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  • Fazei amigos para vós mesmos
    A Sentinela — 1962 | 1.° de setembro
    • que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Qualquer, portanto, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tia. 4:4) O mundo iníquo está condenado à destruição no Armagedon e os amigos dêle serão também destruídos. (1 João 2:15-17) Segundo predito no cântico profético da vitória de Baraque e Débora: “Pereçam todos os teus inimigos, ó Jeová, e que todos os que te amam sejam como o sol, quando se levanta no seu esplendor.” — Juí. 5:31.

      12, 13. (a) Por que não são as riquezas a espécie de amigos que os cristãos devem fazer? (b) Que escolha há referente a senhores, e por que nenhum cristão pode ser escravo de dois senhores?

      12 Tampouco são as riquezas a espécie de amigos que os cristãos devem fazer para si. Ao discutir o assunto de se fazer a espécie correta de amigos, Jesus disse: “Fazei amigos para vós mesmos por meio das riquezas injustas.” Embora as riquezas possam ser usadas como ajuda para se fazer amigos, elas não devem ser consideradas como se fôssem os únicos amigos do homem, pois Jesus explicou: “Nenhum servo doméstico pode ser escravo de dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis ser escravos de Deus e das riquezas.” — Luc. 16:9, 13.

      13 Jesus estabeleceu assim uma regra fundamental: Ninguém pode servir a dois senhores. Êles, segundo se entende, estão em oposição um ao outro, um sendo bom e o outro mau. Jesus mostrou que, se uma pessoa adere a um dêstes, ela desprezará o outro, amará um e desprezará o outro. O contraste entre os dois é tão grande que não se pode ser por ambos. Jeová Deus é o principal Senhor; é o principal Dono de tôdas as criaturas, tendo êste direito por tê-las criado. E se quisermos ser seus amigos, temos de servi-lo lealmente, rendendo-lhe a nossa devoção exclusiva, dedicando nossa vida a êle, dando tudo no seu serviço e nos tornando seguidores do seu amado Filho, Jesus Cristo. Além disso, Jeová não permite que seus servos o ministrem parte do tempo e que sirvam o inimigo que êle odeia na parte restante do tempo. Jesus disse isso à congregação de Laodicéia da seguinte maneira: “Conheço os teus feitos, que não estás nem frio nem quente. Eu gostaria que fôsses frio ou quente. Portanto, visto que estás môrno, e nem frio nem quente, eu te vomitarei da minha bôca.” (Apo. 3:15, 16) Os que não são frios nem quentes, são vomitados, rejeitados como coisa asquerosa. O cristão, portanto, ao buscar a amizade de Deus e de seu Filho, não pode estar dividido no coração entre Jeová e o senhor opositor, Satanás, o Diabo, “o deus dêste sistema de coisas”.

      14. (a) Quanto à amizade, em que falhou o rico Jovem potentado? (b) Por que é tão importante o uso correto das riquezas?

      14 Jesus tornou claro que o que deseja a amizade de Deus não pode ser escravo das riquezas mundanas e, portanto, escravo do falso senhor. Não devemos ser como o jovem potentado que, embora desejasse ser amigo de Deus, não queria desprender-se de sua escravidão a êste mundo. Jesus disse-lhe que vendesse seus pertences e desse aos pobres de Jeová Deus e que ‘teria um tesouro no céu, e que viesse e fôsse seu seguidor’. (Mat. 19:21) Ao dizer isto ao jovem potentado, Jesus aplicava a regra: Ninguém pode servir a dois senhores. Tratava-se de adoração exclusiva a Jeová Deus. Daria o rico potentado a Jeová o que lhe pertencia ou preferiria a escravidão às riquezas? Êle decidiu errôneamente e perdeu o tesouro de ser amigo de Deus. As riquezas são úteis, e o uso correto delas, segundo Jesus, é para fazer-nos amigos de Deus e do seu Filho. Sabendo disto, o servo de Deus nunca permitirá que as riquezas se tornem senhor dêle, mas êle será senhor delas e as usará no ministério de Jeová Deus. De outro modo, se as riquezas se tornarem nosso senhor por fazermos delas nossas amigas, entraremos em inimizade com Jeová Deus, pois nos teríamos tornado amigos dêste mundo e escravos do nefando inimigo, o deus dêste mundo.

