Casamentos honrosos à vista de Deus e do homem

“Realizou-se uma festa de casamento em Caná . . . Jesus e seus discípulos foram também convidados para a festa de casamento.” — JOÃO 2:1, 2.

1. O relato da presença de Jesus em Caná chama a atenção a que assunto?

JESUS, sua mãe e alguns de seus discípulos conheciam a alegria que um casamento honroso entre o povo de Deus pode proporcionar. Cristo até mesmo celebrizou certa festa de casamento por realizar nela seu primeiro milagre registrado, contribuindo para o prazer da ocasião. (João 2:1-11) Você talvez já tenha tido o prazer de comparecer a um casamento de cristãos que desejam servir a Jeová como casal feliz. É possível que você mesmo espere um dia ter um casamento assim, ou talvez queira contribuir para o sucesso do casamento de uma pessoa amiga. O que pode ser de ajuda nesse sentido?

2. Que informações a Bíblia contém sobre casamento?

² Os cristãos descobriram que os conselhos da inspirada Palavra de Deus são muito úteis quando um homem e uma mulher pretendem casar-se. (2 Timóteo 3:16, 17) A Bíblia, obviamente, não pormenoriza como deve ser realizado um casamento cristão. Isso é compreensível, pois os costumes, e até mesmo as exigências legais, variam de acordo com o lugar e a época. Por exemplo, no Israel antigo, não havia cerimônia formal de casamento. No dia marcado, o noivo levava a noiva para a casa dele ou para a casa de seu pai. (Gênesis 24:67; Isaías 61:10; Mateus 1:24) Esse gesto público marcava o casamento, sem a cerimônia formal comum em muitos casamentos atuais.

3. A que evento em Caná Jesus deu sua contribuição?

³ Os israelitas identificavam esse passo como sendo o próprio casamento. Depois, talvez participassem numa festa comemorativa, como a mencionada em João 2:1. Muitas traduções da Bíblia vertem esse versículo mais ou menos assim: “Houve um casamento em Caná.” Mas a palavra no idioma original é bem traduzida por “festa de casamento”, ou “banquete de casamento”.a (Mateus 22:2-10; 25:10; Lucas 14:8) O relato deixa claro que Jesus foi a uma festa ligada a um casamento judaico e contribuiu para a alegria da ocasião. Um ponto-chave, porém, é que aquilo que constituía um casamento naquele tempo difere do que é comum hoje.

4. Que tipo de casamento alguns cristãos desejam, e por quê?

⁴ Em muitos países, os cristãos que desejam casar-se devem cumprir certas exigências legais. Uma vez feito isso, podem casar-se de qualquer forma que seja legalmente aceitável. Pode ser numa cerimônia pequena e simples conduzida por um juiz, um prefeito ou um ministro religioso autorizado pelo Estado. Alguns escolhem casar-se dessa maneira, talvez convidando alguns parentes ou amigos cristãos para servirem de testemunhas, ou apenas para compartilharem a alegria dessa ocasião importante. (Jeremias 33:11; João 3:29) Outros talvez prefiram não realizar uma festa muito grande, trabalhosa e de alto custo. Em vez disso, talvez programem uma refeição reservada para os mais íntimos. Seja qual for a preferência pessoal nesse respeito, é preciso reconhecer que outros cristãos maduros talvez tenham pontos de vista diferentes dos nossos. — Romanos 14:3, 4.

5. Por que muitos noivos cristãos apreciam ter um discurso de casamento, e o que esse discurso apresenta?

⁵ A maioria dos casais cristãos aprecia que seja proferido um discurso bíblico no seu casamento.b Eles reconhecem que Jeová é o originador do casamento e que sua Palavra oferece conselhos sábios para uma união bem-sucedida e feliz. (Gênesis 2:22-24; Marcos 10:6-9; Efésios 5:22-33) Além disso, a maioria dos casais deseja a presença de seus parentes e amigos cristãos nessa ocasião alegre. Mas como encarar a grande variedade de exigências legais, de procedimentos e até mesmo de costumes locais? Este artigo considerará situações que existem em várias partes do mundo. Algumas talvez sejam bem diferentes do que você conhece, ou do que se faz na sua região. No entanto, poderá notar certos princípios ou aspectos comuns que são importantes para os servos de Deus.

O casamento honroso atende às exigências legais

6, 7. Por que devemos interessar-nos pelos aspectos legais do casamento, e como podemos manifestar isso?

⁶ Apesar de Jeová ter originado o casamento, os governos humanos têm certa medida de controle sobre as ações dos que se casam. Isso é apropriado. Jesus disse: ‘Pagai a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.’ (Marcos 12:17) Similarmente, o apóstolo Paulo orientou: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus; as autoridades existentes acham-se colocadas por Deus nas suas posições relativas.” — Romanos 13:1; Tito 3:1.

⁷ Na maioria dos países é “César” (as autoridades civis) que determina quem está apto para se casar. Assim, quando dois cristãos sem impedimento bíblico decidem se casar, eles conscienciosamente obedecem à lei local. Isso pode significar obter uma licença, usar um agente autorizado pelo Estado para realizar o casamento e talvez registrá-lo. Quando César Augusto exigiu um “registro”, José e Maria foram a Belém ‘a fim de serem registrados’. — Lucas 2:1-5.

