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    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • EFÉSIOS, CARTA AOS

      Livro das Escrituras Gregas Cristãs, escrito por volta de 60-61 EC pelo apóstolo Paulo durante seu encarceramento em Roma. (Ef 1:1; 3:1; 4:1; 6:20) Foi levada à congregação de Éfeso por Tíquico (Ef 6:21, 22), a quem Paulo também usou para entregar uma carta aos colossenses. (Col 4:7-9) Visto que a carta aos colossenses foi escrita aproximadamente na mesma época em que Paulo escreveu aos cristãos efésios, existem diversas similaridades entre Efésios e Colossenses. Segundo Charles Smith Lewis, “dos 155 versículos em Ef[ésios], 78 podem ser encontrados em Col[ossenses] em diversos graus de igualdade”. (The International Standard Bible Encyclopaedia [A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional], editada por J. Orr, 1960, Vol. II, p. 959) Sem dúvida, as condições em Colossos eram de alguma maneira semelhantes às em Éfeso, e Paulo achou por bem dar o mesmo tipo de conselho.

      Por Que Apropriada para os Cristãos Efésios. Um papiro Chester Beatty (P46), bem como as versões originais do Manuscrito Vaticano N.º 1209 e do Manuscrito Sinaítico, omitem as palavras “em Éfeso”, do capítulo 1, versículo 1. Todavia, estas palavras são encontradas em outros manuscritos e em todas as versões antigas. Ainda mais, os primeiros escritores eclesiásticos aceitaram-na como a carta aos efésios. Embora alguns tenham pensado que esta carta seja a mencionada como a enviada a Laodiceia (Col 4:16), deve-se notar que nenhum manuscrito antigo contém as palavras “a Laodiceia”, e Éfeso é a única cidade mencionada ali em qualquer dos manuscritos desta carta.

      Conselho sobre materialismo. Adicionalmente, um exame do conteúdo da carta aos efésios mostra que Paulo tinha em mente os cristãos em Éfeso; e seu conselho era especialmente apropriado em vista das circunstâncias prevalecentes em Éfeso, a cidade mais importante da província romana da Ásia. Por exemplo, Éfeso era conhecida como cidade fabulosamente rica, e havia a tendência de encarar as riquezas mundanas como a coisa mais importante. Na sua carta, porém, Paulo acentua as verdadeiras riquezas — “as riquezas de sua benignidade imerecida”, “as gloriosas riquezas” que Deus oferece como herança para os santos, “as riquezas sobrepujantes de sua benignidade imerecida”, as “riquezas insondáveis do Cristo” e ‘as riquezas da glória de Deus’. (Ef 1:7, 18; 2:7; 3:8, 16) Isto ajudaria os cristãos efésios a adquirir um conceito correto sobre as riquezas.

      Eliminação da imoralidade. Éfeso era também cidade notória por sua licenciosidade e conduta desenfreada, sua crassa imoralidade. Consequentemente, Paulo, o apóstolo, estendeu-se sobre isso enfaticamente como uma das características da velha personalidade e disse que os cristãos precisam despojar-se da velha personalidade e revestir-se da “nova personalidade”. A dissoluta situação moral em Éfeso provocava entre os habitantes muita conversa a respeito da libertinagem sexual, não para condená-la, mas para regalar-se com ela; e os cristãos, aconselha Paulo, não devem ser semelhantes a tais pessoas, deleitando-se em conversar sobre a fornicação e contando piadas obscenas. — Ef 4:20-24; 5:3-5.

      Contraste entre templos. A ilustração de Paulo a respeito de um templo espiritual também era muito apropriada para a congregação cristã que vivia à sombra do espantoso templo pagão de Ártemis, que era considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ao passo que “todo o distrito da Ásia e a terra habitada” prestavam adoração a Ártemis e estimavam muito o famoso templo em Éfeso, os cristãos ungidos constituem um “templo santo”, no qual Jeová habita por meio do seu espírito. — At 19:27; Ef 2:21.

      Visto que o templo de Ártemis era um refúgio, incentivavam-se os crimes, e a população criminosa de Éfeso aumentava. Ninguém dentro dos limites de certa área em volta de seus muros podia ser preso por qualquer crime que fosse. O resultado foi que se formou um aglomerado de ladrões, assassinos e pessoas dessa laia em volta do templo. As palavras de Paulo a respeito do furto, bem como da amargura maldosa, de brados e de injúrias, portanto, não deixavam de ter seu propósito. — Ef 4:25-32.