      15. (a) Quem são os verdadeiros amigos que devemos fazer, e por que não há ódio associado com esta escravidão? (b) Como provou Jesus a sua amizade para com os que lhe obedecem, e o que não foi anulado com isso?

      15 Os verdadeiros amigos dos que buscam de fato a vida eterna são o principal Senhor, Jeová Deus, e seu Filho “a quem nomeou herdeiro de tôdas as coisas”. (Heb. 1:2) Ao se tornar um escravo de Deus e de Jesus Cristo, a pessoa não se coloca numa posição odiosa, em que venha a ser oprimida, calcada aos pés e mantida em ignorância quanto aos propósitos do seu mestre. Não, mas por se tornar escravo leal e obediente de Deus e do seu Filho, a pessoa se torna amiga dêles. É edificante refletir sôbre as palavras de Jesus aos seus seguidores leais: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (João 15:14, 15, ALA) Dessemelhante da costumeira relação fria entre escravo e senhor, os que seguem a Jesus, embora sejam escravos, são também amigos. Jesus Cristo provou a sua amizade por entregar a sua alma “a favor de seus amigos”. (João 15:13) O preço que Jesus pagou foi o seu próprio sangue precioso; assim, a sua amizade não anula o fato de os cristãos serem escravos de Deus e de Jesus Cristo. Se quiserem manter a relação amigável de escravo para senhor, os cristãos precisam ter o cuidado de não se ligarem amigàvelmente com êste mundo e seu senhor satânico, o Diabo. Ninguém pode servir a dois senhores.

      16. Que parábola narrou Jesus referente a um administrador, e o que frisou Jesus?

      16 Como podemos ser amigos de Jeová e de seu filho, e por que é isto urgente? No livro de Lucas, no capítulo dezesseis, Jesus narra uma parábola acêrca de um servo, um administrador que ia ser mandado embora e que mostrou sabedoria prática por fazer amigos com as riquezas. O administrador da parábola de Jesus não recebia um salário como é costume atualmente. Quando fôsse despedido do seu trabalho êle teria que mendigar ou fazer trabalho manual, tal como cavar. Não sendo forte para cavar e não querendo mendigar, o administrador reduziu vários débitos que pessoas deviam para o seu senhor. Quando êle perdeu o emprêgo, teve pessoas que o recebiam de bom grado em suas casas; pois tornara-se amigo delas por meio das riquezas. Não precisava então ganhar a vida de um modo nefando, quer na picareta quer mediante a humilhação de pedir. Teve boa visão do futuro e agiu com sabedoria prática, usando a riqueza ou bens materiais para fazer amigos. Do mesmo modo, Jesus diz que os cristãos devem agir com sabedoria prática similar: “Também, eu vos digo: Fazei amigos para vós mesmos por meio das riquezas injustas, de modo que, quando tais falharem, êles vos recebam nos lugares eternos de habitação.” — Luc. 16:9.

      17. (a) O que possuem Jeová e Jesus Cristo, e a que falham muitas pessoas em dar consideração? (b) Em contraste com a incerteza das riquezas e da vida neste mundo, que conhecimento concernente às promessas de Deus deve impelir-nos a seguir o curso da sabedoria prática?