8. Qual é o tempo de validade do casamento, e que atitude das Testemunhas de Jeová reflete esse entendimento?

⁸ Aos olhos de Deus, quando dois cristãos se casam de maneira legal e reconhecida, essa união é permanente. Assim, as Testemunhas de Jeová não repetem o mesmo casamento por meio de múltiplas cerimônias legais, nem renovam os votos maritais, como nos aniversários de 25 ou de 50 anos de casados. (Mateus 5:37) (Algumas religiões não reconhecem a legalidade do casamento civil, afirmando que o casamento só é válido se um sacerdote ou clérigo realiza um ritual ou declara o casal marido e mulher.) Em muitos países, o governo autoriza um ministro das Testemunhas de Jeová a realizar casamentos. Nesse caso, ele provavelmente desejará fazer isso junto com um discurso de casamento no Salão do Reino. Esse é o centro da adoração verdadeira local e um lugar apropriado para um discurso sobre essa união instituída por Jeová Deus.

9. (a) Em caso de casamento no civil, o que o casal cristão talvez queira programar? (b) Que participação os anciãos podem ter nos preparativos de um casamento?

⁹ Em outros países, a lei exige que os noivos se casem numa repartição do governo, como, por exemplo, na prefeitura, ou perante um representante da lei. Em geral, os cristãos preferem que esse passo legal seja seguido de um discurso de casamento no Salão do Reino no mesmo dia, ou no dia seguinte. (Não desejarão que passem muitos dias entre a cerimônia civil e o discurso bíblico, pois já estarão casados perante Deus e o homem, incluindo a congregação cristã.) Os noivos que se casarem no civil e desejarem ter um discurso de casamento num determinado Salão do Reino devem pedir permissão prévia aos anciãos da Comissão de Serviço da Congregação. Além de se certificarem de que os noivos tenham boa reputação, esses superintendentes evitarão que a hora do discurso de casamento coincida com as reuniões regulares e com outras atividades no salão. (1 Coríntios 14:33, 40) Eles darão atenção também a preparativos do salão que o casal talvez solicite e decidirão se será dado um anúncio a respeito de seu uso.

10. Se o casamento civil for obrigatório, como isso influirá no discurso de casamento?

¹⁰ O ancião que proferir o discurso de casamento deverá esforçar-se para mantê-lo num tom amigável, espiritualmente encorajador e digno. Se os noivos já se tiverem casado no civil, o orador deixará claro que a união se realizou de acordo com a lei de César. Se os votos de casamento não foram feitos na cerimônia civil, o casal talvez queira fazer isso durante o discurso.c Se a cerimônia civil incluiu votos, mas os recém-casados desejarem fazê-los também perante Jeová e a congregação, eles farão isso no tempo verbal passado, indicando que já foram ‘postos sob o mesmo jugo’. — Mateus 19:6; 22:21.

11. Em certos lugares, como se efetua o casamento, e de que forma isso afeta o discurso de casamento?

¹¹ Em certos lugares, a lei talvez não exija uma cerimônia de casamento, nem mesmo perante um agente do governo. O casamento se dá quando o casal apresenta a um funcionário do governo um formulário de registro de casamento assinado pelos noivos. Em seguida, registra-se um certificado de casamento. Assim o casal é considerado marido e mulher, e a data do certificado vale como data do casamento. Como já mencionado, o casal talvez queira que logo depois desse registro seja proferido um discurso bíblico no Salão do Reino. O irmão espiritualmente maduro escolhido para proferi-lo informará aos presentes que o registro efetuado pouco antes confirma a união do casal. O assunto dos votos será tratado de acordo com a explicação dada no parágrafo 10 e na sua nota de rodapé. Os presentes no Salão do Reino se alegrarão com o casal e se beneficiarão dos conselhos bíblicos apresentados. — Cântico de Salomão 3:11.

Casamento consuetudinário e civil

12. O que é um casamento consuetudinário, e o que é aconselhável fazer depois desse tipo de casamento?

¹² Em alguns países, os casais se unem no que se pode chamar de casamento consuetudinário (ou tribal). Isso não se refere a duas pessoas que simplesmente vivem juntas, nem ao casamento consensual (ou por contrato), que pode ter certo grau de validade em alguns lugares, mas não é uma união cem por cento legal. Referimo-nos ao casamento realizado segundo os costumes publicamente aceitos de uma tribo ou de uma região. Talvez envolva o pleno pagamento e aceitação de um dote, que dá ao casal a condição de casados de maneira legal e bíblica. O governo considera tais casamentos consuetudinários aceitáveis, legais e de validade permanente. Depois, em geral é possível registrar esse casamento e, ao fazer isso, o casal talvez receba um certificado oficial. O registro pode oferecer proteção para o casal ou para a esposa, caso fique viúva, e para os filhos que venham a ter. A congregação incentivaria o casal a registrar seu casamento consuetudinário o mais breve possível. Curiosamente, parece que, sob a Lei mosaica, os casamentos e os nascimentos eram registrados oficialmente. — Mateus 1:1-16.