      Prática do demonismo. Éfeso era o centro de todos os tipos de demonismo. Efetivamente, a cidade era conhecida em todo o mundo por suas muitas formas de magia. Os demônios, pois, estavam especialmente ativos em Éfeso, e, sem dúvida, para contrabalançar a influência da magia e da feitiçaria, e para ajudar os efésios de coração reto a se livrarem de tais práticas demoníacas, Paulo realizou milagres por meio do espírito de Deus; estes até mesmo incluíam a expulsão de espíritos iníquos. — At 19:11, 12.

      Mostrando quão saturada de magia Éfeso estava e quão apropriado era o conselho de Paulo a respeito de lutar contra espíritos iníquos, existem os seguintes pontos:

      As “letras efésias” eram famosas em todo o mundo. “Parecem ter consistido em determinadas combinações de letras ou de palavras, que, ao serem pronunciadas com certa entonação de voz, eram, segundo se cria, eficazes em expelir doenças, ou maus espíritos; ou que, ao serem escritas em pergaminho e usadas, supunha-se funcionarem quais amuletos, ou fetiches, para proteção contra os maus espíritos ou contra o perigo. Assim, Plutarco (Simpósio 7) diz: ‘Os mágicos compelem os possuídos por um demônio a recitar e a pronunciar eles mesmos as letras efésias, numa certa ordem.’” — Notes, Explanatory and Practical, on the Acts of the Apostles (Notas, Explicativas e Práticas, sobre os Atos dos Apóstolos), de A. Barnes, 1858, p. 264.

      Inscrições descobertas nas ruínas de Éfeso indicam a densa escuridão mental na qual os efésios viviam e por que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos daquela cidade ‘que não mais andassem assim como também as nações andam na improficuidade das suas mentes, ao passo que estão mentalmente em escuridão’. (Ef 4:17, 18) As inscrições em muros e edifícios revelam que a população governava sua vida por meio de superstições, adivinhação e busca de presságios.

      Por causa da pregação de Paulo, das obras milagrosas que realizou e do malogro dos exorcistas judeus, um bom número de efésios se tornou cristão. Sem dúvida, muitas dessas pessoas se haviam empenhado antes em alguma forma de prática de magia, pois o relato bíblico diz: “Um número considerável dos que haviam praticado artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram diante de todos. E calcularam os preços deles e acharam que valiam cinquenta mil moedas de prata [se denários: US$ 37.200].” (At 19:19) Em vista de tal prevalência da magia em Éfeso e da prática de muitas formas de demonismo, foi muito apropriado que Paulo desse aos cristãos efésios excelente conselho sobre combater as forças espirituais iníquas por se revestirem da “armadura completa de Deus”. Sem dúvida, alguns daqueles que se livraram da prática de magia seriam molestados pelos demônios, e o conselho de Paulo os ajudaria a resistir aos espíritos iníquos. Deve-se notar que a destruição de tais livros relacionados com o demonismo foi uma das primeiras coisas que aqueles cristãos primitivos fizeram, estabelecendo um padrão para os que atualmente desejam livrar-se da influência ou da molestação demoníaca. — Ef 6:11, 12.

      O papel de Cristo. Por causa da gloriosa esperança que se lhes oferecia como coerdeiros de Cristo, era bem apropriado que Paulo também escrevesse aos cristãos efésios que Cristo foi elevado “muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir”. (Ef 1:21) Nesta carta, Paulo atinge apogeus de grandiosidade ao descrever a posição enaltecida de Jesus Cristo e a dádiva da benignidade imerecida de Deus com amor, sabedoria e misericórdia para com os trazidos à unidade com eles. A descrição da maneira em que todas as coisas no céu e na Terra serão unificadas sob Cristo, e a introdução tanto de judeus como de gentios na congregação, como “um novo homem”, é a explicação mais completa encontrada na Bíblia a respeito do “segredo sagrado” de Deus, revelado nas boas novas a respeito do Cristo. — Ef 2:15.

      [Quadro na página 761]

      DESTAQUES DE EFÉSIOS

      Carta que chama atenção para uma administração que resulta em paz e união com Deus, por meio de Jesus Cristo.

      Enquanto Paulo era prisioneiro em Roma, ele escreveu esta carta à congregação em Éfeso, uma cidade portuária na costa O da Ásia Menor.