      17 Jeová Deus e Jesus Cristo são os únicos donos dos “lugares eternos de habitação”. Êles receberão nestes “lugares eternos de habitação” sòmente os seus amigos. Hoje em dia, no tempo em que muitas pessoas andam profundamente preocupadas e perturbadas pela falta de habitação, pelo alto custo dos aluguéis e dos impostos prediais, elas não estão propensas a pensar sôbre a questão de obter uma habitação eterna no nôvo mundo de justiça de Deus. Não só é êste um nôvo mundo em que “habitará a justiça”, mas será também um mundo no qual Deus assegura que: “Não haverá mais morte, nem haverá mais lamento, nem grito, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (2 Ped. 3:13; Apo. 21:4) Isto é o que Deus prometeu na sua Palavra. Crê o leitor nisto? A palavra de Jeová nunca falha, conforme Josué disse aos israelitas: “Sabeis em vossos corações e em vossas almas que não tem falhado nenhuma de tôdas as boas cousas que Jehovah vosso Deus falou a vosso respeito; todas vos sobrevieram, nenhuma dellas falhou.” (Jos. 23:14, VB) Tendo a infalível promessa de um justo nôvo mundo, por que então buscar um lugar de habitação permanente neste mundo? Seria uma tentativa fútil, pois não só as riquezas podem desaparecer da noite para o dia, como também a própria vida é do mesmo modo incerta. Portanto, o curso da sabedoria prática é o uso de nossas possessões materiais de um modo em que elas nos tornem amigos do Edificador de tôdas as coisas e de Jesus Cristo, seu Filho, que disse aos seus seguidores: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fôra, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.” (João 14:2, ALA) Por isso, quando as riquezas falharem, podemos estar certos de uma amorosa acolhida nos “lugares eternos de habitação” do nôvo mundo.

      18. Por que não compra o dinheiro os dons de Deus, e quem pode ser amigo de Deus?

      18 Significa isto que Deus aceita peitas ou que podemos pagar para escapulir da ira de Deus? Não, em absoluto. Ananias e Safira pensaram que podiam comprar o favor de Deus para terem boa reputação. Não compreenderam que dar dinheiro para adquirir algo com propósito egoísta não podia ser um ato amistoso para com Deus. Mais tarde, Simão, ex-praticador de artes mágicas, pensou que podia comprar com dinheiro o favor de Deus. Êle descobriu que era o contrário, segundo Pedro lhe disse: “Pereça contigo a tua prata, pois pensaste, por meio do dinheiro, obter posse da dádiva gratuita de Deus.” (Atos 8:20) Não há dinheiro que compre os dons de Deus; se assim fôsse, os ricos seriam os favorecidos, podendo mandar reservar lugares no nôvo mundo de Deus. Mas Deus não é mercenário; não é parcial. Qualquer um pode tornar-se amigo de Deus e do seu Filho, muito embora as suas possessões materiais sejam pequenas e insignificantes.

      19. (a) Como então se podem usar o dinheiro ou os bens materiais para ganhar a amizade de Deus? (b) Qual é o uso correto dos recursos da pessoa?

      19 Como, então, podemos usar as riquezas ou bens materiais para fazer amizade com Deus? Não para subornar a Deus, mas para glorificá-lo! O mundo inteiro pertence a Deus, e Jeová diz: “Minha é a prata, meu é o ouro.” “Pois são meus todos os animais do bosque, e as alimárias aos milhares sôbre as montanhas.” (Ageu 2:8; Sal. 50:10, ALA) Por isso, não podemos enriquecer a Deus materialmente, mas podemos usar os nossos recursos para glorificá-lo, contando a outros os seus propósitos, dando-lhe devoção exclusiva e amando-o lealmente. Quando animamos outras pessoas a estudar a Bíblia, quando lhes trazemos ajudas para o estudo bíblico, quando falamos com elas e as ajudamos a entender os propósitos de Deus e as promessas do novo mundo justo — estamos usando os nossos recursos para glorificar a Deus.

      20. Por que é urgente que se faça amigo de Deus agora, e com quem devemos associar-nos?

      20 Por usarmos os nossos recursos para glorificar a Deus, nós estamos ajuntando tesouro no céu e fazendo amigos daqueles que jamais nos esquecerão, que jamais nos abandonarão e que podem dar-nos a dádiva da vida eterna sob o reino dos céus. A questão de tornar-nos amigos de Deus e do seu Filho é muito urgente em vista de o mundo estar agora no seu “tempo do fim” e em breve ir desaparecer na guerra do Armagedon. Êste é o tempo para se demonstrar que somos amigos de Deus. Êste é o tempo de conseguir tôda a ajuda que pudermos para ganhar a amizade de Deus. É por isso que precisamos associar-nos regularmente com os que amam a Deus e lhe obedecem, os que Jesus chamou de “meus amigos”. (Luc. 12:4) Mediante a associação com a sociedade do Nôvo Mundo das testemunhas de Jeová, milhares de pessoas estão aprendendo o proceder a seguir para fazer amigos ‘por meio das riquezas injustas, de modo que, quando tais falharem, êles as recebam nos lugares eternos de habitação’. — Luc. 16:9.