13. Depois de um casamento consuetudinário, o que é apropriado com relação a um discurso de casamento?

¹³ O casal unido pelo casamento consuetudinário torna-se marido e esposa legítimos. Como já mencionado, os cristãos que se casam legalmente dessa maneira talvez queiram programar um discurso de casamento, com votos conjugais, no Salão do Reino. Nesse caso, o orador informará que o casal já está casado em harmonia com as leis de César. Será proferido um só discurso. Estão envolvidos um só casamento, nesse caso a legalmente válida união consuetudinária (ou tribal), e um só discurso bíblico. Realizar esses dois eventos dentro de um período o mais próximo possível, de preferência no mesmo dia, contribuirá para honrar o casamento cristão na comunidade.

14. O que o cristão talvez decida fazer se puder escolher entre o casamento consuetudinário e o civil?

¹⁴ Em alguns países, nos quais o casamento consuetudinário é considerado legal, existe também a possibilidade de casamento civil (ou estatutário). O casamento civil, em geral, é realizado perante um agente do governo, podendo incluir tanto a declaração de votos conjugais como a assinatura de um registro. Alguns casais cristãos preferem esse casamento civil em vez de o consuetudinário. Não é obrigatório por lei se casar tanto num como no outro tipo de casamento, pois ambos têm validade legal. As informações nos parágrafos 9 e 10 a respeito do discurso de casamento e dos votos também se aplicam nesse caso. O mais importante é que o casal se case de modo honroso perante Deus e os homens. — Lucas 20:25; 1 Pedro 2:13, 14.

Mantenha a honra no casamento

15, 16. De que maneira a honra deve estar sempre presente no casamento?

¹⁵ Quando surgiu um problema no casamento de um rei persa, um alto conselheiro chamado Memucã deu uma sugestão que seria benéfica. ‘Que todas as esposas dêem honra aos seus maridos’, disse ele. (Ester 1:20) No casamento cristão, isso não precisa ser decretado por algum rei humano; as esposas desejam honrar seus maridos. Da mesma forma, os maridos cristãos atribuem honra a suas esposas e as ‘louvam’. (Provérbios 31:11, 30; 1 Pedro 3:7) Tornar a honra parte do nosso casamento não deve ser algo que só venha a acontecer muitos anos depois de casados. Deve ser manifestada desde o início, sim, desde o dia do casamento.

¹⁶ O homem e a mulher — marido e esposa — não são os únicos que devem demonstrar honra no dia do casamento. Se um ancião cristão proferir um discurso de casamento, esse também deverá ser marcado pela honra. A palestra deve ser dirigida ao casal. Por dar honra ao casal, o orador não vai rechear sua palestra com piadas ou ditados populares. Não deve incluir comentários muito pessoais que causem constrangimento ao casal e aos ouvintes. Em vez disso, procurará ser caloroso e edificante, dando destaque ao Originador do casamento e seus notáveis conselhos. Realmente, uma palestra de casamento dignificante proferida por um ancião contribuirá para uma união que honra a Jeová Deus.

17. Por que o aspecto legal deve ser levado em conta no casamento cristão?

¹⁷ Você deve ter notado que este artigo contém muitos pontos sobre detalhes legais do casamento. Certos aspectos talvez não se apliquem diretamente na sua localidade. No entanto, todos nós devemos estar cientes da importância de que os procedimentos de casamento entre as Testemunhas de Jeová manifestem respeito pelas leis locais, pelas exigências de César. (Lucas 20:25) Paulo nos exorta: “Rendei a todos o que lhes é devido, a quem exigir imposto, o imposto; a quem exigir tributo, o tributo; . . . a quem exigir honra, tal honra.” (Romanos 13:7) Sim, é apropriado que os cristãos, desde o dia do casamento, honrem o arranjo que Deus aprova para os tempos atuais.

18. Que aspecto opcional do casamento merece atenção, e onde podemos encontrar informações a respeito?

¹⁸ Muitos casamentos cristãos são seguidos de uma reunião social — uma festa, uma refeição ou outro tipo de recepção. Lembre-se de que Jesus compareceu a um desses eventos. Se houver tal reunião, como os conselhos bíblicos podem nos ajudar para que esse aspecto também traga honra a Deus e reflita favoravelmente sobre os recém-casados e a congregação cristã? O próximo artigo considerará esse assunto.d

Dê provas de sua fé por meio de sua conduta

“A fé, se não tiver obras, está morta em si mesma.” — TIAGO 2:17.

1. Por que os primeiros cristãos davam atenção tanto à fé como a obras?

OS PRIMEIROS cristãos, como um todo, deram provas de sua fé por meio de sua conduta. O discípulo Tiago exortou todos os cristãos: “Tornai-vos cumpridores da palavra e não apenas ouvintes”, acrescentando: “Assim como o corpo sem espírito está morto, assim também a fé sem obras está morta.” (Tiago 1:22; 2:26) Uns 35 anos depois que escreveu isso, muitos cristãos ainda davam provas de sua fé por meio de obras apropriadas. Infelizmente, porém, alguns não faziam isso. Jesus elogiou a congregação em Esmirna; mas, para muitos da congregação em Sardes, ele disse: “Conheço as tuas ações, de que tens a fama de estar vivo, mas estás morto.” — Revelação (Apocalipse) 2:8-11; 3:1.