      O propósito de Deus, de trazer paz e união por meio de Jesus Cristo.

      Deus, expressando grande benignidade imerecida, predeterminou que alguns humanos fossem adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo. (1:1-7)

      Deus se propôs ter uma administração (um modo de gerenciar os assuntos da sua família), por meio da qual, mediante Cristo, uniria consigo mesmo os escolhidos para estarem nos céus e os que viveriam na terra. (1:8-14)

      Paulo ora para que os efésios realmente entendam e avaliem a maravilhosa provisão feita para eles por Deus, por meio de Cristo. (1:15-23; 3:14-21)

      Aqueles a quem se concedem elevadas designações em conexão com Cristo estavam anteriormente mortos no pecado; sua salvação é uma dádiva de Deus, não uma remuneração por obras feitas. (2:1-10)

      Por meio de Cristo, aboliu-se a lei e lançou-se a base para judeus e gentios se tornarem um só corpo, membros da família de Deus, templo para Deus habitar por espírito. (2:11–3:7)

      Os tratos de Deus com a congregação revelam, mesmo aos em lugares celestiais, a diversidade da Sua sabedoria. (3:8-13)

      Fatores unificadores providos por Deus: Um só corpo espiritual constituindo a congregação, um só espírito santo, uma só esperança, um só Senhor Jesus Cristo, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai. (4:1-6)

      Dádivas em homens providas por Cristo ajudam todos a alcançar a unidade na fé; o corpo inteiro, sob ele como cabeça, funciona harmoniosamente por se falar a verdade e se manifestar amor. (4:7-16)

      Revistam-se da nova personalidade, em harmonia com os ensinos e os exemplos de Cristo.

      Não as nações, mas Cristo é o exemplo a seguir; isto requer uma nova personalidade. (4:17-32)

      Imitem a Deus; manifestem a espécie de amor que Cristo manifestou. (5:1, 2)

      Evitem linguagem e conduta imorais; andem como filhos da luz. (5:3-14)

      Comprem o tempo; usem-no para louvar a Jeová. (5:15-20)

      Com profundo respeito por Cristo, manifestem a devida sujeição a maridos, pais, amos; mostrem consideração amorosa para com aqueles sob os seus cuidados. (5:21–6:9)

      Revistam-se da completa armadura espiritual, a fim de se manter firme contra as artimanhas do Diabo.

      Temos uma pugna contra forças espirituais iníquas; a ajuda divina pode habilitar-nos a resistir a esses perturbadores da paz e união. (6:10-13)

      A armadura espiritual da parte de Deus dá proteção total; usem-na bem e orem fervorosamente, incluindo todos os santos nas suas súplicas. (6:14-24)

  • Éfeso
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • ÉFESO

      Antigamente, rico e importante centro religioso e comercial na costa O da Ásia Menor, quase defronte da ilha de Samos. Éfeso fora construída nas encostas e ao sopé de várias colinas, as principais das quais eram o monte Piom e o monte Coressos. Este porto ficava na principal rota comercial que ia de Roma para o Oriente. Sua localização próxima ao estuário do rio Caister, com acesso às bacias dos rios Gediz (antigo Hermus) e Menderes (antigo Meandro), colocava a cidade na junção das rotas comerciais terrestres da Ásia Menor. Havia estradas que ligavam Éfeso às principais cidades do distrito da Ásia.

      Os escritos de Plínio, o Velho, autor romano do primeiro século, e de Estrabão, antigo geógrafo grego, deram origem ao conceito de que, outrora, um golfo do mar Egeu se estendia até Éfeso, mas que a faixa costeira gradualmente avançou em direção ao mar, pois agora as ruínas da cidade acham-se a vários quilômetros do litoral. No entanto, o escavador J. T. Wood, à base das suas descobertas em Éfeso, concluiu que a cidade antigamente jazia a 6,5 km do mar Egeu. Se isto for correto, então, no tempo de Paulo, os navios devem ter subido pelo estuário do rio Caister e chegado a uma baía interiorana, mantida navegável por meio de constante dragagem. No decorrer dos séculos, porém, a baía e o estuário do rio ficaram assoreados de sedimentos depositados pelo Caister.

