nações ao redor”. E é Jeová quem dá a ordem, sem dúvida ao Seu Juiz associado, Jesus, e seus exércitos celestiais: “Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde, descei, porque o lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão realmente transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente, massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Jeová na baixada da decisão. Mesmo o sol e a lua hão de ficar escuros e as próprias estrelas recolherão realmente a sua claridade. E de Sião bramirá o próprio Jeová e de Jerusalém fará ouvir a sua voz. E hão de tremer o céu e a terra; mas Jeová será refúgio para o seu povo e baluarte para os filhos de Israel. E vós tereis de saber que eu sou Jeová, vosso Deus.” — Joel 3:12-17.
19. (a) Como se responderá à pergunta feita em 1 Pedro 4:17? (b) Que nome está escrito na roupa exterior de Jesus, e por que se mostrará apropriado?
19 Será deveras um dia de ruína para nações e humanos desobedientes, mas um dia de alívio para todos os que se refugiaram em Jeová e no seu Rei Guerreiro! (2 Tessalonicenses 1:6-9) O julgamento que começou com a casa de Deus, em 1918, terá sido levado ao seu clímax, respondendo à pergunta em 1 Pedro 4:17: “Qual será o fim daqueles que não são obedientes às boas novas de Deus?” O glorioso Vencedor terá pisado o lagar até terminar, demonstrando que ele é o Enaltecido a respeito de quem João diz: “E sobre a sua roupa exterior, sim, sobre a sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” (Revelação 19:16) Ele mostrou-se muitíssimo superior a qualquer governante terrestre, a qualquer rei ou senhor humano. Sua dignidade e seu esplendor são transcendentes. Ele cavalgou “na causa da verdade, e da humildade, e da justiça”, e triunfou para todo o sempre! (Salmo 45:4) Na sua roupa manchada de sangue está escrito o nome que lhe foi concedido pelo Soberano Senhor Jeová, cujo Vindicador ele é!
A Grande Refeição Noturna de Deus
20. Como João descreve “a grande refeição noturna de Deus”, fazendo recordar que profecia anterior, mas similar?
20 Na visão de Ezequiel, após a destruição da multidão de Gogue, convidam-se as aves e os animais selvagens para um banquete! Eles eliminam da vista os cadáveres por consumir os corpos dos inimigos de Jeová. (Ezequiel 39:11, 17-20) As próximas palavras de João trazem vividamente à memória essa profecia anterior: “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá, ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.’” — Revelação 19:17, 18.
21. O que é indicado (a) por estar o anjo “em pé no sol”, (b) pelo fato de que os mortos são deixados na superfície do solo, (c) pela lista daqueles cujos cadáveres jazeriam sobre o solo e (d) pela expressão “a grande refeição noturna de Deus”?
21 O anjo está “em pé no sol”, numa posição dominante para atrair a atenção das aves. Ele as convida a se prepararem para se fartar da carne dos prestes a serem mortos pelo Rei Guerreiro e seus exércitos celestiais. Serem os cadáveres deixados na superfície do solo indica que morrerão em opróbrio público. Iguais à Jezabel da antiguidade, não terão um enterro honroso. (2 Reis 9:36, 37) A lista daqueles cujos cadáveres jazeriam ali mostra o alcance da destruição: reis, comandantes militares, homens fortes, homens livres e escravos. Não há exceções. Todos os vestígios do mundo rebelde em oposição a Jeová serão eliminados. Depois disso, não haverá mais mar desassossegado de humanos confusos. (Revelação 21:1) Esta é “a grande refeição noturna de Deus”, visto que é Jeová quem convida as aves para participarem nela.
22. Como João resume o rumo da guerra final?
22 João resume o rumo da guerra final: “E eu vi a fera e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele que está sentado no cavalo e com o seu exército. E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.” — Revelação 19:19-21.
23. (a) Em que sentido “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” é travada no “Armagedom”? (b) Que aviso “os reis da terra” deixaram de acatar, e com que consequência?
23 Depois do derramamento da sexta tigela do furor de Jeová, João relatou que os “reis de todo o mundo” foram ajuntados por propaganda demoníaca para “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso”. Esta é travada no Armagedom — não um lugar literal, mas a situação global que requer a execução do julgamento feito por Jeová. (Apocalipse [Revelação] 16:12, 14, 16, Almeida, IBB) João vê agora as frentes de batalha. Ali, enfileirados contra Deus, estão todos “os reis da terra, e os seus exércitos”. Eles se negaram obstinadamente a se sujeitar ao Rei de Jeová. Ele lhes dera o devido aviso na mensagem inspirada: “Beijai ao filho, para que [Jeová] não se ire e não pereçais no caminho.” Não se tendo sujeitado ao domínio de Cristo, eles têm de morrer. — Salmo 2:12.
24. (a) Que julgamento é executado na fera e no falso profeta, e em que sentido estão ainda “vivos”? (b) Por que o “lago de fogo” deve ser figurativo?
24 A fera que ascendeu do mar, de sete cabeças e dez chifres, representando a organização política de Satanás, é lançada no esquecimento, e junto com ela o falso profeta, a sétima potência mundial. (Revelação 13:1, 11-13; 16:13) Ainda “vivos”, ou ainda funcionando na sua oposição unida ao povo de Deus na Terra, são lançados “no lago de fogo”. Trata-se dum literal lago de fogo? Não, assim como tampouco a fera e o falso profeta são animais literais. Antes, trata-se dum símbolo de destruição completa, terminante, dum lugar sem retorno. É nele que mais tarde serão lançados a morte e o Hades, bem como o próprio Diabo. (Revelação 20:10, 14) Certamente não se trata dum inferno de tortura eterna dos iníquos, visto que a própria ideia de tal lugar é detestável para Jeová. — Jeremias 19:5; 32:35; 1 João 4:8, 16.
25. (a) Quem são os “mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo”? (b) Devemos esperar que quaisquer desses “mortos” tenham uma ressurreição?
25 Todos os outros, que não faziam diretamente parte do governo, mas que não obstante eram parte irreformável deste mundo corrupto da humanidade, também serão “mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo”. Jesus os declarará merecedores da morte. Visto que no seu caso não se menciona o lago de fogo, devemos esperar que terão uma ressurreição? Em parte alguma somos informados de que os executados pelo Juiz de Jeová naquele tempo hão de ser ressuscitados. Conforme o próprio Jesus declarou, todos aqueles que não são “ovelhas” irão “para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”, isto é, “para o decepamento eterno”. (Mateus 25:33, 41, 46) Isso leva ao clímax “o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. — 2 Pedro 3:7; Naum 1:2, 7-9; Malaquias 4:1.
26. Declare resumidamente o resultado do Armagedom.
26 Dessa maneira, toda a organização terrestre de Satanás tem fim. O “céu anterior”, de governo político, desapareceu. A “terra”, o aparentemente permanente sistema que Satanás edificou no decorrer dos séculos, encontra-se agora totalmente destruída. O “mar”, a massa da humanidade iníqua, oposta a Jeová, não existe mais. (Revelação 21:1; 2 Pedro 3:10) Mas o que reserva Jeová para o próprio Satanás? João passa a contar-nos isso.
-
-
Machucada a cabeça da serpenteRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 40
Machucada a cabeça da serpente
Visão 14 — Revelação 20:1-10
Assunto: O lançamento de Satanás no abismo, o Reinado Milenar, a prova final da humanidade e a destruição de Satanás
Tempo do cumprimento: Desde o fim da grande tribulação até a destruição de Satanás
1. Como o cumprimento da primeira profecia bíblica tem se desenvolvido?
LEMBRA-SE da primeira profecia bíblica? Ela foi proferida por Jeová Deus quando ele disse à Serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Gênesis 3:15) Agora o cumprimento dessa profecia atinge seu clímax! Traçamos a história da guerra de Satanás contra a organização-mulher celestial de Jeová. (Revelação 12:1, 9) O descendente terrestre da Serpente, com sua religião, sua política e seu alto comércio, tem movido uma cruel perseguição ao descendente da mulher, a Jesus Cristo e a seus 144.000 seguidores ungidos, aqui na Terra. (João 8:37, 44; Gálatas 3:16, 29) Satanás infligiu a Jesus uma morte agonizante. Mas esta mostrou ser como um ferimento no calcanhar, porque Deus ressuscitou seu Filho fiel no terceiro dia. — Atos 10:38-40.
