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  • Atrocidades históricas — como deve encará-las?
    Despertai! — 1977 | 22 de novembro
    • Atrocidades históricas — como deve encará-las?

      CALCULADAMENTE 80 milhões de norte-americanos amontoaram-se diante de seus televisores para assistir ao mesmo drama — o último episódio duma série de oito partes chamada “Roots” (Raízes). Assim, em 30 de janeiro de 1977, estabeleceram novo recorde de audiência para um programa de televisão.

      “Raízes” é a história duma família de cor, desde sua viagem da África, percorrendo várias gerações da escravidão estadunidense, até que por fim alcançou a liberdade. Mas, por que esta ‘história ficcional’ suscitou o interesse de tantas pessoas?

      Ao passo que, sem dúvida, há vários motivos, talvez o mais profundo seja que ficaram impressionadas com o pleno impacto do que significava ser um escravo negro. Grande atrocidade histórica foi ‘trazida à luz’. Como expressou certa senhora: “Algo dentro de mim tentava dizer-me que a escravidão não era tão ruim assim, mas, agora, sei que realmente foi muito pior.”

      Em realidade, nos anos recentes, surgiram muitos livros e peças teatrais sobre a luta das minorias oprimidas.

      Realizaram-se extensas pesquisas sobre as circunstâncias que levaram ao genocídio ou à extrema degradação de um povo por outro, e tais descobertas foram compiladas.

      É natural que essas ‘novas histórias’ possam ter suas próprias teorias e preconceitos. Mas, na maior parte, revelam duramente alguns eventos passados tão chocantes que alguns acham difícil lê-los. Talvez, como nunca antes, estuda-se a extensão das desumanidades dos homens contra outros homens.

      Infelizmente, ao estudar a história, vemo-nos obrigados a compreender que já houve muitas atrocidades enormes, muitos holocaustos. Numericamente, o tratamento dado aos africanos capturados e levados por navio para as Américas situa-se como uma das maiores. The Encyclopœdia Britannica (11.ª Edição, Vol. 25, p. 222) declara: “De cada partida de 100 enviados da África, 17 morreram em questão de 9 semanas, e não mais de 50 conseguiram viver para ser trabalhadores eficazes nas ilhas [da Índia Ocidental].” Visto que “as estimativas de escravos enviados de navio através do Atlântico vão de 30.000.000 a 100.000.000”, o total dos que pereceram foi deveras enorme. — The New Encyclopœdia Britannica, 15.ª Edição, Vol. 1, p. 283.

      No entanto, no caso de muitas atrocidades é difícil até mesmo calcular o número de pessoas mortas. Quão amplas eram as populações indígenas nativas das ilhas do Caribe e do continente americano? Todavia, com o tempo, “a população indígena, aborígene [das ilhas do Caribe], sofreu total extinção”. Considere, também, os índios norte-americanos. Crê-se, em geral, que seu número reduziu-se de milhões para pequenina fração disso. Hoje, muitas das ‘batalhas contra os índios’ são mais realisticamente tidas como massacres.

      Volvendo à história recente, verificamos que o número de atrocidades conhecidas dá um grande salto. Podemos reputar o mundo como sendo mais civilizado em nosso século, quando consideramos o extermínio consumado pelos nazistas? A documentação da diretriz nazista revela um plano calculado de genocídio, não só contra os judeus, mas contra os povos eslavos, as Testemunhas de Jeová e outros. Crê-se que foram assassinados mais de um milhão de poloneses não judeus, bem como mais de um quarto de milhão de ciganos. E tais números frios não podem transmitir o pleno impacto dos horrores dos campos de concentração — fome, espancamentos, “experiências médicas” (amiúde a esterilização), e, com freqüência, as câmaras de gás.

      Na verdade, como diz a Bíblia, “homem tem dominado homem para seu prejuízo”. (Ecl. 8:9) E a ocorrência dessas atrocidades em muitos lugares da terra testifica que tais males não podem ser encarados como marco de qualquer raça ou nacionalidade. O ódio não tem cor, língua ou bandeira.

      Dimensionar isto nos ajuda a evitar uma posição extremada quando confrontados com tão chocante realidade quanto ao ódio racial ou nacionalístico. Se certo povo, alguma vez perseguido, adotar a atitude: ‘Espere só até que estejamos por cima; nós vingaremos os nossos pais’, o que se consegue? Apenas a continuação das atrocidades!

