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Introdução que desperta interesseBeneficie-se da Escola do Ministério Teocrático
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lembrar a assistência do que vai falar. Uma das maneiras de fazer isso é repetir textualmente o tema do discurso. Seja como for, na introdução, deve-se focalizar a atenção no assunto que será tratado e então desenvolver o tema aos poucos durante o discurso.
Quando enviou seus discípulos para pregar, Jesus identificou claramente a mensagem que deviam transmitir. “Ao irdes, pregai, dizendo: ‘O reino dos céus se tem aproximado.’” (Mat. 10:7) A respeito de nossos dias, Jesus disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas.” (Mat. 24:14) Somos exortados a ‘pregar a palavra’, isto é, apegar-nos à Bíblia ao dar testemunho. (2 Tim. 4:2) Antes de abrir a Bíblia, ou de dirigir a atenção para o Reino, porém, muitas vezes é preciso identificar algo que seja de preocupação atual. Poderá falar sobre crime, desemprego, injustiças, guerras, como ajudar os jovens, doenças ou morte. Mas não fale demais sobre assuntos negativos; sua mensagem é positiva. Procure direcionar a conversa para a Palavra de Deus e a esperança do Reino.
Mostre por que o assunto é importante para os ouvintes. Se você vai falar diante da congregação, poderá ter razoável certeza de que os ouvintes estarão de certo modo interessados no que tem a dizer. Mas será que ouvirão com o mesmo interesse de quem aprende algo que definitivamente lhe diz respeito? Prestarão atenção porque percebem que aquilo que ouvem se enquadra na situação deles e porque você estimula neles o desejo de agir? Isso acontecerá apenas se, ao preparar o discurso, você levar em conta os ouvintes — suas circunstâncias, preocupações e atitudes. Se fez assim, inclua na introdução algo que indique isso.
Quer fale da tribuna, quer dê testemunho a uma pessoa, um dos melhores meios de despertar interesse num assunto é envolver os ouvintes. Mostre como os problemas e as necessidades deles, ou as perguntas que talvez tenham, se relacionam com o assunto que você apresenta. Se deixar claro que irá além de generalidades e que abordará aspectos específicos da matéria, eles ouvirão ainda mais atentamente. Para isso, é preciso preparar-se bem.
Como fazer a introdução. O que você diz na introdução é fundamental, mas como o diz pode também despertar o interesse. Por isso, a sua preparação deve envolver não apenas o que vai dizer, mas também como vai dizê-lo.
A escolha de palavras é importante para alcançar seu objetivo, de modo que talvez ache vantajoso preparar bem as duas ou três frases iniciais. Frases curtas e simples em geral são as melhores. Para um discurso na congregação, talvez queira escrevê-las no esboço, ou talvez prefira decorá-las a fim de que suas palavras iniciais tenham todo o impacto que merecem. Apresentar sem pressa uma introdução eficaz pode ajudá-lo a ganhar a tranquilidade necessária para continuar o discurso.
Quando preparar a introdução. As opiniões variam nesse aspecto. Alguns oradores experientes acreditam que a preparação de um discurso deve começar com a introdução. Outros que estudaram oratória opinam que a introdução deve ser preparada depois de terminado o corpo do discurso.
Você certamente precisa saber sobre que assunto vai falar, e que pontos principais pretende desenvolver, antes de poder elaborar os detalhes de uma introdução adequada. Mas como fazer, caso seu discurso se baseie num esboço impresso? Depois de ler o esboço, se lhe ocorrer uma ideia para a introdução, com certeza não há nada de mal em anotá-la. Lembre-se também de que, para a introdução ser eficaz, é preciso levar em conta tanto a assistência como a matéria do esboço.
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Conclusão eficazBeneficie-se da Escola do Ministério Teocrático
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ESTUDO 39
Conclusão eficaz
VOCÊ talvez tenha pesquisado cabalmente e organizado a matéria para formar o corpo de seu discurso. Talvez tenha preparado também uma introdução que desperta o interesse. Mesmo assim, ainda falta algo — uma conclusão eficaz. Não minimize a sua importância, pois o que se diz por último em geral é lembrado por mais tempo. Se a conclusão for fraca, mesmo a matéria que a precedeu pode perder muito de sua eficácia.