2. Como a Serpente é machucada, e o que acontece com o descendente terrestre da Serpente?
2 Que dizer da Serpente e do seu descendente? Por volta de 56 EC, o apóstolo Paulo escreveu uma longa carta aos cristãos em Roma. Em conclusão, ele os incentivou por dizer: “O Deus que dá paz, por sua parte, esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés.” (Romanos 16:20) Esse machucar é mais do que apenas superficial. Satanás há de ser esmagado! Paulo usou aqui uma palavra grega, syn·trí·bo, que significa machucar até deixar como geleia, pisotear, destruir completamente por esmagamento. No que se refere ao descendente humano da Serpente, este está prestes a sofrer uma verdadeira praga no dia do Senhor, culminando, na grande tribulação, no completo esmagamento de Babilônia, a Grande, e dos sistemas políticos do mundo, junto com seus apoiadores financeiros e militares. (Revelação, capítulos 18 e 19) Jeová leva assim a um clímax a inimizade entre os dois descendentes. O Descendente da mulher de Deus triunfa sobre o descendente terrestre da Serpente, e este descendente deixa de existir!
Satanás Lançado no Abismo
3. O que João nos informa sobre o que vai acontecer a Satanás?
3 O que aguarda então ao próprio Satanás e seus demônios? João informa-nos: “E eu vi descer do céu um anjo com a chave do abismo e uma grande cadeia na mão. E ele se apoderou do dragão, a serpente original, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. E lançou-o no abismo, e fechou e selou este sobre ele, para que não mais desencaminhasse as nações até que tivessem terminado os mil anos. Depois destas coisas terá de ser solto por um pouco.” — Revelação 20:1-3.
4. Quem é o anjo com a chave do abismo, e como sabemos isso?
4 Quem é esse anjo? Ele deve ter um tremendo poder para ser capaz de eliminar o arqui-inimigo de Jeová. Possui “a chave do abismo e uma grande cadeia”. Não nos relembra isso uma visão anterior? Claro que sim, o rei sobre os gafanhotos é chamado de “o anjo do abismo”! (Revelação 9:11) Observamos aqui novamente o Principal Vindicador de Jeová, o glorificado Jesus Cristo, em ação. Esse arcanjo que lançou Satanás fora do céu, que julgou Babilônia, a Grande, e que eliminou “os reis da terra, e os seus exércitos”, no Armagedom, certamente não se eximiria, deixando um anjo inferior aplicar o golpe de mestre, de lançar Satanás no abismo! — Revelação 12:7-9; 18:1, 2; 19:11-21.
5. Como o anjo do abismo lida com Satanás, o Diabo, e por quê?
5 Quando o grande dragão cor de fogo foi expulso do céu, ele foi chamado de “a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada”. (Revelação 12:3, 9) Agora, no ponto em que está para ser apanhado e lançado no abismo, ele é novamente descrito em detalhes como o “dragão, a serpente original, que é o Diabo e Satanás”. Esse infame devorador, enganador, caluniador e opositor é posto em cadeias e lançado “no abismo”, o qual é fechado e selado firmemente, ‘para que não mais desencaminhe as nações’. Esse lançamento de Satanás no abismo é por mil anos, tempo em que a sua influência sobre a humanidade não será mais do que a de um prisioneiro num calabouço profundo. O anjo do abismo retira Satanás completamente de qualquer contato com o Reino de justiça. Que alívio para a humanidade!
6. (a) Que evidência há de que os demônios também vão para o abismo? (b) O que poderá começar então, e por quê?
6 O que acontece com os demônios? Eles também foram ‘reservados para o julgamento’. (2 Pedro 2:4) Satanás é chamado de “Belzebu, o governante dos demônios”. (Lucas 11:15, 18; Mateus 10:25) Em vista da sua longa colaboração com Satanás, não se lhes devia dar o mesmo julgamento? O abismo tem sido por muito tempo motivo de medo para esses demônios; em certa ocasião, quando confrontados por Jesus, eles “suplicavam-lhe que não lhes ordenasse que se afastassem para o abismo”. (Lucas 8:31) Mas, quando Satanás for lançado no abismo, seus anjos certamente também serão lançados no abismo com ele. (Veja Isaías 24:21, 22.) Depois de Satanás e seus demônios terem sido lançados no abismo, poderá começar o Reinado Milenar de Jesus Cristo.
7. (a) Em que estado Satanás e seus demônios estarão enquanto no abismo, e como sabemos isso? (b) O Hades e o abismo são a mesma coisa? (Queira ver a nota.)
7 Será que Satanás e seus demônios serão ativos no abismo? Ora, lembre-se da fera cor de escarlate, de sete cabeças, que “era, mas não é, contudo, está para ascender do abismo”. (Revelação 17:8) Enquanto no abismo, ela ‘não era’. Não funcionava, estava imobilizada, e para todos os efeitos e objetivos estava morta. Do mesmo modo, falando de Jesus, o apóstolo Paulo disse: “‘Quem descerá ao abismo?’ isto é, para fazer subir a Cristo dentre os mortos.” (Romanos 10:7) Enquanto naquele abismo, Jesus estava morto.a É razoável concluir-se, então, que Satanás e seus demônios estarão num estado de inatividade semelhante à morte durante os mil anos que estiverem no abismo. Que boas novas para os que amam a justiça!
Juízes por Mil Anos
8, 9. O que João nos informa agora sobre os sentados em tronos, e quem são esses?
8 Após os mil anos, Satanás é solto do abismo por pouco tempo. Por quê? Antes de dar a resposta, João traz novamente à nossa atenção o começo desse período. Lemos: “E eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar.” (Revelação 20:4a) Quem são os sentados em tronos e que governam nos céus junto com o glorificado Jesus?
9 Eles são “os santos” que Daniel descreveu como governando no Reino junto com Aquele que é “semelhante a um filho de homem”. (Daniel 7:13, 14, 18) São os mesmos que os 24 anciãos sentados em tronos celestiais na própria presença de Jeová. (Revelação 4:4) Eles incluem os 12 apóstolos, aos quais Jesus dera a promessa: “Na recriação, quando o Filho do homem se assentar no seu glorioso trono, vós, os que me seguistes, também estareis sentados em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel.” (Mateus 19:28) Eles incluem também Paulo, bem como os cristãos coríntios que permaneceram fiéis. (1 Coríntios 4:8; 6:2, 3) Incluem também os membros da congregação de Laodiceia, que venceram. — Revelação 3:21.
10. (a) Como João descreve agora os 144.000 reis? (b) Em vista do que João nos dissera anteriormente, quem está incluído nos 144.000 reis?
10 Tronos — 144.000 deles — estão preparados para esses vencedores ungidos, “comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Revelação 14:1, 4) “Sim”, prossegue João, “vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão”. (Revelação 20:4b) Entre esses reis, portanto, estão os ungidos mártires cristãos que anteriormente, por ocasião da abertura do quinto selo, perguntaram a Jeová quanto tempo ele esperaria até vingar o sangue deles. Naquele tempo, receberam uma comprida veste branca e se lhes disse que esperassem mais um pouco. Mas agora, com a devastação de Babilônia, a Grande, a destruição das nações pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores, e o lançamento de Satanás no abismo, eles foram vingados. — Revelação 6:9-11; 17:16; 19:15, 16.
11. (a) Como devemos entender a expressão “executados com o machado”? (b) Por que se pode dizer que todos os 144.000 têm uma morte sacrificial?
11 Será que todos esses 144.000 juízes régios foram fisicamente “executados com o machado”? É provável que relativamente poucos deles tenham sido executados assim literalmente. Essa expressão, porém, sem dúvida destina-se a abranger todos aqueles cristãos ungidos que sofrem martírio de um modo ou de outro.b (Mateus 10:22, 28) Satanás, certamente, gostaria de ter executado a todos eles com o machado, mas, na realidade, nem todos os irmãos ungidos de Jesus morrem como mártires. Muitos deles falecem de doença ou de velhice. Esses, porém, também pertencem ao grupo visto agora por João. A morte de todos eles, em certo sentido, é sacrificial. (Romanos 6:3-5) Além disso, nenhum deles fazia parte do mundo. Portanto, todos eles foram odiados pelo mundo e, de fato, estão mortos aos olhos dele. (João 15:19; 1 Coríntios 4:13) Nenhum deles adorou a fera ou a imagem dela, e quando morreram, nenhum deles tinha a marca da fera. Todos eles morreram como vencedores. — 1 João 5:4; Revelação 2:7; 3:12; 12:11.
