seu ato leal de manter o acampamento de Israel limpo de imoralidade e idolatria. — Núm. 25:10-13.

14. Mostre que Deus não necessariamente requer que seu povo faça grandes coisas para que o agrade.

¹⁴ A consideração amorosa de Deus e seu apreço pela fé e pelos atos de devoção de seus servos são tão profundos, que não necessariamente precisam fazer grandes coisas para agradá-lo. Jesus observou a respeito da viúva que lançou apenas duas moedas, no valor de aproximadamente dois centavos, na caixa de contribuições do templo: “Esta viúva, embora pobre, lançou neles mais do que todos eles”, os ricos. (Luc. 21:3) E quando Maria, irmã de Lázaro e Marta, ungiu Jesus com óleo perfumado, Jesus disse: “Onde quer que se preguem estas boas novas em todo o mundo, o que esta mulher fez também será contado em lembrança dela.” (Mat. 26:6-13) Deus cuidou de que se cumprissem as palavras de Jesus, porque este ato de devoção é relatado em três das narrativas evangélicas. — Mar. 14:3-9.

15. Então, como deve sentir-se se tiver sido sincero no seu serviço a Deus mas não pôde fazer muito ou não viu grandes resultados de seu trabalho?

¹⁵ Por conseguinte, que dizer se sua situação lhe possibilitou gastar apenas pouco tempo na proclamação das boas novas? O que dizer se não teve bom êxito em ajudar outros a aprender a verdade diretamente por meio de estudos bíblicos? Se seu esforço foi feito em fé sincera, será que passou despercebido ou sem ser apreciado por Jeová Deus? De modo algum. Não só lhe dá ele seu amor por isso, mas ele pode também fazer crescer a semente que plantou e fazer que suas obras produzam frutos. O apóstolo Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus o fazia crescer.” — 1 Cor. 3:6.

AGRADE-SE DE SEU SERVIÇO PRESTADO A JEOVÁ

16. Por que é que nenhuma das testemunhas de Jeová, ao ver chegarem tantas pessoas novas, pode dizer que não teve parte neste aumento?

¹⁶ Portanto, quando vê novas pessoas chegar ao Salão do Reino e quando vê recém-batizados, pode dizer que não teve participação nisso? Não, se tiver tido parte em fazer a vontade de Deus. A congregação é um corpo, e ela representa a Deus e exerce sua influência de maneira coletiva, de modo que todos participam. Além disso, pela sua conduta reta, sua qualidade amistosa, especialmente para com os que freqüentam as reuniões — de fato, pela sua própria presença nas reuniões, exerce forte influência em ajudá-los ao caminho da vida. Quanto ao conceito que Deus forma sobre a importância de cada um dos do seu povo, grandes e pequenos, o apóstolo Paulo escreveu:

“Pois o corpo, deveras, não é um só membro, porém muitos. Se o pé dissesse: ‘Visto que não sou mão, não sou parte do corpo’, não é por esta razão que deixaria de ser parte do corpo. E se o ouvido dissesse: ‘Visto que não sou olho, não sou parte do corpo’, não é por esta razão que deixaria de ser parte do corpo. Se o corpo inteiro fosse só olho, onde ficaria o sentido do ouvido? Se tosse todo ouvido, onde ficaria o olfato? Mas Deus pôs agora os membros no corpo, cada um deles assim como lhe agradou.” “E, se um membro sofre, todos os outros membros sofrem com ele; ou, se um membro é glorificado, todos os outros membros se alegram com ele.” — 1 Cor. 12:14-18, 26.

17. Como quer Jeová que nos sintamos a respeito do serviço que lhe prestamos?

¹⁷ Para todos os que ‘saborearam e viram que Jeová é bom’, o serviço de Jeová é agradável em todos os seus aspectos. (Sal. 34:8) É um serviço voluntário. (Sal. 110:3) Magoaria a Jeová se qualquer dos seus servos se sentisse obrigado, ou não fosse feliz, alegrando-se em fazer a vontade dele. Jesus achou grande alegria em todo o seu serviço a Jeová. (Sal. 40:8; Heb. 12:2) Visto que Jeová quer que sejamos felizes, servir a tal Deus agradável não é uma questão de se ser ascético, sério demais, sempre negando a si mesmo tudo o que não seja trabalho. A Bíblia aconselha: “Não fiques justo demais, nem te mostres excessivamente sábio. Por que devias causar a ti mesmo a desolação?” — Ecl. 7:16.