      Antes, devemos tentar compreender o que aconteceu. A guisa de exemplo, um documentário inglês, “A Luta Contra a Escravidão”, mostrava, segundo veiculado por certa revista, “que a escravidão foi um crime, não só contra as pessoas de cor, mas contra toda a humanidade. Ambas as raças têm seu quinhão de culpa, visto que muitos escravizadores eram africanos”. — Time, 24 de janeiro de 1977, p. 56.

      Também, é perigoso generalizar qualquer evento ou situação. Nas épocas piores, as pessoas são influenciadas de diferentes formas. Para exemplificar: sob a escravidão, alguns negros foram bem tratados. Outros foram acorrentados, estupradas, aleijados ou separados de suas famílias a bel-prazer. Resta a pergunta: Como é que, estando há muito mortos os culpados, podem ser punidos os responsáveis por isso? Se perseguissem todos os brancos, muitos inocentes seriam prejudicados.

      Inversamente, o oposto extremo — ‘isso não me interessa; trata-se de história morta’ — também é insensato. Precisa surgir de novo a perseguição, contra a própria família, para que se reconheça quão horrenda é? Não devia aquilo que as minorias sofreram nos ajudar a mostrar-lhes compaixão? Sendo muitas atrocidades resultantes de mitos quanto à inferioridade racial ou social, podemos dar-nos ao luxo de adotar tal modo ficcional de pensar?

      Além do auto-exame, a contemplação honesta do passado traz outro benefício pessoal. A história autêntica proclama claramente: Muitas vezes, o homem não amou nem se preocupou com o próximo. Ao invés de chorar pelo que sucedeu a apenas um povo, seria mais sábio que nos preocupássemos com todas as pobres massas da humanidade que sofreram uma tirania após outra. Jesus considerava os ‘am ha-‘árets (‘povo da terra’, a gente comum) de seus dias e sentia pena ‘porque andavam esfolados e empurrados dum lado para outro’. (Mat. 9:36) Faremos bem em imitá-lo.

      Tal preocupação também nos move a procurar em outra parte a real solução dos problemas resultantes dos fracassos do governo humano. Onde está o regente que ama a todas as pessoas? A Bíblia responde: O regente de Deus, “o Cordeiro”, Jesus Cristo. (Rev. 7:9, 10, 17) Ela promete que, em breve, o “reino” de Deus trará paz e fraternidade a este planeta. — Mat. 6:9, 10; Rev. 21:3, 4.

      Em face das duras realidades, será idealismo tolo voltar-se para este governo do “Reino”? Bem, após milhares de anos de história humana registrada, é realístico voltar-se para os homens em busca de orientação compassiva? Não é. Antes, a solução reside no que Deus prometeu como único remédio para os males da humanidade. “Em cada nação, o homem que o teme” obtém a oportunidade de viver numa sociedade humana feliz, num novo sistema de coisas, já às portas. — Atos 10:34, 35.

      É difícil de crer? Por que não examina isso? Deixe que a Bíblia lhe mostre como Deus dará um fim completo às atrocidades de homens endurecidos. E Deus oferece, não apenas uma esperança para os que agora vivem, mas a promessa de restaurar à vida, numa nova ordem pacífica, os que sofreram morte violenta. — João 5:28, 29.

  • Como permanecer “no rumo certo”
    Despertai! — 1977 | 22 de novembro
    • Como permanecer “no rumo certo”

      HÁ ALGUM humano vivo que não precise de orientação? Seja por meio dum mapa rodoviário, seja de instruções quanto ao uso de alguma peça de maquinaria, todos nós precisamos de orientações, de tempos a tempos.

      Há alguns séculos, Jeremias, profeta de Deus, escreveu: “Bem sei, ó Jeová [Deus], que não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo. Corrige-me, ó Jeová.” (Jer. 10:23, 24) Sim, Jeremias precisava de orientação. Também precisa dela o homem moderno.

      Ilustração Hodierna

      As espaçonaves do homem também precisam de orientação. Em muitos destes veículos, tal necessidade é preenchida por meio dum sistema orientador que consiste em um computador, em transdutores de observação, em um navegador inercial e em atuadores de direção. Com efeito, essas mesmíssimas coisas podem ser usadas para ilustrar a necessidade da humanidade de ter orientação divina.

      O “cérebro” da espaçonave é o computador. Nele, o programador alimenta uma trajetória matemática, ou trajetória de referência. Isto liga a posição inicial com a destinação. A trajetória de referência talvez também leve em conta os obstáculos e as regiões proibidas, a serem evitados.

      Os transdutores de observação são dispositivos que fazem leituras para indicar a velocidade e a posição. Por exemplo, um meio em que a posição é determinada é

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