12. O que João relata a respeito dos 144.000 reis, e quando é que passam a viver?
12 Agora, esses vencedores reviveram! João relata: “E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos.” (Revelação 20:4c) Significa isso que esses juízes só são ressuscitados depois da destruição das nações e do lançamento de Satanás e seus demônios no abismo? Não. A maioria deles já estão bem vivos, visto que cavalgaram com Jesus contra as nações no Armagedom. (Revelação 2:26, 27; 19:14) Deveras, Paulo indicou que a ressurreição deles começou logo após o início da presença de Jesus em 1914, e que alguns são ressuscitados antes de outros. (1 Coríntios 15:51-54; 1 Tessalonicenses 4:15-17) Portanto, passarem a viver ocorre durante um período de tempo, ao passo que recebem individualmente a dádiva da vida imortal nos céus. — 2 Tessalonicenses 1:7; 2 Pedro 3:11-14.
13. (a) Como devemos encarar os mil anos durante os quais os 144.000 governam, e por quê? (b) Como Pápias de Hierápolis encarava os mil anos? (Queira ver a nota na página 290.)
13 Reinarão e julgarão por mil anos. Trata-se de mil anos literais, ou devemos encará-los simbolicamente como um longo período indefinido? “Milhares” pode referir-se a um grande número indefinido, como em 1 Samuel 21:11. Mas aqui os “mil” são literais, visto que aparecem três vezes em Revelação 20:5-7 como “os mil anos”. Paulo chamou esse tempo de julgamento de “um dia”, ao declarar: “Ele [Deus] fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada.” (Atos 17:31) Visto que Pedro nos diz que para Jeová um só dia é como mil anos, é apropriado que esse Dia de Julgamento seja de mil anos literais.c — 2 Pedro 3:8.
Os Demais Mortos
14. (a) Que declaração João insere a respeito dos “demais mortos”? (b) De que modo as expressões feitas pelo apóstolo Paulo lançam uma luz sobre a expressão ‘passar a viver’?
14 No entanto, a quem julgarão esses reis se, conforme o apóstolo João aqui insere, “(os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos)”? (Revelação 20:5a) Novamente, a expressão “passaram a viver” tem de ser entendida em harmonia com o contexto. Essa expressão pode ter diversos sentidos, em diferentes circunstâncias. Por exemplo, Paulo disse a respeito de seus concristãos ungidos: “É a vós que Deus vivificou, embora estivésseis mortos nas vossas falhas e pecados.” (Efésios 2:1) Sim, os cristãos ungidos com o espírito foram ‘vivificados’, mesmo lá no primeiro século, sendo declarados justos à base da sua fé no sacrifício de Jesus. — Romanos 3:23, 24.
15. (a) Que posição perante Deus as testemunhas pré-cristãs de Jeová usufruíam? (b) Como é que as outras ovelhas ‘passam a viver’, e quando possuirão a Terra no sentido mais pleno?
15 De modo similar, as testemunhas pré-cristãs de Jeová foram declaradas justas quanto a ter amizade com Deus; e Abraão, Isaque e Jacó são mencionados como “vivos”, embora estivessem fisicamente mortos. (Mateus 22:31, 32; Tiago 2:21, 23) Todavia, eles e todos os outros que são ressuscitados, bem como a grande multidão de outras ovelhas fiéis que sobrevive ao Armagedom, e quaisquer filhos que lhes nasçam no novo mundo, ainda terão de ser elevados à perfeição humana. Isso será realizado por Cristo e seus reis e sacerdotes associados durante o Dia de Julgamento de mil anos, à base do sacrifício resgatador de Jesus. No fim daquele Dia, “os demais mortos” terão passado “a viver” no sentido de que serão humanos perfeitos. Conforme veremos, terão de passar então por uma prova final, mas enfrentarão essa prova como humanos aperfeiçoados. Ao passarem pela prova, Deus os declarará dignos de viver para sempre, justos no mais pleno sentido. Terão o pleno cumprimento da promessa: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” (Salmo 37:29) Que deleitoso futuro aguarda a humanidade obediente!
A Primeira Ressurreição
16. Como João descreve a ressurreição daqueles que reinam com Cristo, e por quê?
16 Voltando agora àqueles que “passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos”, João escreve: “Esta é a primeira ressurreição.” (Revelação 20:5b) Em que sentido é a primeira? Ela é a primeira ressurreição quanto ao tempo, porque aqueles que a terão são “primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Revelação 14:4) Ela é também primeira em importância, visto que aqueles que participam nela tornam-se corregentes de Jesus no seu Reino celestial e julgam os demais da humanidade. Por fim, é a primeira em qualidade. À parte do próprio Jesus Cristo, os levantados na “primeira ressurreição” são as únicas criaturas de que se fala na Bíblia como recebendo imortalidade. — 1 Coríntios 15:53; 1 Timóteo 6:16.
17. (a) Como João descreve a perspectiva bendita dos cristãos ungidos? (b) O que é “a segunda morte”, e por que ela “não tem autoridade” sobre os 144.000 vencedores?
17 Que bendita perspectiva têm esses ungidos! Conforme João declara: “Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade.” (Revelação 20:6a) Como Jesus prometera aos cristãos em Esmirna, esses vencedores, que participam na “primeira ressurreição”, não estarão em perigo de sofrer dano causado pela “segunda morte”, a qual significa o aniquilamento, a destruição, sem esperança de ressurreição. (Revelação 2:11; 20:14) A segunda morte ‘não terá autoridade’ sobre esses vencedores, porque eles se terão revestido de incorrupção e de imortalidade. — 1 Coríntios 15:53.
18. O que João diz agora a respeito dos novos governantes da Terra, e o que eles realizarão?
18 Quão diferentes dos reis da Terra durante o período de autoridade de Satanás! Esses têm governado no máximo por uns meros 50 ou 60 anos, e a grande maioria apenas por poucos anos. Muitos deles têm oprimido a humanidade. De qualquer modo, que proveito permanente poderiam as nações derivar de governantes em constante mudança, com políticas sempre diferentes? Em contraste, João diz a respeito dos novos governantes da Terra: “Mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.” (Revelação 20:6b) Junto com Jesus, constituirão o único governo durante mil anos. Seu serviço sacerdotal, na aplicação do mérito do perfeito sacrifício humano de Jesus, soerguerá os humanos obedientes à perfeição espiritual, moral e física. Seu serviço régio resultará no estabelecimento duma sociedade humana global que refletirá a justiça e a santidade de Jeová. Eles, como juízes por mil anos, junto com Jesus, orientarão amorosamente os humanos dóceis em direção ao alvo da vida eterna. — João 3:16.
A Prova Final
19. Qual será a condição da Terra e a condição da humanidade no fim do Reinado Milenar, e o que Jesus fará então?
19 Até o fim do Reinado Milenar, toda a Terra terá se tornado igual ao Éden original. Será um verdadeiro paraíso. A humanidade perfeita não mais precisará dum sumo sacerdote para interceder por ela perante Deus, visto que todos os vestígios do pecado de Adão terão sido eliminados e o último inimigo, a morte, terá sido reduzido a nada. O Reino de Cristo terá conseguido realizar o propósito de Deus, de criar um só mundo com um só governo. Nesse ponto, Jesus ‘entregará o reino ao seu Deus e Pai’. — 1 Coríntios 15:22-26; Romanos 15:12.
20. O que João nos diz sobre o que acontecerá quando chegar o tempo para a prova final?
20 Chega agora o tempo para uma prova final. Será que esse mundo aperfeiçoado da humanidade, em contraste com os primeiros humanos no Éden, se manterá firme na sua integridade? João informa-nos sobre o que acontece: “Ora, assim que tiverem terminado os mil anos, Satanás será solto de sua prisão, e ele sairá para desencaminhar aquelas nações nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de ajuntá-los para a guerra. O número destes é como a areia do mar. E avançaram sobre a largura da terra e cercaram o acampamento dos santos e a cidade amada.” — Revelação 20:7-9a.