2. O que o cristão deve perguntar a si mesmo com respeito à sua fé?

² Sendo assim, Jesus incentivou os cristãos de Sardes — e por extensão a todos os que mais tarde leriam suas palavras — a demonstrar pela verdade cristã o mesmo amor que tinham no princípio e a se manterem despertos espiritualmente. (Revelação 3:2, 3) Cada um de nós pode se perguntar: ‘Que dizer das minhas ações? Será que indicam com clareza que estou fazendo o máximo para dar provas de minha fé por meio de tudo o que faço, até mesmo em assuntos não ligados diretamente à obra de pregação ou às reuniões congregacionais?’ (Lucas 16:10) Poderiam ser considerados muitos aspectos da vida, mas vamos ficar num só: reuniões sociais, incluindo as que em geral acontecem nos casamentos cristãos.

Pequenas reuniões sociais

3. Qual é o conceito da Bíblia sobre reuniões sociais?

³ A maioria de nós gosta de ser convidado para uma alegre reunião de cristãos. Jeová é o “Deus feliz” e deseja que seus servos também o sejam. (1 Timóteo 1:11) Ele fez com que Salomão incluísse na Bíblia a seguinte realidade: “Eu mesmo gabei a alegria, porque a humanidade não tem nada melhor debaixo do sol do que comer, e beber, e alegrar-se, e que isto os acompanhe no seu trabalho árduo pelos dias da sua vida.” (Eclesiastes 3:1, 4, 13; 8:15) Essa alegria pode ser sentida numa refeição em família, ou em alguma pequena reunião social de adoradores verdadeiros. — Jó 1:4, 5, 18; Lucas 10:38-42; 14:12-14.

4. Que cuidados deve ter a pessoa que planeja uma reunião social?

⁴ Se você estiver planejando uma reunião social e for o responsável por ela, é preciso pensar bem sobre o que será programado, mesmo que convide apenas poucos irmãos na fé para uma refeição ou uma conversa amigável. (Romanos 12:13) Deverá certificar-se de que “todas as coisas ocorram decentemente”, guiadas pela “sabedoria de cima”. (1 Coríntios 14:40; Tiago 3:17) O apóstolo Paulo escreveu: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória de Deus. Guardai-vos para não vos tornardes causas de tropeço.” (1 Coríntios 10:31, 32) Que aspectos precisam de atenção especial? Considerá-los de antemão ajudará a garantir que o seu comportamento e o de seus convidados manifestem a fé em ação. — Romanos 12:2.

Como será a reunião?

5. Por que o anfitrião deve ser especialmente cuidadoso no caso de bebidas alcoólicas e de música?

⁵ Muitos anfitriões se perguntam se devem, ou não, servir bebidas alcoólicas. Elas não são indispensáveis para uma reunião edificante. Lembre-se de que Jesus certa vez providenciou uma refeição para uma multidão que o procurou — ele multiplicou pão e peixe. O relato não diz que tenha providenciado vinho milagrosamente, embora pudesse ter feito isso. (Mateus 14:14-21) Caso decida servir bebidas alcoólicas numa reunião social, modere na quantidade e providencie boas alternativas para quem as preferir. (1 Timóteo 3:2, 3, 8; 5:23; 1 Pedro 4:3) Jamais pressione uma pessoa a beber algo que para ela pode ser como uma ‘mordida de serpente’. (Provérbios 23:29-32) Que dizer da música? Se for programada, você certamente será bem seletivo na escolha, tanto do ritmo como da letra. (Colossenses 3:8; Tiago 1:21) Muitos cristãos descobriram que tocar Melodias do Reino, ou até mesmo cantar cânticos do Reino, promove um ambiente agradável. (Efésios 5:19, 20) E não deixe de controlar o volume para que a música não atrapalhe a conversa agradável nem perturbe os vizinhos. — Mateus 7:12.

6. Como o anfitrião pode mostrar que sua fé é viva quando se trata de conversas ou outras atividades?

⁶ Numa reunião social, os cristãos podem conversar sobre vários assuntos, ler alguma coisa em voz alta ou relatar fatos interessantes. Se a conversa se desviar do aceitável, o anfitrião poderá, com tato, redirecioná-la. Deve também cuidar que nenhuma pessoa domine a conversa. Se notar essa tendência, poderá jeitosamente providenciar que outros também participem, talvez por incentivar os mais novos a se expressarem ou por levantar um assunto que permita vários comentários. Tanto jovens como adultos se agradarão desse aspecto da reunião. Se você como organizador do evento dirigir as coisas com sabedoria e tato, sua “razoabilidade” será reconhecida pelos presentes. (Filipenses 4:5) Perceberão que sua fé é viva, uma fé que influi em todas as fases de sua vida.

Festas de casamento

7. Por que o planejamento de uma festa de casamento merece consideração?

⁷ O casamento cristão é uma das ocasiões especiais de alegria. Os servos de Deus do passado, incluindo Jesus e seus discípulos, participavam em tais eventos alegres. (Gênesis 29:21, 22; João 2:1, 2) Em tempos recentes, porém, a experiência tem mostrado claramente que planejar as atividades sociais relacionadas com o casamento exige esforço especial para que reflitam bom senso e equilíbrio cristão. Mas tais atividades são aspectos normais da vida que dão aos cristãos a oportunidade de demonstrar a sua fé.