      Templo de Ártemis. O edifício mais notável da cidade era o templo de Ártemis, classificado pelos antigos como uma das sete maravilhas do mundo. O templo que existia no primeiro século EC, quando o apóstolo Paulo visitou Éfeso, tinha sido reconstruído segundo o projeto do anterior templo jônico, que se diz ter sido incendiado por Eróstrato em 356 AEC.

      Segundo as escavações feitas no sítio na última metade do século 19, o templo foi erguido sobre uma plataforma de uns 73 m de largura e 127 m de comprimento. O próprio templo tinha aproximadamente 50 m de largura e 105 m de comprimento. Continha 100 colunas de mármore, cada uma elevando-se a quase 17 m. As colunas tinham 1,8 m de diâmetro na base, e, pelo menos algumas delas, eram esculpidas até uma altura de uns 6 m. O santuário interior do templo tinha uns 21 m de largura e 32 m de comprimento. O altar quadrado dentro dele tinha cerca de 6 m de cada lado, e a imagem de Ártemis talvez ficasse logo atrás desse altar.

      Os fragmentos encontrados indicam que cores brilhantes e esculturas adornavam o templo. Grandes telhas de mármore branco cobriam o telhado. Em vez de argamassa, diz-se que se usou ouro nas juntas dos blocos de mármore.

      Estádio; Teatro. Cerca de 1,5 km ao SO do templo de Ártemis havia um estádio que fora reconstruído sob Nero (54-68 EC). Este era provavelmente o lugar das competições atléticas, e, possivelmente, também de lutas gladiatoriais. Se a declaração do apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15:32, sobre lutar com feras em Éfeso, deve ser entendida literalmente, ele talvez tivera de se defender de feras neste estádio.

      [Foto na página  763]

      Relevo que mostra homens lutando com feras, possivelmente no estádio de Éfeso.

      O teatro em que os efésios se amotinaram, instigados por Demétrio, ficava a menos de 800 m ao S do estádio. Este teatro se encontrava numa depressão do monte Piom. (At 19:23-41) Sua fachada era adornada de pilares, de nichos e de excelentes estátuas. Os assentos de mármore para os espectadores estavam dispostos em um semicírculo de 66 fileiras; nestes, segundo calculado, cabiam cerca 25.000 pessoas. As propriedades acústicas do teatro eram excelentes. Mesmo hoje, uma palavra proferida em tom baixo, no local do palco, pode ser ouvida nos assentos mais elevados. — FOTO, Vol. 2, p. 748.

      Na frente do teatro havia uma larga estrada pavimentada de mármore, que ia direto para a baía. Esta rua tinha cerca de 500 m de extensão e uns 11 m de largura. Colunatas de 4,5 m de fundo perfilavam-se em ambos os lados desta rua, e por trás delas havia lojas e outros prédios. Um portal monumental ocupava cada extremo da rua.

      Ministério de Paulo em Éfeso. Foi a Éfeso, encruzilhada do mundo antigo, que o apóstolo Paulo chegou acompanhado de Áquila e de Priscila, provavelmente em 52 EC. Paulo dirigiu-se imediatamente à sinagoga judaica para pregar. No entanto, embora lhe solicitassem que permanecesse por mais tempo, o apóstolo partiu de Éfeso, declarando que voltaria, se fosse a vontade de Jeová. (At 18:18-21) Áquila e Priscila, que permaneceram em Éfeso, conheceram Apolo, um judeu de Alexandria, no Egito, que só estava familiarizado com o batismo de João, e eles “expuseram-lhe mais corretamente o caminho de Deus”. — At 18:24-26.

      Quando Paulo retornou a Éfeso, provavelmente lá pelo inverno setentrional de 52/53 EC, encontrou diversos homens batizados com o batismo de João. Ao esclarecer a questão do batismo a eles, foram rebatizados. (At 19:1-7) Desta vez, Paulo ensinou na sinagoga judaica por três meses. Mas quando surgiu oposição, passou para o auditório da escola de Tirano, junto com os que se haviam tornado crentes; ali discursou diariamente por dois anos. (At 19:8-10) Além disso, Paulo pregava extensivamente de casa em casa. — At 20:20, 21.

      A pregação de Paulo, acompanhada de curas miraculosas e da expulsão de demônios, moveu muitos efésios a se tornarem crentes. Também, a tentativa malsucedida de exorcismar, feita pelos sete filhos de certo sacerdote principal judeu, chamado Ceva, suscitou muito interesse. Ex-praticantes das artes mágicas queimaram publicamente seus livros, que tinham um valor total de 50.000 peças de prata (se foram denários, US$ 37.200). (At 19:11-20) Éfeso era tão renomada pelas artes mágicas, que os escritores gregos e romanos se referiram a livros, ou rolos, de fórmulas e encantamentos mágicos como “escritos efésios”.