  • Provando-nos amigos de Deus
    A Sentinela — 1962 | 1.° de setembro
    • Provando-nos amigos de Deus

      “Ó Jeová, quem ser hóspede na tua tenda? Quem residirá no teu santo monte? O que anda irrepreensi̇̀velmente, que pratica a justiça e que fala a verdade no seu coração.” — Sal. 15:1, 2.

      1. Como descreve a Bíblia o nôvo mundo de Deus, e em que requisito deve interessar-se?

      NINGUÉM poderá entrar e residir permanentemente como hóspede no nôvo mundo de Deus a menos que seja um amigo de Deus. Visto que Deus reúne a si só o que é puro e bom, há requisitos para se ser hóspede na sua tenda. Todo cristão verdadeiro deve estar interessado em saber quais são êstes requisitos, pois é ùnicamente por preenchê-los que se pode alcançar a realização da vida eterna no lugar de habitação de que a Bíblia fala: “Eu vi um nôvo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior já tinham passado . . . ouvi uma voz alta, vinda do trono, que dizia: ‘Eis que a tenda de Deus está com os homens, e êle residirá com êles e êles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com êles.’” — Apo. 21:1, 3.

      2. Como se descreve divinamente um amigo de Deus?

      2 O salmista Davi foi inspirado para estabelecer os requisitos do hóspede de Deus, portanto, do amigo de Deus: “Ó Jeová, quem será hóspede na tua tenda Quem residirá no teu santo monte? O que anda irrepreensi̇̀velmente, que pratica a justiça e que fala a verdade no seu coração. O que não difama com a sua língua. O que não faz nada de mal ao seu companheiro e não levanta vitupério contra o seu conhecido íntimo: O que, aos seus olhos, qualquer que fôr desprezível é certamente rejeitado, mas os que temem a Jeová, êle honra.” — Sal. 15:1-4.

      3. Por que é Jeová apropriadamente cuidadoso a respeito dos que serão seus hóspedes, e como se demonstrou êste cuidado nos dias de Davi?

      3 Não nos surpreende que Deus receba apenas certas pessoas na sua tenda. Qualquer pessoa que tenha uma casa, não aceita hóspedes indiscriminadamente; ela não hospeda tôdas as espécies de pessoas. Muitos donos de casa não receberiam pessoas más, mesmo por um curto período de tempo. O mesmo se aplica a Jeová Deus. Êle não recebe a qualquer um na sua tenda: “O mau não pode morar contigo por qualquer tempo.” (Sal. 5:4) Isto era verdade nos dias de Davi referente à tenda de Deus. Davi trouxe a arca da casa de Obede-Edom para Jerusalém: “Introduziram a arca de Jehovah, e pozeram-na no seu logar, no meio da tenda que David lhe armara.” (2 Sam. 6:17, VB) Entrar nesta tenda era o mesmo que entrar na presença do Altíssimo. Davi selecionou certas pessoas para servirem na tenda, Asafe estava entre os privilegiados. (1 Crô. 16:4-6) Só os que andavam irrepreensi̇̀velmente, que eram puros e justos é que podiam servir constantemente na tenda de Jeová no seu santo monte.

      4. O que se diz a respeito dos requisitos para se estar na presença de Deus, e, portanto, qual deve ser a atitude cristã?

