salientado nos requisitos que Paulo especificou a Tito para os cristãos qualificados para servir como superintendentes. Ele escreveu:

“Se houver um homem livre de acusação, marido de uma só esposa, tendo filhos crentes, não acusados de devassidão nem indisciplinados. Porque o superintendente [em grego: epískopon] tem de estar livre de acusação como mordomo de Deus, não obstinado, não irascível, não brigão bêbedo, não espancador, não ávido de ganho desonesto, mas hospitaleiro, amante da bondade, ajuizado, justo, leal, dominando a si mesmo, apegando-se firmemente a palavra fiel com respeito a sua arte de ensino, para que possa tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem.” (Tito 1:5-9)

Uma recapitulação cuidadosa desses requisitos ajuda-nos a avaliar que o “ancião” na congregação cristã tinha de atingir um elevado padrão de conduta e espiritualidade.

16. Como sabemos que os anciãos eram também superintendentes, no primeiro século EC?

¹⁶ Também é de interesse notar como Paulo usou os termos gregos presbyteros e epískopos, “ancião” e “superintendente”. Disso podemos deduzir que os anciãos qualificados desempenhavam as funções de superintendentes nas congregações. Outros textos mostram que podia haver diversos de tais anciãos-superintendentes na mesma congregação. — Atos 14:23; 20:28; Filipenses 1:1.

17. (a) Que requisitos para superintendente esboçou Paulo a Timóteo? (b) Por que precisa o ancião também ser ativo na atividade de pregação?

¹⁷ Paulo, escrevendo a Timóteo, também especificou requisitos para o superintendente, mas em termos ligeiramente diferentes, talvez tomando em conta situações diferentes. (1 Timóteo 3:1-7) Visto que a primitiva congregação cristã, por sua natureza, era uma organização evangelizadora, presumia-se que esses anciãos também seriam zelosos na proclamação das boas novas. Não havia margem para morosidade. — Lucas 24:46-48; 1 Coríntios 9:16; veja Mateus 25:24-27.

A APOSTASIA FAZ INCURSÕES

18. Como influiu a apostasia no cargo de superintendente?

¹⁸ Ao passo que a congregação entrava no segundo e no terceiro século, as coisas começaram a mudar. A apostasia, que havia sido predita, passou a criar raízes. (Atos 20:29, 30; 2 Pedro 2:1) Dentre os próprios anciãos nas congregações surgiram homens ambiciosos. Com motivação subvertida, começaram a encarar seu cargo de superintendente como posição de poder e prestígio. Certos superintendentes de congregação até mesmo tornaram-se “bispos”, governando uma diocese ou um grupo de igrejas. Com o tempo, esses bispos foram eleitos para o cargo por leigos, alguns dos quais eram governantes influentes. Portanto, conforme escreveu certo historiador católico: “Isto criou um perigo muito grande, especialmente a partir do momento em que o prestígio do episcopado aumentava e esses cargos vinham acompanhados de considerável renda e interesses materiais . . . [destarte] levando políticos à direção das sés [bispados] mais influentes.”

19. Qual foi o resultado final da apostasia?

¹⁹ Sim, cada bispo tornou-se forte, como poderoso monarca. Isto, por sua vez, contribuiu para as divisões e os cismas na cristandade, que já muito antes deixara de ser o verdadeiro cristianismo. O arranjo teocrático, de anciãos-superintendentes capazes, honestos, de mentalidade espiritual, degenerou numa hierarquia de clérigos. O serviço voluntário prestado à congregação foi transformado numa profissão paga, que exigia anos de instrução superior em teologia, filosofia e lei canônica.

20. Que perguntas agora exigem respostas?

²² Significava isso que o verdadeiro cristianismo, com seu original arranjo teocrático para cada congregação, nunca mais seria restabelecido? Ou que a sadia simplicidade do serviço prestado pelos “anciãos” ou “superintendentes” ficou perdida para sempre? E que dizer da profecia de Isaías, que indicava um aprimoramento da organização teocrática? Ela declara: “Em lugar de cobre trarei ouro, e em lugar de ferro trarei prata, e em lugar de madeira, cobre, e em lugar de pedras, ferro; e eu vou designar a paz como teus superintendentes e a justiça como teus feitores.” (Isaías 60:17) O artigo que se segue responderá a essas perguntas vitais.

Sabe a Resposta?

◻ Que espécie de homens foram escolhidos para compartilhar a responsabilidade judicativa com Moisés, no antigo Israel?

◻ Em que qualidade serviam os “anciãos” quando os israelitas já haviam se fixado na Terra da Promessa?

◻ Quais são algumas das qualidades destacadas que se espera que os anciãos ou superintendentes cristãos tenham?

◻ Como influiu a predita apostasia no arranjo de anciãos?

‘Lembrem-se dos que tomam a dianteira entre vocês’

‘Lembrai-vos dos que tomam a dianteira entre vós, os que vos falaram a palavra de Deus, e, ao contemplardes em que resulta a sua conduta, imitai a sua fé.” — HEBREUS 13:7.

1. Que mudanças ocorreram com respeito a verdadeira adoração em fins do século 19, mas como eram escolhidos os ancião cristãos?

NO ÚLTIMO quarto do século 19, a verdadeira adoração começou a ser restabelecida por meio dum pequeno grupo de dedicados estudantes da Bíblia, associados com Charles Taze Russell, em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos. Esses primeiro procuravam restabelecer a verdadeira doutrina bíblica, livre da contaminação com tradição e filosofia babilônia. No entanto, o processo inicial de restabelecimento foi mais vagaroso no campo da organização congregacional. Embora os Estudantes da Bíblia tivessem anciãos e diáconos (servos ministeriais), ainda prevaleciam em certos sentidos idéias religiosas falsas. Assim foi que, mesmo já no século 20, os anciãos eram escolhidos pelas congregações por meio dum processo de eleição democrática, por meio do levantamento de mãos.

2. Não obstante, que elevada norma foi estabelecida para os anciãos entre o povo de Jeová?

² Mesmo assim, exigia-se uma elevada norma, porque A Sentinela de 1.º de novembro de 1909 (em inglês) declarava na página 325: “Na seleção de Anciãos, os consagrados devem lembrar-se de que a responsabilidade recai sobre eles; e não se