Considere o seguinte: perto do fim de sua vida, Josué proferiu um discurso memorável aos anciãos da nação de Israel. Depois de relembrar os tratos de Jeová com Israel desde os dias de Abraão, será que Josué apenas repetiu os pontos altos em forma de sumário? Não. Em vez disso, com profundo sentimento, ele exortou o povo: “Temei a Jeová e servi-o sem defeito e em verdade.” Leia a conclusão de Josué, registrada em Josué 24:14, 15.
Outro discurso notável, registrado em Atos 2:14-36, foi proferido pelo apóstolo Pedro a uma multidão em Jerusalém, na festividade de Pentecostes, em 33 EC. Primeiro, ele explicou que estavam testemunhando o cumprimento da profecia de Joel a respeito do derramamento do espírito de Deus. A seguir, mostrou como isso se relacionava com as profecias messiânicas dos Salmos que prediziam a ressurreição de Jesus Cristo e sua exaltação à direita de Deus. Daí, em sua conclusão, Pedro apresentou claramente a questão que todos os seus ouvintes tinham de encarar, dizendo: “Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pregastes numa estaca.” Os presentes perguntaram: “Homens, irmãos, o que havemos de fazer?” Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo.” (Atos 2:37, 38) Naquele dia, cerca de 3 mil ouvintes, profundamente comovidos pelo que ouviram, aceitaram a verdade a respeito de Jesus Cristo.
Pontos a lembrar. O que você disser na conclusão deve ter relação direta com o tema do discurso. Deve expressar a conclusão lógica dos pontos principais apresentados. Embora talvez queira incluir algumas palavras-chave do título, repeti-lo na íntegra é opcional.
Normalmente, seu objetivo ao falar é incentivar outros a agir à base das informações apresentadas. Um dos principais objetivos da conclusão é mostrar-lhes o que fazer. Ao escolher o tema e os pontos principais, considerou cuidadosamente por que a matéria é importante para os ouvintes e com que objetivo vai apresentá-la? Se fez isso, você sabe que ação gostaria que eles tomassem. Agora, é preciso explicar que ação é essa e, talvez, como executá-la.
Além de mostrar à assistência o que fazer, a conclusão deve criar motivação. Deve incluir sólidas razões para agir e os possíveis benefícios de fazer isso. Uma sentença final bem pensada e bem fraseada aumentará o impacto do discurso.
Tenha em mente que o discurso está na fase final, e suas palavras devem indicar isso. Seu ritmo também deverá ser apropriado. Não fale depressa até o fim, parando abruptamente. Por outro lado, não termine o discurso baixando o volume da voz até ela quase desaparecer. O volume deverá ser suficiente, mas não excessivo. Suas últimas frases deverão ter um tom de finalização e transmitir seriedade e convicção. Ao preparar o proferimento, não deixe de treinar a conclusão.
Qual deve ser a duração da conclusão? Isso não é algo a ser determinado apenas pelo relógio. A conclusão não deve se arrastar. A duração apropriada pode ser determinada pelo seu efeito sobre a assistência. Uma conclusão simples, direta e positiva é sempre apreciada. Contudo, se for bem planejada, uma conclusão um pouco mais longa, que inclua uma breve ilustração, também pode ser eficaz. Compare a conclusão breve do inteiro livro de Eclesiastes, encontrada em Eclesiastes 12:13, 14, com a conclusão do Sermão do Monte, que é muito mais curto, registrada em Mateus 7:24-27.
No ministério de campo. É no ministério de campo que você se verá mais vezes diante da necessidade de fazer conclusões. Com boa preparação e amoroso interesse nas pessoas, poderá obter resultados muitos bons. As sugestões dadas neste estudo podem ser aplicadas
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