      Visto que muitos efésios haviam abandonado a adoração de Ártemis, o prateiro Demétrio indicou a seus colegas artífices que a pregação de Paulo constituía uma ameaça para sua profissão, e também punha em perigo a adoração de Ártemis. Enraivecidos, os prateiros gritaram: “Grande é a Ártemis dos efésios!” A cidade ficou conturbada, culminando com um motim de duas horas num teatro capaz de acomodar uns 25.000 espectadores. — At 19:23-41.

      Depois disso, Paulo partiu de Éfeso. Mais tarde, de Mileto, mandou chamar os anciãos da congregação de Éfeso, recapitulou seu próprio ministério no distrito da Ásia e deu-lhes instruções sobre como cuidar dos seus deveres. (At 20:1, 17-38) Sua referência, naquela ocasião, aos “três anos” gastos em Éfeso deve ser, evidentemente, considerada como número redondo. — At 20:31; compare isso com At 19:8, 10.

      Com o passar dos anos, os cristãos em Éfeso tiveram de suportar muita coisa. No entanto, alguns deveras perderam o amor que tinham no início. — Re 2:1-6; veja ÁRTEMIS; DEMÉTRIO N.º 1; EFÉSIOS, CARTA AOS.

  • Eflal
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • EFLAL

      [possivelmente: Arbitrador].

      Filho de Zabade, da família de Jerameel, e pai de Obede. Eflal era descendente de Peres, filho de Judá e Tamar. Seu trisavô era Jara, servo egípcio na casa de Sesã. Jara recebeu por esposa a filha de Sesã. — 1Cr 2:4, 5, 9, 25, 34-37.

  • Éfode, I
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • ÉFODE, I

      Veste sacerdotal. O éfode especial a ser usado pelo sumo sacerdote acha-se descrito em pormenores nas instruções que Deus deu a Moisés. (ILUSTRAÇÃO, Vol. 1, p. 539) Era, pelo que parece, uma veste tipo avental, feita de “ouro, de linha azul e de lã tingida de roxo, de fibras carmíneas e de linho fino retorcido, trabalho de bordador”. Consistia em frente e costas, unidas nos ombros. Havia ‘nele’ um cinto do mesmo material, talvez preso ao éfode, amarrando-o em torno da cintura. Em engastes de ouro, nos ombros, havia duas pedras de ônix, cada uma gravada com os nomes de seis dos filhos de Israel. Dos engastes de ouro dessas pedras pendia o peitoral, por meio de correntes de ouro da feitura de corda. Dos cantos inferiores do peitoral, um cordel azul passava por argolas de ouro presas à extremidade inferior das ombreiras do éfode, pouco acima do cinto. O éfode, pelo que parece, ia até um pouco abaixo da cintura, talvez não chegando aos joelhos. — Êx 28:6-14, 22-28.

      O sumo sacerdote usava o éfode por cima da túnica sem mangas, azul, chamada de ‘túnica do éfode’, a qual, por sua vez, ficava sobre a veste comprida de linho. (Êx 29:5) Este éfode não era usado em todas as ocasiões. Quando era necessário inquirir a Jeová sobre um assunto importante para a nação, o sumo sacerdote usava o éfode e o peitoral que continha o Urim e o Tumim. (Núm 27:21; 1Sa 28:6; Esd 2:63) No anual Dia da Expiação, depois de apresentar as ofertas pelo pecado, o sumo sacerdote se lavava e trocava de roupa, tirando as roupas impecavelmente brancas, e, pelo que parece, vestindo suas lindas vestes, inclusive o éfode, antes de oferecer as ofertas queimadas. — Le 16:23-25.

      O éfode que Abiatar, o sacerdote, levou do santuário em Nobe para o acampamento de Davi era, provavelmente, o éfode do sumo sacerdote, visto que Doegue havia matado o pai de Abiatar, o sumo sacerdote Aimeleque, e os subsacerdotes que estavam com ele. (1Sa 22:16-20; 23:6) Davi fez com que Abiatar trouxesse o éfode para perto, a fim de poder inquirir a Jeová quanto ao proceder a seguir. — 1Sa 23:9-12; 30:7, 8.