21. Como Satanás agirá no seu último esforço, e por que não nos deve surpreender que alguns seguirão a Satanás, mesmo depois do Reinado Milenar?
21 Qual será o resultado do último esforço de Satanás? Ele engana “aquelas nações nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue”, e as conduz à “guerra”. Quem é que ousaria tomar o lado de Satanás depois de mil anos de alegre e edificante governo teocrático? Ora, não se esqueça de que Satanás conseguiu desencaminhar os perfeitos Adão e Eva, enquanto eles usufruíam a vida no Paraíso do Éden. E ele conseguiu desviar anjos celestiais, que haviam visto os maus resultados da rebelião original. (2 Pedro 2:4; Judas 6) De modo que não nos deve surpreender que alguns humanos perfeitos sejam engodados para seguir a Satanás mesmo depois de deleitosos mil anos de governo do Reino de Deus.
22. (a) O que a expressão “aquelas nações nos quatro cantos da terra” indica? (b) Por que os rebeldes são chamados de “Gogue e Magogue”?
22 A Bíblia chama esses rebeldes de “nações nos quatro cantos da terra”. Isso não significa que a humanidade terá sido novamente dividida em entidades nacionais mutuamente incompatíveis. Indica apenas que esses se separarão dos justos e leais de Jeová, e que manifestarão o mesmo espírito mau que as nações demonstram hoje. Eles ‘inventarão um ardil maligno’, assim como fez Gogue de Magogue na profecia de Ezequiel, com o objetivo de destruir o governo teocrático na Terra. (Ezequiel 38:3, 10-12) Por isso são chamados de “Gogue e Magogue”.
23. O que o fato de o número dos rebeldes ser “como a areia do mar” indica?
23 O número dos que se juntam a Satanás na sua revolta será “como a areia do mar”. Quantos serão? Não há número predeterminado. (Veja Josué 11:4; Juízes 7:12.) O número total, final, dos rebeldes dependerá de como cada pessoa reagirá aos ardis enganosos de Satanás. Sem dúvida, porém, haverá um número considerável, visto que se considerarão bastante fortes para vencer “o acampamento dos santos e a cidade amada”.
24. (a) O que é “a cidade amada”, e como pode ser cercada? (b) O que é representado pelo “acampamento dos santos”?
24 “A cidade amada” deve ser a cidade mencionada pelo glorificado Jesus Cristo aos seus seguidores, em Revelação 3:12, e que ele chama de “cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte do meu Deus”. Visto que ela é uma organização celestial, como podem essas forças terrestres ‘cercá-la’? No sentido de que cercam “o acampamento dos santos”. Qualquer acampamento se encontra fora duma cidade; portanto, “o acampamento dos santos” deve representar aqueles que estão na Terra, fora do lugar celestial da Nova Jerusalém, que lealmente apoiam o arranjo governamental de Jeová. Quando os rebeldes sob as ordens de Satanás atacarem esses fiéis, o Senhor Jesus considerará isso como um ataque contra ele mesmo. (Mateus 25:40, 45) “Aquelas nações” tentarão eliminar tudo o que a Nova Jerusalém celestial tiver realizado em tornar a Terra um paraíso. Portanto, ao atacarem “o acampamento dos santos”, eles também estarão atacando “a cidade amada”.
O Lago de Fogo e Enxofre
25. Como João descreve o resultado do ataque dos rebeldes contra “o acampamento dos santos”, e o que isso significará para Satanás?
25 Esse último esforço de Satanás será bem-sucedido? Certamente que não — assim como tampouco o será o ataque que Gogue de Magogue está prestes a lançar contra o Israel espiritual nos nossos dias! (Ezequiel 38:18-23) João descreve vividamente o resultado: “Mas desceu fogo do céu e os devorou. E o Diabo que os desencaminhava foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já estavam tanto a fera como o falso profeta.” (Revelação 20:9b-10a) Em vez de Satanás, a serpente original, ser apenas lançado no abismo, dessa vez ele será realmente esmagado, pulverizado, completamente aniquilado como que por fogo, deixando de existir.
26. Por que o “lago de fogo e enxofre” não pode ser um lugar literal de tormento?
26 Já notamos que o “lago de fogo e enxofre” não pode ser um literal lugar de tormento. (Revelação 19:20) Se Satanás tivesse de sofrer por toda a eternidade uma tortura agonizante, Jeová teria de preservá-lo vivo. No entanto, a vida é uma dádiva, não uma punição. A morte é a punição pelo pecado, e, segundo a Bíblia, as criaturas mortas não sentem nenhuma dor. (Romanos 6:23; Eclesiastes 9:5, 10) Além disso, lemos mais adiante que a própria morte, junto com o Hades, é lançada nesse mesmo lago de fogo e enxofre. A morte e o Hades certamente não podem sentir dor! — Revelação 20:14.
27. Como aquilo que aconteceu a Sodoma e Gomorra nos ajuda a entender a expressão lago de fogo e enxofre?
27 Tudo isso reforça o conceito de que o lago de fogo e enxofre é simbólico. Ademais, a menção de fogo e enxofre faz lembrar a sorte das antigas Sodoma e Gomorra, destruídas por Deus por causa da sua grave iniquidade. Quando o tempo delas chegou, “Jeová fez . . . chover enxofre e fogo sobre Sodoma e sobre Gomorra, da parte de Jeová, desde os céus”. (Gênesis 19:24) Aquilo que sobreveio àquelas duas cidades é chamado de “punição judicial do fogo eterno”. (Judas 7) Contudo, essas duas cidades não sofreram tormento eterno. Antes, elas foram eliminadas, obliteradas para sempre, junto com seus habitantes depravados. Essas cidades não existem hoje, e ninguém pode dizer com certeza onde elas se encontravam.
28. O que é o lago de fogo e enxofre, e em que sentido é dessemelhante da morte, do Hades e do abismo?
28 Em harmonia com isso, a própria Bíblia explica o sentido do lago de fogo e enxofre: “Este significa a segunda morte, o lago de fogo.” (Revelação 20:14) Trata-se evidentemente da mesma coisa que a Geena mencionada por Jesus, o lugar em que os iníquos são destruídos, não torturados, para sempre. (Mateus 10:28) É a destruição completa, total, sem esperança de ressurreição. Assim, ao passo que há chaves para a morte, para o Hades e para o abismo, não se faz menção duma chave para abrir o lago de fogo e enxofre. (Revelação 1:18; 20:1) Ele nunca soltará os seus cativos. — Veja Marcos 9:43-47.
Atormentados Dia e Noite, Para Todo o Sempre
29, 30. O que João diz sobre o Diabo, bem como sobre a fera e o falso profeta, e como se deve entender isso?
29 Referindo-se ao Diabo, bem como à fera e ao falso profeta, João nos diz agora: “E serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.” (Revelação 20:10b) O que significa isso? Conforme já mencionado, não é lógico dizer que símbolos, tais como a fera e o falso profeta, bem como a morte e o Hades, possam sofrer tortura de modo literal. Portanto, não temos nenhum motivo para crer que Satanás sofrerá por toda a eternidade. Ele será aniquilado.
30 A palavra grega usada aqui para “tormento”, ba·sa·ní·zo, significa primariamente “testar (metais) com a pedra de toque”. “Interrogar por meio de tortura” é outra acepção. (The New Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament) No contexto, o uso dessa palavra grega indica que aquilo que acontecerá a Satanás servirá para toda a eternidade como pedra de toque para a questão da legitimidade e da justiça do domínio de Jeová. Essa questão do domínio soberano terá sido resolvida de uma vez para sempre. Nunca mais terá de ser testado um desafio à soberania de Jeová por algum período extenso para mostrar que é errado. — Veja Salmo 92:1, 15.
31. Como duas palavras gregas, relacionadas com aquela que significa “tormento”, nos ajudam a entender a punição sofrida por Satanás, o Diabo?