8, 9. De que modo os costumes em muitos casamentos confirmam o que lemos em 1 João 2:16, 17?

⁸ Muitos que não conhecem nem se importam com os princípios divinos encaram o casamento como ocasião para praticar exageros, ou talvez como um dia em que esses são tolerados. Numa revista européia, uma recém-casada disse a respeito de seu casamento estilo “realeza”: ‘Andamos numa carruagem puxada por quatro cavalos, seguida por 12 cabriolés e um coche com um conjunto tocando música. Depois tivemos uma refeição sofisticada e música excelente. Foi majestoso. Exatamente o que eu queria: ser rainha por um dia.’

⁹ Embora os costumes variem de acordo com o país, tais sentimentos confirmam o que o apóstolo João escreveu: “Tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo.” Pode imaginar um casal cristão maduro desejar ter um casamento estilo “realeza” com uma suntuosa recepção de conto de fadas? Em vez disso, seu conceito deve levar em conta que “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. — 1 João 2:16, 17.

10. (a) Para que uma festa de casamento seja razoável, por que é essencial o planejamento? (b) Como devem ser tomadas as decisões sobre quem convidar?

¹⁰ Os casais cristãos desejam ser tanto realistas como razoáveis, e a Bíblia pode ajudá-los. Por mais importante que seja o dia do casamento, eles sabem que é apenas o começo da vida conjugal de dois cristãos que têm a perspectiva de vida eterna. Não são obrigados a realizar uma grande festa de casamento. Se decidirem realizar uma festa, vão avaliar tanto as despesas como o tipo que essa será. (Lucas 14:28) Segundo os princípios bíblicos, o futuro marido será o cabeça no casamento. (1 Coríntios 11:3; Efésios 5:22, 23) Assim, ele é o principal responsável pela festa. É claro que ele amorosamente consultará sua futura esposa sobre assuntos tais como a lista de convidados. Pode não ser possível ou prático convidar todos os amigos e parentes; assim, talvez seja necessário tomar algumas decisões razoáveis nesse sentido. O casal deve poder confiar que, se não for possível convidar todos os irmãos na fé, esses vão entender isso e não se ofenderão. — Eclesiastes 7:9.

“Diretor da festa”

11. Que papel um “diretor da festa” pode desempenhar numa festa de casamento?

¹¹ Se o casal decide dar uma festa para comemorar o casamento, o que pode fazer para garantir a dignidade da ocasião? Já por décadas as Testemunhas de Jeová reconhecem a sabedoria de incluir no evento um aspecto mencionado em relação à festa a que Jesus compareceu em Caná. Havia um “diretor da festa”, sem dúvida um concrente responsável. ( João 2:9, 10) Da mesma forma, um noivo sábio escolherá um cristão espiritualmente maduro para esse papel-chave. Depois de conhecer os desejos e as preferências do noivo, o diretor da festa poderá cuidar dos detalhes, tanto antes como durante o evento.

12. O que o noivo deve levar em conta com relação ao uso de bebidas alcoólicas?

¹² Em harmonia com o que foi considerado no parágrafo 5, alguns noivos preferem não servir bebidas alcoólicas para evitar que um possível abuso comprometa a alegria e o sucesso da ocasião. (Romanos 13:13; 1 Coríntios 5:11) Mas se elas forem servidas, o noivo cuidará de que isso seja feito com moderação. Havia vinho no casamento a que Jesus compareceu em Caná, e ele supriu vinho da melhor qualidade. Curiosamente, o diretor da festa comentou: “Todo outro homem apresenta primeiro o vinho excelente, e, quando as pessoas ficam inebriadas, o inferior. Tu reservaste o vinho excelente até agora.” ( João 2:10) Jesus com certeza não contribuiu para nenhuma bebedeira, pois ele a encarava como repreensível. (Lucas 12:45, 46) Ao expressar surpresa diante da qualidade do vinho, o diretor deixou claro que já havia visto casos em que alguns convidados em festas de casamento realmente se embriagaram. (Atos 2:15; 1 Tessalonicenses 5:7) Assim, tanto o noivo como o cristão de confiança a quem ele designar como diretor da festa devem certificar-se de que todos os presentes acatem esta ordem clara: “Não fiqueis embriagados de vinho, em que há devassidão.” — Efésios 5:18; Provérbios 20:1; Oséias 4:11.

13. O que os noivos devem considerar caso programem música para sua festa de casamento, e por quê?

¹³ Como no caso de outros eventos sociais, se houver música, deve-se dar atenção ao volume para que seja confortável conversar. Certo ancião cristão observou: “À medida que a noite avança, quando as conversas se tornam mais animadas ou começa a dança, às vezes o volume da música aumenta. O que começou como música de fundo pode tornar-se uma música tão alta que fica difícil conversar. Uma recepção de casamento é uma oportunidade para companheirismo agradável. Como seria triste se a música alta estragasse isso!” Também nessa questão, o noivo e o diretor da festa devem agir com responsabilidade, não deixando na mão dos músicos, contratados ou não, o controle do tipo e do volume da música. Paulo escreveu: “O que for que fizerdes em palavra ou em obra, fazei tudo no nome do Senhor Jesus.” (Colossenses 3:17) Ao voltarem para casa depois da festa, será que os convidados se lembrarão da música como exemplo de que o casal fez “tudo no nome do Senhor Jesus”? Deveria ser assim.

