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Fracasso dos planos humanos enquanto o propósito de Deus é bem sucedidoA Sentinela — 1975 | 15 de abril
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com seu Conselho de Segurança e sua Conferência de Desarmamento, não é o modo de Deus unificar toda a humanidade numa terra sem guerra e segura. Desde a Segunda Guerra Mundial de 1939-1945 E. C., a humanidade está dividida em mais grupos nacionais do que jamais antes, cada grupo reivindicando soberania nacional. A divisão da raça humana é aumentada por diferenças lingüísticas, costumes diversos, objetivos e ideologias políticos opostos, e pelos preconceitos raciais e religiosos. A autodeterminação e a autopreservação são os fatores predominantes. O governo mundial pelo homem é impossível e a unificação de toda a humanidade não virá por tais meios. O mundo da humanidade não pode ser unido entre si, porque os homens não estão unidos ao único Deus vivente e verdadeiro, Jeová. Seu Filho, Jesus Cristo, disse que o governante deste mundo é Satanás, o Diabo, o governante dos demônios. Em harmonia com isso, o apóstolo cristão Paulo disse que este governante do mundo é também “o deus deste sistema de coisas”, que cega as mentes dos que não estão em união com Jeová Deus. — João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Cor. 4:4.
18, 19. (a) Onde se precisa restabelecer a ordem e a união, e por quê? (b) Para este fim, o que intenciona Deus executar no “pleno limite dos designados”?
18 A falta de união com Deus, por parte da humanidade, não é nada menos do que o reflexo visível da desunião que existe no invisível domínio celestial da parte de Satanás e seus demônios para com Jeová Deus. Portanto, precisa haver um restabelecimento de ordem e união, tanto nos céus espirituais como na terra. O propósito infalível de Deus toma em consideração tal necessidade universal e faz provisões para ela. O escritor inspirado da carta à congregação na antiga Éfeso, na Ásia Menor, escreveu-lhe sobre isso nas seguintes palavras:
19 “[Deus] nos [fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas [ou: reunir a si (sob uma só cabeça) todas as coisas] no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros, visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade.” — Efé. 1:9-11, NM; Rotherham; Diaglott.
20, 21. (a) Contra o que se queixa o povo em cada nação? (b) Que motivo válido mostrou Salomão haver para o desassossego do povo?
20 Assim, era do propósito de Deus administrar os assuntos ou seguir um proceder de ação que levaria à unificação nas coisas celestiais e nas coisas terrenas. Era segundo o beneplácito de Deus que houvesse uma administração, uma gerência, uma mordomia, por meio dum proceder especial da parte de Deus. Assim, o termo “administração” não se refere ao reino messiânico de Seu Filho Jesus Cristo. Hoje há grandes queixas da parte das pessoas, em toda nação, por causa dos governos sobre elas e do modo em que administram ou manejam as coisas. Deve haver um motivo válido para o desassossego e a rebeldia do povo. Um provérbio antigo indica o motivo, dizendo: “Quando os justos se tornam muitos, o povo se alegra; mas quando um iníquo está dominando, o povo suspira.” (Pro. 29:2) O sábio Rei Salomão de Jerusalém observou a administração opressiva de homens, nos seus próprios dias, e disse:
21 “Eu mesmo retornei, a fim de ver todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol, e eis as lágrimas dos oprimidos, mas eles não tinham consolador; e do lado dos seus opressores havia poder, de modo que não tinham consolador. E congratulei os mortos que já tinham morrido, em vez de os vivos que ainda viviam.” — Ecl. 4:1, 2. Também 5:8; 7:7.
22. Depois de milhares de anos de opressão pela administração humana, qual é a situação quanto a consolo e libertação para a humanidade?
22 Às vezes, as pessoas são levadas a agir como que loucas por causa da opressão. (Ecl. 7:7) Depois de milhares de anos de opressão e em face das condições mundiais na atualidade, mostra-se veraz que o povo oprimido não tem consolador de parte alguma da atual administração mundial dos assuntos humanos. Não há salvação para eles, nem libertação deles, de fontes humanas.
23. Segundo o propósito de Deus, como se dará a unificação de todas as pessoas, e o que significará isso para elas?
23 O Deus todo-sábio previu há muito tempo a necessidade duma administração ou gerência melhor dos assuntos, e, segundo o seu beneplácito, propôs-se instituir tal administração. Sob esta administração dos assuntos por ele realizar-se-á a unificação de todo o povo. Isto significará paz, harmonia e segurança em todas as partes da terra.
24. Quem é o agente unificador, por meio de quem Deus administrará as coisas, e qual é o propósito definido desta administração?