31 Além disso, a palavra relacionada, ba·sa·ni·stés, “atormentador”, é usada na Bíblia para significar “carcereiro”. (Mateus 18:34, Interlinear do Reino, em inglês) Em harmonia com isso, Satanás será encarcerado para sempre no lago de fogo; ele nunca será solto. Finalmente, na versão Septuaginta, grega, que João conhecia bem, a palavra relacionada bá·sa·nos é usada para se referir à humilhação que leva à morte. (Ezequiel 32:24, 30) Isso nos ajuda a ver que a punição sofrida por Satanás é uma morte humilhante, eterna, no lago de fogo e enxofre. Suas obras morrem junto com ele. — 1 João 3:8.
32. Que punição os demônios sofrerão, e como sabemos isso?
32 Outrossim, nesse versículo não se mencionam os demônios. Serão eles soltos com Satanás no fim dos mil anos e sofrerão então a punição da morte eterna junto com ele? A evidência responde que sim. Na parábola das ovelhas e dos cabritos, Jesus disse que os cabritos iriam “para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. (Mateus 25:41) A expressão “fogo eterno” deve referir-se ao lago de fogo e enxofre no qual Satanás há de ser lançado. Os anjos do Diabo foram expulsos do céu junto com ele. Evidentemente, eles foram ao abismo com ele no começo do Reinado Milenar. De maneira coerente, pois, serão também destruídos com ele no lago de fogo e enxofre. — Mateus 8:29.
33. Que pormenor final de Gênesis 3:15 se cumprirá então, e que assunto o espírito de Jeová traz agora à atenção de João?
33 Dessa maneira, cumpre-se o último pormenor da profecia registrada em Gênesis 3:15. Quando Satanás for lançado no lago de fogo, ele ficará morto como uma serpente a que se esmigalhou a cabeça com um salto de ferro. Ele e seus demônios terão desaparecido para sempre. Não há mais menção deles no livro de Revelação. Agora, depois de profeticamente tê-los eliminado, o espírito de Jeová traz à atenção um assunto de premente interesse para aqueles que prezam a esperança terrestre: o que resultará para a humanidade do reinado celestial do “Rei dos reis” e “com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis”? (Revelação 17:14) Para responder, João nos leva novamente de volta ao começo do Reinado Milenar.
[Nota(s) de rodapé]
a Outros textos dizem que Jesus esteve no Hades enquanto morto. (Atos 2:31) No entanto, não devemos concluir disso que o Hades e o abismo sempre sejam a mesma coisa. Ao passo que a fera e Satanás vão ao abismo, fala-se apenas de humanos como indo ao Hades, onde dormem na morte até a sua ressurreição. — Jó 14:13; Revelação 20:13.
b O machado (em grego: pé·le·kus) parece ter sido o instrumento tradicional de execução em Roma, embora já nos dias de João em geral se usasse mais a espada. (Atos 12:2) Portanto, a palavra grega usada aqui, pe·pe·le·kis·mé·non (“executados com o machado”), significa simplesmente “executados”.
c É interessante notar que Eusébio, historiador do quarto século, relata que Pápias de Hierápolis, que se julga ter recebido parte de seu conhecimento bíblico de discípulos de João, o escritor de Revelação, acreditava num literal Reinado Milenar de Cristo (embora Eusébio discordasse fortemente dele). — The History of the Church (A História da Igreja), Eusébio, III, 39.
[Foto na página 293]
O Mar Morto. Possível localização de Sodoma e Gomorra
[Fotos na página 294]
“Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar”
-
-
O dia de julgamento de Deus — seu jubiloso resultado!Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 41
O dia de julgamento de Deus — seu jubiloso resultado!
Visão 15 — Revelação 20:11–21:8
Assunto: A ressurreição geral, o Dia de Julgamento, e as bênçãos de novos céus e uma nova terra
Tempo do cumprimento: O Reinado Milenar
1. (a) O que a humanidade perdeu quando Adão e Eva pecaram? (b) Que propósito de Deus não mudou, e como sabemos isso?
NÓS, como humanos, fomos criados para viver para sempre. Se Adão e Eva tivessem obedecido às ordens de Deus, eles nunca teriam morrido. (Gênesis 1:28; 2:8, 16, 17; Eclesiastes 3:10, 11) Mas, quando pecaram, perderam a perfeição e a vida tanto para si mesmos como para seus descendentes, e a morte passou a reinar sobre a humanidade como inimigo implacável. (Romanos 5:12, 14; 1 Coríntios 15:26) Não obstante, o propósito de Deus, de ter humanos perfeitos vivendo para sempre na Terra paradísica, não mudou. Por causa do seu grande amor à humanidade, ele enviou à Terra seu Filho unigênito, Jesus, o qual deu a sua vida humana perfeita como resgate para “muitos” dos descendentes de Adão. (Mateus 20:28; João 3:16) Jesus pode agora usar esse mérito legal do seu sacrifício para restituir aos humanos crentes a vida em perfeição numa Terra paradísica. (1 Pedro 3:18; 1 João 2:2) Que grandioso motivo para a humanidade ‘jubilar e alegrar-se’! — Isaías 25:8, 9.
2. O que João relata em Revelação 20:11, e o que é o “grande trono branco”?
2 Estando Satanás restrito ao abismo, começa o glorioso Reinado Milenar de Jesus. É agora o “dia” em que Deus “se propôs julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem a quem designou”. (Atos 17:31; 2 Pedro 3:8) João declara: “E eu vi um grande trono branco e o que estava sentado nele. De diante dele fugiam a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” (Revelação 20:11) O que é esse “grande trono branco”? Não pode ser outro senão o tribunal de “Deus, o Juiz de todos”. (Hebreus 12:23) Ele julgará agora a humanidade quanto a quem será beneficiado pelo sacrifício resgatador de Jesus. — Marcos 10:45.
3. (a) O que se indica por dizer-se que o trono de Deus é “grande” e “branco”? (b) Quem julgará no Dia de Julgamento, e à base de quê?
3 O trono de Deus é “grande”, enfatizando a grandiosidade de Jeová como Soberano Senhor, e é “branco”, o que traz à atenção sua impecável justiça. Ele é o derradeiro Juiz da humanidade. (Salmo 19:7-11; Isaías 33:22; 51:5, 8) Todavia, delegou a obra de julgar a Jesus Cristo: “O Pai não julga a ninguém, mas tem confiado todo o julgamento ao Filho.” (João 5:22) Jesus é acompanhado por seus 144.000 associados, sendo que “foi-lhes dado poder para julgar . . . por mil anos”. (Revelação 20:4) Mesmo assim, é pelas normas de Jeová que se decidirá o que acontecerá a cada indivíduo durante o Dia de Julgamento.
4. O que significa que “fugiam a terra e o céu”?
4 Em que sentido “fugiam a terra e o céu”? Trata-se do mesmo céu que se afastou como um rolo por ocasião da abertura do sexto selo — os poderes governantes, humanos, que “estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. (Revelação 6:14; 2 Pedro 3:7) A terra é o sistema organizado que existe sob essa governança. (Revelação 8:7) A destruição da fera e dos reis da Terra, e dos seus exércitos, junto com os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem, assinala a fuga desses céu e terra. (Revelação 19:19-21) Uma vez executado o julgamento na terra e no céu de Satanás, o Grande Juiz decreta outro Dia de Julgamento.
O Dia de Julgamento de Mil Anos
5. Depois da fuga da velha terra e do velho céu, quem resta para ser julgado?
5 Quem resta ser julgado depois da fuga da velha terra e do velho céu? Não o restante ungido dos 144.000, porque eles já foram julgados e selados. Se alguns dos ungidos ainda estiverem vivos na Terra após o Armagedom, terão de morrer pouco depois e receber sua recompensa celestial por meio da ressurreição. (1 Pedro 4:17; Revelação 7:2-4) Todavia, os milhões da grande multidão, que então já terão saído da grande tribulação, estarão conspicuamente em pé “diante do trono”. Esses já foram considerados justos para a sobrevivência por causa da sua fé no sangue derramado de Jesus, mas o julgamento deles tem de continuar durante os mil anos, ao passo que Jesus prossegue guiando-os a “fontes de águas da vida”. Daí, restabelecidos à perfeição humana e depois provados, serão declarados justos no mais pleno sentido. (Revelação 7:9, 10, 14, 17) Os filhos que sobreviverem à grande tribulação, e quaisquer filhos que nascerem aos da grande multidão durante o Milênio, terão de ser julgados similarmente durante os mil anos. — Veja Gênesis 1:28; 9:7; 1 Coríntios 7:14.