14. Que boas recordações os cristãos devem levar de uma festa de casamento?

¹⁴ Realmente, uma bem programada festa de casamento pode produzir gratas recordações. Adam e Edyta, casados há 30 anos, disseram a respeito de uma recepção: “Você sentia o ambiente cristão. Houve cânticos em louvor a Jeová, mas também outras diversões agradáveis. A dança e a música eram de importância secundária. Foi prazeroso, edificante e tudo em harmonia com os princípios bíblicos.” É óbvio que os noivos podem fazer muito para mostrar que estão dando provas de sua fé por meio de obras.

Presentes de casamento

15. Que conselho bíblico se pode dar a respeito de presentes de casamento?

¹⁵ Em muitos países, é comum os amigos e os parentes darem presentes de casamento aos noivos. Se você decidir fazer isso, o que poderá ter em mente? Lembre-se do que disse o apóstolo João sobre a “ostentação dos meios de vida da pessoa”. Ele não disse que essa exibição seria característico dos cristãos que manifestam sua fé por meio de ações, mas sim ‘do mundo que está passando’. (1 João 2:16, 17) Em vista dessa observação inspirada de João, devem os recém-casados anunciar a todos o nome de quem deu cada um dos presentes? Os cristãos da Macedônia e da Acaia fizeram contribuições aos irmãos em Jerusalém, mas nada indica que seus nomes tenham sido divulgados. (Romanos 15:26) Muitos cristãos que dão um presente de casamento preferem ficar no anonimato, em vez de atrair indevida atenção para si mesmos. Nesse respeito, veja o conselho de Jesus em Mateus 6:1-4.

16. De que modo os recém-casados evitam magoar alguém com relação a presentes de casamento?

¹⁶ Anunciar os nomes dos que deram os presentes pode ‘atiçar competição’ quanto a qual é o presente melhor ou o mais caro. Assim, recém-casados sensatos não farão isso. Anunciar os nomes dos presenteadores pode embaraçar os que talvez não puderam dar um presente. (Gálatas 5:26; 6:10) É verdade que não é errado que os noivos saibam quem deu um determinado presente. Podem ficar sabendo disso por meio de um cartão apropriado que acompanha o presente, mas que não é lido em público. Ao comprar, dar ou receber presentes de casamento, todos nós temos a oportunidade de provar que, mesmo nesse assunto pessoal, a nossa fé influi nas nossas ações.a

17. Que alvo os cristãos devem ter com relação à sua fé e às suas obras?

¹⁷ Dar provas de nossa fé certamente significa mais do que ter boa moral, assistir às reuniões cristãs e participar na pregação. Tenhamos todos nós uma fé viva que influa em tudo o que fizermos! Podemos, sim, dar provas de nossa fé por meio de ações “plenamente realizadas”, incluindo aquelas relacionadas com os aspectos da vida considerados neste artigo. — Revelação 3:2.

18. De que modo as palavras de João 13:17 podem mostrar-se verdadeiras com relação a festas de casamento e outras reuniões sociais de cristãos?

¹⁸ Depois de ter dado um belo exemplo aos seus apóstolos fiéis por humildemente lavar-lhes os pés, Jesus disse: “Se sabeis estas coisas, felizes sois se as fizerdes.” (João 13:4-17) Na região onde você vive pode não ser necessário nem normal lavar os pés de outra pessoa, como no caso de um convidado à nossa casa. Mas, como vimos neste artigo, há outros aspectos da vida em que podemos dar provas de nossa fé por meio de ações amorosas e prestativas, incluindo as relacionadas com cerimônias e festas de casamento cristão. Podemos fazer isso quer como noivos, quer como convidados para uma cerimônia de casamento ou para uma subseqüente reunião feliz de cristãos que desejam dar provas de sua fé por meio de ações.

[Nota(s) de rodapé]

Que resposta daria?

Como você pode dar provas de sua fé quando

• organiza uma reunião social?

• organiza uma cerimônia ou festa de casamento?

• dá ou recebe presentes de casamento?

[Foto na página 24]

Mesmo se convidar poucas pessoas, seja guiado pela “sabedoria de cima”

Aumente a alegria e a dignidade do dia de seu casamento

“O DIA do meu casamento foi um dos dias mais significativos e felizes da minha vida”, disse Gordon, casado há quase 60 anos. Por que o dia do casamento é tão marcante para os cristãos verdadeiros? Porque é o dia em que fazem um voto sagrado a quem amam profundamente: seu cônjuge e Jeová Deus. (Mateus 22:37; Efésios 5:22-29) Sem dúvida, os que pretendem se casar desejam encontrar alegria no dia de seu casamento, mas querem também honrar o Originador do casamento. — Gênesis 2:18-24; Mateus 19:5, 6.