      4 Jeová é muito cuidadoso acêrca dos que hão de estar na sua presença. Se os requisitos para ser hóspede na tenda de Jeová no seu santo monte, nos dias de Davi, eram tão estritos, então, os requisitos para habitar na tenda de Jeová como hóspede permanente e membro de sua santa família devem ser muito mais! Para que nós possamos ser julgados dignos dêste incomparável privilégio e ser capazes de dizer como Davi: “Serei um hóspede na tua tenda por tempo indefinido”, precisamos provar-nos amigos de Deus. Visto que a “sua intimidade é com os retos”, é absolutamente imperativo que os que hão de ter a sua proteção e desfrutar a sua hospitalidade para sempre aprendam o que Deus requer para que sejam justos aos seus olhos. (Sal. 61:4; Pro. 3:32) Portanto, cada cristão deveria fazer-se as seguintes perguntas: “Ó Jeová, quem será hóspede na tua tenda? Quem residirá no teu santo monte?” E cada cristão deve estar bem familiarizado com o que o salmista respondeu: “O que anda irrepreensi̇̀velmente, que pratica, a justiça e que fala a verdade no seu coração.” — Sal. 15:1, 2.

      ANDAR IRREPREENSIVELMENTE

      5. Como foi que Adão falhou em andar irrepreensi̇̀velmente, e, por isso, o que foi que êle perdeu?

      5 Para andar irrepreensi̇̀velmente aos olhos de Deus, o cristão precisa confiar impli̇̀citamente em Jeová Deus e dar prova disto mediante a obediência aos seus mandamentos. Adão, o primeiro homem, foi hóspede no Paraíso do Éden. Adão podia ter desfrutado o Paraíso como um lugar de habitação eterno, lugar abençoado com a presença de Deus. Mas falhou em provar-se amigo de Deus. Por falhar em obedecer a seu Pai celestial e Hospedeiro, Adão perdeu o seu lugar de habitação paradísico e se desqualificou como hóspede do “jardim de Deus”. (Eze. 28:13) Adão falhou em andar irrepreensi̇̀velmente e, portanto, não podia ser amigo de Deus.

      6. Quem foi chamado “amigo de Jeová” e por quê?

      6 A Bíblia, porém, está cheia de exemplos dos que, foram bem sucedidos em se provar amigos de Deus. Em Hebreus, capítulo onze, acha-se uma lista dos que se provaram amigos de Deus. Abraão se acha mencionado naquele capítulo, a respeito de quem Tiago escreveu: “Cumpriu [-se] o texto que diz: ‘Abraão exerceu fé em Jeová, e isto lhe foi imputado como justiça’, e veio a ser chamado ‘o amigo de Jeová’.” (Tia. 2:23) Que privilégio ser chamado “amigo de Jeová”! Somos como Abraão, dispostos a preencher os requisitos para sermos amigos de Jeová? Não podemos ser amigos de Deus só por desejarmos ser; precisamos provar-nos amigos de Deus. Abraão demonstrou a sua fé e confiança em Deus por obedecer ao mandamento de Jeová para deixar Ur dos caldeus e, mais tarde, por quase oferecer o único filho dêle e Sara, seu amado Isaque. Por isso, o escritor de Hebreus declara: “Pela fé, Abraão, quando foi chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança, e êle saiu, ainda que não soubesse para onde ia. Pela fé, Abraão, quando foi provado, quase que ofereceu Isaac, e o homem que recebera alegremente as promessas tentou oferecer seu filho unigênito, embora se lhe dissesse: ‘O que será chamado “tua semente” será por meio de Isaac.’ (Heb. 11:8, 17, 18) Abraão andou irrepreensi̇̀velmente, provando sua fé e confiança em Deus mediante obediência; “e veio a ser chamado ‘amigo de Jeová’”.

      7. Como se avalia apropriadamente a amizade de Deus?

      7 Pode satisfação alguma ser comparada com a de ser amigo de Jeová? O que vale o que se chama êxito comercial neste mundo em comparação com o ganho da amizade de Jeová? Nada pode trazer a felicidade e a satisfação como a que vem de ser “rico para com Deus”. (Luc. 12:21) Os homens gastam tremendo esfôrço para aprender como ser bem sucedidos no mundo comercial; aprender a andar irrepreensi̇̀velmente aos olhos de Deus a fim de se tornar seu amigo merece muito maior esfôrço.