24 Vejamos como o Deus Todo-poderoso passou a administrar os assuntos. Vejamos o agente unificador por meio de quem Deus administra as coisas. Este é o Messias de Deus, seu Ungido, o Cristo. Por isso, o inspirado escritor bíblico aponta para este ao dizer que a administração a ser posta em operação “no pleno limite dos tempos designados” tem um propósito definido, “a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros.” (Efé. 1:9-11) Há muito preconceito e prevenção contra este Jesus Cristo, tanto nas partes religiosas como nas não-religiosas da humanidade; contudo, que espécie de administração devemos esperar de Deus por meio dele,
25, 26. (a) O que disse profeticamente o Salmo 72 sobre os tratos do Messias com os pobres? (b) Que registro se fornece em Atos 10:37-39 sobre a obra de alívio realizada pelo Messias Jesus?
25 O Salmo 72:12-14 diz profeticamente a respeito do Messias, que é maior do que o Rei Salomão, cujo governo acabou sendo opressivo para o povo de Israel: “Livrara ao pobre que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso aos seus olhos.” Temos todo motivo de crer que o Messias Jesus cumprirá esta profecia no futuro próximo. Precisamos apenas olhar para trás, dezenove séculos, quando ele esteve na terra como homem perfeito, e perguntar: Que opressão e violência praticou ele para com o povo? O relato das Escrituras inspiradas dá a Jesus Cristo uma ficha limpa, até mesmo com mérito, por ele aliviar o povo. Certo judeu que quase que constantemente o acompanhava durante sua carreira pública e que o observava de perto disse a uma assistência de não-judeus:
26 “Sabeis de que assuntos se falava em toda a Judéia, principiando da Galiléia, depois do batismo pregado por João, a saber, Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo e poder, e ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo; porque Deus estava com ele. E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez tanto no país dos judeus como em Jerusalém; mas eles também o eliminaram, pendurando-o num madeiro.” — Atos 10:37-39.
27, 28. (a) Como veio a ter Jesus uma dupla reivindicação do reino do Rei Davi sobre Israel? (b) Em harmonia com isso, o que disse Isaías 9:6, 7, sobre o domínio principesco do Messias?
27 Precisamos lembrar-nos de que este Jesus, a quem Deus ungiu para ser Rei messiânico sobre toda a humanidade, era descendente natural do Rei Davi de Jerusalém, por nascimento milagroso na família real de Davi. Como tal, era herdeiro natural do reino de Davi sobre Israel. O homem que adotou Jesus como seu primogênito também era descendente do Rei Davi, mediante Salomão, e por isso tinha o direito legal ao reino de Davi. O pai adotivo, José, carpinteiro de Nazaré, concedeu tal direito legal a Jesus por adotá-lo como seu primogênito. (Luc. 2:1-24; 3:23-38; Mat. 1:1 a 2:23) Deste modo, este Jesus, que nasceu em Belém, “cidade de Davi”, pôde duplamente reivindicar a herança do reino de Deus sobre Israel. Ora, sobre este Descendente de Davi, sobre cujos ombros se há de colocar o domínio principesco, disse o inspirado profeta Isaías:
28 “Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.” — Isa. 9:6, 7.
29. Assim, de que tipo será, o domínio principesco do Messias, e por que não virá existir por voto democrático do povo?
29 Aqui temos uma promessa do Deus Altíssimo, de que o reino davídico do seu Messias não só será legítimo, mas também estabelecido e mantido em juízo e justiça. Este governo de salvação para o povo será estabelecido pelo próprio Deus, não pelo voto democrático do povo, pois, conforme disse o profeta Isaías, “o próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso”.
30, 31. (a) Como forneceu Deus uma garantia a respeito do governo prometido do Cristo? (b) Que testemunho disso deu Pedro em Atos 10:40-43?
30 Jeová realizará aquilo pelo qual é zeloso. Inspirou muitas outras profecias bíblicas a respeito do governo perfeito que o Messias Jesus dará a toda a humanidade. Deu-nos uma garantia deste governo prometido por ressuscitar a Jesus Cristo dentre os mortos, no terceiro dia, em vindicação da inocência deste. Conforme o apóstolo Pedro prosseguiu dizendo, depois de falar de Jesus ter sido pendurado injustamente numa estaca:
31 “Deus ressuscitou a Este no terceiro dia e lhe concedeu tornar-se manifesto, não a todo o povo, mas a testemunhas designadas de antemão por Deus, a nós, os que comemos e bebemos com ele depois de seu levantamento dentre os mortos. Também, ele nos ordenou que pregássemos ao povo e que déssemos um testemunho cabal de que Este é o decretado por Deus para ser juiz dos vivos e dos mortos. Dele é que todos os profetas dão testemunho, de que todo aquele que deposita fé nele recebe perdão de pecados por intermédio de seu nome.” — Atos 10:40-43.