6. (a) Que aglomeração João observa, e o que é indicado pelas palavras “os grandes e os pequenos”? (b) Sem dúvida, como serão trazidos de volta os milhões de pessoas que estão na memória de Deus?
6 No entanto, João observa uma aglomeração de pessoas muito mais numerosa do que a da grande multidão sobrevivente. Seu número ascenderá a bilhões! “E eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se rolos.” (Revelação 20:12a) “Os grandes e os pequenos” abrangem os humanos de destaque, bem como os de menos destaque, que viveram e morreram na Terra durante os últimos 6.000 anos. No Evangelho que o apóstolo João escreveu pouco depois de Revelação, Jesus disse a respeito do Pai: “E deu-lhe [a Jesus] autoridade para julgar, porque é Filho do homem. Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão.” (João 5:27-29) Que projeto estupendo — anular as mortes e os sepultamentos ocorridos no decorrer de toda a história! Sem dúvida, esses incontáveis milhões que estão na memória de Deus serão gradualmente trazidos de volta, para que os da grande multidão — que em comparação são muito poucos — possam cuidar dos problemas que surjam por esses ressuscitados, no começo, talvez terem a tendência de seguir seu antigo estilo de vida, com as fraquezas e atitudes carnais deste.
Quem É Ressuscitado e Julgado?
7, 8. (a) Que rolo é aberto, e o que acontece depois? (b) Para quem não haverá ressurreição?
7 João acrescenta: “Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações. E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.” (Revelação 20:12b, 13) É deveras um espetáculo empolgante! ‘O mar, a morte e o Hades’ desempenham cada um o seu papel, mas note que esses termos não se excluem mutuamente.a Jonas, quando estava no ventre dum peixe e, portanto, no meio do mar, falou de si mesmo como estando no Seol, ou Hades. (Jonas 2:2) A pessoa que está nas garras da morte adâmica provavelmente também está no Hades. Essas palavras proféticas oferecem forte garantia de que ninguém passará despercebido.
8 Naturalmente, há um número desconhecido daqueles que não serão ressuscitados. Entre esses estariam os escribas e os fariseus impenitentes que rejeitaram a Jesus e os apóstolos, o religioso “homem que é contra a lei”, e cristãos ungidos “que se afastaram”. (2 Tessalonicenses 2:3; Hebreus 6:4-6; Mateus 23:29-33) Jesus falou também de pessoas caprinas, no fim do mundo, que irão “para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”, a saber, “para o decepamento eterno”. (Mateus 25:41, 46) Não haverá ressurreição para tais!
9. Como o apóstolo Paulo indica que alguns serão especialmente favorecidos na ressurreição, e quem está incluído entre esses?
9 Por outro lado, alguns serão especialmente favorecidos na ressurreição. O apóstolo Paulo indicou isso ao dizer: “Eu tenho esperança para com Deus . . . de que há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” (Atos 24:15) No que se refere à ressurreição terrestre, os “justos” incluirão homens e mulheres fiéis da antiguidade — Abraão, Raabe, e muitos outros — que foram declarados justos quanto a ter amizade com Deus. (Tiago 2:21, 23, 25) Nesse mesmo grupo estarão também aquelas outras ovelhas justas que morreram fiéis a Jeová nos tempos modernos. É provável que todos esses mantenedores da integridade sejam ressuscitados no início do Reinado Milenar de Jesus. (Jó 14:13-15; 27:5; Daniel 12:13; Hebreus 11:35, 39, 40) Sem dúvida, muitos desses justos ressuscitados receberão privilégios especiais de supervisão na enorme obra de restauração no Paraíso. — Salmo 45:16; veja Isaías 32:1, 16-18; 61:5; 65:21-23.
10. Dentre aqueles que hão de ser ressuscitados, quem são os “injustos”?
10 Quem, porém, são os “injustos” mencionados em Atos 24:15? Esses incluem as grandes massas da humanidade que faleceram no decorrer da história, especialmente os que viveram ‘em tempos de ignorância’. (Atos 17:30) Esses, por causa do lugar onde nasceram ou da época em que viveram, não tiveram nenhuma oportunidade de aprender a obediência à vontade de Jeová. Além disso, poderá haver alguns que ouviram a mensagem de salvação, mas não a aceitaram plenamente na época, ou que faleceram antes de progredir até a dedicação e o batismo. Na ressurreição, eles terão de fazer ajustes adicionais no seu modo de pensar e de viver, se hão de tirar proveito dessa oportunidade de obter a vida eterna.
O Rolo da Vida
11. (a) O que é “o rolo da vida”, e os nomes de quem são registrados nesse rolo? (b) Por que o rolo da vida será aberto durante o Reinado Milenar?
11 João fala do “rolo da vida”. Esse é um registro daqueles que têm a perspectiva de receber de Jeová a vida eterna. Os nomes dos irmãos ungidos de Jesus, da grande multidão e dos fiéis homens da antiguidade, tais como Moisés, foram registrados nesse rolo. (Êxodo 32:32, 33; Daniel 12:1; Revelação 3:5) Por enquanto, nenhum dos “injustos” ressuscitados tem seu nome inscrito no rolo da vida. De modo que o rolo da vida será aberto durante o Reinado Milenar para permitir que se inscrevam nele os nomes de outros que se tornam habilitados. Aqueles cujo nome não é inscrito no rolo, ou livro, da vida são ‘lançados no lago de fogo’. — Revelação 20:15; veja Hebreus 3:19.
12. O que determinará se a pessoa terá seu nome inscrito no rolo da vida que for aberto, e como o Juiz designado por Jeová deu o exemplo?
12 Então, que fator determinará se alguém terá seu nome inscrito no rolo da vida aberto naquele tempo? O fator-chave será o mesmo que o dos dias de Adão e Eva: a obediência a Jeová. Conforme o apóstolo João escreveu a amados concristãos: “O mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1 João 2:4-7, 17) Na questão da obediência, o Juiz designado por Jeová deu o exemplo: “Embora [Jesus] fosse Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu; e, depois de ter sido aperfeiçoado, tornou-se responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem.” — Hebreus 5:8, 9.
Abrem-se Outros Rolos
13. De que modo os ressuscitados terão de mostrar obediência e que princípios terão de seguir?
13 De que modo precisam esses ressuscitados demonstrar sua obediência? O próprio Jesus indicou os dois grandes mandamentos, dizendo: “O primeiro é: ‘Ouve, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová, e tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força.’ O segundo é este: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’” (Marcos 12:29-31) Precisam também seguir os bem estabelecidos princípios de Jeová, tais como repudiar o furto, a mentira, o assassinato e a imoralidade. — 1 Timóteo 1:8-11; Revelação 21:8.
14. Que outros rolos são abertos, e o que eles contêm?
14 No entanto, João acaba de mencionar outros rolos que serão abertos durante o Reinado Milenar. (Revelação 20:12) Quais são eles? Ocasionalmente, Jeová tem dado instruções específicas para determinadas situações. Por exemplo, nos dias de Moisés, ele proveu uma série detalhada de leis que significavam vida para os israelitas, se obedecessem a elas. (Deuteronômio 4:40; 32:45-47) Durante o primeiro século, deram-se novas instruções para ajudar os fiéis a seguir os princípios de Jeová sob o sistema cristão de coisas. (Mateus 28:19, 20; João 13:34; 15:9, 10) Agora, João relata que os mortos hão de ser “julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações”. Portanto, é evidente que a abertura desses rolos divulgará requisitos pormenorizados de Jeová para a humanidade durante os mil anos. Por aplicarem na sua vida os regulamentos e os mandamentos desses rolos, os humanos obedientes poderão prolongar seus dias, alcançando por fim a vida eterna.
15. Que espécie de campanha educativa será necessária durante o período da ressurreição, e como a ressurreição provavelmente ocorrerá?
