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  • Alcoolismo — os fatos, os mitos
    Despertai! — 1983 | 8 de janeiro
    • A maior diferença, porém, entre o beber do alcoólatra e o de pessoas normais é o controle. Aquele que bebe em ocasiões sociais, mesmo o que bebe muito, em geral é capaz de decidir quando e quanto ele ou ela vai beber. O alcoólatra é incapaz disso. Sistematicamente, ele bebe mais do que intencionava.

      Será que outros estão ficando crescentemente apreensivos por causa de seus hábitos de beber? Seja honesto consigo mesmo. ‘Posso parar a hora que quiser’, talvez diga. E provavelmente tenha razão. Mas, “largar o copo” não é um teste, porque mesmo os mais inveterados alcoólatras podem às vezes fazer isso temporariamente. Além do mais, como você se sente durante os períodos de abstinência — calmo e descontraído, ou nervoso e tenso? Lembre-se, a chave é o controle. Assim, o livro Alcoholics Anonymous (Alcoólatras Anônimos) diz: “Se ao beber você tiver pouco controle sobre a quantidade que consome, provavelmente é um alcoólatra.”

      ● Por Que o Alcoólatra não Vê o Que Lhe Acontece?

      À medida que a sua condição piora, o senso de dignidade pessoal do alcoólatra se deteriora e em seu lugar florescem a ansiedade, o sentimento de culpa, a vergonha e o remorso. Para se aceitar, ele inconscientemente usa de várias ‘defesas’.

      Racionalização: Ele dá a seu hábito de beber e a seus efeitos uma variedade de desculpas: “Estou nervoso”, “estou deprimido”, “tomei com estômago vazio”.

      Projeção: Ele transfere a outros seus sentimentos de dor. Passa a encarar os outros como “odiosos”, “rancorosos”, “maus”, “contra mim”.

      Repressão: Ele descarta os dolorosos episódios causados pela bebida, realmente convencendo a si mesmo de que esses jamais ocorreram. Assim, vendo sua esposa aborrecida por causa da bebedeira na noite anterior, ele talvez se incline e pergunte: ‘Você está chateada com alguma coisa?’ E ela mal crê no que ouve.

      Recordação Eufórica: Às vezes sua lembrança de episódios ligados à bebida é eufórica ou feliz. Assim, talvez diga: ‘Sim, eu bebi uns tragos ontem à noite, mas eu estava bem lúcido’ — quando, na verdade, não estava ‘bem lúcido’. O álcool distorceu sua percepção.

      Tais defesas erguem uma barreira que impede o alcoólatra de enxergar o que se passa com ele. Ele necessita de ajuda.c

      ● Que Espécie de Ajuda É Necessária?

      ‘Tudo o que precisa é de ajuda para parar de beber’, talvez pense. Mas ele precisa mais.

      Fisicamente: Ele precisa, de maneira segura, livrar-se do álcool (“desintoxicar-se”). Isto talvez exija hospitalização, de modo que os problemas de saúde ligados ao álcool também possam ser tratados. A recuperação física, porém, não é o suficiente. Se fosse, uma vez que se sinta melhor, talvez pense: ‘Agora posso resolver o problema.’

      Mentalmente: Ele deve aprender os fatos a respeito do alcoolismo, conscientizando-se deles, e aceitar as razões lógicas para que se abstenha. Este conhecimento o ajudará em sua luta vitalícia para manter a sobriedade.

      Socialmente: Precisa aprender a viver sentindo-se bem consigo mesmo e com outros.

      Emocionalmente: Deve aprender a enfrentar a ansiedade e os outros sentimentos negativos no seu íntimo. Precisa aprender a ser feliz sem o álcool.

      Espiritualmente: Visto que ele é dado à desesperança e ao medo, necessita de ajuda que inspire esperança, segurança e confiança.

      ● Onde se Pode Encontrar tal Ajuda?

      Embora existam várias formas de tratamento disponíveis, uma coisa se destaca como imperativa — ter alguém perspicaz e compassivo com quem falar, talvez alguém que já tenha passado pelo problema e se recuperado. Isso pode inspirar confiança, pois leva o alcoólatra a crer que ele também pode recuperar-se.

      Muitos alcoólatras têm sido ajudados por algum centro de reabilitação de alcoolismo. Tais centros talvez tenham uma equipe que inclui especialistas de vários campos, tais como médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais experientes. Ali, em geral, o paciente passa por um extensivo processo educacional através do qual aprende a respeito do alcoolismo dum modo que possa aceitar.

      Também, sessões de terapia grupal conduzidas por conselheiros treinados talvez ofereçam ao paciente apoio prático para a solução de seus problemas e o ajudem a se abrir e conscientizar-se das defesas que inconscientemente tem usado. Visto que ele não pode mudar o que não pode ver, tal perspicácia ajuda na recuperação. Qualquer que seja a terapia empregada, porém, o alvo básico é ajudar o paciente a aprender a controlar o estado emocional sem recorrer ao álcool.

