“ar de desencanto e desilusão” para com tal evento. Comentou “a erosão dos princípios” e uma “deterioração do espírito”.

Disse o Príncipe Philip, da Inglaterra: “Acho que, uma vez que as pessoas achem ser importante para sua nação que obtenham uma porção de medalhas, ou seja lá o que for, acho que é melhor arquivar as competições — não têm mais sentido”. Chamou de “deploráveis” os relatórios de que certo governo faria uma investigação, porque seus atletas não ganharam suficientes medalhas.

Um desapontado boxeador canadense disse: “Eu não competiria de novo nas Olimpíadas nem por um milhão de dólares. Não vale os sacrifícios, porque há politicagem demais. Estes grandes países participam dos jogos às custas dos atletas.”

Entre as questões suscitadas por aqueles que rememoraram os Jogos achavam-se as seguintes: “Com referência a quantos outros princípios ainda se pode transigir? Que dose maior de tapeações, dopagens, altercações políticas flagrantes podem os Jogos suportar? Quanto mais dinheiro se deve gastar? Quanto mais deve o evento ser ‘insuflado’ pelo comercialismo para continuar flutuando numa nuvem irrealística?

Com efeito, as questões giram em torno do seguinte ponto: Já morreram os Jogos, conforme foram disputados aqui em Montreal? A resposta virá em Moscou, em 1980, se não antes.

“O velho é saboroso”

● Em certa ocasião, indagaram a Jesus Cristo por que seus discípulos não jejuavam como faziam os discípulos de João Batista, e os dos fariseus. Parte de sua resposta foi: ‘Ninguém põe vinho novo em odres velhos; mas, caso o fizer, então o vinho novo rebentará os odres e se derramará, e os odres ficarão arruinados. Mas, vinho novo tem de ser posto em odres novos. Ninguém, tendo bebido vinho velho, quer o novo; pois ele diz: ‘O velho é saboroso.’” — Luc. 5:37-39.

Ao assim replicar, Jesus Cristo evidentemente apontava que seu ensino era poderoso demais e enérgico demais para confinar-se ao velho sistema do judaísmo, que, como odres velhos, não tinha vitalidade e elasticidade. Quanto aos que cultivavam o gosto pelo vinho tradicional ou o ensino do judaísmo, achavam ser objetável o ensino de Jesus Cristo. Rejeitavam-no como se fosse vinho novo, preferindo os velhos modos tradicionais. Para eles: ‘O velho era saboroso.’

Era bem fundado o temor de Abraão?

◆ Quando estava prestes a entrar no Egito, por causa duma fome na terra de Canaã, Abraão disse a sua esposa: “Sei que és uma mulher formosa. Quando os egípcios te virem, dirão: ‘É sua mulher’, e me matarão, conservando-te a ti em vida. Dize, pois, que és minha irmã.” — Gên. 12:11-13, Centro Bíblico Católico.

Há evidência positiva de que o temor de Abraão era válido. Um papiro antigo fala dum Faraó que ordenou a homens armados que se apoderassem duma mulher atraente e matassem o marido dela. Abraão, portanto agiu em harmonia com aquilo que achou ser o proceder mais seguro, ao fazer com que sua esposa se identificasse como sua irmã. Ela era, de fato, sua meia-irmã. — Gên. 20:12.