15 Quanta necessidade haverá duma extensiva campanha de educação teocrática! Em 2005, as Testemunhas de Jeová dirigiram mundialmente, em média, 6.061.534 estudos bíblicos. Mas, durante a ressurreição, sem dúvida serão dirigidos incontáveis milhões de estudos, baseados na Bíblia e nos novos rolos! Todos os do povo de Deus terão de tornar-se instrutores e fazer empenho nesse sentido. Os ressuscitados, ao passo que progredirem, sem dúvida participarão nesse vasto programa de ensino. É provável que a ressurreição ocorra de modo tal que os vivos possam ter a alegria de acolher e instruir anteriores membros da família e conhecidos, os quais, por sua vez, poderão acolher e instruir mais outros. (Veja 1 Coríntios 15:19-28, 58.) Os mais de seis milhões de Testemunhas de Jeová, hoje ativas na divulgação da verdade, estão lançando um bom alicerce para os privilégios que esperam ter durante o período da ressurreição. — Isaías 50:4; 54:13.
16. (a) Os nomes de quem não serão inscritos no rolo, ou livro, da vida? (b) Quem são aqueles cuja ressurreição mostrará ser “de vida”?
16 Com respeito à ressurreição terrestre, Jesus disse que ‘os que fizeram boas coisas saem para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento’. Aqui são contrastados “vida” e “julgamento”, mostrando que os ressuscitados que “praticaram coisas ruins” depois de terem sido instruídos nas Escrituras inspiradas e nos rolos são julgados indignos da vida. Seus nomes não serão inscritos no rolo, ou livro, da vida. (João 5:29) Isso se aplicará também a todo aquele que antes seguiu um rumo fiel, mas que, por algum motivo, se desvia durante o Reinado Milenar. Nomes podem ser apagados. (Êxodo 32:32, 33) Por outro lado, aqueles que obedientemente seguirem as coisas escritas nos rolos manterão seus nomes incluídos no registro escrito, o rolo da vida, e continuarão a viver. Para eles, a ressurreição terá sido “de vida”.
O Fim da Morte e do Hades
17. (a) Que ação maravilhosa é descrita por João? (b) Quando o Hades é esvaziado? (c) Quando é que a morte adâmica é ‘lançada no lago de fogo’?
17 A seguir, João descreve algo realmente maravilhoso! “E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo. Outrossim, todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Revelação 20:14, 15) Ao fim do Dia de Julgamento milenar, “a morte e o Hades” serão completamente eliminados. Por que isso envolve mil anos? O Hades, a sepultura comum de toda a humanidade, é esvaziado quando o último daqueles que estão na memória de Deus for ressuscitado. Mas, enquanto houver humanos manchados pelo pecado herdado, ainda estarão sob a morte adâmica. Todos os ressuscitados na Terra, bem como os da grande multidão que sobreviveram ao Armagedom, terão de obedecer ao que está escrito nos rolos, até que o mérito do resgate de Jesus tenha sido aplicado para remover plenamente a doença, a velhice e outros defeitos herdados. Daí, a morte adâmica, junto com o Hades, serão “lançados no lago de fogo”. Terão desaparecido para sempre!
18. (a) Como o apóstolo Paulo descreve o êxito do reinado de Jesus? (b) O que Jesus faz com a aperfeiçoada família humana? (c) Que outras coisas ocorrem no fim dos mil anos?
18 Assim se completará o programa que o apóstolo Paulo descreve na sua carta aos coríntios: “Pois ele [Jesus] tem de reinar até que Deus lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. Como último inimigo, a morte [adâmica] há de ser reduzida a nada.” O que acontece então? “Quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará Àquele que lhe sujeitou todas as coisas.” Em outras palavras, Jesus irá “entregar o reino ao seu Deus e Pai”. (1 Coríntios 15:24-28) Sim, Jesus, depois de ter vencido a morte adâmica por meio do mérito do seu sacrifício resgatador, entregará a aperfeiçoada família humana ao seu Pai, Jeová. Evidentemente, é nesse ponto, no fim dos mil anos, que Satanás é solto e que se realiza a prova final, para determinar os nomes de quem continuarão permanentemente registrados no rolo da vida. ‘Esforce-se vigorosamente’ para que o seu nome esteja entre esses! — Lucas 13:24; Revelação 20:5.
[Nota(s) de rodapé]
a Os ressuscitados do mar não incluem os corruptos habitantes da Terra que pereceram no Dilúvio dos dias de Noé; aquela destruição foi definitiva, assim como será a execução do julgamento por Jeová na grande tribulação. — Mateus 25:41, 46; 2 Pedro 3:5-7.
[Foto na página 298]
Os “injustos” ressuscitados, que obedecerem aos rolos abertos durante o Reinado Milenar, também poderão ter seu nome inscrito no rolo da vida
-
-
Um novo céu e uma nova terraRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
-
-
Capítulo 42
Um novo céu e uma nova terra
1. O que João descreve ao passo que o anjo o leva de volta ao início do Reinado Milenar?
ESTA gloriosa visão continua a desenrolar-se ao passo que o anjo leva João de volta ao início do Reinado Milenar. O que ele descreve? “E eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é.” (Revelação 21:1) Apresenta-se um panorama cativante!
2. (a) Como a profecia de Isaías a respeito de novos céus e uma nova terra se cumpriu nos judeus restabelecidos em 537 AEC? (b) Como sabemos que haverá uma aplicação adicional da profecia de Isaías, e como essa promessa se cumpre?
2 Centenas de anos antes dos dias de João, Jeová dissera a Isaías: “Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração.” (Isaías 65:17; 66:22) Essa profecia cumpriu-se inicialmente quando os judeus fiéis voltaram para Jerusalém, em 537 AEC, depois dum exílio de 70 anos em Babilônia. Naquele restabelecimento, eles constituíam uma sociedade purificada, “uma nova terra”, sob um novo sistema governamental, “novos céus”. O apóstolo Pedro, porém, apontou para uma aplicação adicional desta profecia, dizendo: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (2 Pedro 3:13) João mostra agora que essa promessa se cumpre durante o dia do Senhor. “O céu anterior e a terra anterior”, o organizado sistema de coisas de Satanás, com sua estrutura governamental influenciada por Satanás e seus demônios, desaparecerá. O turbulento “mar” da humanidade iníqua e rebelde deixará de existir. No seu lugar haverá “um novo céu e uma nova terra” — uma nova sociedade terrestre sob um novo governo, o Reino de Deus. — Veja Revelação 20:11.
3. (a) O que João descreve, e o que é a Nova Jerusalém? (b) Como é que a Nova Jerusalém ‘desce do céu’?
3 João prossegue: “Vi também a cidade santa, Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido.” (Revelação 21:2) A Nova Jerusalém é a noiva de Cristo, composta dos cristãos ungidos que permanecem fiéis até a morte e que são ressuscitados para se tornarem reis e sacerdotes junto com o glorificado Jesus. (Revelação 3:12; 20:6) Assim como a Jerusalém terrestre se tornou a sede do governo no Israel antigo, assim a magnífica Nova Jerusalém e seu Noivo constituem o governo do novo sistema de coisas. Este é o novo céu. A ‘noiva desce do céu’, não em sentido literal, mas no sentido de fixar a atenção na Terra. A noiva do Cordeiro há de ser sua ajudadora leal em gerir um governo justo sobre toda a humanidade. É deveras uma bênção para a nova terra!
4. Que promessa similar àquela feita à recém-formada nação de Israel é feita por Deus?
4 João nos diz adicionalmente: “Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles.’” (Revelação 21:3) Quando Jeová fez o pacto da Lei com a então nova nação de Israel, ele prometeu: “Hei de pôr meu tabernáculo no vosso meio e minha alma não vos abominará. E deveras andarei no vosso meio e mostrarei ser vosso Deus, e vós, da vossa parte, mostrareis ser meu povo.” (Levítico 26:11, 12) Agora, Jeová faz uma promessa similar aos humanos fiéis. Durante o Dia de Julgamento de mil anos, eles se tornarão um povo muito especial para ele.
5. (a) Como Deus residirá com a humanidade durante o Reinado Milenar? (b) Como Deus residirá entre a humanidade depois do Reinado Milenar?