De que modo o noivo pode realçar a dignidade dessa ocasião feliz? Como a noiva pode dar honra a seu marido e a Jeová? E de que maneira os convidados podem contribuir para a alegria do dia do casamento? O exame de alguns princípios bíblicos ajudará a responder a tais perguntas, e aplicá-los reduzirá a possibilidade de que certos problemas detraiam dessa ocasião especial.

Quem é o responsável?

Em muitos países, um ministro das Testemunhas de Jeová é autorizado legalmente para realizar casamentos. Mesmo em lugares onde o procedimento legal tem de ser conduzido por uma autoridade civil, o casal talvez queira ter um discurso bíblico de casamento. Nesse discurso, em geral se pede ao noivo que reflita sobre o papel de chefe da família atribuído por Deus. (1 Coríntios 11:3) Assim, o noivo é o responsável principal pelo que acontece no dia do casamento. Evidentemente, os preparativos para a cerimônia em si, ou para uma possível recepção, via de regra são feitos com boa antecedência. Por que isso pode ser desafiador?

Um dos motivos é que os parentes do noivo ou da noiva talvez tentem influenciar nos planos do casamento. Rodolfo, que já realizou muitos casamentos, diz: “Às vezes, o noivo sofre grande pressão de parentes, especialmente se esses estiverem ajudando a pagar a recepção de casamento. Talvez tenham fortes opiniões sobre como deveria ser a cerimônia e a recepção. Isso pode minar o papel do noivo como responsável pela ocasião.”

Max, que realiza casamentos há mais de 35 anos, comenta: “Observo que existe a tendência de a noiva tomar a dianteira em decidir o que acontecerá no casamento e na festa, enquanto que o noivo tem pouco a dizer.” David, que também já celebrou muitos casamentos, diz: “O noivo talvez não esteja acostumado a tomar a dianteira e, em geral, envolve-se pouco nos preparativos do casamento.” Como o noivo pode assumir efetivamente sua responsabilidade?

A comunicação aumenta a alegria

Para que o noivo cumpra bem a sua responsabilidade nos preparativos do casamento, ele precisa saber se comunicar. A Bíblia diz com precisão: “Há frustração de planos quando não há palestra confidencial.” (Provérbios 15:22) Mas pode-se evitar muita frustração quando o noivo primeiro discute os preparativos com a noiva, os familiares e outros que possam dar bons conselhos bíblicos.

De fato, é vital que os noivos conversem entre si sobre os planos e as possibilidades para o dia do casamento. Por quê? Note alguns comentários de Ivan e sua esposa, Delwyn, bem casados há muitos anos, embora sejam de culturas diferentes. Lembrando-se de quando faziam planos para seu casamento, Ivan diz: “Eu tinha idéias bem definidas sobre o que eu queria no meu casamento, incluindo uma festa com todos meus amigos, um bolo, e minha noiva de vestido branco. Delwyn, por sua vez, queria algo simples, com pouca gente, sem bolo. Chegou até a pensar em não usar vestido de noiva.”

Como esse casal resolveu suas diferenças? Por meio da comunicação bondosa e franca. (Provérbios 12:18) Ivan acrescenta: “Estudamos artigos bíblicos sobre casamento, tais como os em A Sentinela de 15 de outubro de 1984.a Essa matéria nos ajudou a ter um conceito espiritual sobre o assunto. Por causa de nossas formações diferentes, tivemos de ceder em vários aspectos de preferência pessoal. Chegamos a um meio-termo.”

Aret e Penny fizeram algo parecido. Sobre seu dia de casamento, Aret diz: “Eu e Penny conversamos sobre nossas diferentes preferências para o dia de casamento, e chegamos a um bom acordo. Pedimos a Jeová que abençoasse aquele dia. Além disso, pedi conselhos a nossos pais e a alguns casais maduros da congregação. As sugestões deles foram muito úteis. O nosso casamento foi lindo.”

Manter a dignidade na maneira de se vestir

É compreensível que tanto o noivo como a noiva queiram estar bem vestidos no casamento. (Salmo 45:8-15) Talvez gastem tempo, esforço e dinheiro para conseguir uma roupa apropriada. Que princípios bíblicos podem ajudá-los a escolher algo que seja tanto dignificante como bonito?

Consideremos o que a noiva veste para a ocasião. Embora os gostos variem de pessoa para pessoa e de país para país, o alerta da Bíblia vale em qualquer lugar. As mulheres devem ‘adornar-se em vestido bem arrumado, com modéstia e bom juízo’. Isso se aplica às mulheres cristãs em todas as ocasiões, e certamente inclui o dia do casamento. Na verdade, um casamento feliz não exige uma “vestimenta muito cara”. (1 Timóteo 2:9; 1 Pedro 3:3, 4) Vale a pena aplicar esse conselho.