      Contudo, uma vez terminado tal tratamento, o alcoólatra em recuperação talvez se confronte face a face com as realidades que costumavam induzi-lo a beber. Talvez persistam sentimentos negativos sobre si mesmo, problemas de família ou uma abalada situação relacionada com o emprego. É óbvio que ele necessita de ajuda contínua a fim de enfrentar tudo isso. Em busca de tal ajuda, alguns recorrem a grupos de voluntários locais compostos de alcoólatras em recuperação empenhados em ajudar-se mutuamente.d

      Há disponível, porém, outra fonte de ajuda, uma que pode dar ao alcoólatra em recuperação força “além do normal” em sua luta diária para enfrentar a vida e conservar a sobriedade. De que se trata? — 2 Coríntios 4:7, 8.

      “Meu êxito”, declara um alcoólatra em recuperação, “é atribuível à minha fé em Jeová, ao poder da oração e à ajuda prestada por meus irmãos cristãos. Sem isso eu estaria agora na sarjeta, ou morto, por causa do álcool”. Sim, foi por estudar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová e por assistir a reuniões cristãs que este homem adquiriu uma fé real em Deus e em amorosos companheiros cristãos. Mas, em que sentido podem estes ajudar?

      Bem, o estudo da Palavra de Deus pode ajudar o alcoólatra em recuperação a mudar seu modo de vida. (Romanos 12:1, 2) Os sentimentos de culpa e o remorso se atenuam à medida que passa a conhecer a Jeová qual Deus misericordioso, perdoador. (Êxodo 34:6, 7) Também, os princípios bíblicos mostram para ele como melhorar a vida familiar, como ser o tipo de empregado que todo patrão gostaria de ter e como evitar pensamentos e ações que criem indevida ansiedade e preocupação. — Efésios 5:22-33; Provérbios 10:4; 13:4; Mateus 6:25-34.

      À medida que edifica um relacionamento de confiança com Jeová Deus, ele aprende a transferir suas preocupações e fardos para Jeová, confiantemente, em oração. Com a ajuda de amorosos irmãos cristãos, aprende a comunicar claramente seus sentimentos e necessidades e chega a entender que pode achegar-se a outros sem temer. Tais relacionamentos inspiram o sentimento de segurança e o senso de valor próprio, tão necessários para o alcoólatra em fase de recuperação. — Salmo 55:22; 65:2; Provérbios 17:17; 18:24.

      Assim, será que seu hábito de beber passou a ser uma preocupação para você mesmo ou para outros? Será que a bebida tem-lhe causado problemas em um ou mais aspectos de sua vida? Então, faça alguma coisa a respeito! Por que persistir em algo que pode causar-lhe tanta dor e dificuldade? Por aprender os fatos (não mitos) e agir em harmonia com eles é possível regenerar-se do alcoolismo e levar uma vida feliz e produtiva.

  • Recuperando-se do alcoolismo
    Despertai! — 1983 | 8 de janeiro
    • Recuperando-se do alcoolismo

      A História Dele

      OS NÚMEROS no telefone pareciam embaralhados, ao tentar discar o número da minha própria casa. Os cinco comprimidos que eu tomara antes atingiam nesse instante o seu efeito máximo. Enquanto me segurava no telefone público para não cair, ouvi a voz de minha mãe: “Alô, quem fala?”

      “Sou eu”, balbuciei, esforçando-me ao máximo para me concentrar. “Eu não vou para casa esta noite; vou dormir na casa de um amigo.” Era uma luta cada palavra que eu pronunciava. Parecia que a minha língua pesava uns vinte quilos.

      “Oh, não!”, suspirou mamãe. “Você tomou comprimidos de novo! Você está alto!”

      Pendurei o telefone e dirigi-me, cambaleando, para o carro. Eu não ia passar a noite na casa de um amigo. Em vez disso, dirigi-me de carro à praia. Ao avançar, percebi que eu estava na contramão — numa rodovia principal. Por pouco os carros que vinham em sentido contrário não bateram em mim, quando atravessei a pista para pegar a estrada que levava à praia. Estacionei o carro e dormi até o dia seguinte.

      Esse é apenas um incidente que mostra como o alcoolismo quase me custou a vida. ‘Mas, que tem a ver tomar comprimidos com ser alcoólatra?’, talvez pergunte. Bem, naquele tempo eu também não entendia a relação. Mas eu ia descobrir — da maneira difícil.

      Antes, permita-me fornecer-lhe alguns dados do meu passado. Comecei a tomar comprimidos quando era adolescente. Iniciei

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