      Éfodes dos Subsacerdotes. Os subsacerdotes também usavam éfodes, embora o éfode do sumo sacerdote seja o único especificamente mencionado e descrito nas instruções de Jeová para a feitura das vestes sacerdotais. Apenas se especificaram para os filhos de Arão, que serviam quais subsacerdotes sob Arão, “vestes compridas”, “faixas”, “coberturas para a cabeça” e “calções”. (Êx 28:40-43) O uso do éfode pelos subsacerdotes parece ter sido um costume posterior. Samuel, embora não fosse subsacerdote, usava um éfode quando, como menino, ministrava a Jeová no santuário (1Sa 2:18), assim como também usavam os 85 sacerdotes mortos por Doegue, às ordens do Rei Saul. (1Sa 22:18) Estes éfodes talvez indicassem a posição sacerdotal de seu usuário, em vez de serem algo prescrito pela Lei, para ser usado no cumprimento dos seus deveres oficiais. O éfode do subsacerdote provavelmente tinha forma similar ao do sumo sacerdote, mas era feito de tecido branco simples, não bordado, e o linho de que era feito talvez não fosse da mesma qualidade daquele do éfode do sumo sacerdote. A palavra hebraica para “linho”, usada na descrição do éfode usado pelo jovem Samuel e pelos 85 sacerdotes, é badh, ao passo que shesh, “linho fino”, é a palavra usada para o éfode do sumo sacerdote. — Êx 28:6; 1Sa 2:18; 22:18.

      Quando a Arca do Pacto foi levada para cima, a Jerusalém, para ser colocada no monte Sião, perto da sua casa, Davi, vestido com uma túnica sem mangas de tecido fino, usou sobre esta veste um éfode de linho, ao dançar perante Jeová, celebrando este evento alegre. — 2Sa 6:14; 1Cr 15:27.

      O Éfode Feito por Gideão. Depois de Gideão ter derrotado os midianitas, ele usou o ouro tomado como despojo para fazer um éfode. (Jz 8:26, 27) Alguns têm objetado a esta declaração à base de que 1.700 siclos (19,4 kg) de ouro seriam muito mais do que um éfode requeria. Tem-se oferecido uma possível explicação, de que Gideão também fez uma imagem de ouro. Mas a palavra “éfode” não significa uma imagem. Gideão era um homem de fé em Deus. Ele não faria o que Jeroboão fez posteriormente, quando este liderou as dez tribos na adoração de imagens de bezerros. Gideão havia mostrado sua disposição para com a adoração de Jeová quando lhe foi dada a oportunidade de estabelecer uma dinastia governante sobre Israel. Ele rejeitou esta oferta, dizendo: “Jeová é quem dominará sobre vós.” (Jz 8:22, 23) É possível que grande parte do ouro tenha sido usada para pagar pelas pedras preciosas, e assim por diante, que possivelmente foram usadas no éfode. Quanto ao custo do éfode de Gideão, pode ter atingido o valor declarado (US$ 218.365 a taxas atuais), especialmente se foram usadas pedras preciosas para adorná-lo.

      Apesar das boas intenções de Gideão, de comemorar a vitória que Jeová havia concedido a Israel, e de honrar a Deus, o éfode “serviu de laço para Gideão e para a sua casa”, porque os israelitas cometeram imoralidade espiritual por adorá-lo. (Jz 8:27) No entanto, a Bíblia não diz que o próprio Gideão o adorasse; pelo contrário, o apóstolo Paulo o cita especificamente como um dentre a ‘grande nuvem’ de fiéis testemunhas pré-cristãs de Jeová. — He 11:32, 12:1.

      Uso Idólatra. Um caso do uso de um éfode em adoração idólatra é encontrado em Juízes, capítulos 17 e 18. Este éfode, feito por certo efraimita, foi primeiro usado por um de seus próprios filhos que atuava como sacerdote perante uma imagem esculpida, daí, por um levita descendente de Moisés, o qual, embora não fosse da família sacerdotal de Arão, atuava como sacerdote. Por fim, o éfode e a imagem caíram nas mãos de homens da tribo de Dã, entre os quais o levita e seus filhos depois dele continuaram nesta posição idólatra na cidade de Dã, durante todos os dias em que a casa de Deus se encontrava em Silo.

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