David, já mencionado, diz: “A maioria dos casais procura seguir os princípios bíblicos, o que é elogiável. Mas já houve casos em que o vestido da noiva e o das damas não eram modestos, sendo muito decotados ou transparentes.” Na sua reunião prévia com os noivos, certo ancião cristão maduro os ajuda a manter uma perspectiva espiritual nesse assunto. Como? Por perguntar-lhes se a roupa que pretendem usar seria suficientemente modesta para ser usada numa reunião cristã. É verdade que a roupa de casamento pode ser diferente daquela que normalmente se usa nas reuniões congregacionais, e ela talvez reflita os costumes locais, mas o nível de modéstia deve estar de acordo com os dignificantes padrões cristãos. Mesmo que alguns no mundo achem que o código moral da Bíblia seja restritivo, os cristãos verdadeiros preferem resistir às tentativas do mundo de ajustá-los ao seu molde. — Romanos 12:2; 1 Pedro 4:4.

“Em vez de considerar as roupas ou a recepção como a coisa mais importante”, diz Penny, “Aret e eu nos concentramos na cerimônia, no aspecto espiritual da ocasião. Foi a parte mais importante do dia. Do que mais me lembro não é da roupa que usei, ou da comida que servimos, mas das pessoas com quem passei o dia e da felicidade de me casar com o homem que eu amo”. É bom que os noivos cristãos cultivem pensamentos assim ao planejarem seu casamento.

Salão do Reino — um local dignificante

Muitos noivos cristãos desejam que seu casamento se realize num Salão do Reino, se possível. Por quê? Certo casal explicou seu modo de pensar: “Entendemos que o casamento é uma provisão sagrada de Jeová. O fato de termos nos casado no Salão do Reino, nosso local de adoração, ajudou a incutir em nós, desde o início, que Jeová tinha de fazer parte de nossa união. Outro benefício foi mostrar aos nossos parentes convidados que não são Testemunhas de Jeová o quanto valorizamos a adoração divina.”

Se os anciãos responsáveis pelo Salão do Reino permitirem que o casamento se realize ali, os noivos devem avisá-los de antemão sobre o que planejam fazer. Uma maneira em que o noivo e a noiva podem mostrar o devido respeito pelos convidados é estarem firmemente decididos a chegar na hora marcada. E com certeza cuidarão de que tudo seja feito de modo dignificante.b (1 Coríntios 14:40) Assim evitarão exibições de mau gosto que caracterizam muitos casamentos no mundo. — 1 João 2:15, 16.

Os convidados também podem mostrar que têm o conceito de Jeová sobre o casamento. Por exemplo, eles evitam comparar um casamento cristão com outro, como se houvesse algum tipo de competição quanto a qual foi o mais elaborado. Os cristãos maduros sabem também que ouvir o discurso bíblico no Salão do Reino é mais importante e proveitoso do que ir a uma possível festa de casamento. Se as circunstâncias impedirem que um cristão compareça aos dois eventos, ir ao Salão do Reino certamente seria preferível. Um ancião chamado William diz: “Os convidados que sem motivo não vão ao Salão do Reino, mas sim à recepção mais tarde, revelam falta de apreço pelo caráter sagrado da ocasião. Mesmo sem sermos convidados para a recepção, a nossa presença no Salão do Reino mostrará nosso apoio aos noivos e dará bom testemunho para os parentes que não são Testemunhas de Jeová que lá estiverem.”

Alegria que vai além do dia do casamento

O mundo empresarial transformou a celebração de casamento num vultoso negócio. Segundo um relatório recente, um casamento mediano nos Estados Unidos “custa 22 mil dólares, ou metade da renda média [anual] de uma família americana”. Influenciados pela propaganda, muitos noivos ou suas famílias contraem para aquele único dia uma dívida tão grande que levarão anos para pagar. Será essa uma maneira sensata de começar um casamento? Aqueles que desconhecem ou não se importam com os princípios bíblicos talvez optem por essa extravagância, mas não é assim entre os cristãos verdadeiros.

Por manterem o tamanho da festa dentro do razoável e do possível, e por focalizarem o aspecto espiritual do evento, muitos casais cristãos têm podido usar seu tempo e seus recursos em consonância com a sua dedicação a Deus. (Mateus 6:33) Veja o exemplo de Lloyd e Alexandra, que ainda estão no ministério de tempo integral depois de 17 anos de casados. Lloyd comenta: “Alguns talvez tenham achado que o nosso casamento foi muito simples, mas eu e Alexandra estávamos bem contentes. Não queríamos que o dia do nosso casamento fosse uma carga financeira, mas sim uma celebração da provisão de Jeová para a grande felicidade de duas pessoas.”

Alexandra acrescenta: “Eu já era pioneira antes de me casar, e não queria largar esse privilégio só para ter um casamento suntuoso. O dia do nosso casamento foi muito especial, mas foi apenas o primeiro de uma convivência pelo resto de nossas vidas. Aplicamos o conselho de não valorizar demais o ato de casar-se, e temos buscado a orientação divina para nossa vida de estar casados. Jeová certamente nos tem abençoado.”c

O dia de seu casamento é, sem dúvida, uma ocasião especial. As atitudes e as ações manifestadas nesse dia podem estabelecer um padrão para sua vida de casados nos anos à frente. Portanto, confiem nas orientações de Jeová. (Provérbios 3:5, 6) Pensem em especial no significado espiritual desse dia. Apóiem um ao outro em seus respectivos papéis designados por Deus. Desse modo lançarão um alicerce sólido para seu casamento e, com as bênçãos de Jeová, terão alegria que durará muito além desse dia. — Provérbios 18:22.