      ANDAR CONSTANTEMENTE IRREPREENSÍVEL

      8. (a) Que exemplos se apresentam dos que andavam constantemente irrepreensíveis? (b) Como é possível andar-se irrepreensi̇̀velmente, conforme demonstrado no caso de Daniel?

      8 Quando examinamos a vida dos que se provaram amigos de Deus, descobrimos que eram constantes em andar irrepreensi̇̀velmente. “Enoc continuou a andar com o Deus.” “Noé era homem justo. Êle provou ser irrepreensível entre seus contemporâneos. Noé andava com o Deus.” (Gên. 5:23, 24; 6:9) O profeta Daniel era constante em andar irrepreensi̇̀velmente. Nos momentos críticos de sua vida êle não confiava na sabedoria humana; dirigia-se a Deus em busca de orientação. Isto, por sua vez, era porque dependia constantemente de Jeová Deus. Daniel comunicou-se com seu Deus mesmo quando era contra a lei; orava regularmente, demonstrando constância na sua dependência do seu maior Amigo. Daniel foi lançado na cova dos leões por causa de sua lealdade a Jeová, e até mesmo o rei pagão, Dario, observou que Daniel dependia constantemente do seu Deus: “O teu Deus, a quem tu conti̇̀nuamente serves, que êle te livre.” (Dan. 6:16, 20, ALA) Por causa desta constância, em andar irrepreensi̇̀velmente, Daniel foi mui amado por Deus, tanto assim que o anjo de Jeová, Gabriel, lhe disse: “És mui amado.” — Dan. 9:23, ALA.

      9. O que é um requisito vital para se andar irrepreensi̇̀velmente?

      9 Para sermos constantes em andar irrepreensi̇̀velmente como eram Enoque, Noé, Abraão e Daniel, precisamos considerar Jeová em tudo o que fizermos, conforme declara Provérbios 3:5, 6: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Considere-o em todos os teus caminhos, e êle endireitará as tuas veredas.” Ninguém que não estiver disposto a seguir êste conselho pode ser amigo de Deus. Ninguém, de fato, pode realmente dedicar-se a Deus a menos que obedeça a esta exortação de confiar em Jeová e de buscar a orientação divina, a fim de andar constantemente nas suas veredas justas.

      10, 11. (a) O que pode acontecer se alguém desconsiderar a Jeová? (b) Que momentos críticos entraram na vida de certo homem de Deus, e como êle os enfrentou?

      10 Que tolice seria desconsiderar Jeová em todos os nossos caminhos — especialmente o servo de Deus! A desventura pode apoderar-se fàcilmente de alguém que exclua Jeová da cena, especialmente nos momentos críticos, conforme aconteceu a certo profeta. O capítulo treze de Primeiro Reis relata acêrca de “um homem de Deus que, pela palavra de Jeová, tinha vindo de Judá a Betel, ao passo que Jeroboão estava em pé junto ao altar para fazer a fumaça sacrificial”. O homem de Deus, cujo nome não é mencionado, pronunciou uma profecia notável concernente à ruína do altar e dos idólatras que sacrificavam sôbre êle. O ímpio Rei Jeroboão ficou furioso. Êle estendeu a mão e ordenou a prisão do corajoso profeta. Imediatamente a mão do rei endureceu e secou-se; e o altar se desfez em pedaços. Jeroboão suplicou ao profeta para que orasse a fim de sua mão ficar boa. O profeta concordou e a mão do rei foi curada. Astutamente, Jeroboão, por razões egoístas, convidou o profeta para sua mesa real. Êste foi o momento crítico da vida do profeta. Será que êle andaria irrepreensi̇̀velmente? Andou sim; obedeceu a Jeová e definitivamente recusou ter qualquer associação com alguém que odiava a Jeová e adorava ídolos, embora fôsse um rei: “O homem do verdadeiro Deus disse ao rei: ‘Se me desse metade de sua casa eu

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