18. Como nos devemos sentir para com os outros que servem a Jeová e quanto a comparar nossa atividade com a deles?

¹⁸ Tampouco devemos comparar nossa atividade com a duma outra pessoa ou impor-lhe nossa consciência. O apóstolo Paulo disse aos cristãos na Galácia, que faziam comparações e se restringiam com regras desnecessárias: “Onde está então essa felicidade que tivestes?” Disse mais: “Se alguém acha que ele é alguma coisa, quando não é nada, está enganando a sua própria mente. Mas, prove ele quais são as suas próprias obras, e então terá causa para exultação, apenas com respeito a si próprio e não em comparação com outra pessoa.” — Gál. 4:9-15; 6:3, 4; 2 Cor. 10:12.

19. (a) Que coisas protetoras providas por Jeová deve o cristão apreciar e respeitar? (b) Que efeito tem o conceito razoável sobre o serviço prestado a Deus?

¹⁹ Naturalmente, cada testemunha de Jeová tem de aceitar a disciplina paternal de Jeová. (Heb. 12:7-11) Deve ser acessível ao conselho bíblico de concristãos e deve agir em harmonia com a congregação. (Gál. 6:1; Heb. 13:17; Fil. 1:27) Também precisa exercer autodomínio, a fim de não se deixar dominar pelas inclinações humanas, imperfeitas. (1 Cor. 9:26, 27; Pro. 6:9-11) Contudo, não se exige dos servos de Deus esforçar-se desarrazoadamente. Por exemplo, talvez planeje gastar certo tempo no serviço de campo. Contudo, se ficar cansado, não é melhor parar e descansar alguns minutos, começando depois de novo, em vez de sentir-se impelido a prosseguir sem parar? De fato, isto poderá habilitá-lo realmente a servir Jeová melhor, porque está descansado, feliz, e apto a pensar de modo mais claro. Ou, se sentir frio e cansaço, não é melhor parar para tomar uma bebida quente para se aquecer e revigorar, e depois continuar, em vez de se forçar implacavelmente, pondo em risco sua alegria e eficiência? Jesus trabalhava de toda a alma, contudo, reconhecia a necessidade de descansar ocasionalmente, e não se sentia culpado ao fazer isso. (Mar. 6:31, 32) Além disso, “o coração alegre tem bom efeito sobre o semblante”, e as pessoas às quais dá testemunho não podem deixar de ficar favoravelmente influenciadas, se for feliz. — Pro. 15:13.

20. Qual será o resultado se realmente gostar de seu serviço a Jeová?

²⁰ Por isso, tenha prazer no seu serviço a Jeová. Alegre-se e agrade-se dele. (Fil. 4:4) Ele não quer que a adoração prestada a ele seja um fardo. Se tiver prazer no seu serviço, seu coração o induzirá a fazer ainda mais. A felicidade é contagiosa, e este espírito se manifestará em toda a congregação. Os novatos o observarão e também verão que os caminhos de Jeová são deveras um deleite e o acompanharão no serviço fiel a ele. — Zac. 8:23.

Perguntas dos Leitores

● O que queria dizer o apóstolo Paulo com as palavras: “Quando chegar o que é completo, será eliminado o que é parcial”?

Estas palavras aparecem num contexto que salienta o modo superior do amor. Lemos: “O amor nunca falha. Mas, quer haja dons de profetizar serão eliminados; quer haja línguas, cessarão; quer haja conhecimento, será eliminado. Pois temos conhecimento parcial e profetizamos parcialmente mas, quando chegar o que é completo, será eliminado o que é parcial. Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, raciocinar como pequenino; mas agora que me tornei homem, eliminei as caraterísticas de pequenino. Pois, atualmente vemos em contorno indefinido por meio dum espelho de metal, mas então será face a face. Atualmente eu sei em parte, mas então saberei exatamente, assim como também sou conhecido exatamente.” — 1 Cor. 13:8-12.

Paulo mostrou assim que os dons milagrosos de profetizar, conhecimento e falar em línguas não eram permanentes. Haviam de cessar. E cessaram mesmo. Evidentemente, estes dons foram apenas conferidos na presença de um ou mais dos apóstolos diretamente escolhidos por Jesus Cristo. (Atos 2:1, 4, 14; 8:9-20; 10:44-46; 19:6) Assim, com a morte destes apóstolos, cessou a concessão destes dons milagrosos.

Em vista da natureza temporária dos dons milagrosos, Paulo exortou os cristãos em Corinto a seguir o modo permanente e superior do amor e a não considerar estes dons milagrosos como a maior consecução do cristão.

Embora o próprio Paulo fosse dotado de dons