UM CORPO FIDEDIGNO DE ASSOCIADOS NA ADMINISTRAÇÃO DOS ASSUNTOS HUMANOS
32. Deus podia assim passar a fazer que obra de ajuntamento, tendo a quem por Agente para reunificar as coisas?
32 A fim de que este ressuscitado Jesus Cristo pudesse servir como Agente de Deus para reajuntar as coisas, Deus o enalteceu ao trono divino nos céus. (Atos 2:33-36; 1 Ped. 3:22) Deus podia assim passar a “ajuntar novamente todas as coisas no Cristo”, não só as coisas na terra, mas também as “coisas nos céus”. Jesus Cristo é assim um Messias celestial, sobre-humano, com poderes maiores para fazer o bem às pessoas do que quando esteve aqui na terra como homem perfeito. Toda a humanidade será unificada debaixo dele como Cabeça designada por Deus, o Grande Administrador.
33. O que intencionou Deus que o Cristo tivesse associado consigo em cuidar dos assuntos humanos, e, por isso, o que formou primeiro na terra?
33 Contudo, Deus tomou o propósito de que seu Filho Jesus Cristo tivesse um corpo de associados consigo em cuidar dos assuntos humanos. Estes companheiros para reger a humanidade haviam de ser tirados dentre a humanidade. Enquanto ele ainda estava na terra, eles deviam ser formados numa congregação com um vínculo de união com ele. O apóstolo Paulo, ao escrever à congregação em Éfeso, prosseguiu dizendo: “É segundo a operação da potência de sua força [da de Deus], com que ele tem operado no caso do Cristo, quando o levantou dentre os mortos e o assentou à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir. Sujeitou também todas as coisas debaixo dos pés dele, e o fez cabeça sobre todas as coisas para a congregação, a qual é o seu corpo.” — Efé. 1:19-23.
34. De que procedência seriam tirados os membros do “corpo” e como se removeu a barreira entre eles?
34 Então, o que dizer dos membros desta congregação, o “corpo” de Jesus Cristo? Ora, foi do propósito generoso de Deus que este fosse constituído não só daqueles que haviam sido judeus circuncisos, mas também dos que haviam sido não-judeus ou gentios. Eles haviam estado desunidos durante 1.545 anos (desde 1513 A. E. C. até 33 E. C.). A barreira, “o muro no meio, que os separava”, era o pacto da lei mediado pelo profeta Moisés no ano 1513 A. E. C. No ano 33 E. C., Jesus Cristo foi usado por Deus como o meio para remover esta barreira mediante sua morte numa estaca de tortura. Conforme o apóstolo prosseguiu, dizendo: “Por meio de sua carne [pendurada na estaca de tortura], ele aboliu a inimizade, a Lei de mandamentos, consistindo em decretos, para que dos dois povos, em união consigo mesmo, criasse um novo homem e fizesse paz; e para que reconciliasse plenamente ambos os povos com Deus, em um só corpo, por intermédio da estaca de tortura, porque ele matara a inimizade por meio de si mesmo.” — Efé. 2:14-16.
35. (a) Quando foram os gentios incircuncisos introduzidos no “corpo” congregacional? (b) Quantos membros devia ter o corpo?
35 Três anos e meio depois da remoção da barreira legal, Deus começou a trazer gentios, não-judeus, ao “corpo” congregacional de Jesus Cristo. Deus fez isso por enviar o apóstolo Pedro a pregar a mensagem do reino do Messias de Deus a gentios incircuncisos, interessados. Quando estes aceitaram a mensagem do Reino, Deus os ungiu com espírito santo e eles foram batizados como cristãos. (Atos 10:1-48) Depois, e especialmente após a destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70 E. C., muitos gentios foram batizados no “corpo” congregacional de Jesus Cristo; assim foram batizados com ele qual sua “cabeça” espiritual. Assim como o corpo humano tem um número específico de membros para ser completo, assim também este “corpo” congregacional de Cristo tem um número específico, limitado, de membros. O último livro da Bíblia Sagrada diz claramente que o número dos membros do “corpo” é limitado a 12 x 12.000, ou seja, 144.000. — Rev. 7:4-8; 14:1-3.
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Desertos florescem em IsraelA Sentinela — 1975 | 15 de abril
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Desertos florescem em Israel
● O Negebe é uma região desértica ao sul do que antigamente se chamava de “montes de Judá”. Nos tempos bíblicos, Abraão encontrava no Negebe pastagens para grandes rebanhos. (Gên. 13:1, 2) Mas, por bem mais de mil anos, a região ficou sendo uma desolação quase que completa. Contudo, antigas ruínas de cisternas e restos de cidades dão testemunho de que esta região tinha antes uma população considerável, com lavouras em cultivo.
Agora, as experiências modernas demonstram que o Negebe pode realmente ser produtivo. A revista “Natural History” fala de fazendas experimentais usando “agricultura de escoamento” com socalcos, captadores de água e canais para tirar o máximo proveito da chuva escassa (80 a 120 milímetros anualmente). As fazendas produzem agora pêssegos, damascos, amêndoas, romãs, figos e azeitonas, bem como aspargos, trigo, cevada e outros produtos.
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