5 Durante o Reinado Milenar, Jeová “residirá” no meio da humanidade num arranjo temporário, estando representado por seu Filho régio, Jesus Cristo. No fim do Reinado Milenar, porém, quando Jesus entregar o Reino ao seu Pai, não haverá necessidade de um representante ou intercessor régio. Jeová residirá espiritualmente com “os seus povos” de maneira permanente e direta. (Veja João 4:23, 24.) Que elevado privilégio para a humanidade restabelecida!
6, 7. (a) Que grandiosas promessas João revela, e quem usufruirá as bênçãos? (b) Como Isaías descreve um paraíso que é tanto espiritual como literal?
6 João prossegue, dizendo: “E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (Revelação 21:4) Novamente, trazem-se à nossa lembrança anteriores promessas inspiradas. Isaías também aguardava o tempo em que não haveria mais morte, nem pranto, e em que o pesar seria substituído pela exultação. (Isaías 25:8; 35:10; 51:11; 65:19) João confirma agora que essas promessas têm um maravilhoso cumprimento durante o Dia de Julgamento de mil anos. As bênçãos serão primeiro usufruídas pelos da grande multidão. “O Cordeiro, que está no meio do trono”, continuando a pastoreá-los, “os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles”. (Revelação 7:9, 17) Mas, finalmente, todos os ressuscitados que exercerem fé nas provisões de Jeová estarão ali junto com eles, usufruindo um paraíso tanto espiritual como literal.
7 “Naquele tempo”, diz Isaías, “abrir-se-ão os olhos dos cegos e destapar-se-ão os próprios ouvidos dos surdos”. Sim, “naquele tempo o coxo estará escalando como o veado e a língua do mudo gritará de júbilo”. (Isaías 35:5, 6) Naquele tempo, também, “hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos”. (Isaías 65:21, 22) De modo que não serão desarraigados da Terra.
8. O que o próprio Jeová diz com respeito à fidedignidade dessas grandiosas promessas?
8 Que vislumbres magníficos nos enchem a mente ao passo que meditamos nessas promessas! Provisões maravilhosas aguardam a humanidade fiel sob o amoroso governo do céu. São essas promessas boas demais para ser verídicas? Trata-se apenas de sonhos dum velho, exilado na ilha de Patmos? O próprio Jeová responde: “E O que estava sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas.’ Ele diz também: ‘Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.’ E ele me disse: ‘Estão feitas! Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.’” — Revelação 21:5, 6a.
9. Por que o cumprimento dessas bênçãos futuras pode ser encarado como absolutamente certo?
9 É como se o próprio Jeová assinasse uma fiança, ou um título de propriedade, para a humanidade fiel, referente a essas bênçãos futuras. Quem se atreve a questionar tal Fiador? Ora, essas promessas de Jeová são tão certas, que ele fala como se já se tivessem cumprido: “Estão feitas!” Não é Jeová “o Alfa e o Ômega . . . , Aquele que é, e que era, e que vem, o Todo-poderoso”? (Revelação 1:8) De fato, ele o é! Ele mesmo declara: “Sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus.” (Isaías 44:6) Como tal, ele pode inspirar profecias e cumpri-las em todos os pormenores. Quanto isso fortalece a fé! De modo que ele promete: “Eis que faço novas todas as coisas”! Em vez de questionar se essas maravilhas realmente vão acontecer, certamente deveríamos perguntar-nos: ‘O que eu mesmo preciso fazer para herdar tais bênçãos?’
“Água” Para os Sedentos
10. Que “água” Jeová oferece, e o que é representado por ela?
10 É o próprio Jeová quem declara: “A todo aquele que tiver sede darei gratuitamente da fonte da água da vida.” (Revelação 21:6b) Para saciar essa sede, a pessoa tem de estar cônscia da sua necessidade espiritual e estar disposta a aceitar a “água” que Jeová provê. (Isaías 55:1; Mateus 5:3) Que “água”? O próprio Jesus respondeu a essa pergunta quando deu testemunho a uma mulher junto a uma fonte em Samaria. Ele lhe disse: “Quem beber da água que eu lhe der, nunca mais ficará com sede, mas a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que borbulha para dar vida eterna.” Essa “fonte de água da vida” flui de Deus por meio de Cristo como Sua provisão para restabelecer a humanidade em perfeição de vida. Iguais à mulher samaritana, quão ávidos devemos nós estar para beber fartamente dessa fonte! E, iguais àquela mulher, quão dispostos devemos estar de largar os interesses mundanos a favor de divulgar a outros as boas novas! — João 4:14, 15, 28, 29.
Aqueles Que Vencem
11. Que promessa Jeová faz, e a quem essas palavras se aplicam primeiro?
11 Aqueles que bebem dessa “água” refrescante devem também vencer, conforme Jeová prossegue dizendo: “Todo aquele que vencer herdará estas coisas, e eu serei o seu Deus e ele será o meu filho.” (Revelação 21:7) Essa promessa é similar às promessas encontradas nas mensagens às sete congregações; portanto, essas palavras devem aplicar-se em primeiro lugar a discípulos ungidos. (Revelação 2:7, 11, 17, 26-28; 3:5, 12, 21) Os irmãos espirituais de Cristo, no decorrer dos séculos, têm ansiosamente aguardado o privilégio de fazer parte da Nova Jerusalém. Se vencerem, assim como Jesus venceu, cumprir-se-ão as suas esperanças. — João 16:33.
12. Como a promessa de Jeová em Revelação 21:7 se cumprirá para com os da grande multidão?
12 Os da grande multidão de todas as nações também aguardam o cumprimento dessa promessa. Eles também têm de vencer, servindo lealmente a Deus até saírem da grande tribulação. Daí entrarão na sua herança terrestre, ‘o reino preparado para eles desde a fundação do mundo’. (Mateus 25:34) Estes e outros das ovelhas terrestres do Senhor, que passarem com êxito pela prova no fim dos mil anos, serão chamados de “santos”. (Revelação 20:9) Usufruirão uma relação sagrada e filial com seu Criador, Jeová Deus, como membros da Sua organização universal. — Isaías 66:22; João 20:31; Romanos 8:21.
13, 14. Que práticas temos de evitar resolutamente para herdar as grandiosas promessas de Deus, e por quê?
13 Em vista dessa grandiosa perspectiva, quão importante é que as Testemunhas de Jeová permaneçam agora limpas das coisas degradantes do mundo de Satanás! Precisamos ser fortes, resolutos e determinados a que o Diabo nunca nos rebaixe arrastando-nos para o grupo que o próprio Jeová aqui descreve: “Mas, quanto aos covardes, e aos que não têm fé, e aos que são repugnantes na sua sujeira, e aos assassinos, e aos fornicadores, e aos que praticam o espiritismo, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, terão o seu quinhão no lago que queima com fogo e enxofre. Este significa a segunda morte.” (Revelação 21:8) Sim, o prospectivo herdeiro tem de evitar as práticas que sujaram este velho sistema de coisas. Ele tem de vencer por permanecer fiel apesar de toda pressão e tentação. — Romanos 8:35-39.
14 Embora a cristandade afirme ser a noiva de Cristo, ela é caracterizada pelas práticas repugnantes que João aqui descreve. De modo que ela vai para a destruição eterna junto com o restante de Babilônia, a Grande. (Revelação 18:8, 21) Do mesmo modo, quaisquer dos ungidos ou da grande multidão que adotarem a prática de tais transgressões, ou começarem a incentivar outros a praticá-las, enfrentarão a destruição eterna. Se persistirem nessas ações, não herdarão as promessas. E, na nova terra, quaisquer que tentarem introduzir tais práticas serão logo destruídos, sofrendo a segunda morte, sem esperança de ressurreição. — Isaías 65:20.
15. Quem se destaca como vencedor, e com que visão Revelação é levada a um clímax sublime?
15 Quem se destaca como vencedor são o Cordeiro, Jesus Cristo, e sua noiva de 144.000, a Nova Jerusalém. Quão apropriado é, então, que Revelação seja levada a um clímax sublime por uma derradeira vista transcendente da Nova Jerusalém! João descreve agora uma última visão.
[Fotos na página 302]
Na sociedade da nova terra haverá trabalho e associação alegres para todos
-